Nossa Canção escrita por Nayame


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

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"Algum dia eu te acharei novamente e jogarei fora o meu orgulho e imagem só para perguntar o seu nome. Quem sabe não tomamos um sorvete no parque Sem paparazzi, sem paparazzi. Só eu e você."


Para ele, aquela música significava algo a mais. O carinho e tristeza depositados em cada verso mostravam que a história por traz daquela melodia, de fato, existia. A cantora realmente sentia por não ter tomado uma iniciativa. Sentia por não ter se aproximado do rapaz, seja lá quem ele seja, e perguntado seu nome. Aquilo não era um conto melodramático fictício. Jin sabia disso.


“Eu pensava em desistir, Jogar fora minha fama Mas seus olhos dourados me fizeram enxergar Que já não dá, já não dá.”


Ryan, seu amigo, teimava em dizer que tudo não passava de uma coincidência. Mas, seja uma brincadeira do destino ou não, aquilo o deixava feliz; A música fora feita após um show que o ruivo fora. Um show onde ele ficou na primeira fila e ela o olhou de relance. Para muitos, isso não significaria grande coisa. Talvez seus olhos encontraram-se por acidente, ou fora um ato de educação da ídolo. Mas, Jin, tinha um argumento a mais que o permitia sonhar; Seus olhos dourados como ouro.


“A cada música eu crescerei E aos poucos melhorarei. Para você novamente voltar E nossos olhos se encontrar.”


Nada tirava o sorriso do ruivo ao ouvir aquela música. A voz parecia algo divino aos seus ouvidos. E se isso já não bastasse a aparência dela também lhe parecia divina. Os longos e incomuns cabelos róseos; Os olhos castanhos como os troncos das árvores; Os lábios sabor cereja... Bem, ele imaginava esse sabor em todas as suas fantasias. E, seja isso algo bom ou não, ele fantasiava muito com ela.


Sua anjinha...


– Já acabou, Romeu? – Quando voltou à realidade, notou a situação constrangedora a qual se encontrava; Olhar abobalhado, baba no canto da boca, fone de ouvido torto em sua cabeça. E o pior de tudo; Melhor amigo o encarando com uma expressão de... Dó? Pena? Talvez uma mistura de ambos.


– Não mandei vigiar a porta, idiota? – Tentou mostrar algum pingo de dignidade encenando uma irritação sensata. O amigo, igualmente ruivo, mas com um tom um tanto mais alaranjado, deu de ombros e apontou para o lugar.


– A Mari tá lá.


– É, mas eu mandei você. – Enfiou os fones de ouvido e o Mp3 na mochila, colocando tudo embaixo da cama.


– O problema, querido namorado fictício da cantora mais popular do planeta – Ryan fez questão da ênfase no fictício, para ver se ele entendia – É que você não manda em mim.


– Tá certo, tá certo... – O ruivo cor de fogo levantou os braços na defensiva, mas para mostrar bem o que ele tinha em mãos; Um envelopezinho branco e delicado, com uma marca de batom sendo usada como lacre. Ryan roborizou. – Não mando, tudo bem. Não precisa me aju...


– Foi mal! Culpa minha, culpa minha! – A carta foi tomada em tempo record do ruivo sonhador. Ryan pegou e praticamente se jogou em sua própria cama para lê-la. Jin sorriu com a felicidade do amigo.


Se Jin vivia um romance – Porque para ele era um romance – impossível, Ryan estava no mesmo barco. Na verdade, o trio de amigos – Jin, Ryan e Mari – se assemelhavam neste aspecto. Eram três seres azarados fadados a um relacionamento conturbado naquele odioso reformatório. Porque, sim, eles estavam em um reformatório rígido capaz de punir uma simples melodia. Jin gostava de colocar seu caso como pior dos três graças a isso, mas não seria necessário.


Se o ruivo número um sofria por ser apaixonado por uma cantora famosíssima, o ruivo dois sofria por um namoro à distância. E, tipo, muito à distância! Lire, a namorada do rapaz, morava do outro lado do mundo há quase sete anos. E eles trocavam cartas e namoravam há sete anos e um mês! A situação do amigo era tão ruim quanto a sua, mas Ryan gostava de ressaltar e enfatizar que seu namoro era real e a loira o conhecia, ao menos.


Grande coisa! Conheceu por um mês há sete anos, época essa em que ele era baixinho e ranhento!


Já Mari, a amiga da porta, vivia algo um pouco mais... Louco! A garota de cabelos azuis estava apaixonada pelo filho daquela espelunca. O filho rebelde, encrenqueiro, fugitivo, tocador de guitarra e especialista em palavrões. Infelizmente ele não a suportava! Ambos brigavam como gato e rato. Mas, bem, ao menos eles se conheciam.


Na verdade, em todos os casos, eles ao menos se conhecem. Jin estava em desvantagem total.


– Ah, Amy – Suspirou se jogando na cama.


– Cala a boca! – Só sentiu uma almofada sendo atirada em sua direção.


Bando de insensíveis.


Continua


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