Um Viajante em Hogwarts escrita por warick


Capítulo 14
Encontro Supersecreto no Cabeça de javali.




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Capitulo 14 – Encontro Supersecreto no Cabeça de javali.

Eu, Rony, Harry e Hermione estávamos indo para Hogsmeade, enquanto eles conversavam sobre as suspeitas da Hermione que quem teria falado para Filch pegar a carta que o Harry mandou para Sirius era a Umbridge, que queria ler a carta, eu ficava pensando no que tinha acontecido no lago, as garotas ficaram frenéticas quando viram meus músculos, eu deveria usar roupas que mostrasse mais eles, mas não gostava de roupas coladas, então a conclusão era que eu ficasse sem mostrar os meus músculos ou ficar quase sem roupa para mostra-los...

Droga de hormônios! Eu só fico pensando em garotas, garotas e garotas, não consigo mais pensar na missão que me foi dada, por falar em garotas...

- Oi, Nathan, podemos falar um pouco com você? – perguntou Lilá Brown, que estava do lado de Padma Patil.

- Claro! – falei.

- Já vamos indo para o Cabeça de Javali. – disse Hermione puxando Harry e Rony.

Olhei eles desaparecendo na vila.

- Então... – comecei. -  o que vocês querem falar comigo?

- Não precisa ser tão grosso. – falou Padma.

- Desculpe, é que eu olho para seu lindo rostinho e me lembro do que a sua irmã fez. – respondi sorrindo envergonhado.

- Também não achei legal ela te abandonar sem mais nem menos. – falou Lilá. – mas ela gostava do Boot desde o ano passado, ela ficou com você só para ver no que dava, quando o Terêncio Boot falou que estava gostando dela, a Parvati terminou com você.

- Só servi para fazer ciúmes nesse cara. – pensei um pouco. – Aquela cena no Salão Principal foi por causa disso?

- Não, ela ficou chateada por você falar aquilo na frente de todos, o Terêncio se declarou nesse mesmo dia de tarde. – falou Padma.

- Por isso ela me evitou o resto do dia e vocês me olhavam com pena.

- Sim, mas você sabe que nós somos tuas amigas, falamos para a Parvati contar para você. – falou Lilá.

Elas estavam se revezando para falar, isso era estranho, parecia que elas já tinham programado um discurso para me convencer de algo.

- Se ela tivesse feito isso teria sido muito mais fácil para nós dois. – falei. – Obrigado por vocês me explicarem, sabe, eu até estava sentindo saudades de conversar com vocês. – fiz que eu estava pensando. – é claro que não estava com saudades da parte onde vocês faziam os questionários intermináveis sobre a minha vida.

Elas deram uma risadinha.

- Desculpa, mas você era o garoto novo, nós tínhamos que saber... – parou Lilá no meio da frase.

- Para falar para as outras fofoqueiras. – falei rindo, elas me olharam ofendidas. – Eu fui chifrado e vocês vão brigar comigo? – interrompi antes de elas poderem me xingar. – Vocês deveriam é me consolar. – falei maliciosamente.

Agora aconteceu uma coisa que me surpreendeu, ou melhor, não aconteceu uma coisa, elas não coraram, isso queria dizer que...

- Até que não é má ideia. – disse Lilá olhando famintamente para mim.

“Ops, o que foi que aconteceu com ela?”

- Concordo plenamente. – falou Padma.

Elas riram, eu tinha ficado vermelho.

- Cadê aquelas adoráveis garotas que coravam quando eu fazia um comentário desses? – perguntei olhando o céu.

- Elas viram o corpinho de um deus grego e perderam a pureza. – falou Padma.

- E que deus grego. – suspirou Lilá. – Como você conseguiu um corpo desses?

Elas tinham me visto no lago, será que todas as garotas vão ficar assim? Esse pensamento me animava e muito.

- Treinando lutas trouxas. – falei.

- Gostaria de fazer um “treinamento” com você. – falou Lilá sensualmente.

- Tenho um compromisso para ir. – falei envergonhado.

Elas riram.

- Cadê aquele cara que fazia todo mundo ficar vermelho? – perguntou Padma.

- Ele está envergonhado demais para aparecer. – falei.

Elas riram de novo.

Chegamos na frente de um bar de aparência repugnante com um letreiro com um desenho de uma cabeça de javali decepada sangrando.

- Que lugar eles foram escolher. – falei.

Elas concordaram, entramos e vimos que éramos os últimos a entrar, o bar por dentro era tão acabado quanto por fora, dentro dele tinha um barman que tentava limpar um copo com um pano imundo, uma senhora completamente escondida por um véu e um “pequeno” grupo, com 30 estudantes.

 Hermione estava fazendo um discurso sobre o porquê deveríamos começar a fazer o grupo de estudos.

- Aquilo não pode ser considerado uma aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, então pensei que poderíamos resolver esse problemas aprendendo sozinhos a nos defender, pois Voldemort voltou. – todo mundo fez uma reação exagerada por causa do nome, eu somente rolei os olhos.

- Onde estão as provas que ele voltou? – perguntou um jogador loiro do time da Lufa-lufa.

