Where Is My Mind? escrita por Darleca


Capítulo 4
Capítulo III – Reações Inesperadas


Notas iniciais do capítulo

Olá, povo!
Mais um capítulo aí, ó! Hoje, realmente calhou de acontecer tudo o que eu NÃO TINHA planejado. Mas, para tudo tem o seu lado bom. Deu tempo de eu revisar o cap e postá-lo aqui.

Olha isso, em 4 dias, 4 capítulos postados! Ninguém pode reclamar, viu? Sou bem dedicada mesmo! u.ú

Quero agradecer à Florrebeldee pelo comentário! Continua lendo que você vai gostar! Te garanto!

Boa leitura!



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10 de Março

— Amnésia retrógrada. Ele não consegue se lembrar do que aconteceu antes do trauma. Devido a lesão que sofreu no lobo temporal medial.

J’ohn J’onzz explicou para todos o sintoma identificado de Bruce; sequela que o marciano não tinha certeza se seria temporária ou permanente. E explicou também o seu motivo por não assistência-lo por meio de seus poderes já que poderia causar muito mais danos à saúde mental de Bruce do que, de fato, ajudá-lo.

— E o que a gente faz agora? O cara resetou! Nem sabe mais quem ele é! Nem nos conhece. – Sempre ligeiro, Flash fez, à sua maneira, a pergunta que todos faziam em silêncio.

— Mostraremos pra Bruce algo que possa trazer suas memórias de volta. Mas, no momento, ele precisa entender o que aconteceu e saber que pode confiar em nós – Superman pronunciou. — Ele precisa de tempo.

— Concordo. – Alfred apareceu, chamando a atenção de todos. — Enquanto isso, poderiam fazer a gentileza de levarem-me à Gotham para que eu possa providenciar a parte mais dolorosa deste plano?

21 de Março

Bruce adaptou-se bem a sua nova condição nos dias seguintes. E, mostrando que havia se recuperado rápido, mesmo sentindo dores, conseguia sair da cama sozinho. No convívio com os outros heróis, mostrou-se mais curioso e sociável, muito diferente daquele que todos conheciam bem. Era estranho. Ele parecia ser outra pessoa.

Mesmo assim, os membros da Liga concordaram em dizer a ele quem eles eram. E houve surpresa por parte dele em saber que era um herói conhecido e que fazia parte da equipe, além de ser um dos co-fundadores da famigerada Liga da Justiça.

— Então... sou um de vocês?! – Não conseguiu conter o entusiasmo na voz. Afinal, aquilo soava como um completo absurdo... irado, mas absurdo.

— Isso mesmo! – Flash, à caráter e sorridente, confirmou.

— Bom, não é bem como nós. Digamos que você é bem mais espalhafatoso, psicótico e metido à besta. – Hal Jordan, também à caráter, não precisou pensar muito ao dar a indireta, arrancando risadas de Flash.

Bruce indagou com ironia:

— Não sei quanto ao psicótico, mas... Espalhafatoso e metido à besta? Eu não deveria fazer parte da Tropa dos Lanternas Verdes, então?

Flash gargalhou após ver a expressão de incômodo de Hal. Mas tanto Hal quanto Wally estranharam ao presenciar seu carrancudo companheiro de equipe fazer algo que nunca fora visto antes; rir.

Bruce parou no mesmo instante ao notar os heróis calados e extremamente surpresos. Pigarreou, desconcertado, até mesmo com o som da própria risada que parecia de alguém que aprendera a arte de rir apenas recentemente.

— Você é um maluco excêntrico que usa uma fantasia de morcego gigante e sai batendo em todo mundo como um lunático psicopata porque não conseguiu superar os seus traumas. É por isso que você não está na Tropa. – Hal murmurava sem ligar se seria ou não ouvido por Bruce, enquanto cruzava os braços com a cara meio emburrada.

— Tá! Já chega... – Flash aniquilou qualquer possibilidade de discussão ao mudar rapidamente de assunto. — Não importa, Morcegão. Logo, logo, você vai se lembrar de tudo e ficará tudo bem.

Hal sussurrou ao dar alguns tapas no ombro do amigo escarlate:

— Sempre otimista, né, Flash? Mas já parou pra pensar que se ele voltar como era antes não ficará tudo bem? – Depois se voltou para o amigo desmemoriado. — Bom, Bruce, precisamos ir... Descansa.

