Flawz escrita por ChocolateQuente


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oii galera, essa é a minha primeira fic original. Espero que gostem. *-*



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                                                Amélia

Levantei-me mais cedo do que pretendia, ouvindo minha mãe gritar do andar de baixo.

- Já estou me arrumando mãe! – gritei jogando o travesseiro para o lado. Levantei e tomei banho tentando ignorar os gritos que minha mãe ainda dava. Abri o armário e ri forçadamente percebendo que quase não tinhas roupas pra vestir. Agradeci mentalmente, por alguém ter inventado as fardas escolares, e peguei a blusa branca e azul, e minha calça jeans velha preferida. Vesti-me e soltei os cabelos, sorrindo para o espelho e olhando-me de todos os ângulos possíveis. Balancei a cabeça rindo de mim mesma, peguei a mochila e saí do quarto.

- Bom dia minha flor. – minha mãe sorriu quando eu entrei na cozinha. Arqueei uma sobrancelha enquanto pegava um pedaço de pão e o melecava de requeijão.

- Quem é você e o que fez com a minha mãe? – perguntei encarando-a e ela fez uma careta.

- Engraçadinha. Que bom que está de bom humor. – ela disse e eu dei as costas pra pegar um copo com suco.

- Eu sempre estou de bom humor, a senhora é que nunca está aqui pra reparar. – soltei involuntariamente. Ouvi a água fervendo parar de cair na garrafa de café. – Desculpa. – falei apertando os olhos. – Desculpa. – repeti ouvindo a água voltar a cair.

- Tudo bem. – ela falou. Encostei-me a mesa da pia e a olhei fazer o café. Ela não era a pior mãe do mundo, como eu mencionara que fosse, na nossa ultima discussão. Eu de certa forma entendia os sacrifícios que ela tinha que fazer. Eu sentia falta da presença dela. Sentia falta das broncas e dos gritos matinais que estavam se tornando cada vez mais raros. Ela saía cedo e chegava tarde. O trabalho a consumia por inteiro e nunca restava tempo pra nós duas. E então eu fazia o papel ridículo de filha insuportável e rebelde. Como se ela precisasse de mais um problema. – Porque não senta pra comer? – ela perguntou fechando a garrafa.

- Vou me atrasar. – falei bebendo o último gole do suco. Peguei a mochila e pendurei-a nos ombros. Antes de sair encarei-a. – Jamie? – chamei-a.

- Sim Mel. – ela respondeu sem me olhar.

- Desculpa. – falei. Ela me encarou.

- Eu já disse que tudo bem.

- Não. – falei e balancei a cabeça. Eu queria pedir desculpa por todas as idiotices que eu vinha fazendo. Todas as rebeldias. Essa não era a verdadeira Amélia. Era a garota que eu tinha inventado como forma de defesa. Mas minha mãe não merecia aquilo. Não mesmo. Suspirei e sorri. – Tudo bem então. A gente se vê mais tarde. – falei e saí. Por mais que eu soubesse o quanto estava errada, eu simplesmente não conseguia falar aquilo pra ela. Não conseguia pedir perdão. Eu tentava e nada saía. As palavras não saíam, por mais que eu insistisse. Eu sabia que era culpa dessa nova Amélia, mas eu jamais voltaria a ser aquela velha Mel. Jamais.

                                            Gabriel

 - Hey Lucie. – Gritei ao vê-la passar pela quadra. Ela acenou com um sorriso.

- Quando vai pegar a gata? – John perguntou subindo na arquibancada. Eu ri voltando a encarar o livro.

- Não faço ideia. Ela está se fazendo de difícil. – respondi e ele riu.

- E desde quando isso é empecilho pra você? – ele perguntou e eu ri orgulhoso. – Não dá mole, senão eu pego.

- HÁ HÁ. – gargalhei forçadamente. – A Lucie já é minha.

- Desculpa garanhão. – ele disse levantando os braços. – Eu tenho que fazer como você. – ele começou bebendo um gole de energético. Eu sabia exatamente o que ele ia falar. John já tinha repetido aquele discurso um milhão de vezes. – Tenho que estudar mais, e ler uns livros de vez em quando. Mulheres adoram esportistas, mas elas casam mesmo é com os nerds. – ele disse olhando as garotas que passavam mais abaixo da arquibancada. Eu tive que rir.

