High Class Girl escrita por Miss Invisível
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem!! Boa leitura!
2 de março de 2013
Sabe aqueles momentos em que você pensa que pode fazer tudo, mas quando percebe, vê que você é apenas uma a mais... A menina normal, ou o peixinho fora d'água. Não dá pra realmente explicar como isso poderia ter acontecido, mas era hora de enfrentar de uma vez por todas o meu maior medo: O mundo.
Quando me sentei no assento do avião refleti bem que poderia ser constrangedora a volta à minha casa, só que não era bem isso, porque eu já meio que sabia que as coisas deviam ter mudado durante esses últimos 4 anos... Mas eu deveria entender e me acomodar por bem ou por mal às tais mudanças alternativas.
Começara a parar de nevar, mas logo à frente avia uma enorme massa cinzenta densa, trovejando e soltando raios, cobrindo quase que inteira a cidade que passávamos, eu nem ao menos sabia se havia algum perigo, mas continuei sentada no assento de couro bege largo e confortável com uma mesinha fixa à minha frente decorada com um vasinho pequeno de tulipas. A luz falhava e havia muito tremor no solo do jatinho, eu perguntei à comissária o que estava acontecendo:
- Teremos que deixá-la no apartamento, onde será que você irá dormir esta noite. Mas não se preocupe seus pais já foram avisador, às 8:00 você já estará em casa...
Ótimo, o avião vai ter que parar, tem lado negativo e positivos nesta questão... O lado negativo: Ótimo, agora eu vou ter que esperar até o amanhecer até poder ver as pessoas mais importantes da minha vida que deixei de ver durante 4 anos... O lado positivo: Ótimo, assim irei me recompor e ter muito mais tempo para pensar sobre o assunto, então vou poder passar uma impressão melhor para todos na casa.
"... para todos na casa." Fiquei pensando naquela frase, para todos na casa? A empregada mudou? Alguém morreu? Minha irmã mais velha ainda mora lá? Milhares de dúvidas acumulavam se quando uma turbulência forte me acordou para vida:
- Chegamos, senhorita iremos pousar.
- Ah, tá... - respondi um pouco tonta - humm... Que cidade estamos?
- Uma cidade vizinha da sua, seus pais compraram um apartamento, eles orientaram que buscássemos a chave no correio assim que pousássemos o jato. - explicou a comissária.
- Ah, sim, muito obrigada...
O avião continuava tremendo, os vidros estavam embaçados quando o jato pousou fazendo um barulho alto por conta da chuva, a comissária acompanhou-me com um guarda-chuva até chegar ao aeroporto.
- Fique com o guarda-chuva e vá até a porta principal que o carro estará lá para te levar. Assenti com a cabeça e esbocei um sorriso, entrei em uma sala enorme de visdros, com mais ou menos o triplo de altura dos quartos do internato, fileiras de cadeiras lotadas, placas para todos os lados o piso branco de granito quase limpo, o cheiro de malas e o barulho de conversas indecifráveis, frasqueiras nos colos de quase todos, sacolas dependuradas nas mãos, um desfile de casacos para todos os lados: a sala de desembarque.
Atravessei a sala já com as duas maletas em mãos, e entrei na outra, e outra, e outra até chegar ( finalmente) à sala do check-in, onde era também de vidro com o dobro de altura da de desembarque, podendo assim já avistar os carros de todas as cores possíveis, mas logo vi qual deles era o carro certo: a BMW preta com um segurança na porta traseira, estacionada bem na porta do aeroporto.
Cheguei perto do carro e o segurança logo reagiu:
- Srt. Katheryn. - fez uma reverência daquelas em que coloca-se a mão para trás e abriu a porta do carro.
Entrei no carro e fiquei quieta até chegar ao tão esperado apartamento. A minha primeira reação ao ver o prédio foi: NOSSA! Era um prédio com sacadas arredondadas fazendo curvas todo espelhado. Lindo!!! E ainda por cima com vista para o mar! Aquilo era um sonho! A BMW deixou-me na porta, e o motorista entregou- me as chaves do apartamento e fez um sinal para o porteiro abrir a porta.
Entrei no edifício até chegar no saguão que pra variar, fazia juz ao prédio. Assim que entrei no elevador, notei que havia um rapaz ali dentro:
- Boa Noite! - ele disse
- Boa Noite... - Você mora aqui?
- Sim, quer dizer, não. Na verdade é o apartamento dos meus pais, nunca vim aqui antes...
- Humm... - tentou demonstrar interessado. Virou para o espelho e disse - Qual o apartamento?
- 2301, e o seu?
- 2301... Ah, já sei, você é a menina que eu tô esperando - ele se aproximou
- Katheryn, se não me engana, certo?
Eu assenti com a cabeça mas fiquei com medo, quem é esse??? O que ele faz aqui? Ele realmente mora aqui ou vai me sequestrar?
- Você é bem quieta, deve ser por causa da paradinha do internato, né não?
- Creio que sim...
Ok, e se ele fosse só um gato mesmo? E se ele pagasse aluguel? Bem... Calada não ficaria certo?
- Você é um amigo dos meus pais?
- Mais ou menos eu sou um amigo da sua tia Jane… Eu moro nessa cidade, mas seu pai disse para mim vir para cá para te conhecer...
- Então por que você disse que morava aqui???
- Vou ser sincero, eu achei você bonitinha e tipo, e se você não morasse aqui ia querer sair comigo, né?
Eu corei um pouquinho, aliás, ele era o maior gato e tipo, ele tinha razão mas na questão sobre o apartamento, ele estava bem errado, isso sim…
- Na verdade não - eu disse
Ele olhou pro chão e abriu a porta do elevador, finalmente no apartamento, era um daqueles um por andar, por isso tinha o elevador e em volta dele uma espécie de cubículo de vidro fosco blindado, e indo reto tinha uma porta.
- Humm, quer que eu abra para você? - ele disse
Assenti com a cabeça e ele abriu a porta com a chave dele. O apartamento era lindo!!! Mas não me fiz de boba fazendo cena de encanto arquitetônico e disse:
- Então, você vai morar na mansão por quanto tempo?
- 1 ano e seis meses.
- Então espero que nos demos bem, por que é bastante tempo... - Sorri
Ele riu um pouco e foi em direção da sacada. Havia uma mesa lá, e ele disse:
- Eu preparo o jantar!
- Ok... - disse estranhando muito esse comportamento.
Ele correu para o bar da cozinha e começou a preparar um peito de peru ao molho pardo; com salada de alface, rúcula, azeitonas, mussarela de búfala, tomates secos e uva passas; e um arroz branco.
Colocou uma tolha na mesa e os pratos, talheres, taças e guardanapos e acendeu algumas velas.
Enquanto isso eu me trocava, colocando uma roupa casual. Eu sentei na cama e calçei um sapato, e fui em direção à sacada, olhei a praia. Subtamente olhei para o lado e vi a mesa com a comida e as velas já acesas. Sorri e disse:
- Ei, qual é o seu nome mesmo?
Ele sorriu e disse:
- John Kayle.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
:) feliz com o resultado!!!