O Irmão Da Minha Melhor Amiga escrita por Allask


Capítulo 21
Reunião de família


Notas iniciais do capítulo

Nem demorei, né?! Hehehe
Pois é, aqui está mais um capítulo direto do forno pra vocês! xD



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Um irmãozinho. Eu vou ganhar um irmãozinho. Já não basta a Molly? E o Henry? Tudo bem, ele não é meu irmão, mas é como se fosse. O que será que meu pai vai achar disso? Nós temos condições de ter mais uma pessoa na família?

— Vocês não vão falar nada? — Sarah perguntou.

Eu ainda estava de boca aberta olhando para ela. Henry estava parado e igualmente chocado. Você ainda pode fazer filhos?, era o que eu queria perguntar, mas como sou educada, resolvi ficar de boca fechada.

— Bom… — Henry começou. — Pelo menos não é câncer.

Sarah riu.

Ela parecia bem melhor. Até mais alegre. Talvez um filho faça com que ela se sinta mais jovem. O problema é o meu pai. Ele não vai poder ver a criança crescer, nem dar os primeiros passos, nem pronunciar as primeiras palavras.

— Você já ligou pro meu pai? — Perguntei.

— Ainda não. Ele deve estar naquelas conferências. Não quero perturbá-lo.

— Eu posso ligar pra ele… Se você quiser. —Sugeri.

— Tudo bem, mas só pergunte quando ele volta. — Assenti. — Ah, e quando vocês voltarem da escola, busquem a Molly.

Henry pegou a mochila dele e a minha e fomos para a escola. Ele ainda estava meio perplexo, mas já estava esboçando um sorriso. Eu estava feliz, mas ainda estava meio aérea. Eu não vou dar o meu quarto pra nenhum bebê. Nem vou mudar pro sótão. Talvez nós devêssemos mudar de casa.

— Megs.

— Hã?

— O que você acha disso tudo?

— Sei lá. A Molly não vai gostar. — Sorri. — E o que você acha?

— Bom, eu não tenho irmãos, então…

Respirei fundo.

— Legal a vida.

Henry riu. Ele estava com olheiras, talvez não tivesse conseguido dormir sabendo que a mãe estava no hospital. O cabelo arrepiado mostrava que ele não tinha se dado o trabalho nem de penteá-los pra pelo menos tentar parecer mais apresentável. Estava com uma camisa branca e um casaco marrom. Parecia tão normal. Ninguém – exceto eu – pensaria que ele é um maluco que se aproveita de jovens bêbadas inocentes (não, eu não me esqueci disso).

— Hey, você fez o teste pra Cinderela, não é? — Reprimi o riso.

— Fiz. — Ele revirou os olhos. — Dane-se, eu fico lindo vestido de mulher. Principalmente de Cinderela.

Esse comentário me fez pensar um pouco.

— Espera, você já se vestiu de mulher? — Ergui a sobrancelha.

— Ahn… Não! Por que você pensou algo assim? — Ele estava nervoso.

— Agora a verdade. — Exigi.

— Tá. Eu já me vesti de mulher. Uma vez. Foi numa festa, meu amigo me disse que os homens iriam vestidos de mulher e as mulheres de homem. Bem, ele mentiu.

— E você tem uma foto? Sabe, só pra eu ver se você realmente fica bonito de mulher. — Gargalhei.

— Há-há. Muito engraçado.

Assim, nós até parecíamos bons amigos conversando sobre coisas humilhantes do passado. Só que não. Lembrei que ele comprou um gambá idiota que não serve pra nada. Antes ele comprasse um cachorrinho. Pelo menos ele teria alguma utilidade. Me fazer feliz, por exemplo. Eu sempre quis ter um cachorrinho, mas meus pais nunca deixaram. Eles até me deram os quatro peixinhos, mas eles morreram e nunca mais ganhei nenhum bichinho de estimação. Fim da minha triste história.

Anna estava sentada sozinha num banco no pátio da escola. Henry, como provavelmente, ainda não tinha nenhum amigo, foi até lá junto comigo. Ela olhou para nós e sorriu.

— Oi. — Foi tudo o que disse.

— Poxa, admito que esperava um pouco mais considerando o sorriso que você deu. — Falei.

Pode ter sido impressão minha, mas o rosto dela ficou um pouquinho vermelho.

