(Im)perfect Love escrita por Bruna B


Capítulo 26
News That Killed me Inside


Notas iniciais do capítulo

Hey guys!!!
Tudo bem???
Antes de vocês lerem esse cap, eu peço para darem play nesse vídeo. Ficaria realmente agradecida se vocês ouvissem essa música enquanto lessem.
http://www.youtube.com/watch?v=A7ry4cx6HfY



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POV’ Jake (dois anos depois)

“Querido Jake,

Sabe, antes de conseguir escrever isso aqui, eu fiquei uma hora e meia na frente da folha de papel, esperando que a inspiração chegasse, esperando eu criar coragem para te mandar essa carta.

Irei te fazer o mesmo pedido que eu sempre faço: não me conte como é estar na guerra, nem como você quase escapou de uma bomba ou como você viu um cara ficar todo desfigurado depois de levar um tiro, se não eu vou pegar um avião e vou te buscar. É sério.

Gabaritei no teste de biologia, e estou começando a achar que eu vou me dar bem na carreira de médica. A Sam está recebendo aulas particulares no hospital, pagas pelo tio dela. Sabe, ainda quero conhecer esse tal Matthew Portter.

Me mande uma foto sua, um sinal de fumaça, uma carta, qualquer coisa, só para eu saber se você está bem, vivo e respirando.

Queria poder escrever mais, mas as lágrimas me impedem.

Sempre,

 Sua Kate”.

Depois de eu ler essa carta pela quinta vez, eu a guardei no pote de biscoitos que ficava debaixo da minha cama. Apaguei a lanterna e me cobri.

– Cara, acorda! Mais um ataque chegando! – esse era James, me acordando com seu jeito carinhoso. E com carinhoso eu quis dizer: me chacoalhando quase como se quisesse que meus olhos saltassem das órbitas.

– Oeste? – eu disse me levantando da minha “cama improvisada”. Coloquei meu capacete e peguei minha mochila no canto da barraca.

– Leste. E se aproximando cada vez mais.

– Reúna todos os soldados na base e me encontrem em cinco minutos.

– O que você vai fazer? – ele segurou meu braço.

– Regra número um, recruta: nunca deixe nenhum amigo para trás, por mais difícil que a situação esteja.

Vamos dizer que eu era um excelente comandante (modéstia mandou beijos), e como todo o comandante responsável pensa, se alguém fica para trás, não prosseguimos. E também vamos dizer que eu não segui exatamente essas regras em relação à Kate.

Mas indo até onde os outros soldados tinham montado o acampamento, percebi que muitos ainda restavam, correndo o risco de serem mutilados. E isso não seria muito legal de se ver.

Corri até lá e reuni todos, avisando que teríamos uma missão de emergência e que não era um treinamento. Isso deixa qualquer um em pânico.

Conseguimos nos juntar aos outros, e bem na entrada da base, uma emboscada estava armada. Isso mesmo, muitos soldados iraquianos nos esperavam com suas metralhadoras bem nas nossas caras. Legal né?

Nos separamos e voltamos a atirar, mas uma coisa me fez parar. Meu melhor amigo, James, tinha levado um tiro na barriga. Ele não iria durar muito tempo se eu não ajudasse.

Corri até onde ele estava deitado e peguei algumas bandagens para estancar o sangue. Ele olhou para mim e sorriu fraco.

- Nem quando eu levo um tiro você larga do meu pé, hein?

- Amigo é pra essas coisas, cara. Agora espera um pouco pra eu terminar esse curativo.

Nesse momento, eu só ouvi meu amigo gritar “cuidado!” em algum ponto distante e senti uma forte dor na cabeça. Depois tudo ficou completamente escuro e frio.

POV’ Kate

Josh tinha ido embora. As “visitas” dele vinham ficando mais frenquentes, e eu nem podia me defender.

Depois de ouvir que o carro dele saiu, eu fui até a caixa de correio. Coisas comuns: cartas do hospital (falando sobre o estado da Sam), contas de luz e água, e a carta semanal do Jake. Isso sim fazia o meu coração bater mais forte.

Mas quando abri a carta, ela não estava escrita com as letras trêmulas do meu noivo. Eram datilografadas, com a assinatura do comandante da base dele logo abaixo. O meu coração quase saía pela boca.

“Katherin Johnson,

Temos a tristeza de informar que Jacob Tyree, seu noivo, foi morto por uma pancada de uma arma na nuca em um atentado no Afeganistão, onde ele e outros soldados faziam ronda. Junto com ele, mais vinte e três soldados que lutaram bravamente vão para seu lugar de honra.

Sei que essa informação é muito difícil, mas mandaremos as coisas dele por esse endereço, e depois mandaremos o corpo para ser velado do jeito que a senhorita preferir.

Meus pêsames, senhorita Katherin.

Phill Garden

General do quartel nº 322”

Não sabia como reagir a uma informação como aquela. Fiquei parada, olhando para o vazio, chorando e me encolhendo no sofá de tristeza e vazio.

Não me lembro exatamente por quantos dias eu fiquei naquele sofá, mas quando minha amiga foi para casa, ela disse eu estava em um estado deplorável de repugnância. Quando contei à ela, no começo ela não sabia o que dizer, mas depois foi até uma loja de conveniência e comprou um pote de sorvete para dividirmos. Ficamos assistindo filmes de terror e tomando sorvete – coisas que eu adorava fazer, mas que não me animaram em nada.

No final da noite, ela teve que ir embora, mas eu não dormi, com medo de ter pesadelos piores do que eu vinha tendo antes.


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Notas finais do capítulo

E aí???
Querem me matar e entregar minha alma para a Mama???
Tá, parei.
Antes de vocês deixarem seus reviews, vejam esses dois vídeos suuuuuuuuuuper fofos.
Eles são uma pequena dica do que vai acontever nos próximos capítulos.
http://www.youtube.com/watch?v=pAKmChnJbwU
http://www.youtube.com/watch?v=JfuTa8IBRtU
Beijinhos açucarados!!!!
^^'