POV Liz

Tenho que confessar que essa minha vida aqui em, New Orleans, não está sendo o mar de rosas que eu tanto pensei que seria, está sendo totalmente ao contrario de minhas expectativas, acordei com certa vontade de caminhar ao ar livre, isso no momento me parecia certo, mas ao abria a janela percebo que é uma péssima ideia, pelo menos por hora, está chovendo, céu nublado, fecho a janela e olho no relógio de pulso, 10 horas da manhã, há essa hora minha tia deve está em seu escritório, resolvo tomar um banho, depois disso me coloco de frente ao meu guarda roupa, coloco um jeans azul, e uma blusa preta de mangas longas e sem detalhes, seco meu cabelo curto e depois pego meu celular no criado mudo e desço as escadas.

– Tia? – franzo o cenho.

– Bom Dia, querida! – ela diz com seu tom de voz animado de sempre.

Sento-me ao seu lado na cozinha, a mesa farta.

– Pensei que você estivesse trabalhando. – falei passando manteiga no pão integral.

– Ah não, hoje não tem muito trabalho, e com essa chuva lá fora está quase impossível sai de casa. – ela olhou a janela da cozinha, eu assenti.

Coloquei café em uma xícara, e noto o olhar curioso de minha tia sobre mim, ergo minha cabeça e a fito:

– Tia por acaso você quer me falar algo ou me pergunta? – dei meio sorriso, ela se encolhe.

– Você sabe exatamente o que eu quero saber. – ela me encara esperançosa.

Pensei em uma resposta... Nada! Não sei.

– Não sei de nada, não pensei em uma resposta. – fui sincera com ela.

A decepção e a esperança indo embora dá pra notar isso em sua face.

– Você deve pensar em uma, eu não quero que nós briguemos mais, então você pode pensar o tempo que for necessário. – ela exibiu um sorriso e se volta para o seu café da manhã.

– Muito obrigada Tia. – ela assentiu.

– Que tal de irmos ao shopping?

– Com esse temporal? – ela aponta a janela.

– Não tem nada tia, a gente vai de carro, vamos? – eu sorri.

– Está bem, só me deixe pega meu casaco. – ela se levanta e sobe as escadas.

Arrumo minha bolsa preta e pego a chave do carro, entremos no carro e a chuva já está passando, escolhemos um shopping perto de casa.

Entramos e minha tia correu para uma loja de bolsas de marca, ela ama bolsas, a acompanhei.

– O que acha dessas? – ela segura uma bolsa em cada mão, uma preta e uma bege.

– Essa, escolhe essa. – apontei para a preta.

– Eu sabia que você ia escolher essa. – ela sorriu.

No fim ela acabou levando as duas, logo em seguida entremos em uma loja de roupas, escolhi varias a maioria preta, me diverti muito com minha tia, terminamos as compras em uma praça de alimentação.

– E ai o que vai pedi? – minha tia me pergunta olhando o cardápio.

E sem liga pra dietas, escolho:

– Hamburg e milk-shake de chocolate. – minha tia me olhou com os olhos bem abertos, surpresa.

– Tem certeza?

Dou uma gargalhada com a cara de espanto dela.

– Tenho sim. – falo ainda sorrindo.

Logo depois veio nossos pedidos ela havia pedido o mesmo que eu, devorei tudo muito rápido.

– Nossa Liz, agente mal terminou de tomar café e você estava com essa fome toda? – ela se espanta ainda mais.

Dou de ombros.

– Pois é tia, não sei o que está acontecendo, apenas sinto mais fome que o normal, eu acho. – fiz cara de confusa.

Terminei de tomar meu milk-shake que estava uma delicia, olhei para o copo vazio, meu olhar triste.

– Quer mais? – Sabine olha para o copo.

– Ah não, se eu continuar nesse ritmo vou ficar gorda, eu não ligo pra dieta, mas é bom manter um certo controle. – ela assentiu e olhou para os lados.

– Acho que as pessoas estão começando a notar a sua presença. – olho para os lados também.

Pessoas olhando para mim, mas nenhuma se atreve a vim até mim.

– Elas não vão vim até aqui. – eu falei olhando, agora, para o céu que está querendo dar sinal de dia ensolarado.

A chuva passou por completo, acho que isso é bom.

– Vamos?- assenti.

Pagamos a conta e pegamos nossas sacolas, entramos no carro e Sabine resolve dirigi.

– Ele te ligou? – ela me olha e depois olha para o celular em minhas mãos.

