Dois Irmãos: Conflitos, Amores E Grandes Momentos escrita por ga bi


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

ae pessoal, voltei. Lá vai mais um...



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Narr Prof Helena

Já eram exatamente cinco e quinze. Fiz a chamada e vi que faltava uma dupla: Eram os irmãos Guerras. Eles estavam atrasados, precisávamos voltar pra casa. Os alunos logo começaram a especular e comentar.

Davi: Por que será que eles estão demorando tanto?

Cirilo: Será que eles morreram na floresta?

Todos zuaram o Cirilo fazendo vaias assim:

 ----- dãaaaaa Cirilo!

Kokimoto: --- Cala a boca vei!

Mário: --- É, só fala besteira!

--- Eu só quis dizer... ---- disse ele levantando as mãozinhas.

Eu intervi: Calma pessoal, silêncio.

Jorge: Professora, e se acontecer alguma coisa com a Marcelina?

Alícia: O Paulo com certeza vai saber defende-la, Jorge.

Por que será que os passeios a esse lugar sempre dão errado? No terceiro ano foi a Maria Joaquina que se perdeu quando ela estava com o Daniel. Agora é o Paulo e a Marcelina. Eu tinha que fazer alguma coisa.

--- Pessoal, eu vou procurar pelo Paulo e a Marcelina. Vou precisar que alguns de vocês venham comigo: Jaime, Jorge e Alícia. O resto da turma não saiam daqui.

E começamos as buscas. 

Narr Marce

Paulo continuou a dar a notícia alarmado:

--- Nos perdemos Marcelina!

Eu: Para Paulo! Você só pode estar brincando!

Paulo: Não mesmo... eu não sei voltar, estamos perdidos e  sem saída!

Eu: E agora?

Paulo: E agora eu não sei o que fazer. Eu sou um burro mesmo, um idiota! Por que eu fui querer investigar aquelas plantas que ficavam longe e nos fizeram perder... no meio da mata fria e sombira

Andamos, andamos, andamos e nada. Não conseguimos achar o caminho de volta. A gente já estava cansados de andar e olhei o relógio. Eram cinco e meia da tarde. Ainda estava claro. Precisávamos de achar o caminho antes que escurecesse.

Eu: Será que estão procurando a gente?

Paulo: Provavelmente. Fica tranquila, vão nos encontrar...

O Paulo disse aquilo tentando me acalmar, mas eu via em seu rosto que ele estava com medo.

NarrProf Helena

------ PAAAAULO? MARCELIIIIIINA?

Gritávamos mas ninguém nos respondia. Já eram cinco e cinquenta. E já estava escurecendo.

Eu: Precisamos ir. Já está ficando tarde.

Jaime: Mas professora, nós ainda não encontramos eles!

Alícia: Não podemos desistir, professora! Eles podem estar em perigo!

Eu: Sinto muito gente, mas está escurecendo. É melhor a gente voltar antes que nos perdemos também.

Jorge: Eu não posso ficar sem a Marcelina professora!

Voltamos e todos ficaram decepcionados por não termos encontrado nem Paulo nem Marcelina. Voltamos pra casa triste por deixar dois alunos pra trás. No caminho, liguei pra polícia para que procurassem os dois. Ao chegar à escola, a diretora ficou revoltada.

--- Como pode deixar dois alunos para trás Helena? Que irresponsabilidade!

Helena: Devemos avisar os pais deles.

Diretora: Então avise.

Narr Marcelina

Tinha escurecido. Não achamos mesmo o caminho de volta. Me sentei e encostei em uma árvore. Abaixei a cabeça e comecei a chorar.

Eu: É um pesadelo! Isso não podia estar acontecendo, Paulo.

Paulo: Nossos pais devem estar preocupados.

