2 de março de 2013

Dei um sorriso e o comprimentei com um aperto de mão. – Bem, Sr. Kayle…

– Pode me chamar de John.

Ok, isso foi estranho, sei lá, eu conhecia alguns garotos, e com certeza nenhum era tão assim nem demonstrava tamanha intimidade…

Ainda que eu já fizera perguntas sobre ele, eu não sabia exatamente o que ele quer fazer na minha casa, e nem sei porque ele tinha tanta obrigação de fazer o jantar… Pensei:

" Poxa, o cara tá indo morar na minha casa, pelo menos algumas trocas de palavras sobre o porque dissi eu mereço, né?

Demorou uns poucos segundos para perceber que eu estava à alguns mimutos, ali, parada naquela sacada fechada olhando para o nada.

– Humm, o que você está pensando? - Ele disse

– Ah, não tem importância…

- Menti. – Ok, o jantar está servido Katheryn.

Quem disse que eu o tinha autorisado a dispensar o "senhorita" do meu nome? Ignorei o erro quase fatal e me sentei.

– Então…- Fiz uma breve pausa

- Por que você vai morar na minha casa?

– Bem, eu não sei se posso explicar para você… Não que eu saiba…

– Bem, um estranho você não é, porque já provou o contrário abrindo a porta.

Ele meio que riu e continuou jantando seu " banquete"

- Mas e por que você fez o jantar e não ao invés disso me deixou ir à um restaurante?

- Você… Queria ir à um restaurante?

- Não é isso que eu quis dizer…

Um longo silêncio permaneceu durante o jantar inteiro. Senti-me culpada por talvez ter ferido os sentimentos de John ou algo do tipo… Agora já estava confusa que tão de mal havia contar o que esse garoto queria na minha casa.

Pra que tanto sigílio? Entrei no quarto e enfiei a cabeça no travesseiro até chegar ao ponto de seu enchimento enconcostasse no colchão. Murmurrei e me sentei.

Havia muitas perguntas ainda em mente. Suspirei e soltei quase bufando. Depois respirei fundo e soltei o ar calmamente.

Dirigi-me até a minha maleta, aquela de couro que eu estava no aeroporto e peguei um caderno sem-graça que tive a ideia naquele momento de registrar tudo que acontecesse ao longo de tudo isso. Liguei um abajur da escrivaninha e deitei em baixo do lençol e do edredom e começei a escrever.

Depois de alguns minutos, minha mão já doia. Levantei-me e fui para a sala.

- John? Aonde você está?

- Na sacada

- Humm… Então você pode vir aqui na sala?

- Ok… Vi um borrão na porta de vidro fosco do quarto. Logo em seguida ouvi três batidinhas na porta.

E disse: - Pode entrar!- Eu disse.

- Com licença. - Ele disse após entrar. - Bem, o que era o favor que você acabara de pedir?

- Bem, sente-se aqui - Dei duas batidinhas no edredom.

Ele sentou na cama e disse:

- Então…?

- Eu queria que você me respondesse as perguntas anteriormente feitas.

- Olha Katheryn…

- Sobre isso também. Olha, Kayle, você é gente boa e tal mas nós não temos intimidade nenhuma um com o outro então… Não dispense o "senhorita", ok?

- Ok, Srtª Katheryn, o que você me pede que te responda é meio difícil de responder. Me desculpe

Ele já estava deixando a sala quando eu disse:

- O que de tão confidencial é isso?

- Não é confidencial é meio que surpresa mas não sei se a surpresa será boa ou ruim…

- Mas o que…

- Desculpe eu já disse até demais mas com certeza será boa para mim.

O que ele queria dizer com isso? Bem, amanhã eu vou descobrir tudo. Fui direto para o meu quarto para uma boa noite de sono.