Última E Única escrita por mariaeduarda_12


Capítulo 1
Última e única - único


Notas iniciais do capítulo

O título do capítulo parece redundante, hihu. Mas juro que não é.

Espero que gostem.



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“ A você,

Está é a última. Para você, a primeira, que vai receber. Para mim, a última que escrevo. Portanto, é a última e única carta minha que chega às suas mãos.

Pode se perguntar por que eu resolvi fazer isso agora. A verdade é que eu sou simplesmente covarde. É, é, covarde. Mas eu nunca vou vê-lo, nãoé? E eu só quero iniciar um novo ano, uma nova vida na faculdade, onde não haverá espaço para paixõezinhas platônicas de colegial.

A vida é cruel. Você nunca me notou. Eu nunca fiz diferença na sua vida. Ah, sim, talvez na véspera de alguma prova. Tudo bem, sabe, não somos obrigados a sentir o mesmo que sentem por nós. Eu bem sei disso.

Bom, o que eu realmente quero dizer é: você sempre será especial para mim. Não guardarei rancor, vou procurar me lembrar só das coisas boas de um relacionamento unilateral: todas as vezes que falou comigo, todas as vezes que chamou meu nome, ou que nossos olhares se cruzaram, ou que você sorriu. Coisas simples, coisas tolas, que tiveram o incrível poder de me fazer feliz por um dia inteiro.

Certo, eu já chorei bastante, também. Mas eu lhe agradeço, pois você me ensinou coisas importantes, mesmo sem querer, coisas como... sonhar.

Enfim, eu quero que saiba que sempre será lembrado com afeto, nostalgia e uma dose mínima de raiva inofensiva. Pois você foi um amor. Serei piegas, mas foi um amor, o primeiro.

Quero também que guarde esta carta. Guarde-a para abri-la e lê-la naqueles dias em que se sentir mal, triste e abandonado, só para lembrar que certa vez, há muitos ou poucos anos, houve uma pessoa que foi terrível, perdida, lamentavelmente encantada por você. Para que você se lembre que já houve quem foi inocentemente apaixonado por você, sem qualquer interesse que não os do coração.

Desejo a você toda a felicidade do mundo.

Adeus.

PS: Espero que me não ache uma louca psicopata. “


Dobrei o papel de carta, depois de reler pela décima vez. Queria me certificar de que parecia maduro.

Estava farta. Farta de ser a garotinha mantendo todos seus medos, sentimentos e segredos escondidos. Por isso, decidi escrever esta inútil carta. Recoloquei no envelope branco, selei-o definitivamente. Não haveria remetente, nem destinatário.

Olhei para o lado, ele fitava o vazio. Passou pela minha cabeça que ele podia não saber quem escreveu a carta, estão desatei a fita azul que estava em meu cabelo e envolvi o envelope com ela, finalizando em um laço.

Quando o sinal para o intervalo tocou, esperei ansiosamente para que todos saíssem rápido e me deixassem sozinha na sala. Quando aconteceu, corri para a mesa em que ele se sentava, abri a bolsa e coloquei cuidadosamente minhas verdades dentro dela. Fechei a bolsa e saí, sem lançar um mísero olhar para trás.

Depois, eu o vi achar a carta, olhar a fita e sorrir. Minha agonia crescia, e eu me forçava a pensar que nada do que acontecesse poderia mudar minha decisão final.

Quando pude ir embora, agarrei o que era meu e fugi tão depressa quanto pude.

Já estava a duas quadras da escola quando agarraram meu braço, fazendo-me parar.

- Não precisava da fita, sabe. Eu reconheceria você de qualquer forma. – disse ele, sorrindo.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram, reviews? Alguém aí teria coragem de entregar uma carta dessa, ou já o fez?

Até mais :)



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