Em retirada, os heróis se depararam com a Mulher Maravilha na porta. Ela estava curiosa para saber o motivo dos risos. Hal e Wally, dissimulados, se despediram rapidamente da morena, deixando-na a sós com Bruce.

— Acho que a piada foi boa... – ela começou.

— Não é tão impossível rir de um cara que só consegue criar numa britadeira verde gigante. – Ele sorriu, entretido com outra coisa.

— Grande Hera... Você realmente fez uma piada – mencionou, surpresa.

— Pelo jeito, eu deveria ser o cara mais chato do planeta. Está surpresa porque fiz uma piada bo... ba? – Até aquele momento, Bruce não havia visto Diana vestida como Mulher Maravilha, e apesar de parecer, não era frequente suas visitas. Era uma mulher muito ocupada.

— O que houve? – Diana procurou algo que pudesse estar errado em seu uniforme devido a surpresa de Bruce.

— Não... É que... – Ele parou como se estivesse escolhendo as palavras certas para dizer à ela. — Era você que eu vi... eu agora me lembro. Você estava aqui quando eu acordei.

— Isso mesmo! – Diana não se conteve da alegria que sentiu, um sorriso radiante surgiu em seu rosto. — Consegue se lembrar de outras coisas... Outros momentos?

Desta vez, uma sombra parecia surgir no rosto de Bruce. Era decepção.

— Não, sinto muito. Vocês estão me ajudando a descobrir sobre mim mesmo e serei eternamente grato por isso... só é... É triste se dar conta do quanto da minha vida eu perdi, as memórias do meu passado e de quem eu sou... ainda que seja mais triste saber que eu sequer sou capaz de fazer uma piada – respondeu resignado.

Parecia um tanto frustrado com as descobertas. Aquele comportamento era muito diferente daquele que Diana estava acostumada.  

— Não era seu costume, apenas. Estava sempre sério e concentrado em suas atividades e vigilância.

— Recluso, você quer dizer...

— É difícil acreditar que você tenha um senso de humor, só isso. – Sentiu-se tentada a provocá-lo. — Mas você pode mudar.

— Ou até deveria ter, só não muito bom... – Ajeitou-se na cama, repousando o braço engessado em seu colo. — Na verdade, ainda não sei como agir com vocês. Isso tudo é muito incrível pra mim. E sobre essa... loucura de ser um herói... Não consigo me imaginar salvando alguém.

— Diz isso agora, mas quando estiver exposto a uma situação que precisará salvar alguém, você o fará. Fez isso por muito tempo e, mesmo não lembrando dos treinamentos, você acabará agindo por impulso. Puro instinto. E não tem que pensar em como agir com a gente. Só... Aja naturalmente...

— Quer dizer ser eu mesmo? – Arqueou uma sobrancelha, esperando que ela entendesse que seria algo um pouco difícil de ser feito já que ele mesmo não tinha a mais vaga ideia de como era. Entretanto, puxou outro assunto de seu interesse. — Diana, só quero saber, sinceramente, como tudo isso ocorreu. Onde eu estava, se tinha alguém comigo, se alguém se feriu... Ninguém me falou nada do acidente. É o que mais me incomoda.

Diana contou tudo o que sabia, o que foi lhe contado e o que ela presenciou, sem rodeios. E que foram ela e o Lanterna Verde, designados por J’ohn, na busca e resgate do herói.

— Quem é esse J’ohn? Ele não foi apresentado a mim – comentou.

— É mesmo? Bom, vou trazê-lo aqui.

Diana se retirou do quarto e, instantes depois, apareceu com um enorme ser verde na porta. No entanto, a reação esperada por Diana e pelo próprio J’ohn não foi a qual Bruce apresentou.


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Notas finais do capítulo

Confesso que sou mais fã do casal Selina/Bruce, e que essa é a primeira vez que escrevo uma história romântica, e ainda mais com esse casal - Diana/Bruce.

Gente! Eu adoro a Diana! Fique bem claro. É só questão de gosto mesmo...

Anyway... Sabemos agora o que acontece com o nosso querido Morcego e o que, talvez, a Liga junto com Alfred fará para ajudá-lo... Mas, como será a vida desse playboy desmemoriado?

Isso nós veremos nos próximos capítulos! Aguardem!

Até mais!