Eu estava sentado à beira mar.

Num dia frio de Janeiro.

Aqui nevava muito.

Eu queria estar com ele.

Ele me esquentaria.

Me confortaria.

E eu me encontraria.

Faria todos os dias frios valerem à pena.

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Não como mais esse dia de passeios tolos tentando a esquecer.

Eu sei que por mais que eu tente, não conseguirei.

Será ela, e sempre ela.

Nenhuma outra pode ocupar seu lugar.

Por que ela é a única que esquenta minha alma.

E eu sei isso por que quando estou com ela...

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...é mágico! Estar com ele é a única coisa que me anima.

Ele me completa.

Ah, como eu queria estar com ele agora, nesse instante.

Queria sentir teu corpo junto ao meu num fraterno abraço ou em um...

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...apaixonado beijo dado com todo carinho possível.

Ah, como é bom amar.

Nessa tarde fria de Janeiro, irei ao teu encontro, minha amada.

Se não nos encontrarmos, te esperarei.

Assim como sempre fiz.

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Acho que agora é minha vez de esperá-lo.

É justo, na verdade ele me deixar esperar.

Eu o fiz esperar.

Como sou terrível.

Me sinto mal por isto.

Perdão, meu pequeno amor.

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Pelas vezes que te deixei.

Pelas vezes que fui grosso.

Pelas vezes que não te entendi.

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Por quando disse que te amava.

Por quando o deixei esperar.

Por quando me enchi de egoísmo.

Por não poder ajudar...

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...mas apenas ser um peso em sua consciência.

Por ser o motivo de sua preocupação.

Por não poder te salvar todas as vezes necessárias.

Minha amada, se nos amamos...

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...por que estamos tão longe um do outro?

Essa é a pergunta que não cala em minha pobre mente.

Vou ir ao teu encontro nesse instante.

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E fui andando, andando.

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Para onde vou?

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Teria ela o mesmo celular?

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Será que ele quer me ver?

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E foram perguntas e respostas, incertezas e certezas que os dois se recataram e passaram mais um frio de Janeiro distantes.

Até que alguém resolve arriscar.

A saudade já matava por dentro.

E o coração, o cor-ação, ação mais cor bate forte.

A cabeça voa e vai para as nuvens.

O outro arrisca também.

As certezas e incertezas somem.

Algumas coisas não precisam ser calculadas.

É apenas movimento.

E consentimento.

É com sentimento.

É sentimento.

E isso se chama amor.

O que faz duas pessoas sentirem a imensurável falta da presença do outro.

Do abraço.

Beijo.

Afeto.

Da conversa.

Do estar ali.

E foi nisso que se encontraram.

Agora, era uma tarde de Novembro bem calorosa.

Na praia novamente estavam.

Só que desta vez, estavam juntos.

Com a presença.

Com o querer.

Com a mente.

Com o cor-ação.

Com o sentimento.

Movimento.

E consentimento.

Ah, pequeno amor.

Como és bonito.