Uma Babá Especial escrita por Annie Meddina


Capítulo 2
Capitulo Dois — Ela está pavorosa!


Notas iniciais do capítulo

demorei mais cheguei. u-u;

Boa Leitura!



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Capitulo Dois — Ela está pavorosa!







— Oh My God! Você esta pavorosa! — exclamou Jacob ao vira-la de frente ao espelho, só não estava pavorosa como irreconhecível. — eu tenho que admitir, eu sou de mais.







— Estar perfeito Jacob, você se superou na caracterização tenho que concordar. — Eu estou realmente...

— Horrível, feia, monstra... — Ele completou.


Bella se contemplava ao grande espelho, seu vestido próprio de uma solteirona, era estampado com flores multicoloridas. Muito desproporcional e folgado nos ombros. Entretanto, acentuava seu generoso busto resultado de um enchimento.


Ela Fixou seu olhar em seus óculos de grandes promoções e que tomava quase seu rosto inteiro. Ele tinha realmente certo grau e Bella tinha certeza que sua visão estaria um pouco comprometida. E isso daria mais realismo à pessoa desengonçada que teria que representar.


Sua tez e os lábios estavam descoloridos resultado da maquiagem milagrosa do seu amigo. Suas sobrancelhas eram tão grandes e grossas que faltava pouco para se unirem. Seu queixo tinha uma prótese que o projetava para frente dando desproporção a seu rosto em formato de coração.


O cabelo castanho estava penteava para trás e tão puxado que reduzia a flacidez que pudesse haver ao redor do queixo e do pescoço.

Uma fina rede para cabelo de renda cinza cobria seus cabelos e usava um adorno absurdo que parecia nem mais nem menos que duas agulhas de tricotar cravadas em ângulo reto no coque baixo.


— Acho que falta isso, para completar o estilo matrona nunca casarei. — Disse Jacob dando-lhe uma caixinha.


Ao abri-la Bella viu uma prótese dentaria.

— Isso é mesmo necessário JB? — Perguntou ela.

— Se você não quer tua voz reconhecida acho melhor reconsiderar. — Anda experimenta.

Ela abriu a caixinha e tirou lá de dentro a dentadura, fez uma cara de nojo. — Alguém a usou?

— Claro que não sua boba, mandei fazê-la especialmente pra você.

Bella a usou e viu que era um pouco difícil fechar a boca.

— Jacob! Oh Deus.


E como esperado sua voz saiu anasalada e esquisita.


— Perfeito. — exclamou ele.




— Oh não se esqueça do guarda-chuva e da sua bolsa, senhoras pudicas não andam sem guarda-chuva, creio eu para uso de defesa, só acho.




— Ah, Jacob não sei o que seria de mim sem você.

— Você não seria nada, meu bem. — Exclamou ele

— Menino malvado. — Brincou Bella dando-lhe pequenos beliscões na bochecha dele.

E ambos caíram na risada.

— Eu estou me sentido no seriado de a Betty a feia. — Ou melhor, a própria Betty a feia.

Bella se virou e viu que era observada, Jacob tinha um olhar serio.


— O que?


— Tem certeza que vai fazer isso mesmo Bella, tipo eu sei que vale a pena. É sua filha e tal, mais será que você vai conseguir engana-lo e se ele descobrir e...?

— Eu sei que é errado mais ele é o único culpado por eu estar tomando essas medidas drásticas. E não se esqueça de que sou boa atriz, lembra-se daquela peça que fiz quando Leah teve aquela virose e ficou de cama. Eu teria sido uma grande atriz se tivesse seguido a minha pequena carreira. Ninguém suspeitou que eu não fosse a Leah no palco. Eu fui excepcional.

— Vejo que não aprendeu nada comigo sobre modéstia.

— È você tem razão.


Depois de se livrar dos seus disfarces Bella o abraçou apertado.



— Obrigada meu amigo, pelas dicas e por me emprestar seus materiais. Isso é muito importante pra mim.


— Não por isso, espero que dê tudo certo e que sua filha a aceite. Agora me deixe ir, você sabe que não gosto de despedidas. E ainda nem fui à reserva visitar meu avô e tenho que voltar a Londres ainda amanha.

— Diga-lhe que o visitarei em breve e mande um grande beijo para Leah. Sentirei saudades — Disse Bella olhando-o entrar no carro. Ele deu seu ultimo aceno e partiu.


Ela se voltou e entrou em sua casa, muito silenciosa e bucólica. Naquela tarde, o céu estava nublado, Contribuindo para sua solidão.


Ela ligou para Alice para acertar os detalhes do dia seguinte.







— Dia seguinte —









~~



Bella caminhava com passos decididos, ao passar muitas cabeças se voltava e dessa vez ela tinha que concordar, não era sua beleza que estava chamando a atenção.

Ela riu com seu pensamento e o rapaz que passava ao seu lado se afastou um pouco, quem poderia o culpar. Ela estava realmente feia.