– Não, porque o celular está desligado. – balancei o celular desligado em seu frente.

– Liz liga o celular. – ela suplica com uma voz doce.

– Tia... – falei não querendo liga.

– Por favor? – ela faz uma cara de cachorro abandonado.

– Tá, tá bom, eu ligo.

Ligo o aparelho de celular e instantaneamente caem 10 mensagens não lidas, abro e vejo que a maioria é de Ari e nada de mensagens de Avan, me surpreendo um pouco, eu imagina que essas 10 mensagens fossem de Avan, mas nenhuma delas era.

– O que foi? Parece que esta desapontada. – Sabine me olha de relance.

– Não, não estou não. – coloquei meu celular na bolsa sem ao menos ler as mensagens.

Começo a dirigi minha atenção para as ruas de New Orleans, desde quando cheguei aqui não havia reparado na lindeza desse lugar e parado para analisar as ruas meio que me surpreendeu e me deixou encantada com a beleza.

Depois de algumas horas chegamos em casa, já são 5 horas da tarde e tenho que me prepara para a minha apresentação no restaurante de comida japonesa.

– Tia quer me ajudar a me preparar para a minha apresentação? – ela afirma que sim com um gesto de cabeça e nós duas subimos as escadas.

– Que tal essa? – amostro um vestido preto com rendas que dar no meio das coxas.

Ela nega com um gesto de cabeça, coloca a mão no queixo e cruza as pernas, pensando. Ela se levanta da cama e pega outro vestido preto.

– Esse está ótimo. – concordei com ela.

Vesti o vertido longo preto com detalhes, ela fez uma maquiagem para noite, e depois solto os meus cabelos curtos.

– Está uma princesa! – ela sorriu quando eu me coloco na frente do imenso espelho.

Concordei com ela.

– Agora tenho que ir, você vai também?- perguntei me virando pra ela.

– Vou sim, só vou me arruma, não leva muito tempo. – ela some de minha frente indo para seu quarto.

Enquanto ela se arruma eu leio as mensagens de Ari.

De: Ariana

Para: Liz

Oi Amiga! Não sei por que você passou dias sem me ligar e sem dar nenhuma noticia, mas só quero que saiba que eu te amo muito e me perdoe se eu resolvi teclar na mesmo tecla toda vez que agente se fala.

Respondo a mensagem com um simples “está perdoada” e depois guardo o celular.

– Estou pronta! – minha tia aparece na porta, toda trabalhada na beleza.

Vestida com um vertido custo azul.

– Está simplesmente linda. – eu falei observando o vertido.

– Obrigada! – ela sorriu.

E seguimos para o restaurante a escutar a radio, ouvir minha tia cantando me deu vontade de cantar também, mas tenho que me conter e solta minha voz só no momento certo. Depois de 10 minutos chegamos ao local, reparo no monte de carros estacionados do lado de fora do restaurante.

– Nossa! O restaurante deve está cheio. – minha tia diz descendo do carro e olhando para os carros em sua frente.

Entremos no local pela porta dos fundos, o Rupert, o dono do restaurante, vem até mim com um sorriso no rosto.

– Liz que bom que chegou. – ele diz pegando em minha mão, e depois ele olha para minha tia com um olhar simpático.

– Essa é minha tia, Sabine, tia esse é Rupert, o dono do restaurante. – faço as apresentações.

– Prazer senhorita. – o famoso aberto de mãos acontece.

Olho para minha tia que está levemente corada, e ai me pergunto se ela nunca pensou em namorar.

– O prazer é meu. – ela diz educada de mais.

Depois desse ocorrido Rupert me dirigiu até o meu camarim, retoco minha maquiagem junto com minha tia, depois de 3 minutos uma mulher aparece e me diz que está na hora.

– Boa Sorte, querida! – minha tia me abraça e depois vai para a plateia.

Saio do camarim meio nervosa, espero ser anunciada, ouço meu nome, e entro no palco, ver aquelas pessoas me olhando me causa um arrepio, muitas pessoas, que é impossível de contar, me sento de frente ao piano, Okay, é a música na qual irei cantar.

There is no upper hand

I'm giving you mine

It doesn't have to end up wasting your time

There's things that i could say

But hear it my way

I want to let you know that it's all okay

Depois de cantar ouço os merecidos aplausos, faço uma reverencia de agradecimento, e quando olho para o centro da plateia, eu o vejo, o mundo neste instante parou... E sei o a presença dele significa.