– Ora, ora, ora o que temos aqui? – Diz John. O garoto dos Wenon que derrotei no High Adrenalin ano passado. – Somente quatro Seakons? – Ele pergunta num tom irônico. – Achei que vocês estariam em maior número quando nos encontrássemos. – Ele diz rindo.

– Não se esqueça que o nosso parceiro, o número 5, te matou na edição passada. – Diz 7 fazendo o sorriso que estava no rosto dele desaparecer.

– Isso não importa mais. Passado é passado e quem vive do passado é museu. – Diz John diretamente para 7.

– Então você será mandado para o museu das eliminações de novo, otário. – Disse 7.

“Finalmente não foi eu quem levou a tirada dele” penso enquanto abro um pequeno sorriso.

– Chega de enrolar. Morram seus idiotas. – Ele diz enquanto levantava as mãos na direção de 7.

Ele lança uma rajada de gelo e logo após a parceira dele lança fogo na mesma direção em que o gelo foi lançado.

1 tira 7 dali. O gelo e o fogo encontram uma pilha de tralhas causando uma explosão nela.

– 7, a garota do fogo, deixe-a inconsciente. – Digo.

– Mas o Guilherme disse...

– Dane-se o Guilherme, ele não está aqui. – Digo interrompendo-o.

– Só vou fazer isso porque se não nós seremos eliminados. Você sabe que comigo as coisas não funcionam assim. – Ele responde.

Ele se concentra e alguns segundos depois a garota estava inconsciente. Enquanto isso acontecia, o garoto dos Wenon não parava de lançar rajadas de gelo em nós. Mas 1 nos desviava de todos.

– 4, mate a garota caída. – Digo.

– Com prazer. – Ele responde.

Ele se concentra e lança o raio lazer na direção da garota.

John cria uma barreira de gelo que atrapalha o ataque de 4.

– Tudo bem. Vamos juntos. – Digo.

4 e eu laçamos nossos poderes que ao colidirem com a barreira quebram-na.

7 abre os olhos. Deparo-me com a garota se levantando.

– É aquela outra garota que está me atrapalhado. – Diz 7.

– 1, leve-a daqui e acabe com ela. – Digo.

– Tudo bem. – Ele responde enquanto levita a garota consigo levando-a para longe daqui.

– Você não devia ter mandado ele fazer isso. Lembra-se do que o Guilherme nos falou sobre não repetirmos o que fizemos antes? – Pergunta 7.

– Para de lembrar disso. Não vai acontecer nada. Daqui a pouco ele volta. – Digo. Mas eu não tenho certeza se ele vai voltar.

– Saiba que aquela garota tem o mesmo poder que eu tenho.

– Espero que 1 volte rápido então.

John volta sua atenção para mim.

– 4, agora! – Digo.

Lançamos nossos poderes, mas ele cria outra barreira de gelo que explode jogando-o para trás. A parceira dele ainda está atordoada, mas já se levantou.

A luz que representa o número 1, começa aa se apagar.

– Eu bem que avisei. – Disse 7.

Agora a luz de 1 se apagou. Sinto-me culpado pela morte de 1.

– Que burrice. Como eu pude ser tão estúpido? – Falo como se não houvesse ninguém ali.

– Do jeito normal ou do exagerado? – Pergunta 7 num tom irônico. – Preste atenção. Todos cometem erros. Infelizmente o seu nos custou um amigo. Mas mesmo assim vamos conseguir.

– Não é hora para isso. 1 está eliminado e nos não matamos ninguém ainda. Agora, deixe o garoto inconsciente que vai ser mais fácil. – Digo.

7 se concentra e John cai alguns segundos depois.

Eu lanço meus raios na direção dele. A garota joga bolas de fogo na minha direção. 4 pula e me tira da direção dos ataques. Pelo menos consegui dar uma descarga elétrica suficiente para mata-lo.

Enquanto nos levantávamos, a outra garota aparece novamente com um sorriso no rosto.

– 4, ataque a lança chamas. Eu cuido da telepata. – Digo.

– Tudo bem. – Ele responde.

Quando me preparo para lançar os raios, uma dor forte vem em minha cabeça.

– 7, me dê uma ajudinha aqui. – Digo.

7 a intercepta. O terror toma posse da face dela agora. Ela dá alguns passos para trás até encostar na pilha de tralhas atrás dela.

– Está com medo agora? – Pergunto.

– Não. Se é para eu morrer, que seja. – Ela responde.

– Então que seja. – Digo enquanto me preparo e laço um raio nela que a deixa morta no chão.

Volto minha atenção para 4. Ele está tentando acertar a garota lança chamas – eu tinha acabado de inventar esse apelido para ela. – para mata-la.

7 e eu ficamos olhando aquela cena.

4 se levanta e dispara um raio contínuo. Ela faz o mesmo com o fogo. Os poderes se chocam e se misturam.

– O que for mais forte vai vencer essa disputa. – Sussurro para 7.

– Eu acho que ela ganha então. – Ele responde dando um riso.

Eu também rio.

Um minuto se passou e eles ainda não desistiram. 4 está bem perto de superar o poder dela e mata-la.

Esse fato me lembra de quando derrotei Raphaella no High Adrenalin.

4 finalmente supera o poder dela e o impacto do poder dele que a acertou a destrói.

O céu se escurece.

– Bem como eu suspeitava. Agora faltam 15 jogadores. – Digo.

– Concorrentes eliminados: Anderson número1/ Seakon, John número 5/ Wenon, Julia número 7/ Wenon, Nayana número 4/ Wenon.

Voltamos à vida real. Dr. Castro está pronto para discursar.

– Parabéns aos semifinalistas. Esse ano eu estou mais generoso então, depois de conversar muito com os idealizadores deste jogo, eu resolvi deixar que os grupos que entrassem na semifinal, terem um de seus parceiros de volta. A escolha será feita por vocês. Essa pessoa poderá escolher outro poder para jogar. Viram como estou generoso? Tenham uma ótima noite. – Ele diz com um sorriso no rosto enquanto se senta.

– Quem nós vamos escolher? – Pergunta 4.

– Venham comigo. – Diz Guilherme enquanto segue em direção à saída do salão.

Nós o seguimos até uma porta que dava em uma sala não muito grande. Parece ser uma sala de reuniões com uma mesa retangular no meio e doze cadeiras ao redor dela.

Sentamos e Guilherme começa a falar.

– Quem vocês tem em mente pra colocar de volta no jogo?

– Não faço a menor ideia. – Diz 4

– Nem eu. – 7 responde.

– Pensem bem. Essa escolha pode custar a saída ou a vitória de vocês nesse jogo. – Diz Guilherme com uma voz firme.

– Quem você nos indica? – Pergunto.

– Sinceramente?! Deixem Stefani voltar. – Ele responde. – Aconteceu algo que a deixou muito zangada.

– O que aconteceu? – 7 pergunta.

– Ela pegou Saulo com outra garota se beijando na piscina.

Nós ficamos boquiabertos com aquela informação.

– Mas que filho da...

– Olha o linguajar 4. – Digo interrompendo-o.

– Pode ser ela então. Ela vai querer descontar a raiva em alguém mesmo. – Diz 7 enquanto ri.

– Sim. Chame-a aqui por favor. Quem sabe ela não se anima de novo?! – Digo.

Guilherme sai da sala e vai atrás de Stefani. Agora já podemos chama-la de 3 novamente. Espero que ela goste da notícia e nos ajude a vencer.

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