Just Dance escrita por Isa Anjo


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Gente. Mil perdões. Sério, essas últimas semanas foram demais para mim. Mas eu trouxe o capítulo e prometo de verdade não demorar no próximo.
E nesse capítulo tem uma música. Vocês vão ver e espero que gostem. Ficou pequeno, mas o próximo já está pronto. E provavelmente, posto amanhã.
Boa leitura.
Obrigada pelos Reviews.
Beijos e até o próximo.



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As últimas aulas foram mesmo muito ruins. A minha cabeça doía. Mas eu pensava que assim que saísse dali, iria para o lugar onde tudo que me fazia mal, se cessaria.

Peter era mesmo um cara legal, porque no final da aula, ele me acompanhou. Conversava sobre tudo. Tinha que admitir que pelo menos um amigo eu consegui fazer ali.

-Ei, Sam. O que você mais gosta de fazer?

Essa é bem fácil.

-Dançar. – eu não só gosto, como amo. Dançar para mim é tipo, voar.

-Sério?

-Claro. E você, o que gosta de fazer?

-Você com certeza vai achar meio estranho. Mas eu também gosto de dançar. Faço aulas naquela academia que há aqui perto.

-Não brinca?! Você também gosta? Nunca conheci nenhum menino que dançasse. Aonde eu fazia aulas, não era permitido meninos. Apenas meninas. – isso é um sonho! Ele é legal comigo e gosta da mesma coisa que eu. Não acredito!

-Ei, porque não faz aulas na mesma academia que eu? Lá tem vários meninos que dançam. E meninas também, claro.

-Preciso pegar autorização com meus pais. Infelizmente, vai ser um pouco difícil, porque eles odeiam que eu ame dança.

-Nossa! Mas por quê? Quer dizer, se quiser me contar, estou a todo ouvidos.

Paramos perto de uma pracinha e logo nos sentamos em um banco, debaixo de uma árvore. Na pracinha, crianças passeavam com seus pais e seus cachorros. Outras, corriam para lá e para cá.

-É assim. Meus pais antes de nos mudarmos, concordavam com a história de eu amar a dança. Mas antes de virmos para cá, tivemos uma conversa. E eles decidiram que assim que chegássemos aqui, eu não iria mais poder nem falar a palavra “dança” dentro de casa. E conseguir a autorização deles, vai ser meio complicado.

-Por que eles não gostam que você dance? Você parece ser uma perfeita bailarina.

-Obrigada, mas eles sempre me dizem que dança não dá futuro. Só que eu não acredito nisso. E eu estava esperando por setembro desse ano, que é onde faço 18 anos. E assim, posso fazer o que quiser e escolher o que quiser pra minha vida.

-Setembro? Mas nós estamos em Abril ainda! Vai demorar muito.

-Eu sei, mas é a minha única alternativa.

-Não, eu vou te ajudar. Só preciso de alguns dias.

-Sério? Faria isso?

-Claro, eu também vejo a dança como futuro. E é o que vou fazer. E a minha sorte é que meus pais não ligam muito para o que eu faço.

-Verdade. Mas sério, não precisa fazer nada. Vou dar um jeito.

-Não. Eu vou dar um jeito. Você só vai precisar esperar.

-Tá né.

-Então, vamos indo? Preciso chegar logo em casa.

-Pode ir na frente. Preciso passar em outro lugar.

[...]

As paredes estavam sujas e as janelas tinham as cortinas todas rasgadas. Tudo ali estava uma poeira só. Mas eu não ligava. O espelho que cobria a parede toda estava com as bordas sujas.

Deixei minha bolsa em um canto qualquer e peguei meu iPod. Coloquei um collant preto, uma saia rosa bem claro, meia rosa e sapatilha. No cabelo, fiz um coque.

Lindsey Stirling - Crystallize (música)

A música era ao mesmo tempo rápida e devagar. O som do violino fazia os meus pensamentos voarem nas nuvens.

Pliê. Pirueta dupla. Grand-pliê. Pirueta dupla. Pliê. Grand-pliê

Eu repetia esses passos com a mais delicadeza possível. A música nos meus ouvidos, meus pés se movendo conforme ao toque. Isso era o que me salvava do mundo.

Eu me sentia livre, clara. 

Eu havia achado esse velho salão abandonado há algum tempo. Quando estava indo dar um passeio pela nova cidade. Até que passei por esse salão. Onde a enorme porta de entrada estava meio aberta. Então, sem pensar, entrei. E mesmo estando sujo e sendo velho. Me apaixonei. Acho que antigamente, era uma sala de dança. Por causa dos espelhos e da arquitetura. 

Meu corpo dobrava e eu sentia a música dentro de mim. 

O meu último passo foi feio. Salto e logo depois, espriguicê.

A música parou bem na hora em que levantei a cabeça. Mas me assustei, pois alguém me observara esse tempo todo. 

E não era Peter.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? Sim ou não?
E, gostaram da música? Eu simplesmente amo a Lindsey.
Ela toca super-bem e ainda faz as suas próprias músicas.
Enfim, até amanhã talvez.
Beijos ♥



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