— Então… A Sarah melhorou? — Ela perguntou.

— Ah… — Olhei para Henry. — Sim, sim.

— É… Ela tá com uma coisa na barriga, mas vai melhorar. — Henry sorriu.

— Henry! — Repreendi-o. — Não fale assim.

Anna nos olhou confusa.

— Mas é verdade! É uma coisa que está dentro dela.

— Eu não estou entendendo nada. — Anna levantou as mãos.

— É um bebê, Henry. Um bebê. Não uma coisa. — Revirei os olhos.

— Ela está grávida? — Anna arregalou os olhos. — Uau!

— É, eu não queria contar. — Henry me olhou repreensivo.

— Você que chamou o bebê de coisa. Seu insensível. — Cruzei os braços.

— E você é uma esquisitona.

— Pelo menos não fui eu que me vesti de mulher.

Ele se calou, mas ficou me fuzilando. Eu não sou de sentir medo de fuziladas, mas o Henry conseguiu me assustar. Puxei o braço de Anna e saímos dali. Fui até o meu armário e peguei os livros que eu iria utilizar.

— Nossa, você tem um relacionamento difícil com o seu irmão.

— Graças aos céus, o sangue que corre nas minhas veias não é o mesmo que o dele. Eu não tenho sangue de psicopata, aproveitador de bêbadas e motorista irresponsável que passa das placas de pare.

Anna riu.

— Então tá. Bom, hoje sai o resultado do teste.

— Ah, maravilha. — Espero que o Henry tenha ganhado o papel de Cinderela.

— A turma do Henry também vai fazer uma peça, não é? Ele te contou alguma coisa? — Anna parecia bem interessada no Henry.

— Hum… Bem, ele disse que vai ser Cinderela.

— Só?

— Eu acho, não lembro.

O sinal tocou e nós fomos para a sala de aula. Anna sentou onde geralmente a Jess senta, o que é algo anormal considerando que nós sempre sentamos nos mesmos lugares. Um ser chamado Daron sentou atrás de mim, o que também é algo anormal, já que ele sempre senta com os seus amiguinhos – ou com a quenga da vez. Ignorei-o e continuei com a minha vidinha. Jessica apareceu e sentou do meu lado olhando para Daron e depois para mim. Senti alguém me cutucar e virei para ele.

— O que foi?

— Quando você vai voltar a falar comigo? — Daron perguntou.

— Quando o Sr. Evans virar hetero. — Sorri sarcástica.

— Ele não é gay! — Anna disparou.

Dei de ombros.

— Que seja. — E virei.

A professora de Geometria entrou na sala poucos minutos depois. Estava com aqueles óculos maiores que cara dela, uma pasta embaixo do braço e um lápis na orelha. Ela era estranha, mas era, provavelmente, a professora mais legal.

Antes de ela começar a falar, o Sr. Evans entrou na sala com um papel nas mãos. Ele pediu licença à professora e disse que aquele era o papel com o elenco da tal da peça. Depois que ele o colou na parede, praticamente toda a sala correu até lá. Uns saiam alegres, outros saíram indignados. Anna estava radiante. Tinha conseguido o papel da antagonista, no caso, a mãe da Rapunzel. Quando eu fui ver não fiquei tão surpresa. Daron havia sido escalado como Flynn Rider. Scott, em vez de substituto, foi escalado como um dos companheiros do Rider, ou seja, também seria o cara do mal. Claro que eu não fiquei com o papel da Rapunzel. A tal da Maia alguma coisa que ficou. E ao lado do meu nome estava escrito: Ajudante da protagonista. Ou seja, além de não ficar o papel principal – na verdade, não fiquei com papel nenhum – ainda vou ter que ajudar a tal da Maia. Contei a Jessica que não fiquei com o papel principal e ela só faltou me estrangular. Foi checar o papel umas cinco vezes pra ter certeza e ainda disse que iria falar com o Sr. Evans.

— Ele é um mal comido, isso sim! — Ela gritava. — Como assim? Mia Stark como Rapunzel? Ela nem é loira!

— Jess, tenho quase certeza de que o nome dela é Maia. E, sim, ela é loira. — Tentei acalmar a minha amiga.

— Dane-se! Essa tal de Maia, Mia sei lá o quê vai te dar o papel. Ela não vai aguentar a pressão. Ou ela pode quebrar a perna… — Ela sorria malignamente.

