Capítulo 27

– Festa dos Fundadores

Os três entraram na limusine que os levaria até a mansão enorme dos Lockwood. Eles bebericaram taças de champanhe, não querendo exagerar, pois ainda estava no fim da tarde e não seria elegante já entrar alegre na festa.

Eles chegaram, cumprimentando a todos. Klaus encontrou seu irmão, Elijah, apresentando-o a Caroline, onde começaram uma conversa animada.

Rebekah aproximou-se de sua mãe, que conversava com Grace Salvatore, mãe de Stefan. Elena foi cumprimentar a mãe, arrastando Damon junto. O pai de Elena estava conversando com Mikael e Giuseppe, Jeremy estava com seus amigos mais ao canto, indo para o lado de fora, e Margaret brincava com as outras crianças.

Katherine não estava a vista.

Damon pediu licença a Elena, indo cumprimentar seus antigos amigos de colegial, Mason e Alaric, que estavam na cidade para a festa. Os três começaram a conversar, e logo o assunto de Elena surgiu:

– Falando sério, Damon. O que você sente pela Elena? Está claro que ela não é mais uma. – disse Alaric, após observar Damon olhando Elena, que estava do outro lado do salão, rindo com Caroline.

– Eu não sei, Ric. Quando eu estou com ela, eu me sinto uma pessoa melhor, não sei... – suspirou Damon, virando-se para Alaric.

Alaric e Mason apenas observaram Damon, em silêncio.

– O que? – perguntou Damon, um pouco irritado.

– Você está apaixonado por ela. – disse Mason, finalmente.

– O que? Não! Claro que nã... – disse Damon.

– Você acabou de dizer que se sente uma pessoa melhor quando está com ela. Você estava olhando para ela que nem um bobo, Damon. E você mudou. Você andava bebendo e não querendo nada. Aí você vem me falar que até começará um estágio da empresa do seu pai? Faça-me o favor, Damon! Você está mudando por causa dela! – disse Alaric.

Damon apenas ficou olhando para Alaric.

– Cara... – ele finalmente falou. – Eu estou apaixonado pela Elena.

– Olá. – disse Katherine, usando sua voz mansa ao chegar perto de um jovem homem, que arregalou seus olhos ao vê-la. Ela sentou-se ao seu lado no bar, pedindo ao barman apenas um drink de morango.

– Boa noite. – disse o homem, com uma pronuncia britânica. – Katherine Gilbert, correto?

– Pelo jeito minha fama me precede, Elijah Mikaelson. – disse Katherine, piscando um olho para o rapaz.

– Digo o mesmo. – o rapaz sorriu. Os dois começaram a conversar animadamente, até que Katherine percebeu Meredith e seu par, Kol, por trás de Elijah. Kol estava distraído, e não percebeu o balançar suave da garota para Katherine. Katherine acenou minimamente em resposta, continuando a conversar com Elijah.

– Ande logo, Meredith! – sussurrou Hayley ao se aproximar da tenda quando percebeu que a garota havia parado no meio do caminho.

– Aquela putinha traiçoeira! – xingou Meredith.

– O que foi? – perguntou Hayley.

– Olhe. – Meredith apontou um casal ao canto. A menina baixinha trajava um vestido preto e branco, seus cabelos arruivados mais curtos, em um corte Chanel. Ela ria para um garoto alto, com covinhas, que enlaçava seu braço na cintura dela.

– Aquele é o seu irmão com Bonnie Bennett? – perguntou Hayley, incredulamente.

– Ele vai ouvir muito quando chegar em casa. – O rosto de Meredith estava vermelho de raiva.

– Deixe isso para depois, Meredith. Temos um trabalho a fazer. – disse Hayley, puxando a garota para dentro da tenda.

– Com licença, Sr. Mikaelson. Posso tirar uma foto do senhor e da senhorita? – perguntou um fotógrafo que estava cobrindo a festa para publica-la na página seis. Caroline e Klaus se viraram para ele.

– Claro. – disse Caroline, com Klaus apertando sua cintura. Eles posaram juntos, e o flash da câmera os cegou por um momento. O fotógrafo agradeceu e seguiu seu caminho, parando para fotografar Rebekah e Stefan mais adiante.

