"-Na-Naruto, eu não posso mais continuar com isto -tentou gesticular no meio do pouco espaço que separava os dois. Falhou. Afundou as unhas nas palmas e tomou folêgo- E-eu...e-eu...

Ele deu um passo à frente. Um passo mais próximo. Não era mais possível gesticular.

Um dedo bronzeado tocou seus lábios, a silenciou, encarou-lhe, a arrepiou. E a garota de cabelos azulados, cor de céu noturno, fechou as orbes peroladas se repreendendo por ser tão fraca a ponto de um simples gesto a desarmar.

Respirou fundo, o cheiro dele a envolveu.

Pelo amor próprio que deveria sentir, que deveria aprender, o certo seria virar e dar as costas ao loiro. Mas lá, no meio do toque quente, do afago em suas bochechas que a anestesiava, desistiu de tudo e todos. O amor próprio podia ficar para depois, seu pai poderia ficar para depois, até Kiba e Sakura podiam ficar para depois, o que não podia e não conseguia deixar de jeito algum para mais tarde era Naruto.

Mesmo que estivesse chovendo, mesmo que suas lágrimas na madrugada fossem abundantes - , igual àquelas gotas de chuva que caiam no telhado, - pelo simples fato de não ficar junto dele, mesmo que ele a confundisse e admitisse que amava Sakura e não ela, Hinata não era capaz de ir embora.
Ela simplesmente respirou cada vez mais fundo o cheiro dele, pronta para se arrepender depois e sofrer debaixo do chuveiro, mas nesse momento, como uma boa fracassada, se permitiu sonhar e ouvir - e ver - as próximas palavras de Naruto.

Então era a prata das orbes Hyuga contra as turmalina azuis do olhos Uzumaki.

—Hina...Hinata...Eu também não posso continuar com isso."



|| One-shot || SongFic ||

Naruhina || Sasusaku || Gaaino || Shikatema || Yahikonan||

Colegial || Universo Alternativo || +16 ||

Sakura nunca pensou em ser mãe ainda mais no período em que estava passando. Seu objetivo no momento era apenas viajar ao lado de Sasuke e ajudar nas consequências da guerra que deixou, ela não esperava que o fruto de seu amor com Sasuke resolvesse florescer em meio aos acontecimentos, mas floresceu.

E Sakura percebeu que antes, por mais que amasse Sasuke com todo o seu coração, não sabia o que era o infinito amor, até a chegada dela, se seu bem mais precioso, de sua filha, Sarada.

Eles já não estavam bem, o relacionamento já não era o mesmo, contudo, por mais que ele soubesse que estava na hora de colocar um ponto final naquela relação, ele não queria.

Foi naquele jantar que eles deixaram de ser um casal.

Pela porta entreaberta os irmãos Inuzukas assistiam a cena que se desenrolava na cozinha da casa de Kiba. Hana segurava o riso. Parecia estar revendo um filme, só que dessa vez estrelado por novos personagens. Entendia e se solidarizava com a indignação do irmão caçula, conquanto fosse hilário ver sua revolta dirigida a Tsume.

Às vezes se atrasar pode não ser tão ruim assim.
Naruto e Ino descobririam isso naquele dia.

O futon tinha espaço para dois, mas preferiu deitar-se no chão gélido como se ele pudesse aplacar em partes o calor que trazia no peito; inútil, soube depois.

Desde o dia que nasceram, a única certeza que Sasuke e Sakura tinham é que suas famílias comemoravam, todo ano, as festas de fim de ano juntos, isso já era algo comum.

Com isso, se tornarem melhores amigos foi inevitável, do mesmo jeito que foi inevitável se apaixonarem um pelo outro com o passar dos anos.

E naquele ano, sob o visco, eles estavam decididos a se declararem, mas será que conseguiriam alcançar o tão sonhado “felizes para sempre”?

Sasuke apreciava pela janela da sala de seu pequeno apartamento, a chuva de verão que caia naquele finalzinho de tarde, quando Naruto apareceu na sala usando sua velha camisa laranja berrante junto com uma calça de malha vermelha estampada com pequenos raios amarelos e meias verdes.

Capítulo Único (Livre) (NaruSasuNaru)

Em pleno século XXI pessoas começaram a morrer lentamente, primeiro no continente asiático, até que as mortes se espalharam por todo o planeta. Não por causa de uma guerra ou um fenômeno climático, e sim devido ao surgimento de um vírus mortal que causou uma pandemia.
Os médicos eram como soldados que ficavam na linha de frente de combate desse novo vírus, e Sasuke estava entre eles, cansado de ver as mortes aumentando dia após dia, perder pacientes e com a demora para criarem uma vacina. Mas o que mais lhe preocupava era o fato de que seu companheiro, que era uma das pessoas que havia ficado desempregadas devido à pandemia, se recusava a seguir as medidas estabelecidas para se proteger do vírus, pois não acreditava que ele era tão perigoso quanto diziam.
Até que um deles adoeceu.

— Eu te amo Sakura, sempre amei. — Declarou-se e pode notar um rubor colorir a face dela.

— Eu também te amo Naruto-kun.


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