— Jess, supera. Eu não atuo bem, eu não fui escolhida, eu não me importo com isso.

— A Jessica está meio psicótica, mas ela tem um pouco de razão, Meg. Você tem que ser a Rapunzel. — Anna disse.

— Já sei. Vamos discutir isso na minha casa hoje. Não quero saber se vocês têm coisa mais importante pra fazer, mas vocês duas vão comigo pra casa. Querendo ou não.

Disse a Henry para buscar Molly na escola. Dei a desculpa de ter uma reunião de emergência com o meu grupo de atletismo. Nem faço parte de nenhum grupo de atletismo, mas ele não precisa saber.

Meia hora se passou e nada da Jessica ter nenhuma ideia mirabolante. Eu já estava quase desistindo e indo pra casa cuidar de uma grávida, um gambá, uma menina de oito anos e um cara de 18, quando ela virou e disse:

— Eu tive uma ideia.

E nos contou detalhadamente o seu plano maquiavélico. Era uma coisa bem tosca e sem sentido, mas como eu mudei de ideia sobre aceitar que Daron beije a tal da Maia, mesmo que seja em uma peça da escola, eu aceitei.

Quando cheguei em casa liguei para meu pai. Contei a ele sobre a gravidez de Sarah e ele brincou dizendo “Quem é o pai?”. Ele disse que viria para casa em cerca de um mês e iria chamar toda a família para passar uma semana conosco. Eles celebrariam a gravidez de Sarah e fariam essas coisas que os parentes fazem. Só que sempre tem as primas chatas, as tias pentelhas e os pirralhos que ficam te enchendo a paciência. E também viria a minha avó. Ela é um amor de pessoa, exceto quando você não come toda a comida do prato. É, ela cresceu meio que passando fome e quando ela vê comida desperdiçada se irrita logo.

Bem, seria uma looonga semana.

~●~

Um mês se passou. Estávamos quase chegando no inverno e estava um frio dos escambaus. Maia dava em cima de Daron discretamente. Tentava ensaiar a cena do beijo diversas vezes e ele não estava nem ai para ela. Um ponto para Megan! O Sr. Evans estava quase arrancando os cabelos. Vocês tem que ensaiar, era o que ele dizia. Mas ninguém estava realmente o escutando.

Daron estava encostado na parede lendo o roteiro. Maia estava no outro canto com as amigas ao redor. Ela olhava para Daron, depois para as amigas e, por último, pro roteiro em suas mãos. Eu já estava cansada de repassar as falas com ela. Cansada de olhar pra cara dela, de vê-la dando em cima de Daron.

— Megan. — Maia chamou. Revirei os olhos e fui até ela. — Será que você poderia chamar o Daron aqui?

— Você é aleijada? Pode muito bem ir lá.

— Credo, você é minha ajudante! Tem que me ajudar. — Ela e as amigas cruzaram os braços.

— Tá, tanto faz.

Fui até Daron.

— A sua parceira está te chamando.

— E por que ela não veio aqui?

— Sei lá. Pergunta pra ela.

Fui até Jess. Ela estava com uma cara meio maligna no rosto.

— Relaxa, Meg… Amanhã ela vai ter um show.

Já tinha quase esquecido de que amanhã seria a apresentação da peça. Todas as turmas reunidas. E também seria a apresentação do Henry. E eu tenho o privilégio de vê-lo ensaiando todos os dias.

Maia gritou me chamando. Daron estava do lado dela, provavelmente ensaiando.

— O que foi? — Perguntei irritada.

— Você pode pegar uma garrafa de água pra mim? Minha garganta está seca e, bem, temos que ensaiar a cena do beijo. — Ela sorriu para mim.

Eu vou bater nessa garota.

Peguei a garrafa de água e respirei fundo. Não importava o que aconteceria depois. Abri a garrafa e sorri para ela.

— Tá aqui a sua água. — E joguei em cima dela.

Todos se viraram para nós e me encararam boquiabertos. Jessica estava tentando não rir da cena. Maia estava com uma cara confusa e o Sr. Evans veio até nós tropeçando em algumas tralhas no meio do caminho.

— Mas o que aconteceu aqui? — Ele perguntou.

— Essa louca jogou água em mim! — Maia gritou.

