Aquele dia era o ultimo dia de férias, todos iriam voltar, a maioria tinha ido passar o natal e ano novo na casa dos pais, algum preferiram ficar na escola, nas outros queriam ver a família. Já que Karla queria pesquisar sobre o Dolovote ficou lá na escola, e como Leticia e Leandro queriam ajudar, também ficaram.

Naquele dia eles não iriam à biblioteca, não queriam mais saber sobre o Dolovote tudo que eles precisavam saber era que ele é um assassino fugitivo e que eles não precisavam se preocupar com ele, afinal, ninguém via ele há muito tempo e eles tinham certeza que não iria aparecer agora e nunca.

Então no meio da tarde, todos que tinham ido para casa voltaram, os amigos se reencontrando e contando como foi o natal e o ano novo deles, e quem tinha ficado aqui no castelo contou as novidades. Já que não tinha nada para fazer, Karla, Leticia e Leandro foram dar uma volta no castelo. Eles estavam andando quando uma pessoa veio correndo ao seu encontro.

- Oi pessoal, como foi seu natal e ano novo?- Era Matheus.

- Há, foi bem. E o seu?

- Foi normal, nenhuma novidade para mim.

- A nossa foi passear pelo castelo, ir a biblioteca, ir para o lago, e etc.- Eles não pareciam muito aminados com isso. Então como Matheus percebeu, deu um sorriso e saio de perto deles, parecendo que iria voltar para sala comunal.

Karla fez uma cara para Leticia que queria dizer “Você tinha que fazer isso?”. Eles continuaram andando por um longo tempo, passaram por vários corredores, ate que eles chegaram no final do 6º andar, eles deram meia volta e se depararam com Ygur, Clabed e Grod, na sua frente. Eles deram uma risadinha e Ygur disse:

- Ai estão os nossos alvos, encurralados. Parece que eles caíram na nossa isca, não é rapazes?- Eles deram risadas.

- Qual é? Vocês vieram perder de novo?

- Acho que você não entendeu. Quem vai perder vai ser vocês.

- Como? Eu estava em desvantagem e venci de vocês. Agora nós estamos com o mesmo número de pessoas de cada lado, e pelo que sei, esses dois não são muito bons de magia.

- Isso foi um elogio para mim? É, com certeza é.

- Tá, e como vocês pretendem ganhar de nós?

- Não é obvio? Vamos combater um de cada vez.

- Como assim?- Perguntou Leticia.

- Olha, eu jurava que você era mais inteligente, Leticia. Nós vamos pegar um de vocês, duelar, pegar outro, duelar, e pegar o ultimo e, também, duelar.

- E vocês acham que vão vencer? Há, pera ai, esqueci com quem estou falando; estou falando com três palermas que se acham.- Declarou Karla.

- Bom só por isso, você vai ser a ultima á duelar com a gente.

- O que? Eu pensei que vocês queriam se vingar de mim. Por que eu tenho que ficar por ultimo?

- Para você sofrer muito. Sei que você se preocupa muito com seus amigos, então você vai sofrer mais vendo seus amigos perderem e ate sofrerem.- Karla ia abrir a boca só que Ygur falou antes.- Eu já sei o que você vai falar. Prontos rapazes? Agora.

Quando ele falou isso, os três ergueram as varinhas e apontaram para Karla, ela não teve nem chance de pegar a sua, e já estava caindo uma jaula encima dela, só que ela saio de baixo e não á pegou. Agora ela tinha pegado a sua varinha também e apontou para eles; eles ficaram se encarando; parecia que o Clabed e Grod estavam com medo.

Eles começaram um duelo, Karla contra Ygur, Leticia contra Clabed e Leandro contra Grod. Parecia que Grod e Clabed estavam em desvantagem, mas o duelo entre Karla e Ygur estava muito competitivo, os dois eram bons em magia, só que Karla era melhor, mais, ela não queria mostrar todo seu poder, e ele tinha melhorado, pelo jeito tinha praticado.

Eles estavam duelando muito e parecia que quanto mais tempo que ela duelava com Ygur, mais forte ele ficava, ela teria que acabar com isso logo. Eles estavam duelando muito, ate que veio um feitiço na cabeça de Karla, e sem querer o feitiço saio da sua varinha e atingiu o Ygur.

- Essa não.- Exclamou Karla. Ela saiu correndo, deixando Ygur lá, no chão, e foi ate a biblioteca pegar o livro que tinha o feitiço Diertium, para pegar o contra- feitiço que ela sabia que tinha.

Ela pegou o livro e saiu correndo de novo da biblioteca, subiu as escadas que se movem, já abrindo o livro e foi correndo para onde estava Ygur no chão. Chegou lá, se ajoelhou no lado de Ygur e fez o contra- feitiço, que era Derpitum; na hora o feitiço parou e Karla ficou mais sossegada pois tinha feito o contra- feitiço de uma coisa horrorosa.

Ela ficou pensando, como que ela pode fazer isso? Como pode jogar um feitiço que poderia matar? Um feitiço que era adorado pelo Dolovote? Ela estava rezando que Ygur acordasse e tudo ficasse bem, seus amigos ainda estavam duelando, e pelo feito nem perceberam que ela tinha parado de duelar.

Na hora que Karla parou de pensar no que ela tinha feito, Ygur acordou, aparentemente estava tudo bem, ele olhou para Karla meio surpreso, então ela disse:

- Desculpe ter jogado aquele feitiço em você, eu juro que não foi intencional.

- Por que você me curou?

- Como assim?

- Por que você me curou? Eu te infernizo desde o primeiro dia de aula. Normalmente a pessoa deixa a outra e não ajuda.

- Você achou mesmo que eu iria te deixar morrer?- Perguntou, e Ygur fez uma cara que sim.- Isso possa servir para outras pessoas, mas não para mim. Eu penso assim, se fosse comigo, eu não iria gostar, então eu não faço com a outra pessoa; a não ser que eu tivesse certeza que a pessoa faria o mesmo comigo, ai eu faria sem remorso nem piedade.

- E como você pode ter certeza que não vou fazer o mesmo com você?

- Certeza eu não tenho; mas nós somos muito pequenos para pensar em matar, e mesmo assim eu não usaria em você.

- Por quê?- Perguntou, mas Karla não respondeu, ficou olhando para ele como se ele não tivesse feito àquela pergunta. Então Ygur mudou logo de assunto.- Me ajuda a levantar?

- Claro.- Disse Karla dando a mão para ele e ajudando a levantar-se.- Não é melhor manda eles pararem? Se não vai acontecer a mesma coisa que aconteceu com a gente.

- É acho melhor mesmo.- Disse ele cruzando os braços e então os dois gritaram:- PAREM!