Revenge escrita por Hunter Demigod


Capítulo 1
Nada Como Acordar Num Hospital


Notas iniciais do capítulo

Ei, eu não consegui evitar não escrever essa segunda temporada... Então aqui está o primeiro capitulo...
Enjoy =D



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Eu estava acampando com meu pai nas florestas do Canadá. Viemos passar as férias já que “repentinamente eu voltei do meu curso de inverno”, segundo minha mãe. Meu pai ainda não sabia de nada da minha “vida secreta”, e acho que era melhor deixar assim. Pelo menos ele não me perguntou o por que eu estava fazendo símbolos ao redor do acampamento...

Estávamos na frente da fogueira assando marshmallows e cantando “O velho McDonald tinha uma fazenda” já que era uma das poucas músicas que nós conhecíamos.

-Já cansei desse velho McDonald... –falei e meu pai riu

-Então vamos cantar “brilha, brilha estrelinha”...  –meu pai sugeriu

-Pai, por favor né?

-Você gostava.

-Quando tinha cinco anos! –falei colocando meu marshmallow na boca

Depois de algumas conversas sem sentido meu pai foi apagar a fogueira e eu fui checar os símbolos em volta do acampamento. Os que mais apareciam eram os para repelir anjos, já que meu querido cunhadinho, Miguel, estava atrás de mim graças ao meu ultimo feito... Digamos que ele não gostou muito que eu tivesse prendido o irmãozinho dele e voltado do nada sem nenhum arranhão ou coisa assim...

Olhei para as árvores a minha frente, me certificando que estava tudo bem e fui para minha barraca. Era chato ficar sozinha lá. Tudo bem, eu tinha meu pai,  mas não é dele que eu estou falando. Graças aos símbolos, Gabriel não podia vir me ver. Me deitei e me cobri com as cobertas fofinhas e quentes quando vi meu celular vibrar. Atendi o telefone.

-Alô?

-Bruna? –uma voz falou no outro lado

-Quem é?

-Laura...

-Que é que tu quer, troço? –falei com minha delicadeza

-Nossa, que jeito legal de tratar sua amiguinha. Olha, foi o Gabriel que me mandou ligar, ele quer falar com você... –ela disse

-Passa pra ele.

-Bruna? –Gabriel falou do outro lado da linha

-Não, um wendigo. –disse

-Desculpe, liguei errado. –ele falou

-Diz o que tu quer, desgraça. Eu quero dormir...

-Nossa, já estamos separados a três semanas e você me trata assim? Já vi que não me ama mais... –ele disse com uma voz de choro falsa

-Que foi, Gabe?

-Volta logo pra casa, tô afim de tirar tua roupa... –ele disse

-Uau, que coisa meiga para se dizer.

-Você está bem? Miguel tentou te atacar?

-Está tudo bem... Seu irmãozinho tem estado meio quieto pro meu gosto... –falei

-Ainda bem... Vou desligar por que sua amiga tá reclamando que eu estou gastando os créditos dela. –Gabriel falou

-Certo. Vê se não se entope de chocolate de novo, ok?

-Sim senhora. –ele falou e desligou

Coloquei o telefone de lado e quando ia dormir ouvi um barulho vindo da floresta. Instintivamente me levantei e olhei por uma brecha que havia na minha tenda. Nada. O vento balançava as árvores fortemente, mas não havia nada nem ninguém. Outra vez o barulho soou.

Peguei uma arma que havia levado escondida e coloquei no cós da calça do pijama. Vi que meu pai saiu também.

-Você também ouviu? –ele perguntou

Assenti com a cabeça. Não vi o que aconteceu, só que eu e meu pai voamos em direção as tendas. Olhei para frente para ver o que havia feito isso. Me surpreendi. Duas garotinhas, mais ou menos dez anos de idade estavam nos encarando. Uma delas tinha longos cabelos pretos como a noite. Seus olhos eram escuros e sentia um medo familiar quando os olhava. Sua face estava séria e usava um pequeno vestido preto. A outra era diferente. Seus cachos loiros como ouro caiam nos ombros. Tinha perfeitos olhos azuis e sentia que já conhecia aqueles olhos. Ao contrário da outra tinha um pequeno vestido branco. Elas passaram os símbolos sem problemas. Comecei a atirar. As balas as feriam, porém elas continuavam andando. A de cabelos pretos chegou em mim e segurou minha mão na qual eu segurava a arma e a torceu. Pude ouvir um “crack” surdo vindo do meu pulso e eu dei um grito. Meu pai estava inconsciente no chão, sua cabeça sangrava. A loira o pegou no braço, o que deveria ser impossível. As duas olharam nos meus olhos.

-Vingança. –elas falaram juntas, o que foi assustador

A de cabelos pretos me deu um chute (para não dizer voadora) na cara e eu senti meu nariz e boca sangrarem. Elas desapareceram com o meu pai magicamente e eu me arrastei até onde estava o meu celular. Liguei para Laura e ela atendeu.

-Socorro... –foi a única coisa que consegui falar antes de desmaiar

***

Acordei e vi luzes brancas me rodeando. Meus olhos arderam com a claridade e quando se acostumaram percebi que estava em um hospital. Um médico escutava as batidas do meu coração, mas eu achei que ele estava me estuprando por isso dei uma tapa na mão dele. Vocês queriam o que? Eu acordo e do nada tem um cara colocando a mão no meu peito com uma coisa gelada... Não é lá uma coisa muito legal...

-Calma, sou o doutor Caius. –ele falou

Eu estava olhando para ele com uma cara de idiota tentando raciocinar o que havia acontecido.

-Eu vou entrar de qualquer jeito! –ouvi Gabriel gritando do corredor

-O doutor está examinando ela, espere um pouco! –uma voz feminina, provavelmente uma enfermeira, falou

-Não vou esperar! –ele disse e entrou no quarto

-Gabriel... –falei com certa dificuldade

-Ai meu Deus, você está bem? –ele perguntou

-Ela está bem, daqui a pouco será liberada. –o doutor falou

Gabriel assentiu rudemente com a cabeça e o médico saiu nos deixando sozinhos. A primeira coisa que o Gabriel fez? Me beijar, é claro.

-Nunca mais te deixo sair sozinha... O que aconteceu? –ele perguntou

Ia contar sobre as garotinhas mas minha mãe entrou desesperada no quarto.

-Oh meu Deus! Bruninha, você está bem? –ela perguntou empurrando Gabriel

Eu odiava quando ela me chamava de “Bruninha” mas não podia fazer nada... Infelizmente...

-Eu tô bem, mãe... –falei e tentei mexer minha mão

No momento em que fiz isso senti uma dor enorme. Minha mão estava engessada. Aquela vadiazinha havia quebrado minha mão...

-Certo, Bruna, agora explique... O que aconteceu? –minha mãe perguntou

-Explico quando chegar em casa. –falei e ela assentiu


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Notas finais do capítulo

Rewiens? =D