Confesso que fiquei com um titiquinho de medo do que ele iria fazer comigo. Jack é louco. Mas não poderia fazer nada de demais lá. Qualquer coisa era só eu gritar que, cabunf! Ele era expulso. Hehehe, sou do mal. Ta parei.

- Sai...daqui – disse ele cautelosamente, aproximando nossos rostos. Por mais que eu odeie aquele menino, naquela hora ele estava sexy, estava com vontade de dar um beijo nele.

- Me obrigue – sussurrei. Nossas bocas estavam milímetros de distancia, já sentia sua respiração. A cada segundo que passava ele ia aproximando mais. Até que a porta do nosso quarto bate e pulamos de susto, e lógico quebrou o clima.

- É...Savannah... O que você está fazendo aqui?

- Esse é o meu quarto. Não sabia não?

- Não. E dês de quando menina fica em quarto de menino?

- Dês de quando sua mãe coloca o nome do seu irmão na inscrição, ou da erro no sistema.

- Você vai sofrer aqui.

- Eu já estou achando que VOCÊ é que vai sofrer aqui – disse o fuzilando. – Eu vou sair daqui, não queiro estragar o meu dia ainda mais.

Dito isso eu fui andando pelo andar. Vários olhares pousaram em mim. escutava cochichos. Tive impressão de que alguém estivesse me seguindo. Então, parei e tentei olhar, sem virar muito a cabeça. Tentativa sem sucesso. Virei-me e fui em direção a outro elevador. Quando me virei não havia ninguém. Continuei andando e teclei o numero do andar em que Amy estava. Faltava muito pouco para a porta se fechar inteira, e uma pessoa aparece na minha frente, fazendo cara de mal, daqueles filmes de terror sabe, me fuzilando. Arregalei os olhos e perceber quem é que estava ali, e supostamente me seguindo enquanto eu conhecia meu andar.

- Gabriel? – disse assustada.

Tentei apertar o botão para o elevador parar, mas já era tarde demais. O que ele estava fazendo aqui? Aff, eu queria passar um tempo sem meus amigos, fora a Amy, que passei tempo demais sem ela. Não que eu seja uma amiga ruim, mas todo mundo tem o seu dia ou seu tempo de querer ficar sozinho. E eu estou neste tempo. Só espero que ele não fique de cu virado comigo. Assim que o elevador parou eu corri para o quarto de Amy. Não encontrei ela em seu quarto. Mas encontrei a Julliett.

- Oi Jullie! – disse sorrindo.

- Oi Sav – ela respondeu sorrindo também.

- Você sabe onde a Amy foi?

- Ela disse que ia te visitar – ai meu Deus. Ela vai dar de cara com o Gabriel.

- Ah... Ta... Muito obrigada Jullie.

- Imagina anjo – ain que fofete.

Quando me viro dou de cara com quem? Com quem? Com quem? Se você pensou no Jack, você está errada. O GABRIEL apareceu atrás de mim.

- Gabriel, o que você faz aqui moleque?

- Eu? Eu vim aqui. Já que você não é uma boa amiga para me convidar.

- Aff Gabriel! Vai começar? Poxa, eu já disse que minha mãe avisou de ultima hora.

- Ok, desculpada, não consigo brigar com você – disse ele me abraçando.

- Para de ser gay menino! – tentei dizer séria, mas a risada estava incapaz de eu segurar.

- Nossa menina, preciso te contar tantos babados! – disse ele com uma voz bem fina.

- Idiota para – disse rindo. Gabriel é muito retardado quando quer. Sinto meu celular vibrar, era uma ligação, então atendo.

- Alô?

- Savannah?

- Sim.

- É a mamãe filha.

- Eu sei. Fale mãe.

- Sav, você só vai ficar mais cinco dias ai.

- POQUE MÃE?

- Problemas filha.

- Que problemas mãe? Eu vim aqui pra justamente ficar longe desses “problemas”.

- Filha, entenda. Você volta daqui a cinco dias. Aproveite o Maximo que puder.

- Mas mãe! Cinco dias é pouco!

- Savannah! Sem mais nem menos! Cinco dias!

- Aff mãe! Não acredito meu!

- Pare de reclamar menina. Eu poderia ter te deixado ai só por mais dois dias!

- Mas porque só mais cinco dias? Não pode ser pelo menos uma semana?

- Não Savannah! Pare de teimar! Vou desligar.

- ESPERA!

- O que?

- A Amy vai voltar comigo?

- Não, ela só vai ficar uma semana.

- Ta bom. Tchau mãe, te amo.

- Tchau filha, te amo.

- Eae? O que deu?

- Eu vou só ficar mais cinco dias aqui.

- Problemas?

- Sim – fiquei pensando qual poderia ser. Nesses últimos dias os meus pais andam brigando. Eu só espero que minha mãe não tenha pedido o divorcio. Esse é o meu maior medo. Não gosto de ver os dois brigando. – Você vai ficar quantos dias aqui?

- Uma semana.

- Ah ta, então cuide da NOSSA Amy.

- Cuido sim. E porque você está no quarto dos meninos?

- Porque deu erro na inscrição, e tava no nome do meu irmão, aí o recepcionista deixou eu ficar no quarto dos meninos.

- Ah ta!

- Hehe – fiz uma cara de “hehe” com > e_e. – Vamos procurar a Amy. Preciso falar com ela. Aquela safada deve estar no meu andar.

- Essa Amy não tem jeito mesmo viu.

- E você ainda tem suas duvidas? – disse saindo do local em que estávamos, indo em direção ao elevador. Chegamos ao nosso andar e fomos ao meu quarto. Fiquei surpresa quando vi aquilo.