A Verdade Sobre Lin. escrita por BlindBandit


Capítulo 6
Capítulo 6 - Revelando Segredos.




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Sokka voltou para sua casa de sempre, para seu emprego de sempre e para sua vida de sempre. Ou quase. 
Ele podia vê-la da janela de seu gabinete, a chefe da policia, Toda vez que ela saia na rua. As vezes cercada de seus policiais, as vezes sozinha. Sokka contentava-se em observa-la, com um leve sorriso no rosto. Ele podia se lembrar de tudo se fechasse os olhos. A garotinha no ring carregando um cinturão quase maior que ela, a filha única de uma família rica, a poderosa dominadora escondida em uma garotinha pequena e frágil. A sua melhor amiga, o amor da sua vida. 
Sokka suspirou. Dês de que ele havia voltado, a quase dois meses, ele e Toph estavam mais afastados do que nunca. Ela parecia evita-lo, mas Sokka precisava falar com ela. Ele escreveu um recado em um pedaço de papel e pediu para seu assistente entregar para a chefe Bei Fong. Ele sabia que alguém iria ler o bilhete para ela. 

Toph estava sentada em sua cadeira, e como sempre, o seu assistente lia os casos para ela, enquanto ela decidia o que fazer com cada um deles, Então um homem bateu a porta.
- Recado para chefe Bei Fong - disse o homem. 
- Ah céus, estou de volta ao colegial? – ela riu. – Leia para mim por favor. 
O assistente de Sokka entregou o bilhete para o assistente de Toph, que leu o bilhete.
“ Eu, você, Dragão Jasmim, hoje a noite. Te pego as 7. 
Cabeça de Carne “

Toph riu com o bilhete. Era isso que ela esperara a dois meses. Um convite dele. Ao que parece eles haviam voltado a adolescência, e estavam flertando novamente. Toph parou de prestar atenção em todos os outros casos. Ela só conseguia pensar no seu encontro.

