Wish escrita por Lee YongKi


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. x3



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- Lovisari! – Dizia a garotinha de cabelos ondulados para seu amigo –  Eu estava lendo um Livro que a minha mãe me mostrou. Eu li uma tal de promessa que os japoneses fazem!

- Sério? – Perguntou o garotinho.

A Garota estendeu o livro com a página marcada para ele e ele pegou. Deu uma breve olhada e lhe entregou novamente o livro.

 – Vamos faze-la antes deu ir embora? – Disse o garoto sorrindo.

A Garotinha timidamente aceitou. Correu de volta para a mãe e devolveu-lhe o livro. Voltou e ficou de frente para o seu amigo. Os dois ergueram a mão e enlaçaram os seus dedos mindinhos.

“Yubikiri genman, uso tsuitara, hara senbon nomasu, yubi kitta” – Disseram as duas crianças de quase sete anos.

- 14 de Fevereiro nós iremos nos encontrar – Disse o garotinho, por fim.

- Nós prometemos! – Exclamou a garota, bastante alegre.

O garotinho então foi embora, deixando para trás, a palavra proferida pelos dois.

***

“Caro Diário,

Sinto que a cada dia estou mais e mais distante de encontra-lo. Talvez seja pelo fato que me mudei de escola umas duas vezes, ou o meu cabelo ou, mais possivelmente, o meu comportamento.

Como já havia escrito aqui antes, mudei-me para o Japão uns 7 meses atrás. A Erika está sendo gentil em me ajudar a acostumar-me aqui. Falei com ela sobre a minha banda do meu país anterior. Infelizmente ela não quis participar.

Já se passaram 10 anos desde de o dia em que nos separamos. Eu e o Lovisari. Pode parecer falta de educação, mas não lembro-me direito no nome dele, apenas que o chamava de Lovisari.

Acho que logo possivelmente nossa história seja que nem “A Cinderela”. Ou pelo ao menos depois da parte que a princesa deixa o seu sapatinho para trás.

Mas eu seria “A Cinderela” à procura do meu “Príncipe”? Não seria o contrário? E também não tenho nada  que ele deixou para trás. Um cordão. Um pingente. Ou até um brinquedo...

“14 de fevereiro”,  foram as suas palavras. Mas o único 14 de Fevereiro que eu conheço é o “Valentine’s Day”, apenas. Será que seria o Aniversário dele?

Estou para desistir de esperar até o sei-lá-quando-14-de-fevereiro. Já não tenho a mesma confiança de antes. Mas nada melhor que continuar a escrever meu dias de sofredora aqui. Ou até as músicas de minha banda da Itália. Ou músicas de outra Banda..."

E como um disco de vinil que é interrompido de continuar a tocar na vitrola, eu parei de escrever meu diário, pois a mão que interrompeu o disco de vinil antigo pegou o caderno de minha mão e ficou lendo.

- “Mas eu seria ‘A Cinderela’ à procura do meu ‘Principe’”? – Disse Erika, minha amiga dos cabelos ruivos mais lindos que já vira, rindo quando chegou na última palavra. – Se fosse uma letra, você poderia muito bem colocar : E como num conto alternativo, a minha história foi interrompida com o quebrar do sapatinho de Cristal.

- Intrigante. Deveras Interessante. – Disse sorrindo, mas sem mostrar os dentes – “E como no mundo real, a amiga de cinderela atrapalhou a sua tentativa de dançar ouvindo a doce música de sua vitrola.”

Erika abafou os risos colocando a costa na mão na frente da boca.

Balancei a cabeça negativamente tentando mostrar desapontamento, mas o meu sorriso tímido não deixava.

- Quem fala vitrola hoje em dia, Serena?

- Uma pessoa que gosta de pensar que vive no passado, talvez. – Disse, levantando-me de minha carteira e, literalmente, jogando as coisas dentro de minha mochila.

- Quem vive no passado? – Disse Kyo, abraçando Erika por trás.

Kyo é um rapaz que eu adoraria que fosse o guitarrista da minha banda, mas infelizmente, como Erika, ele recusou e, no momento, ele é namorado de Erika. Não saberia o que ela gostava nele. Não que ele não fosse bonito, não. Ele era muito, mas a personalidade dele não agradava todos.

- Io! – Apontei para mim mesma enquanto apoiava a mochila em meu Ombro.

Kyo, como geralmente fazia, revirou os olhos após ver a palavra Italiana saltar de minha boca e logo deu um sorriso de canto.

- Não é porque você é italiana e está no Japão que tens que ficar mostrando o seu Idioma nativo.

- Eu sei, eu sei. Perdoem-me. – Disse saindo da sala, acompanhada do casal.

Apesar de ter abandonado a minha antiga banda da Itália, ainda tenho todas as letras e fotos de nossos pequenos shows que fazíamos em lanchonetes. Queria poder ter continuado esse sonho aqui no Japão, mas não é possível. Chegamos no colégio de manhã e saímos já no Crepúsculo. O único tempo livre que temos é tarde da noite, em alguns intervalos e nos fins de semana. Isso quando não somos liberados mais cedo.

Erika e Kyo me acompanharam até em minha casa. Virara rotina eles fazerem isso.

Convidei-os para entrar, mas negaram. Despedi-me deles e fui direto para a cozinha.

- ‘Noite, figlia. – Disse Susanna, minha mãe.

- Ciao, Mamma... - Disse num tom tristonho, apesar de eu não querer transparecer isso.

Sentei na cadeira e apoiei minha cabeça na mesa.

- Que foi, querida? – Disse ela, despejando os legumes recém cortados na panela de água fervente.

- Nada, Mamma... – Continuei com o tom tristonho em minha voz. – Non, irei dizer! Eu estou preocupada, madre! Eu... Eu... É aquele Ragazzo! Hoje ele não saiu da minha cabeça!