- Dumbledore falou... – começou Hermione.

- Ele falou, pois acreditou nele – disse o jogador apontando para o Harry.

- Quem é você? – perguntou Rony rudemente.

- Zacharias Smith, acho que temos o direito de saber o que te faz afirmar que Você-sabe-quem retornou.

Suspirei, esse cara é muito chato.

- O que me fez dizer sobre o retorno de Você-Sabe-Quem? – repetiu Harry olhando Zacharias nos olhos. – Eu o vi. Mas Dumbledore disse para toda a escola o que aconteceu ano passado e se você não acredita nele você não vai acreditar em mim e eu não vou gastar minha tarde tentando convencer qualquer um.

Todo mundo ficou em silencio observando o Harry, enquanto eu bocejava. Zacarias não conformado com a resposta disse:

- Tudo que Dumbledore disse para nós ano passado foi que Você-Sabe-Quem matou Cedrico Diggory e que você trouxe o corpo dele de volta para Hogwarts. Ele não nos deu detalhes, não nos disse exatamente como Diggory foi assassinado, eu acho que todos nós gostaríamos de saber...

Murmurei rapidamente “pseudo”.

- Se você veio para ouvir exatamente o que acontece quando Voldemort mata alguém eu não posso ajudá-lo. – disse Harry irritado.

- Opa! – falei, todo mundo prestou atenção em mim. – Não me olhem assim eu fico encabulado. – brinquei. – Se quiser saber como Voldemort mata alguém eu posso mostrar.

Me levantei de onde eu estava e fui para o lado o Smith.

- Agora pense que eu tenho uma cara de cobra e que essa parte aqui é lisa. – falei apontando para o nariz. – E imagina que eu tenho olhos vermelhos - saquei a minha varinha e disse na minha voz mais maléfica. – Avada Kedavra.

Um raio verde saiu da minha varinha e atingiu o rapaz, que deu um grito e tentou espantar alguma coisa da camisa, por causa da movimentação dele a cadeira tombou para trás com ele junto.

Cai na gargalhada, Fred e Jorge vendo a pegadinha riram também. O garoto se levantou e começou a se apalpar para ver se estava vivo mesmo.

- Como você fez isso? – perguntou Hermione curiosa.

- Segredo de pegador de peças. – falei para ela. – depois eu conto para vocês. – falei “sussurrando” para Fred e Jorge, coisa que todo mundo ouviu. – Mais alguém quer ficar falando idiotices? – perguntei maleficamente.

Ninguém se manifestou, então eu voltei a sentar na cadeira, o Lufano ficou calado no seu canto.

- Então – disse Hermione, sua voz preocupada. - Então... Como eu estava falando... Se vocês querem aprender alguma defesa, depois nós trabalharemos como faremos isso, com que frequência e onde iremos fazer a reunião.

- Eu sei um lugar. – falei. – Um ótimo lugar, para falar a verdade.

- Por que você não disse antes? – perguntou ela.

- Não me perguntaram. – respondi.

- Certo. – continuou ela. – Todos estamos de acordo que queremos ter aula com o Harry?

- Por que com ele? – perguntou o loiro chato. – Pelo que eu soube você é a melhor aluna do quinto ano.

- Porque ele é extremamente azarado. – respondi, todos olharam para mim. – O que foi? Olha a vida dele, nem tinha acabado de nascer ele teve que enfrentar o bruxo das trevas mais poderoso da atualidade, no primeiro ano lutou com Quirrel para salvar a pedra filosofal, segundo ano achou a câmara secreta e matou o monstro que tinha dentro, terceiro ano conseguiu afastar mais de cem dementadores com um único Patrono, quarto ano enfrentou as três provas do torneio tribruxo pois um comensal idiota colocou o nome dele no cálice sagrado...

- É cálice de fogo. – interrompeu Hermione.

- Que seja o nome, podia ser Santo Graal que eu não me importava. – falei dando os ombros. – Alguém acha que existe um cara mais azarado que ele? – perguntei.

Ninguém se manifestou de novo, será que eu era tão intimidador assim para ninguém querer retrucar o que eu digo?

- Certo - disse Hermione, olhando aliviada. - Bom depois, a próxima pergunta é com que frequência nós faremos isso, acho que uma vez por semana, alguma oposição?

- Por favor - disse Angelina -, nós precisamos ter certeza que não há aula durante o treino de quadribol

- Não - disse Cho -, nem no nosso.

- Nem nosso - disse Zacharias Smith.

- Eu tenho certeza que podemos encontrar uma noite livre - disse Hermione impaciente -, mas vocês sabem, a importância, de estarmos falando de aprender a nos defender dos Comensais da Morte de Voldemort...

- Bem dito! - disse Ernie Macmillan. - Eu acho que é importante, mais importante do qualquer outra coisa que vamos fazer esse ano! - olhou apreensivo, estava esperando pessoas dizerem "Claro que não!", como ninguém falou acrescentou; - Eu estou perdido querendo saber por que o Ministro mandou essa professora inútil num período difícil. Óbvio, eles não acreditam sobre o retorno de Você-Sabe-Quem, mandar uma professora que não quer que a gente faça qualquer feitiço...