Lin estava sentada no sofá lendo um livro quando Toph apareceu. Ela usava um lindo vestido verde claro com branco de mangas compridas. Ela também trazia um xale e em seus cabelos estavam um delicado diadema dourado no lugar onde habitualmente havia a facha de chefe da policia. 
Lin arregalou os olhos. Ela nunca havia visto sua mãe tão linda.
- Por um acaso você tem um encontro?
- Não! – exclamou Toph ficando corada.
- Sabe, eu não preciso sentir as batidas do seu coração para saber que você está mentindo.
Toph levantou as sobrancelhas e Lin riu.
- Venha cá mãe, me deixa passar alguma coisa no seu rosto – disse Lin, pegando algumas maquiagens. Toph ajoelhou-se na frente de Lin enquanto esta passava uma leva camada de maquiagem no rosto da mãe. 
- Obrigada Linnie – disse Toph abraçando a filha. – Você é a melhor. 
Lin ficou corada. 
- Quem é você e o que você fez com a minha mãe – ela perguntou rindo. Toph deu um murro no braço de Lin. Lin esfregou o braço, e então revidou. As duas riram.
Toph sentiu passos se aproximando. Ela se levantou do sofá.
- Tenho que ir. Nada de dormir tarde – ela disse a Lin, e então fechou a porta atrás de si. 
Sokka arregalou os olhos quando viu Toph, ela estava linda. 
- Por aqui senhorita – disse ele, indicando o carro.
Ela riu, revirou os olhos e entrou. 
Sokka voltou a frequentar muito a casa de Toph. Ele aparecia quase todas as noites para jantar com elas. Ele havia pegado muita intimidade com Lin, e vivia fazendo piadinhas, que, assim como Toph, Lin não ria de nenhuma, a não ser as que eram a respeito de sua mãe. Lin adorava quando Sokka estava por perto porque sua mãe se tornava doce e gentil e ela adorava a presença dele, enchia aquela casa com uma alegria que há muito tempo não dava as caras. Em pouco tempo Sokka havia se tornado parte da família. Ele levava Lin de carro a lugares que eram longes demais para ela ir a pé, ele cuidou de Toph na noite em que ela ficou doente, ele reconciliava as constantes brigas entre mãe e filha. Dês da volta de Sokka que Toph vivia sorrindo. Antes da chegada de Sokka, Lin as vezes podia ouvir sua mãe chorando a noite, mas agora ela só via as mãe sorrir. Toph sempre o ouvia, sorria quando ele falava, e em uma semana ela corou mais vezes do que Lin havia visto ela corar a vida inteira.
Para Lin, era muito estranho ver sua mãe se apaixonar.
Em uma noite, Sokka e Toph decidiram sair para jantar, deixando Lin sozinha na casa. 
Eles tiveram um ótimo jantar, riram, e conversaram. Mas o que ainda precisava ser resolvido estava guardado para depois. Sokka conduziu Toph para a praça, que àquela hora já estava quase vazia. Eles se sentaram em um banquinho na frente do lago, e depois de algumas conversas bobas, Toph comentou.
- Pelos espíritos Sokka, você não mudou nada em catorze anos.
- É, pena que eu não possa dizer o mesmo – disse Sokka, e seu tom de voz era serio.
Toph ficou em silencio.
- É serio Toph, você não parece mais aquela garota que eu conheci a tantos anos atrás, e nem a mulher que se despediu de mim no píer a catorze anos atrás. Você está muito mudada Toph. Eu sei que a garota que eu conheço está ai dentro, mas você não quer deixa-la sair. O que deixou você assim Toph? Você pode se abrir para mim, eu ainda sou seu melhor amigo. – Sokka passou um dos braços envolta de Toph, puxando-a mais para perto e abraçando-a. – Quem deixou você assim? Foi o pai de Lin?
Toph assentiu. A hora havia chego. 
- Ele... Eu e ele tivemos um caso rápido, bem mais rápido do que eu gostaria. Eu gostava muito dele, me arisco dizer que eu o amava. Eu nunca senti nada assim por ninguém. Ele me fazia rir sempre, e eu ficava muito feliz perto dele. Eu cheguei a pensar em casamento e em ter uma família ao lado dele, mas então, ele partiu para longe, eu fiquei sem noticias, fiquei desamparada. Se não fosse por toda ajuda de Katara me deu, eu não sei o que seria de mim. Eu acho que tudo isso me tornou fria de mais. Eu criei Lin sozinha, mas foi muito difícil, ela vivia me perguntando sobre o pai dela. E as vezes, eu só precisava de alguém para me apoiar – agora algumas lágrimas escorriam dos olhos de Toph, Sokka as limpou com os dedos. – Eu senti tanto a falta dele, Sokka, você nem imagina. Todos os dias, todas as noites, tudo me lembrava ele. E agora, quando eu estava quase esquecendo toda essa historia... – ela suspirou – Eu acho que eu nunca o esqueci, mesmo depois de catorze anos.
Sokka parecia um pouco magoado. Uma única lágrima escapou de seus olhos. Ele ficou um tempo em silencio, somente olhando para Toph, que agora tinha lágrimas por todo o rosto.
- Você é tão idiota que não percebeu que eu estou falando de você não é? – disse Toph, ela ria e limpava as lágrimas. 
- De mim? – disse Sokka surpreso. – Então quer dizer que... Que Lin... Lin é minha filha? 
Toph assentiu. 
- Toph! – disse Sokka se levantando do banco - Porque você nunca me disse nada? 
Os olhos de Toph agora estavam cheios de lágrimas. 
- Eu era tão nova – ela disse com a voz chorosa. – ambos éramos tão jovens. Eu descobri um pouco. Eu, eu ia te contar, juro, mas então você recebeu aquela promoção, e... você parecia tão feliz! Você queria tanto tudo aquilo! Eu pensei que isso ia te impedir de fazer o que você sempre quis.
Sokka abraçou Toph. 
- Você não ia estragar nada! Imagine que boa noticia seria...
- Sokka, pare, por favor. Eu passei catorze anos pensando nesse “ e se “. Mas ele não existe, as coisas aconteceram dessa forma e não podem ser mudadas. Eu peço desculpas por tudo que eu fiz. Eu deveria ter contado, você tinha o direito de saber – o rosto de Toph estava manchado de lágrimas – Mas... 
Sokka interrompeu Toph com um beijo. Ela ficou um pouco surpresa no começo, mas então ela corespondeu. Ela sentia como se fosse seu primeiro beijo outra vez. Ela podia sentir seu coração e o de Sokka batendo mais rápido. Ele estava com uma das mãos na nuca de Toph, e a outra em sua cintura. Toph tinha uma das mãos no ombro de Sokka, e a outra nas costas dele. 
- Não se preocupe mais com isso – disse Sokka. – Mas, eu tenho uma ultima pergunta. Lin sabe?
- Não – disse Toph – Eu expliquei algumas coisas sobre o pai dela para ela, e eu acho que ela esta bem com a informação que tem. Não quero confundir a cabeça da garota, talvez quando ela ficar mais velha eu conte toda a verdade, mas por enquanto, se você continuar agindo do jeito que você tem agido dês de que chegou, já será o suficiente. Ela me disse, ela gosta de você, gosta de quando você está por perto. 
- Por mim tudo bem – disse Sokka.
Eles se beijaram por mais um tempo, e então Sokka olhou para seu relógio.
- Já são meia noite, será que Lin já está na cama? 
- Espero que sim. – disse Toph, levantando-se do banco e puxando Sokka pela mão.


