A noite já havia chegado. As estrelas iluminavam o céu, dando mais vida. E um dia de caça as bruxas, finalmente estava chegando ao fim. Foi um dia muito cansativo, para o “casal” de irmãos, que um dia foram deixados na floresta e que encontraram uma inocente casa de doces, aonde tudo começou a mudar. Foi por causa daquela noite, daquela casa, daquela horrenda bruxa, que eles haviam se tornado os melhores caçadores de bruxas... de todo o mundo. Ninguém ameaçava aos dois. Eles eram destemidos e perigosos; e não tinham absolutamente medo de nada... principalmente de um amor proibido.

  Após um longo dia, eles estavam em seu quarto, numa pequena casa de madeira. João tinha acabado de sair do banho e estava vestindo a sua calça.

 - Cansado? – falou Maria, se aproximando de João e depositando leves beijos em seu pescoço nu e frio. O irmão ainda estava sem camisa. Seu corpo estava malhado, e a cada toque que Maria dava, suspirava.

- Um pouco. – respondeu João, virando- se para a irmã, que o observava com os seus profundos olhos castanhos que refletiam amor. Ele coloca suas mãos delicadamente na cintura da irmã, a trazendo para mais perto si.

 Seus corpos estavam colados e se encaixavam perfeitamente. Em uma sincronia perfeita, a respiração de ambos funcionava.

  Os lábios dos dois estavam praticamente colados. Maria colocou sua mão na cabeça de João, finalmente jogando os lábios do irmão aos seus. Quando os seus lábios se tocaram, eles sentiram um energia deliciosa percorrer pelo corpo. Sim, aquilo era muito errado. Eles eram irmãos de sangue e jamais poderiam ficar juntos, mas ambos não resistiam a calorosa tentação de um beijo recheado de amor.

  A cada segundo, o beijo ia ficando mais quente, dificultando a respiração. Eles pararam.

 - Bruxas... – sussurrou João no ouvido de Maria, de um jeito sexy que a deixou exitada. – Sempre tão perversas.

- Cala boca. – respondeu a irmã, em um tom um tanto irônico.

Maria voltou a beijar o pescoço do irmão e acariciar o seu tanquinho. “Eu devo ter sérios problemas” pensava Maria. Mas esses problemas não a impediam de voltar a tocar nos lábios quentes de João.

 Suas línguas brigavam por um lugar... João começou a apertar a coxa de Maria, de um jeito encantador e atraente. Novamente, por falta de fôlego, eles pararam de se beijar.

 - Tá, isso não é certo. – Maria virou- se, segurando as lágrimas que estavam pressas e caminhou lentamente até a sua cama e se sentou com a cabeça baixa. Não era mesmo certo, mas eles se amavam... e não se amavam só por que eram irmãos. A vida toda os dois correram perigo, mas a cada coisa que passavam,  um laço de amor fazia eles se envolverem cada vez mais.

    Resistir a João era difícil, e resistir a Maria, era mais difícil ainda. Vendo a preocupação e tristeza da irmã, João se aproximou e se sentou ao seu lado, acariciando a sua mão que estava em sua perna.

  Vê- la daquele jeito, triste, o deixava arrasado e eles jamais queria isso. Quando era pequeno, ele havia prometido a si mesmo, que em qualquer hipótese, ele faria de tudo para ver Maria sorrir. E ele faria isso.

 - Não deve ser ruim ficar no inferno. – disse João, olhando para Maria, esperando ela virar o rosto. Assim, ela fez. Os dois ficaram se encarando por dois longos segundos.

  Eles queriam ficar juntos... eles teriam que ficar juntos. Com certeza o destino havia reservado esse momento por alguns anos, e somente nesse momento, ele pensou que seria melhor. 

  O silêncio permanecia, fazendo os dois refletirem um pouco sobre a vida. Maria soltou um leve suspiro e respondeu:

- Verdade. – disse ela, com uma cara maliciosa. – Talvez o inferno não seja tão tenebroso e ruim assim, como todos esses pobres mestiços imundos dizem. Quem sabe seja um paraíso. Vai saber né?

 Ela sorriu.

 Ele também.

Realmente eles eram apaixonados um pelo outro. E nada, mas nada no mundo, poderia impedir que esse “inocente” amor crescesse.

- Você é tão sexy. – disse João, lançando o seu sorriso sedutor de fazer qualquer mulher cair aos seus braços imediatamente.

- Pare de sorrir assim! – falou Maria indignada pelo fato do seu irmão ser tão sedutor. Era muita crueldade da parte de João, ficar jogando esse “charme”.

- Tudo bem então, eu paro. – responde ele, rindo.

João então foi se aproximando lentamente de Maria, colocando sua mão no pescoço da irmã. Um beijo ainda mais intenso começou. Os lábios se tocaram. Suas línguas dançavam dentro da boca. Maria foi indo para trás e se deitou em sua cama com João em cima de si.

O irmão abriu o colete da irmã e jogou em algum canto do quarto. Ele abriu a blusa dela puxando com força, e seus seios ficaram a mostra, protegidos apenas por um pequeno sutiã vermelho. Tudo continuava. Os beijos ficavam mais intensos a cada segundo.

È, eles se amam, e nada iria mudar isso.

Nada!