A casa estava silenciosa, ou quase.

- Eu ainda não acredito, sabia? – disse Tenzin, sorridente

- No que? – respondeu Lin saindo do seu estado de sonolência.

- Que nós estamos aqui, - ele observava atentamente as reações dela – No seu quarto, e assim. – disse indicando os dois deitados sobre a cama.

- Não acredita porque não quer – ela falou não prestando muita atenção nele.

Ele sorriu ainda mais – Você nunca muda, não é? – ele demorou para continuar o que estava dizendo – Falando nisso, você ainda me deve um pedido de desculpas...

- A é? – ela se colocou por cima dele – Sou bem eu que devo um pedido de desculpas a alguém? Não sabia que era a culpada por tudo o que acontece no mundo.

- E você não é. Você me deve um pedido de desculpas por tentar me expulsar da sua casa, só isso.

- Não me lembro de ter te expulsado...

- Não adianta discutir com você, de uma forma ou de outra você sempre acaba ganhando pelo cansaço... – ele sussurrou. – Lin?

- Sim? – ela respondeu quase dormindo novamente

- Acho que está na minha hora, - Tenzin começou a tentar se levantar – A Chefe Toph já deve estar chegando, e eu não quero ser preso...

- Serio? – a Bei Fong ergueu as sobrancelhas, irônica – Você não pode ser preso, mas se fosse detido iria no máximo pra uma...

- As vezes eu acho que você leva tudo a serio demais. – Tenzin disse – Vou me indo. – ele começou a abrir a janela para poder pular

- Ei! – a dobradora de terra o chamou – Você vai mesmo embora sem eu saber como você chagou aqui?

Ele a olhou em duvida – Como eu cheguei aqui?

~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ cerca de uma hora e meia antes ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~

- Lin! Lin! Você ainda está ai? – o dobrador de ar gritava contra o vento. – Lin, apareça! Eu já estou a mais de meia hora gritando por nada! – ele parou por alguns minutos – Está bem! Se você não quer falar comigo eu vou embora! – gritou ele enquanto se virava e começava a retornar a Ilha do Templo do Ar.

- Já vai tarde! – ele a ouviu responder de dentro da casa.

Tenzin deu meia-volta e entrou dentro do quintal dos Bei Fong. A estratégia de fingir que iria mesmo embora nunca falhava. – Tem certeza? – ele gritou indo para o a parte de trás da casa, onde ele sabia que era o quarto de Lin, e onde ela certamente estaria. – Você sabe que eu posso não ir embora tão cedo. – ele sorriu – Ainda mais agora que eu sei que você está aqui.

- Desista! A não ser que você queira pegar uma chuva, porque com essa ventania daqui meia hora o céu desaba! – Lin começou a rir imaginando a cena de Tenzin em pé em frente a sua casa em baixo de uma tempestade de trovoes – E olhe que eu iria me divertir muito com isso!

- E mesmo que eu saia daqui agora eu não vim no Oogie então a chuva ainda me pegaria no caminho. Você vai mesmo me deixar aqui fora? Pensei que tinha mais consideração por mim... – nesse momento ele já estava ao lado da janela.

- Não é essa a questão Tenzin. Minha mãe disse ninguém entra, ninguém sai até que ela chagasse novamente. – ela apareceu na janela mas não a abriu.

- E desde quando você obedece a Chefe Bei Fong? – ele exclamou.

– Desde que tenho amor a vida! – ela respondeu.

- E então... – ele parou para pensar – Você não vai mesmo na sua festa atrasada de aniversario? – ele perguntou mesmo sabendo a resposta.

- Não até que minha mãe chegue, e as vezes parece que ela trabalha vinte e oito horas por dia na policia. – Lin parecia triste quando finalmente abriu a janela. – Eu sei que você escondeu seu planador em algum lugar próximo, Tenzin, vá embora logo.

- Esse não é o meu plano... – disse ele se aproximando ainda mais.

~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ mais ou menos uma hora e meia depois (antes das lembranças) ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~

- Eu não estava falando disso! Eu quero saber como veio da Ilha do Templo do Ar até aqui sem o Oogie e sem seu planador! – Lin se irritou facilmente

- Quem disse que eu não trouxe meu planador? – ele sorriu – Está escondido num lugar bem perto daqui.

Ela estava atônita- Você... Você me enganou?

- Sim, eu sei. Nos vemos na festa, agora deixe-me ir antes que sua m... – ele parou de falar derrepente.

- Lin? Lin cheguei! – a porta da frente se fechou com força enquanto Toph Bei Fong entrava em sua casa. – Lin? Tudo bem, estou errada ou tem mais alguém com você ai?

 - Não tem mais ninguém aqui, mãe! Já vou! – Lin respondeu assustada. – E você, - ela falou olhando para Tenzin – De o fora daqui agora!

 - Não venha prá cá, - a Chefe de Policia falou andando vagarosamente pela casa – Eu vou ai, tenho que ter uma conversa seria com você.

 - Tenzin! O que ainda está fazendo ai? Rápido! Saia! – ela disse novamente.

 Tenzin em uma  ação impensada fez uma “bola de ar” para que seus pés não tivessem contato com o chão e levou Lin junto.

 - Como você ainda consegue fazer isso? – Lin sussurrou sua mãe não devia estar a muitos cômodos de distancia. – Deixe-me sair agora e vá embora! Se Toph nos pegar aqui ela nos mata.

“Quem Lin pensa que é? Tentando enganar sua Mãe Melhor Dobradora de Terra de Todos os Tempos!” Toph pensou.

 - Okay Lin, eu se que Tenzin está ai. – disse a Chefe de Policia entrando no quarto de sua filha – Mas, - ela começa a gritar – Se você colocar Tanzin nessa casa denovo, eu juro, seus corpos nunca mais serão achados! – nesse momento os rostos de Lin e Tenzin já estão mais brancos que uma folha de papel. – E então, - Toph volta a falar em um tom de voz normal – quanto tempo a mais você ainda vai ficar ai, Tenzin?

~ ~ ~ ~ ~ Deixo o que aconteçe depois por conta da sua imaginação! ~ ~ ~ ~ ~