Opa. Eu acho que não pensei direito.

— Srta. Ryan! Vá já para a direção.

— Mas eu não fiz nada! — Okay, essa não era a coisa mais esperta a se dizer. — Quero dizer, fiz, mas ela me provocou!

— Eu não a provoquei! Só pedi que trouxesse um pouco de água para mim. — Maia defendeu-se.

— Isso mesmo! — Eu disse. — Ela acha que eu sou sua empregada.

O Sr. Evans pôs as mãos nas têmporas.

— Senhorita Ryan, peça desculpas à senhorita Sparks.

— Só isso? Ela me jogou água sem razão nenhuma! O que mais ela pode fazer?

Ah, você não tem ideia do que eu vou fazer, pensei.

— A apresentação é amanhã, nós não temos tempo para ficar mandando pessoas para a diretoria. Vamos, vamos, peça desculpas.

— Desculpe, Maia. — Sorri para ela.

Ela revirou os olhos e cruzou os braços.

— Tanto faz. — Murmurou. — Eu vou ter que ir pra casa Sr. Evans. A não ser que o senhor queira que a sua Rapunzel pegue um resfriado.

— Oh, céus! Eu mereço! Tá, querida, vá, vá. — Ele fez um aceno com as mãos.

Daron virou-se para mim e sorriu de canto.

— Se importa de ensaiar comigo?

Nosso relacionamento havia melhorado consideravelmente. Eu já não o ignorava tanto e sorria algumas vezes em sua presença. Ele parou de sair com a Charlotte. Na verdade, ele parou de sair com qualquer garota que se atirasse em seus braços, exceto por Maia que ele era obrigado a aturar durante os ensaios. Ele só não ia com a cara de Henry. Dizia que era algo que eu devo descobrir sozinha. Ainda tenho as minhas suspeitas sobre ele ser um psicopata/serial killer/desrespeitador de placas de pare/ quase atropelador de velhinhas. Mas fora isso, Henry é, sim, uma boa pessoa. Ele me ajuda com o dever de casa e eu o ajudo a ser como mulher. Ponto final.

Cheguei em casa quase três horas da tarde, na companhia do meu queridíssimo “irmão” Henry. Eu quase não reconhecia a minha própria casa quando vi um monte de pirralho espalhado pela sala – mentira, só tinham três. Sarah estava sentada no sofá junto com as minhas duas tias, Judite e Margareth, e na poltrona estava a minha avó com suas roupinhas fofas de gente idosa. Dei graças por meus primos mais odiados não estarem aqui.

— É, a família chegou. — Sussurrei para Henry.

— Megan! Quanto tempo, querida! — Tia Judy disse. — Nossa! Você cresceu!

— Oi, tia. — Acenei meio constrangida.

— Você é o Henry? O filho da Sarah, não é? — Ela dirigiu-se a Henry. — Nossa, como você é lindo! Um pedaço de mau caminho. Ui!

Henry ficou mais vermelho do que um tomate. Ele passou as mãos pelo cabelo e sorriu meio sem graça.

— Prazer. — Ele disse.

Tia Judy ficou se derretendo para Henry. Ignorei-a e falei com a tia Maggie. Abracei-a e conversei um pouco com ela antes de ir falar com a minha avó. Dentre os membros da minha família, ela é a pessoa que eu mais gosto, fora o meu pai e a minha irmã. Conversamos por uns minutinhos – e ela fez questão de dizer o quanto Henry é bonito e é um “partidão” – e depois eu subi. Quando abri a porta do quarto, deparei-me com uma das pessoas mais irritantes da face da Terra: minha prima, Georgia. Ela tem 14 anos, mas acha que tem 18. Estamos falando de uma garota que teve seu primeiro namorado com sete anos e que fica achando que é mais velha do que eu. Usa salto alto desde os nove. É quase da minha altura – o que não é grande coisa, já que eu não sou a pessoa mais alta do mundo –, loira e tem os olhos azuis. É, ela parece uma Barbie. Uma Barbie dos infernos.

— Oi, prima. — Georgia disse. — Seu quarto é lindo.

— O que você está fazendo aqui? — Tentei parecer amigável.

— Ah, Sarah me disse que eu dormirei aqui.

— Sério? Acho que você vai achar o quarto da Molly mais confortável.