– Sairemos na Página Seis. – Klaus fez uma careta.

– Não gosta da Página Seis? – perguntou Caroline, confusa. A família Mikaelson era uma frequentadora assídua da página seis.

– Não quando ela relatava minhas travessuras de adolescente. Minha mãe sempre descobria por lá. – respondeu Klaus, enquanto Caroline dava uma risada audível. Caroline olhou em volta e um casal que estava sendo fotografado chamou sua atenção.

– Aquela é Bonnie e o irmão de Meredith Sulez? – Caroline perguntou, incrédula. Bonnie parecia muito baixinha perto dele, e ela havia cortado seus cabelos, rente ao seu queixo. Estava quase irreconhecível.

– Irmão! – chamou Elijah, alcançando Klaus. Caroline desviou sua atenção de Bonnie para ele. – Não acredita no que me ocorreu.

– Pela sua animação, julgo que conheceu uma deslumbrante mulher. – respondeu Klaus, calmamente.

– Sim! Katherine Gilbert... Uau, ela é tão... – começou Elijah, mas foi interrompido por Caroline.

– Katherine Gilbert? Tipo, Katherine Gilbert? Você está louco? – disse Caroline, mas Elijah a ignorou, continuando a falar com Klaus. Caroline bufou. “Elena tem que saber disso”.

Damon e Elena dançavam lentamente ao som da música calma, em um canto distante. Seus braços estavam em sua cintura, e as mãos de Elena passavam em seu pescoço, entrelaçando-se com seu cabelo negro.

– Elena... – Damon a chamou. Elena, que estava dispersa, voltou sua atenção a ele.

– Sim?

– Eu... Olha não é fácil o que eu estou para te falar agora...

– Fale, Damon. – Elena o encorajou.

– Eu... – ele respirou fundo. - Eu te... – Damon foi interrompido pela voz da Sra. Lockwood falando no microfone, anunciando a homenagem.

– Senhoras e senhores. É um prazer estar aqui, em mais uma festa dos Fundadores! – ela falou, e todos aplaudiram.

– Olhe, é agora que Rebekah será homenageada! – disse Elena, animadamente, saindo dos braços de Damon.

– Elena! - Caroline surgiu ao seu lado e Damon deu um suspiro.

– Como todos sabem, todo ano nós homenageamos uma instituição de caridade. Uma instituição que obteve vários bons resultados durante o ano. Que mudou a vida das pessoas. – a Sra. Lockwood sorriu. – É um prazer informar que nossa homenagem deste ano é a Instituição Mikaelson para Jovens com Bulimia e Anorexia! – mais aplausos. – Por favor, recebam a senhorita Rebekah Mikaelson. – Aplausos novamente enquanto Rebekah subia no “palco” para fazer seu discurso. Um vídeo sobre a Instituição começou a passar no telão atrás dela.

– Obrigada. Obrigada. – os aplausos cessaram. – Sabe, minha mãe criou esta instituição para, inicialmente, me ajudar. Passei por um período difícil, alguns anos atrás, e ela quis me motivar a seguir em frente, fundando a IMJBA. – Rebekah sorriu, continuando seu discurso.

Mas o vídeo que estava passando mudou, passando imagens de uma garota loira, beijando um cara bem mais velho que ela, em uma posição que insinuava muitas coisas. Os burburinhos começaram, e aumentaram muito mais quando viram que a garota loira era Rebekah.

– Oh meu Deus! – exclamou Elena. Rebekah, estranhando os murmúrios, parou seu discurso, olhando para o que apontavam acima de sua cabeça. Ela viu as fotos, e cambaleou, quase caindo.

– É o professor Alexander! – gritou a voz de uma garota lá atrás, que Caroline não conseguiu identificar.

Os olhares de quem haviam ouvido focaram no tal professor, que segurava um copo de uísque no bar, olhando chocado e apavorado para as imagens. Caroline focou Klaus, mais adiante, que possuía os punhos cerrados, rentes ao corpo.

– Oh. Meu. Deus. – falou Elena, novamente.

– Puta merda. – disse Caroline, de olhos arregalados. – Fudeu tudo.