Prólogo
-Papai, eu não quero ir!Quero ficar com você e a mamãe!- uma menina de cabelos castanhos presos numa trança única com um delicado vestido branco e rosa bebê rodado, puxava a beirada da calça de seu pai.
-Florence, você tem de ir. Aposto que sua mãe estaria muito feliz em te ver aqui. - O homem a colocou no colo. A sua esposa estava de cama com febre há vários meses.
-Mas eu não quero ir!- ela gritou.Seu pai a pôs no chão.Estava com uma cara séria.
-Florence...Vá.
-Mas eu não...
-Vá!
-Venha até mim querida!- uma freira alta e magra que estava na porta do chalé a chamou.- Aposto que você vai se divertir!
A menina olhou para o chão e refletiu.Depois voltou-se para o pai.
-Você irá voltar?
Ele ficou com um olhar distante e depois respondeu:
-Claro querida.Volto...um dia -voltou para a carruagem e lhe entregou duas malas marrons. Afagou o topo de sua cabeça de leve e acenou para a freira.Entrou na carruagem- Adeus!- acenou novamente. O cocheiro bateu as rédeas e os cavalos andaram.
A freira pegou a menina por uma mão e suas malas por outra. As duas entraram no elegante chalé de madeira com uma bandeira e uma flâmula azul na frente.
O homem disse voltava um dia, mas quando esse dia chegaria?
Não tão cedo, a menina descobriu.