— Ah, Megan, eu sei que você não gosta de mim — Eu te odeio, pra falar a verdade. —, mas não precisa me expulsar daqui, não é mesmo? — Ela sorriu, mostrando aqueles dentes perfeitamente brancos. — Eu sei que eu sou melhor que você em tudo e que você sente inveja por eu ser a menina mais adorada de toda a família. E eu sou mais nova do que você, impressionante, não?

— Escute aqui, Georgia, você está na minha casa agora, então é melhor você não sair da linha a menos que queria levar um soco nessa sua carinha linda.

— Uau! Megan, você não tem coragem pra fazer isso. — Ela debochou.

— Pague pra ver.

Ignorei-a completamente e fui tomar um banho quente. Estava tão cansada que quase adormeci na banheira. Só saí de lá quando meus dedos estavam enrugados. Eram quinze pras cinco quando eu terminei o meu banho e me arrumei. Papai estava quase chegando pra comemorar com a família. Que felicidade.

Meus tios estavam sentados no sofá jogando videogame com Henry, minhas tias e minha avó estavam na cozinha conversando, Georgia, seu irmão e meus outros três primos estavam no quintal. Os três pequenos estavam correndo, como sempre, e Georgia conversava com o irmão, Gabriel.

— Sarah, a Georgia vai mesmo ficar no meu quarto? — Perguntei.

— Sim, você vai ficar junto com ela e com a Molly, os meninos vão ficar no quarto com Henry, as suas tias e a sua avó vão ficar no quarto da sua irmã.

Que maravilha. Além de aturar a minha prima por uma semana, vou ter que ouvi-la roncar toda a noite.

— Nesse caso, eu acho que vou dormir na casa da Jess.

— Nem pensar! Essa será sua semana em família! Vamos fazer tudo juntos. — Tia Judy disse. — Sarah me disse que amanhã você terá uma peça. Estou louca pra ver você atuando, meu bem! — Ela apertou as minhas bochechas.

— Na verdade, eu…

Fui interrompida por um barulho na porta. Papai havia chegado e estava com uma sacola nas mãos.

— Pai! — Gritei e abracei-o.

— Oi, docinho. — Ele acariciou meus cabelos. — Onde está a grávida? — Ele olhou ao redor.

Afastei-me dele para Sarah lhe dar um beijo. Eles ficaram abraçados e conversando com a família enquanto eu fui me sentar no sofá. Todos os adultos ficaram na cozinha falando sobre a gravidez de Sarah. Eu e Henry estávamos no sofá. Ele jogava e eu assistia, já que eu sou uma negação com esses videogames. Georgia e Gabriel entraram junto com os pirralhos e sentaram-se junto com a gente. O irmão dela era gente fina. Tinha 16 anos também. Nós nascemos quase na mesma época. Ao contrário da irmã, ele era quieto, reservado e não gostava de chamar a atenção. Ele tinha os cabelos loiro-escuros e os olhos também eram azuis, mas o azul dele era um pouco mais escuro.

— Olá. — Georgia disse a Henry. — Muito prazer. — Ela estendeu a mão para ele.

Henry olhou rapidamente para ela e depois voltou a olhar para o jogo.

— Oi.

Reprimi o riso. Era tão hilário quando ela tentava dar em cima de alguém e a pessoa nem dava bola. Henry pausou o jogo e olhou para Gabriel.

— Quer jogar? Eu vou lá para cima.

Gabriel assentiu e pegou o controle. Subi junto com Henry. Não queria ficar na presença da minha querida prima. Segui-o até seu quarto, ele foi para o banheiro, mas antes parou.

— Você vai me seguir aqui também? — Perguntou sorrindo.

— Engraçadinho. — Murmurei.

Joguei-me na cama e fiquei lá até Henry finalmente sair do banheiro. Ele começou a ensaiar e eu opinava de vez em quando. Ele realmente era uma boa mulher, mas às vezes forçava muito a voz e ficava a coisa mais estranha do mundo. Só saí de lá quando os meninos chegaram para dormir. Quando cheguei no meu quarto, Georgia já estava lá junto com Molly, que já dormia num colchão ao lado da minha cama. Deitei na cama e logo adormeci. O dia seguinte seria memorável.


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Notas finais do capítulo

Yay! É isso. '-'
Espero que tenham gostado C=



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