Eclea escrita por Matt Chosmos


Capítulo 5
O encontro




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As 12 anos, Eclêa ganhou um cachorrinho. Deu o nome de Fefeu. Ele era doente, era um cachorro econômico. Na verdade, não se sabia se era uma doença ou não. varias casos de cachorros que fazem isso por que criaram hábitos. Ele comia o própio cocô. Mas isso durou muito tempo. Provavelmente, era uma doença. Mas nunca falaram isso para ela. Ela era feliz com ele. Até que ele começou a mostrar os sintomas, Diarréia, vômitos, entre outros. Tiveram que manda-lo para o veterinário. Ela ficou muito triste, mas hoje nem lembra disso.
 

O que aconteceu foi bem engraçado. A mãe abriu a porta, mas quando viu sua filha, não a reconheceu, e fechou a porta até a metade com medo. Eclêa falou que era ela, mas ainda sim a mãe não conseguira acreditar. Afinal, ela não parecia ela. Estava horrível. A irmã apareceu. Percebeu que a irmã estava bem mais magra e pintou o cabelo de vermelho, mas a mãe parecia igual. Contou histórias do seu passado, mais ainda sim a mãe e a irmã não acreditavam. Fazia tanto tempo. Ela poderia ter sido sequestrada que torturada, e roubaram as informações dela. Mas não foi isso que aconteceu. Então, casada de tentar provar que era ela, contou um segredo que só as três sabiam e que haviam jurado não contar para ninguém. Silêncio. Perceberam que ela realmente era ela e não outra, uma sequestradora ou algo assim. Se abraçaram, e diferente do que Eclêa pensava, ocorreu aquele momento de fraternização. Entraram. Perguntas foram feitas, perguntas foram respondidas. Decidiu contar sua história, desde que foi para São Paulo.

Contou sobre o desfile, que não conseguiu entrar, sobre o marido que traiu ela, sobre sua estada em São paulo, sobre como foi trabalhar na empresta Xovasca. Falou de incêndio, e todos riram. Era engraçado. Mas depois voltaram a ficar tristes. Quando terminou de falar, entrou os presentes. Elas adoraram, mas não entenderam muito bem o por quê dos presentes. Não aceitaram o dinheiro, para alegria de Eclêa. Conversaram muito sobre seu passado. Ficaram impressionadas em tudo que aconteceu com ela. Quando a cada já estava cheirando a rato morto, decidiram que seria bom um banho. Eclêa abriu o chuveiro, mas estava faltando água. A mãe e a irmã sairam para comprar roupas novas para ela se vestir. Foi aproveitar para rever a casa. Tinha ficado mais moderna. Com uma televisão maior. As camas mudaram. Pintaram de cores diferentes, pelo que ela lembrava, mas só acha diferente, não lembrava bem as cores originais. O resto parecia igual, exceto por alguns móveis diferentes, quando ela se lembrava. Voltou para o banheiro. A água já havia voltado. Quando estava acabando o banho, a mãe chegou com a irmã e roupas. Deixaram no quarto. Passaram desodorante do ar que também compraram. Vestiu-se. Aliviada, agora poderia falar com a mãe e irmã tranquilmente.

Avisaram a ela que a situação monetária da casa não era das melhores. Estava bem apertado. Ela teria que arrumar um emprego para não pesar muito na situação. Falaram sobre coisas aleatórias depois. Descobriu que a irmã tinha arrumado um namorado, e depois terminou com ele anos depois. Ela tinha 35. Conversaram até chegar nas lembranças do passado. Sentiram falta do pai. Não tem como não sentir, ele fora um homem muito bom. Fazia tudo para as filhas, e o que não podia fazer, compensava. Havia muitos momentos bons, e ruins. Passaram horas conversando. Anos longe, tinha muita coisa para por em dia.

Ficaram até a noite conversando. Decidiu que no próximo dia deveria ir procurar um emprego. Mesmo que não fosse muito bom, que o salário fosse baixo, ou meio período. Tudo ajudava.

Despertou as 2 da tarde. Estava realmente cansada. Decidiu descansar mais um pouco. Iria amanha.

Andou muito. Procurou em vários lugares. Mercadinhos, casas grandes, pequenas lojas, entre outros. Provavelmente não queriam por causa da idade. Ela não era tão feia. Porém, quando estava desistindo... ela encontrou. O lugar perfeito. Encontrou.



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