- Ah, sì, o Ragazzo... – Ela se afastou da panela fervente e sentou em uma das cadeiras perto de mim. – Querida, eu quero que não te preocupes com ele.

- Mas, madre...

- Esqueça! – Ela aumentou o seu tom de voz. Fiquei calada. – Não quero lhe ver de Depressão. Amanhã quero ver-te aqui, bem cedo!

Continuei calada. Depois da parte da Depressão concluir que parava por aí nas conversas de mãe para filha nesta casa.  

Retirei-me daquela mesa e subi as escadas até o meu quarto.

Abrir a porta, joguei minha mochila em qualquer canto daquele local e logo joguei-me na cama. Na minha cabeça a única coisa que me passava era a música “Jar Of Hearts”, da minha querida cantora Christina Perri.

Sentei-me na cama tentando recuperar minha amada compostura. Suspirei e fiquei em posição de “Paz”.

Para estragar o momento calmo que estava tendo, lembrei-me do quanto suada estava. Tive nojo de mim mesma naquele momento. Levantei da cama e fui em busca de um pijama. Peguei uma blusa branca e uma calça florida.

Fui ao banheiro e decidi tomar um banho para tirar todas as impurezas de meu corpo naquele momento, o triste era que ele não tirava as lembranças deixadas em minha mente.

Acabando o banho e terminando de me vestir, minha mãe logo chamou-me para jantar.

Desci as escadas como que não quisesse nada e logo me encontrava na cozinha., sentada, na frente de minha mãe e com o prato cheio de comida intacto em minha frente.

- Não irá comer? – Perguntou ela, indelicadamente de boca cheia.

- Claro! – Peguei uma colher e a enchi de comida. Antes de pousa-la na boca, perguntei : - Mãe, porque a senhora quer me ver bem cedo amanhã?

- Hm... Digamos que amanhã teremos uma visita... – E pôs a sua última colherada de comida na boca.

***

- Serena!! – Berrou minha mãe.

- Já vou!! – Respondi no mesmo tom, colocando a cabeça para fora da Porta.

Hoje o dia amanhecera bem preguiçoso. Um ótimo dia para se ficar esparramada na cama, sem preocupações, sonhando acordada.

Terminara de vestir a Blusa e logo desci. Minha mãe estava bastante agitada e. claro, arrumada. Pelo modo de como ela acordara hoje, a visita deveria ser bastante importante. Negócios, talvez...

- Mãe... – Tentei chamar a atenção dela. – Sabe, eu acabei de acordar, já são nove horas e eu ainda não tomei meu café... E então, como vai ser?

- Quando o Ricardo, o Alessandro e o Alexandre chegarem, nós iremos tomar o café!

- O Ricardo está vindo?? – Disse eufórica.

Ricardo era o meu irmão, mais velho, claro. Tinha 26 anos e fazia a faculdade de arquitetura. Ele nunca nos acompanhava nas nossas viagens pelo o mundo, como minha mãe chamava. Atualmente, pelo que eu sei, ele voltou para a Itália para cuidar de dois moleques, como ele os chama.

- Sì, sì! – Disse ela apressada, terminando de arrumar a mesa. – Pronto!

Desistir de entender a agonia dela. Tudo bem que era o mano que viria passar uns dias cá em casa, mas ela nunca ficou tão agoniada como nas outras vezes.

Deitei-me no sofá e fechei os olhos. O sol das dez horas batia no meus olhos, deixando-me agoniada.

Como se já não fosse o meu esperando, a campainha tocou. Podia ouvir a correria de minha mãe para ir atender a porta. Dei um sorriso de canto em resposta disso e continuei deitada.

- Serena!! – Gritou ela novamente.

Balancei a cabeça positivamente para mim mesma. Levantei e fuii até a porta de entrada aonde se encontrava uma mala marrom.

- Filha, leva esta mala para meu quarto, per favore?

Assenti e sorri para ela. Ela retribui meu sorriso, mas rapidamente saiu do meu campo de vista.

Subi preguiçosamente escada à cima. Não porque a mala estava pesada, pois estava, mas porque eu ainda estava sonolenta. Afinal, minha mãe havia me acordado a gritos. 

Cheguei ao quarto de minha mãe e deixei a mala lá, como mandado.

Antes de descer, dei uma rápida passada em meu quarto para ajeitar meu cabelo, pois ficar deitada no sofá havia bagunçado um pouco meu cabelo.

Já fora do quarto, podia ouvir vozes vindo da cozinha. Mas uma em especial chamara minha atenção. Eu realmente não a conhecia.

Dei de ombros e comecei a descer a escada. 

A voz, em especial, ficava cada vez mais perto de mim. Droga! De quem era essa voz? 

- Per favore, Alessandro, poderias chamar a Serena? Parece que ela nem mais quer ver seu irmão mais velho. - Disse minha mãe, dando ênfase nas últimas palavras.

Já chegara no último degrau quando ouvi um risinho. Com certeza seria desse tal de Alessandro. Afinal, Ricardo nunca daria risos assim.

Chegando perto da cozinha, realmente não virá o rapaz que estava vindo na direção oposta a minha, e, acidentalmente, havia esbarrado nele.

Estupidamente senti vergonha naquela ora. Não por não ter visto ele, apesar de ter estado bem claro que viria em minha direção, mas por ele, ao tentar me segurar, caiu em cima de mim.

Por segundos fiquei encarando os olhos deles. Eram Azuis. Um Azul tão lindo. 

- Alessandro! - Tentava não rir minha mãe, ao chamar a atenção dele. - Serena...

Ele era tão lindo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Comentários? *-*
Talvez eu edite o final deste capítulo depois...



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