Capitulo VI

Surgiram num lugar desolado. Não faziam ideia de onde estavam, Thiago havia conseguido a localização de onde o inimigo mantinha agora as pedras. Olhavam em volta, um deserto vermelho se estendia até o horizonte, além dele podia-se ver grandes montanhas e um grande vulcão entre elas. Uma tempestade se aproximava, raios riscavam o céu trazendo um barulho ensurdecedor. Uma visão dantesca se apresentava diante deles. E bem a sua frente uma torre, era irregular e com poucas janelas. Era como se um dos raios tivesse se tornado pedra e se enterrasse ali.
Com cuidado se aproximavam do lugar, não havia escolha, recuar não era uma opção. Estavam alerta, pois parecia fácil demais. A torre ali solitária, sem muros ou guardas, o inimigo não esperava ser encontrado ali ou sentia-se seguro demais para se preocupar com os invasores. As respostas dessas questões teriam de descobrir sozinhos.
Chegaram à entrada da torre, o lugar trazia consigo um mau agouro. As portas abertas os convidavam a entrar. Ninguém falou, mas sabiam que eram esperados e aquilo era uma armadilha. Atravessaram o portal, ainda sem ninguém a vista, quando avançaram alguns passos as portas se fecharam atrás deles. Sem nenhum aviso todo o ambiente se transformou. O que era um salão oval tornou-se um grande corredor, não havia janelas e muitas portas estreitas seguiam dos dois lados.
Enquanto “absorviam” aquela mudança algo acontecia. O chão sob seus pés começa a ceder. Saltam no ultimo instante antes de serem pegos numa armadilha, um alçapão com lâminas afiadas a espera. Em seguida o teto se abre e lança uma enorme esfera de pedra rolando na direção deles. Iza e Marcelo se preparavam para correr quando notaram que Rafael não os acompanhava, apenas olhava Wagner que dava um passo a frente.
Wagner: - Punho Explosivo!
Desferiu o soco contra a pedra lançando-a na direção contraria, derrubando-a no alçapão recém aberto.
Wagner: - Isso “tá” meio Indiana Jones demais pro meu gosto.
Rafael: - Estou vendo que tem gente que não sabe brincar. E bom, o Jones não sabia magia. Hahaha...
Não houve tempo para mais piadas. Numa das paredes uma escotilha se abriu revelando um cano que apontava pra eles. Um líquido jorrou na sua direção, Iza o bloquearia com o escudo mas Marcelo a Interrompeu.
Marcelo: - Rajada de Vento!
O ataque dele fez o jato se espalhar caindo ao redor deles. Estavam atônitos observando as paredes ”assobiarem” enquanto borbulhavam deixando buracos na pedra quando o líquido parou de ser despejado.
Iza: - Ácido! É eles estão pegando pesado.
Duas janelas se abrem de um lado uma espécie de arma dispara projeteis na direção de Wagner, do outro um lança-chamas aponta para Marcelo. Iza usa seu Repelir entorno de si e de Wagner, alguns dos disparos lançados de volta destroem a arma, enquanto Marcelo bloqueava o fogo com sua magia, Rafael saia de lado e acabava com a arma.
Rafael: - Shadow Blade!
As lâminas em seus braços se projetam a frente além de seus dedos, sua sombra se alonga enquanto as envolve aumentando seu alcance, dividindo a arma em duas num golpe rápido.
Wagner: - Precisamos avançar, isso aqui só está piorando!
Concordando todos seguiram, a todo momento outras armadilhas eram disparadas enquanto eles se defendiam, desviavam e destruíam as armas que surgiam. Sob a série de ataques parecia que aquele corredor nunca acabava, uma explosão quase os atinge. Rafael cai afastado do grupo, dardos com veneno disparam em sua direção. Num reflexo tenta a porta que está as suas costas e ela se abre atravessando e desaparecendo em seguida. Os outros presenciaram a cena, mas nada podiam fazer cada um já tinha seus próprios problemas. Mais a frente uma parede surge dividindo o corredor em dois, separando Wagner dos amigos. Sem escolha abre uma porta quando se vê encurralado, torcia para que os outros estivessem se saindo melhor do que ele.
Alcançam o fim daquele lugar, Iza segue na frente há uma porta bem a sua frente. Não sabe se ela os levará até onde precisam, mas mesmo assim têm de tentar. Ao passar pela porta, acreditando que Marcelo seguirá ao seu lado, nota que ela não existe mais. Marcelo vê a parede se fechar sobre a porta recém aberta, fora separado de Iza. Outra porta se revela quando a primeira desaparece, sem mais o que fazer ele segue por ela.