Lin estava sentada com Tenzin na varanda em um tablado de madeira cheio de almofadas, La era o único lugar onde Toph não podia vê-la. Tenzin estava reencostado nas almofadas e Lin estava com a cabeça em seu ombro. Eles estavam Admirando a vista da cidade.
- Uau, é incrível não é? – disse Lin – pensar que nossos pais fizeram tudo isso. 
- É – concordou Tenzin. – E o que me assusta é que nós somos o legado deles, nós seremos pessoas importantes, não é?
- Eu não faço ideia – disse Lin sorrindo, e então beijou Tenzin.
O beijo deles foi interrompido pelo barulho da porta se abrindo. Tenzin e Lin ficaram estáticos, se Toph não sentisse Lin e não ouvisse nenhum barulho ela pensaria que Lin estava dormindo, mas se eles fizessem qualquer ruído, o menor que seja, os ouvidos aguçados de Toph iria alcança-los e eles estariam muito, muito encrencados.
Eles podiam ouvir não só os leves passos de Toph, mas também pesados passos de bota, que se aproximavam cada vez mais da varanda onde eles estavam. Sokka abriu a porta da varanda, e teve que segurar a risada quando vou Lin e Tenzin sentados lado a lado, apavorados. 
Então, para a surpresa das crianças, Toph apareceu por trás de Sokka, e o beijou. Lin arregalou os olhos.
- Toph, você sabia que sua filha...
- Ah, não se preocupe com Lin, eu não posso senti-la, então ela deve estar adormecida em algum lugar. – Toph puxou Sokka pela gola para dentro da casa, e antes de ele sumir pela porta atrás de Toph, ele se virou para Lin e colocou o dedo indicador na frente da boca, fazendo o sinal de silencio. Lin soube que seu segredo estava bem guardado.
Quando eles ouviram passos subindo a escada, os garotos finalmente soltaram o ar. 
- Acho que vou ficar traumatizada o resto da minha vida – disse Lin.
- Nem me fale. – respondeu Tenzin


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Notas finais do capítulo

comentem o que acharam *-*



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