Ela continuou rindo, mais era mais para tentar esconder o nervosismo que a dominava.


Ela se dirigiu a recepcionista e esta a olhou com suspeita. Não era todo dia que aparecia uma matrona mal vestida no saguão do edifício.



— Posso ajuda-la? — perguntou a mocinha bem vestida e maquiada.


— Claro, meu bem, tenho uma reunião com o senhor Cullen. — Disse Bella e sua voz anasalada ecoou pelo prédio instintivamente as cabeças foram se levantando e pousaram nela, Bella fingiu que não havia visto.


— Como devo anuncia-la? — Perguntou a mocinha.


Bella a olhou assustada, só agora se dando conta que não havia escolhido um nome. Ela tinha que usar um nome falso e sua cabeça deu um branco, não poderia ser um nome qualquer. — Pensou ela decidida.


Oh Deus Alice chegaria em breve e não teria como informa-la.


— Senhora?

— Senhorita.

— Então qual o seu nome?

— Meu... Nome...

— sim, poderia me informar por gentileza.

— È...


Bella olhava ao redor, uma mulher sentada com uma revista na mão chamou sua atenção, Bella tentou ver algum nome interessante na revista e finalmente achou.


Bella se virou e encontrou o olhar paciente e carrancudo da jovem.


— Meu nome é Violet Lookwold, a candidata à babá.


— Só um minuto. — Disse ela se voltando e falando ao telefone.

— Pegue o elevador no fim do corredor, ele a espera no quinquagésimo andar.


— Obrigada querida. — Ela agradeceu e se dirigiu ao corredor, parou por um momento analisando sua roupa. Vendo que estava tudo no seu devido lugar prosseguiu acompanhada de olhares e cochichos.



Já no elevador seu nervosismo estava tomando proporções gigantescas. Ela respirou fundo várias vezes e ordenou se acamar. — Vai dar tudo certo. Vai dar tudo certo. Seu mantra a deixou mais calma e ela já se preparava para dar vida a senhorita lookwold quando o elevador se abriu.



Ela se deparou com a pesada porta, acima a placa prata com o nome “Edward Cullen presidente”. Bella respirou fundo novamente e bateu a porta.



— Entre!


A voz de Edward penetrou em seus ouvidos como uma sinfonia. Aquela mesma voz a fizera suspirar diversas vezes no passado. Se concentre Bella.

Ela entrou em seu personagem e entrou tentando ignorar suas pernas bambas e deu o primeiro passo dentro do grande e elegante escritório, ele estava concentrado em empilhar algumas folhas de documentos e a mandou fechar a porta e só depois levantou o olhar.





Edward elevou a vista dos contratos que tinha diante para observar com olhar crítico à senhora que entrava em seu amplo escritório, ele era revestido de paredes cobertas de livros. As pesadas cortinas de tom escuro estavam abertas para deixar que entrasse a luz pelas janelas, mas o dia era cinza e nublado em Forks naquela manha e resultava difícil avaliar o aspecto da senhora com detalhe. Entretanto, ela se aproximava dele com passo firme.






Então entrou no círculo de luz que rodeava a mesa de mogno profusamente cinzelada e, pela primeira vez em quinze dias, Edward sentiu novos ânimos. Ela não era verdadeiramente uma senhora, deveria estar na casa dos trinta ou mais jovem. E era totalmente desprovida de beleza.



Desprovida de beleza era um eufemismo comparado ao que ele via.




Não cabia a menor duvida: Alice conseguira uma babá que combinava a suas necessidades. Séria e sem atrativo, mas não tão velha que assustasse.





Ele se levantou estendendo a mão.



— Sou Edward Cullen, muito prazer.

— Violet Lookwold, ou simplesmente senhorita Lookwold, gosto de formalidades. E o prazer é meu.


Edward estremeceu ao ouvir sua voz.



E Bella apertou sua mão, estava quente e suave e imagens daquelas mesmas mãos a fez recordar momentos que era bom ficar bem escondidos para seu próprio bem. Ela soltou a mão dele rapidamente ao sentir pequenas descargas elétricas.


A carga elétrica que trocaram não ficou despercebida pra ele também.

Ele pareceu confuso, ele sentou-se e a convidou a sentar-se a sua frente.


Bella colocou sua horrível bolsa de malha de tapete no encosto da cadeira, que parecia mais uma mala, era muito gasta e de proporções gigantescas, tão grande que a alça ficava à altura da cintura e o baixo golpeava seus joelhos. E seu guarda-chuva ela o colocou na mesa lustrosa dele. Ele acompanhava seus movimentos e ficou esperando pacientemente.


O vestido que ela usava era... Edward não tinha como defini-lo. Era púrpura e lhe assentava muito mal, muito folgado. Porém, ela tinha um generoso busto e uma fina cintura não que ele tivesse olhado com interesse, claro.


Ele Fixou-se em seus óculos enormes e que parecia do século passado, sinal seguro de uma vista pobre e uma excessiva dedicação à leitura. Possuía a cútis e os lábios descoloridos.


