Trying Again escrita por Mikan


Capítulo 1
Trying Again - Another story of love.


Notas iniciais do capítulo

Eu tentei fazer um começo meio 'depressivo' não sei se ficou, mas como sou eu e sempre tento por um milhão de sentimentos nas minhas fics fiquei escutando uma musica depressiva do OST de Little Busters http://www.youtube.com/watch?v=_3q5aXxB8i8 recomendo vcs escutarem pq é linda *-*
Eu meio q inspirei o personagem principal em mim mesma, mas não tudo, soh as partes de se questionar sobre o universo.
Espero que gostem :3



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Já me disseram que a vida é como um jogo. Concordo plenamente.

Por que coisas que não tem sentido são um mistério que você é obrigado a desvendar. Às vezes não se descobre nada. Às vezes você zera o jogo, mas muitas vezes ele acaba em Game Over.

Tive um amigo que resetou a vida, se é que me entende. Ele era uma pessoa gentil e animada. Apesar de tudo não aguentou a pressão e as provocações no colégio, que eram bem mais pesadas que o normal. Sinceramente, como ginasiais podem ser tão cruéis?

Realmente as pessoas são detestáveis em vários pontos. Se matar por causa disso significa fraqueza? Pode até ser, mas que sentido tem viver? Sempre pensei nisso. Quem sabe eu descubra.

Não sou uma pessoa muito sociável. Depois dele não tive coragem de falar com mais ninguém, por que eu sabia que mais cedo ou mais tarde...

 Iria perdê-los.

***

Outra manhã. Outro dia. O caminho da escola parece muito longo. É comum me sentir distante a todo o momento. Se essa vida que levo fosse diferente... Seria uma coisa boa?

Chego à sala de aula normalmente, é como se todos estivessem me olhando e rindo. Sou diferente? Só não quero me relacionar. Isso é errado por acaso? Sinto vontade de gritar para que me deixem em paz. Uma coisa que não devo sentir, por que ninguém me incomoda assim. Não mais.

O universo está em constante mudança. Nem tanto. Não faz a menor diferença para os humanos. Contentados com seu simples dia-a-dia. Coisas inúteis podem ser uteis para eles.

Hora do almoço. A mesa do canto parece agradável. Comer sozinho nunca foi tão divertido. E nunca foi mesmo.

É assim que vivo minha vida. Apenas por esperar o dia de amanhã. Tudo na minha cabeça se esvai. A confusão não.

Voltarei alguns minutos antes para a sala. Como sempre.

Olhando pela janela pode-se ver um lindo céu. A natureza é perfeita e despreocupada, quanta coisa existe lá fora? Quantas coisas que eu não conheço? Sentimentos indescritíveis percorrem minha alma enquanto penso nisso.

Abri o livro que estava lendo durante a aula. Já sei a matéria e me entedio facilmente. Um pequeno pedaço de papel caiu, flutuou até chegar ao chão.

Mas o que? O peguei e comecei a lê-lo.

“Por favor, venha até o lado do incinerador depois da aula. Gostaria de conversar.”

Chamar-me até lá para conversar. Por que não fala comigo cara a cara? Que seja, vamos ver quem é a tal pessoa.

A representante colocou o dia no quadro.

14 de Fevereiro. Então é por isso que todos estavam tão animados. Isso bem comum, dia dos namorados é uma data feliz.

Amor é uma coisa que nunca entendi. Simplesmente não me convém.

Achei que estava sendo observado por um tempo. Notei que essa sensação veio da minha diagonal de trás e uma garota de cabelos com cor estranha acabara de desviar os olhos.

Quem pinta o cabelo dessa cor? Bem, não é problema meu.

***

A aula termina. Ah, sim. O bilhete. Na verdade não parei e pensar nele.

Bem, não tenho muita coisa para fazer. Talvez seja interessante.

Olhei pela janela novamente. Um pôr do sol bonito. Todos são, mas poucas pessoas o notam.

Andei devagar para o local que a pessoa indicou.

Chegando lá me deparo um uma garota. Espere... Não era a garota do cabelo azul que estava me observando mais cedo? Ainda não sei como permitiram que ela continuasse a frequentar as aulas.

- Hm, eu vim.

- Ah! Kamiouji-kun. Eu... Ah...

Ela parecia nervosa. Mais do que o normal, pelo o que noto de meus colegas ela é bem tímida e não fala com muita gente.

- Você é da minha classe não é?

