Levanto-me assim que o relógio desperta. Vou para o banheiro e escovo os dentes.

Sigo direto para a sala de onde acontecem os jogos.

Chego lá 19h50min.

Dr. Castro está sentado e fica um pouco surpreso a me ver entrar.

- Venha até aqui. – Disse ele.

Chego perto dele e ele me diz.

- No final do jogo, se você ou se todos que estão no seu grupo ganharem, eu tenho uma surpresa para lhes contar. – Ele diz. – Agora você já pode ir se preparar.

Eu fico surpreso e um pouco curioso. Aos poucos as pessoas vão entrando.

Finalmente todos os vinte semifinalistas já estão dentro da sala. Nós somos liberados para sentar e colocar nossos capacetes.

Entro em um lugar totalmente diferente do ferro velho. Tudo está coberto de neve também. Esse local é planáltico. Nunca pensei que entraríamos em um lugar como esse.

Começo a andar dando uma pequena explorada no local. Jogo raios para cima. Esse é um sinal que combinamos para nos encontrarmos.

Vejo um raio lazer ao longe sendo lançado para cima.

4 está lá. Solto dois raios seguidos para mostrar que eu o avistei.

Estou andando entre as bases de duas montanhas. Sei que foi precipitada nossa decisão para nos encontrarmos, mas foi apropriada para o momento.

Sinto que meu sinal atraiu outros olhares. Vejo um garoto parado alguns metros a minha frente. Símbolo dos Orlin.

Ele olha para mim e dá um sorriso sarcástico como se soubesse que iria me vencer.

- Vai vir lutar ou vai ficar aí parado? – Digo.

- Vou lutar. – Ele responde. – Só que estou me preparando.

- Eu não preciso de preparo. – Digo já preparado para lançar um raio.

O raio foi lançado. Mas uma coisa me faz ficar surpreso. O raio o atravessou. Ele não foi atingido. O poder dele o deixa meio que intocável. Se esse é o poder dele, com ele será no braço.

Começo a correr na direção dele. Ele vem correndo na minha direção também.

Eu dou um salto e quando meu punho ia encontrar o rosto dele, eu o ultrapassei por completo.

Caio no chão e fico agachado.

- Algum problema? – Ele pergunta.

- Não. Só estou me aquecendo. – Digo.

Volto a correr na direção dele. Salto e passo por ele novamente.

Espero por um momento e penso um pouco.

- Eu não vou ficar te atacando a toa. Se quiser lutar, venha. – Digo.

Ele começa a correr em minha direção.

Eu fico parado. Quando ele salta, eu lanço um raio nele. Dessa vez o raio o acerta.

- Você se precipitou em pular em mim. Idiota. – Digo para o corpo eletrificado no chão.

Pensei que se ele me atacasse, não poderia ficar intocável. Foi o momento perfeito para atacá-lo.

Eu volto a andar na direção do raio lazer. Lanço outro raio pra cima. Ele me responde com outro lazer.

Sigo em direção ao raio dele.

Por alguma razão, tenho a sensação de estar sendo seguido. Viro-me, mas não vejo ninguém. Volto a andar. Sinto novamente a sensação de estar sendo seguido o que me faz virar novamente. Ninguém atrás de mim novamente.

Depois me viro novamente para continuar a andar. Tomo um susto ao ver 3 na minha frente.

- Assustado por quê? – Ela pergunta.

- Como você aparece assim? Quer me matar do coração? – Pergunto ainda aflito por causa do susto. Ela ri.

- Vamos. Temos que encontrar 4 e 7 ainda. – Ela diz.

- Tudo bem. – Respondo.

Solto outro raio no céu. Ele responde novamente.

- Ufa. Ele ainda está bem. Vamos, me dê sua mão. Vamos nos tele portar para lá. – 3 diz.

Nós damos as mãos e segundos depois estávamos atrás de 4. Ao se virar, ele toma o mesmo susto que eu tomei.

- Não façam isso. – Ele diz tentando recuperar o ar.

- Cada vez que faço isso fica melhor e mais engraçado. – 3 diz.

- Esquece. Vamos lançar o sinal para o 7. – Digo.

4 e eu lançamos nossos raios para cima. Esse é o sinal para 7 saber que já estamos juntos.

Nossos raios chamaram mais atenção. 3 nos tele porta para o topo da montanha. Lá em baixo, avisto duas pessoas. Os símbolos são de Calin. Um garoto e uma garota.

- Nós vamos acabar com eles agora ou depois?  - Pergunta 4.

- Vamos esperar o 7. – Diz 3.

- Vamos acabar com eles agora. Eis o plano. 3 nos tele portará para trás dos Calin. Eu mato a garota e o 4 mata o garoto.  Pode ser? – Pergunto.

- Vai ser. – 4 diz.

- Tudo bem. Quanto menos gente nesse jogo melhor não é?! – Diz 3 irônica.

Ela nos tele porta para trás dos Calin. Quando nos preparamos para atacá-los, eles se viram e jogam ondas de energia em nós.  

Quando chego ao chão, 3 está parada em minha frente.

- Eu avisei para esperarmos 7.

- Onde estamos? – Pergunto.

- Bem longe daqueles Calin. – Ela responde.

- Onde está 4? – Pergunto meio confuso.

- Deitado ali. Ele não se levantou ainda. – Ela responde.

- 7 ainda está vivo? – Pergunto.

- Sim. A luz dele ainda está acesa. – Ela responde.

- Por quanto tempo nós ficamos apagados? – Pergunto.

- Alguns minutos. O impacto os fez perder a consciência. E quando eles iam eliminar vocês, eu apareci e os salvei. Agora estamos quites. – Ela responde com um sorriso no rosto.

- Tente levantar 4. – Digo. – Temos que achar 7.

- Tudo bem.

Ela sai e vai até onde 4 está deitado.

Eu me sento direito e coloco minha mão direita sobre minha testa.

- ACORDA 4. – Grita 3.

 Ele levanta assustado.

- Temos que ir atrás do 7.

- Ah, sim. Vamos logo então. – Diz 4.

Levantamos e começamos a andar por entre as montanhas. Em alguns momentos 3 nos tele porta para lugares estratégicos.

Próxima tarefa: Achar 7.

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