Edward ainda olhava para sua cabeça, especificamente nas agulhas de tricô.


— Aceita um café, um chá?


— Um chá, por favor, eu não bebo café, me faz mal sabe... Gases. — Disse Bella se aproximando com se compartilhasse um segredo e queria gargalhar da cara do Edward. Era tão cômica a cena mais ela se segurou.

— Oh, entendo. Um chá então. — Disse ele pregando um interfone e fazendo o pedido.


— Creio que Alice já explicou todos os detalhes.


— sim, sim... Ela me informou. Disse-me que sua filha era um encanto. Mais se fosse à criança mais selvagem do mundo eu a domaria. — Disse e deu-lhe um sorriso afetado. — Creio que tenha visto minhas referencias, sim? Que eram Todas falsas. — Pensou Bela.


— Oh claro, minha filha é um encanto de criança. Você ira adora-la.


— Assim espero. — Disse Bella vendo o brilho que desprendia de seus olhos ao falar da filha, nossa filha. ­ — Pensou ela.

Ele havia sido um ótimo pai e Bella tinha certeza e aquilo a machucava por dentro e ela era a única culpada de ter perdido tudo.


Uma batida à porta os interrompeu.


— O chá. — Disse Edward.

Uma moça entrou equilibrando uma bandeja e depositou na mesinha e tão silenciosamente como entrou saiu.


— Sirva-se — pediu ele.



Bella pegou a delicada xícara uma genuína peça chinesa decorada com pequenas flores e levou aos lábios sorvendo um gole e suspirando em seguida.


E esse som chamou a atenção do Edward que olhava a cena encantado e mais ainda com as delicadas mãos da senhorita Lookwold. Ela tinha mãos de fada, talvez a única parte atraente nela. — Pensou ele.


— Delicioso.


— Hã.

— O chá.

— Sim... Eu imagino.

— Quando começarei? — perguntou ela bem direta.

— Não sei se Alice lhe informou, ela virá aqui e a levara até o colégio da minha filha. Pra ela se acostumar com a senhora.

— Senhorita.

— O que.

— Senhorita, senhor Cullen. Não sou casada.

— Me desculpe.

Bella balançou a mão dramaticamente em um gesto não foi nada.


— Ótimo, então começo hoje mesmo. — Era mais uma afirmação do que uma pergunta.


— Se não for nenhum incômodo.

— Nenhum, será um prazer.

— Tem alguma duvida, pergunta?

— Nenhuma senhor Cullen.

— Então estamos acertados.


Bella concordou e sorriu grande com suas fileiras de dentes projetados acompanhado do som Oinc Oinc que lembrava grunhindos de porco.



Edward teria caído para trás se não fosse sua confortável poltrona, a nova babá era esquisita. Mais viu sinceridade nas palavras dela e pelas recomendações era uma ótima profissional. E ele ficaria de olho nela só para garantir a segurança da sua filha.



Ela ainda ria abertamente quando a porta foi aberta de supetão.


A cabeça da Alice apareceu no vão.

Edward deu suspirou e agradeceu mentalmente a Alice por ter os interrompido.

— Atrapalho? — Perguntou ela sem da tempo de uma resposta e já entrando.


Bella se levantou e foi cumprimenta-la.


— Alice querida, há quanto tempo. Venha me der um abraço e minutos depois Alice estava afundada entre os volumosos seios da senhorita Lookwold.


— Violet Lookwold— sussurrou Bella ao ouvido da irmã. E a soltou.



— Senhorita Lookwold, como esta?


— Ótima minha doce e querida Alice. Continua linda.

Alice lhe dirigiu um olhar de não exagere.


Edward as observava e não entendia por que com ele tinha que haver formalidades. Elas pareciam amigas inseparáveis, que não se viam há muito tempo e a forma que elas se abraçavam... Parecia que já tinha visto aquela cena em algum lugar.



Elas se separam e Alice se voltou para Edward.


— Eu não falei que ela era perfeita e adorável?

Oh sim

— Muito adorável. — disse Edward se levantando e cumprimentado Alice beijando nas duas faces.

— Bom, vamos senhorita Lookwold. Temos uma garotinha impaciente para pegar.


— Claro. — disse Bella estendendo a mão ao Edward.


— Foi um prazer senhor Cullen.

— O prazer foi meu e seja bem vinda a minha casa, meu motorista se encarregará das suas malas.

— Agradeço. Vemos-nos mais tarde.

Ela começou a se afastar e ele a chamou, Bella ficou paralisada.

— Seu guarda-chuva.

Ela suspirou alto e pegou o guarda-chuva.


Alice foi a primeira a sair, Edward acompanhou Bella até a porta. Ela ao passar deixou um rastro do seu perfume prendendo a atenção dele, as portas do elevador já se fechavam quando ele se deu conta que ela tinha o mesmo perfume da Bella. Morangos.

 

 

 

 

 

 

 



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Notas finais do capítulo

hey guys! comentem e me faça feliz!

bjs



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