- S-sim. Meu nome é Kinoshita Umi. E-eu-

- Pode falar. Não precisa ficar tão afobada.

Ela assentiu e respirou fundo.

- Eu quero que você aceite isso.

Ela revelou uma pequena caixa decorada com papel de embrulho que estava escondendo atrás das costas. Em forma de coração.

- É chocolate.

- Entendo. – Não acredito que ela vai me entregar isso. Pra falar a verdade, o que ela viu em mim?!

- Te-Tenho observado você de longe. Eu nunca tive coragem de fazer algo assim, mas é... É dia dos namorados e então pensei que seria mai fácil se eu lhe entregasse os chocolates hoje.

- Eu... – Ainda não sei o que dizer.

- Também não entendo nada sobre o amor, mas... Penso que é um sentimento maravilhoso. Só me apaixonei uma vez.

- Uma vez?

- Sim. – Ela hesitou um pouco. - Essa vez.

- Ah. Bem, eu agradeço. Mas nós não nos conhecemos direito e-

- Então... Será que podemos passar a nos conhecer melhor?  

Ela não abaixou a caixa de chocolates nem um segundo, continuava na expectativa. Será que devo dar uma chance... Ao amor e a essa garota que parece tão gentil?

- Acho que podemos dar um jeito. – Peguei o presente e dei um leve sorriso.

Pela primeira vez em anos. Alguém sorriu de volta para mim, me senti alegre, nervoso e estranho.

***

O tempo passa. Estamos saindo apenas há três meses e nosso relacionamento vai melhor do que pensei. Semana passada, tomei coragem e comecei a chama-la pelo primeiro nome. Ela notou o que eu tentei fazer, já que não foi uma primeira tentativa muito boa, e chamou-me de Satoshi para me dar apoio.

Fomos a vários lugares e nos divertimos. Descobri que ela ama filmes de terror e tem medo de ficar sozinha em dias chuvosos. Geralmente ela me chama para ir até a casa dela ver esses tipos de filme quando isso acontece.

Sinto-me bem quando estou com ela, me sinto livre, é como se eu tivesse encontrado algo a mais na minha vida.

Hoje decidimos inovar e fomos à praia de noite.

Sentamos um pouco longe da maré.

- Nee, Satoshi. – Disse ela. – Você se sente bem?

- Como assim? Não estou doente que eu saiba. – De brincadeira coloquei a mão na testa.

- Não, digo, você se sente feliz? – Se encolheu um pouco e dobrou as pernas à frente do tórax.

Virei para ela e a olhei nos olhos.

- Para falar a verdade, acho que estou doido. Doido, feliz e confuso. Por que você me faz sentir assim? Mesmo que indiretamente, você fez meu mundo ter sentido outra vez. Quando se tem a companhia de amigos ou alguém importante você se sente bem, isso faz com que tudo valha a pena.

Ela olhou o horizonte.

- O mar está tranquilo hoje, não é? Mesmo calmo, ainda pode ser violento, mas é sempre brilhante.

- Sim, Umi. O mar é lindo.

Ela riu. Acho que entendeu minha piadinha.

- Sabe, eu talvez jamais tivesse te entregado aquilo. Talvez eu fugisse e me escondesse.

- O que te fez mudar?

- Quando eu percebi que me apaixonei e prestei mais atenção, notei como tudo era diferente para você. Parecia que você olhava tudo de uma maneira diferente. Eu queria descobrir aquilo, queria te ajudar, sentir com você a tristeza dentro do seu coração.

- Acho que conseguiu. – Deitei na areia. – A vida é meio difícil não é?

Fechei os olhos por um segundo e de repente o rosto dela estava próximo ao meu.

- Quer fazer com ela seja mais fácil? – Sussurrou.

- Quero. Sempre quis, mas nunca soube como. E eu acho que me apaixonei.

Ela sorriu de uma forma que me deixou sem palavras.

Puxei seu rosto para mais perto e vagarosamente nossos lábios se tocaram.

Isso nunca aconteceu comigo. Talvez eu devesse ter sido mais otimista. As coisas podem dar certo.

Tudo ficou “fácil”, acreditar era o ponto.


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Notas finais do capítulo

Uma fic original que eu fiz ALELUIAAAA KKKKKKKKKK
Antes era uma fic de um anime, mas não rolou mto, então original. Realmente foi legal escrever isso haha.
Ah sim, pra quem não sabe Umi significa Mar. Daí a piadinha do Satoshi.