- Desde quando você quer casar? – perguntei tirando os olhos do livro.

- Não quero me casar. – ele disse fazendo careta. – Mas quando elas acham que a gente quer casar são mais liberais. – ele disse com uma expressão maliciosa.

- Você é um pervertido. – falei voltando a olhar o livro, percebendo que tinha me perdido e não tinha lido uma letra sequer da folha. Voltei uma página.

- É sério. Quantas garotas você já pegou nesse ano? – ele perguntou e eu ri novamente.

- Vou considerar essa, uma pergunta retórica. – falei.

- Ainda tem isso. Não gosta de se gabar com suas conquistas. – ele disse levantando os ombros. – Qual garota não iria querer você? Você já levou um fora? – ele perguntou me olhando. Encarei-o.

- Estou tentando ler. – falei.

- Só responde isso. – ele pediu. Suspirei e coloquei o livro de lado.

- Amélia. – falei apoiando os cotovelos nas pernas.

- Quem é essa?

- Ela me deu um fora. – eu disse e ele arregalou os olhos.

- Você não se sentiu mal? Tipo correr atrás dela pra conseguir pegar só pra não ficar com orgulho ferido? – ele perguntou e eu ri dando de ombros.

- Ela não é lá essas coisas.

- E porque você quis ficar com ela?

- Aposta. – eu disse. Ele arqueou uma sobrancelha e eu bufei vendo que teria que contar a história. – Foi antes de você chegar aqui na escola. Os caras perguntaram a mesma coisa e eu me gabei dizendo que eu pegava qualquer uma. Foi no dia que ela chegou aqui. Fizemos uma aposta e eu disse que ficaria com ela em menos de uma semana.

- Então ela te deu um fora. – John concluiu e eu assenti.

- Me arrependo de ter feito essa aposta, perdi tempo e dinheiro. A garota é uma chata, revoltada. Que acha que é roqueira sabe? – falei lembrando. – Por isso não me senti mal nem nada. Ela nunca deve ter beijado alguém. – eu disse e John riu.

- Ela ainda tá na escola?

- Sim, é do último ano C. – eu disse.

- É essa Amélia? A doidinha repulsiva? – ele perguntou com uma careta.

- Doidinha repulsiva?

- É, parece que ela tem um arco de repulsão ao redor dela, que nos faz sair de perto antes mesmo de chegar. – ele disse. – Ela parece viver numa bolha. – ele disse e olhou pra frente. – Ei, olha ela lá. – ele disse alto demais. Empurrei sua mão que apontava a garota morena que passava ao lado da quadra.

- Não aponta. – sussurrei e ele riu. Amélia nos olhou e balançou a cabeça encarando o chão, até sair do nosso campo de visão.

- Até que ela não é de se jogar fora. – ele disse e eu ri.

- Tem razão. – ouvi a voz doce e olhei para trás. Lucie sorria. – Ela é mesmo... Bonitinha.

- Não tanto quanto você. – eu disse rapidamente. Ela riu.

- Porque não fica com ela? – ela perguntou encarando-me.

- O que? Porque eu ficaria?

- Porque, quem sabe, se você conseguir ficar com ela, eu... Fico com você.

- Agora eu não entendi nada. – John falou e eu me virei pra olhar melhor para ela. Ela balançou a cabeça.

- Digamos que eu estou querendo me divertir um pouco, e seria hilário te ver tentando ficar com ela. – ela disse contendo um riso. John gargalhou concordando.

- Vocês estão duvidando que eu consiga ficar com ela? – perguntei levantando-me.

- É, eu duvido. – Lucie disse se levantando também.

- Ótimo, eu vou ficar com aquela garota e depois que eu o fizer você vai me pagar um mês de Coca-Cola e vai pagar todas as minhas entradas para as festas da cidade. – eu disse apontando para John que assentiu jogando as mãos para o alto. – E você... – olhei para Lucie e sorri maliciosamente. – Eu quero você. – eu disse.

- Vai ter. Se conseguir ficar com a Amélia. – ela disse rindo. Depois se virou e saiu.

- Acho que você não vai ficar com a Lucie. – John disse rindo.

- Você que pensa. – falei e desci a arquibancada.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Por favor deixem comentários com críticas e sugestões. Não dói e é rapidinho. Deixem uma aspirante à escritora feliz. *-* Desde já obrigada.



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