- Nós achamos a razão de Umbridge não querer que pratiquemos Defesa Contra as Artes das Trevas - disse Hermione - é que ela tem uma idéia ruim de que Dumbledore possa usar os estudantes como um próprio exército. Ela acha que ele pode nos mobilizar contra o Ministério.

A maioria ficou surpresa, menos as pessoas que estavam comigo quando eu comentei isso no salão principal.

- Isso não está obvio? – perguntei.

Ninguém se manifestou de novo, isso estava me irritando.

- Então. – começou Gina. – Qual a frequência dos encontros?

- Uma vez por semana? – perguntou Lino Jordan, um Grifinório do mesmo ano que o Fred e o Jorge.

- Desde que não coincida com os nossos treinos de quadribol. – disse Angelina.

- Nem os nossos. – disse Cho.

- Nem os nossos. – disse Zacharias.

- Mandaremos uma mensagem para todos quando decidirmos quando vai ser a primeira aula – falou Hermione. - Eu acho que todos devem escrever seus nomes, só para sabermos quem está aqui. Eu também acho - ela respirou fundo - que nós não devemos falar o que estamos fazendo. Principalmente a Umbridge.

Hermione pegou um pergaminho e entregou para Fred, que prontamente assinou, pude ver que muitos dali não estavam querendo assinar

- Er... - disse Zacharias devagar, não pegando o pergaminho que Jorge estava tentando passar para ele. - Bem... Eu tenho certeza que Ernie me dirá quando será nosso próximo encontro,.

Mas Ernie pareceu hesitante também. Hermione levantou suas sobrancelhas.

- Eu... Bem... Nós somos monitores - Ernie falou. - E se essa lista for encontrada... Bem, eu digo... Você disse se Umbridge descobrir...

- Você disse para essas pessoas que era a mais importante coisa que você faria esse ano – Harry lembrou.

- Eu... Sim, sim eu ainda acredito nisso...

- Ernie, você acha que deixaremos essa lista por aí? – disse Hermione.

- Não, é claro que não – respondeu, ficando menos ansioso. – Sim, é claro, eu assinarei.

Depois de quase todo mundo assinar, só faltava eu, os gêmeos e o Lino se levantaram.

- Temos algumas coisas para fazer por aqui. – falou Fred saindo.

Aos poucos o grupo foi se dispersando.

Quando todo mundo saiu dei um suspiro.

- Isso precisava ser feito? – perguntei para Hermione apontando para o pergaminho.

- Isso o que? – perguntaram Harry e Rony.

- Essa azaração que ela colocou no pergaminho, não poderia ter colocado uma magia de sigilo? – perguntei.

- Nunca fiz uma magia de sigilo. – disse Hermione envergonhada.

- Você colocou uma azaração no pergaminho? – perguntou Harry.

- Sim. – confessou Hermione.

- Se queria alguma coisa secreta poderia ter planejado melhor esse encontro, podia ter conversado só com pessoas chaves de cada casa. – falei.

- Mas muitas pessoas não iriam confiar em poucos fazendo a reunião, eles tinham que ouvir tudo. – retrucou Hermione.

- Poderia fazer em um lugar um pouco menos chamativo que esse. – resmunguei.

- Menos chamativo? – perguntou Rony.

- Qual é? – perguntei surpreso. – Não me diga que você não acharia estranho um grande grupo de estudantes de casas diferentes indo para um pub de baixa qualidade, e com o principal de o cara mais rebelde de Hogwarts esteja no meio desse grupo?

Eles ficaram surpresos pelo jeito que eu falei.

- Sério que vocês não pensaram nisso? – perguntei surpreso. – Agora vão dizer que vocês não notaram que Mundungo Fletcher está nos espionando atrás daquele véu. – falei apontando para a bruxa de véu, que logo saiu do bar.

- Como você sabia? – perguntou Rony.

- Senti o cheiro dele, ainda tenho pesadelos com esse cheiro. – falei franzindo o nariz.

- Você está dizendo que o reconheceu por causa do cheiro? – perguntou Hermione não acreditando.

- Sim, por ser um animago tenho o olfato mais aguçado que o normal. – expliquei.

- Isso é impossível, mesmo a pessoa sendo animaga ela não ganha as habilidades... – falou Hermione que arregalou os olhos.

- A não ser que... – falei sorrindo.

- Que a forma animaga dela seja um animal magico. – recitou Hermione como se tivesse lendo um livro. – Mas isso é impossível, só ocorre quando o bruxo é muito poderoso, quase no nível de Merlin.

- Nossa, Merlin era tão fraco assim? – brinquei. – Isso é outra coisa de minha família, as transformações são passadas de geração em geração. – menti.

- Mas mesmo assim... – começou Hermione.

- “Há mais mistérios entre o céu e a Terra do que supõe a nossa vã filosofia” – recitei.

Ela ficou calada dessa vez.

- No que você se transforma? – perguntou Rony.

- Lembra-se do meu patrono? – falei rindo.

- Sim, por quê? – respondeu Rony.

- O que você acha? – falei saindo do pub.


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