Narr paulo

Marcelina não conseguia parar de chorar. E com razão. A gente não queria passar a noite na floresta, no meio do mato. Ela estava até soluçando de tanto chorar. Quis abraça-la. Meu orgulho não me deixou. Mas ela estava desesperada, precisava ser consolada. Dei um beijo em sua bochecha. Fiz isso super tímido, mas eu quis mostrar que a gente estava ferrado juntos. Ela me abraçou forte, não me soltou por nada. Chorou ainda mais. Deixei escapar algumas lágrimas junto, mas sem que ela percebesse. De desesperada já bastava ela. Nunca senti um abraço tão bom. Me senti mais calmo e ela parecia se sentir amparada. Por isso acho que nossa cumplicidade naquele momento nos faria bem. Mesmo que fosse só naquele momento difícil.

Distanciamos-nos e ela enxugou as lágrimas e disse:

--- Estou com fome...e com sede.

Abri minha mochila. Peguei uma garrafinha de água e bebemos.

Eu: Não bebe muito, se não acaba.

Peguei também um pacote de biscoito que eu tinha na mochila e dividimos.

Marcelina: Uma hora vai acabar a água e a comida. O que a gente vai fazer?

Eu: Pensa só no presente.

Ficamos calados pensando na vida. Olha que situação! Ela resolveu puxar assunto depois de uns cinco minutos calados:

---- Pelo Jeito a gente vai ter que dormir aqui, não é? Como a gente vai fazer?

Peguei minha lanterna que eu por sorte tinha colocado na mochila e coloquei minha mochila encostada na árvore pra servir de travesseiro. Eu me deitei em cima da mochila deixando um espaço pra Marcelina e disse:

--- Deita aí.

Ela se deitou na mochila e logo dormiu de tão cansada. Eu não consegui pegar no sono. Estava muito preocupado com a nossa situação. Marcelina acordou no meio da noite tremendo. Olhou pra mim e disse:

--- Estou com frio.

Tirei minha blusa de frio e a vesti. Não custa ser cavalheiro de vez em quando.

--- Está melhor agora? --- Perguntei.

--- Sim. Bem melhor. Boa noite Paulinho.

--- Boa noite Marce.

Narr Autora

E ás dez e meia da manhã na casa abandonada, todos da patrulha salvadora estavam reunidos tristes pelo sumiço de Paulo e Marcelina discutindo sobre o assunto.

Cirilo: Eu acho que é hora da patrulha salvadora agir.

Maria Joaquina: Mas a professora Helena e nossos pais falaram pra gente não entrar em ação dessa vez, pois a gente pode ficar perdido também. Além disso pode ser perigoso.

Valéria:  Sua chata. São nossos amigos que precisam de nós. Eu topo em procura-los. Se você não topa só porque tem que entrar no meio do mato cheio de insetos é só não nos acompanhar.

Jaime: A gente pode levar o Rabito pra ajudar nas buscas.

Daniel: Pessoal, vamos nos dividir em grupos igual aquela vez que o Jaime fugiu de casa. Vamos encontrar nossos amigos.

Davi: Eu posso pegar os rádios comunicadores do meu pai escondido. Aqueles que a gente usou pra procurar o Jaime no terceiro ano.

Daniel: Boa ideia Davi!

Margarida: Daniel, você que é o mais esperto daqui, divida os grupos pra começarmos as buscas.

Daniel: Os grupos são: Maria Joaquina, Cirilo, Jorge e Jaime,

“Droga, no mesmo grupo do Jorge de novo!” pensou Jaime.

Daniel: Alícia, bibi, eu e koki;    Laura, Carmem, Valéria e Mário;    Adriano, Davi e Margarida.

Narr Marcelina

Quando acordei, o Paulo ainda estava dormindo. Acho que só conseguimos dormir devido ao cansaço. Pelo que eu conheço dos meus amigos, eles vão nos procurar. E vão nos encontrar primeiro que a polícia, já que a polícia, como sempre. O Paulo foi muito legal comigo essa noite, nem parecia ele mesmo. Ele me protegeu. Acho que é instinto fraterno. Ele só se preocupa comigo só na hora do perigo. É o que parece. Eu estava pensando nisso tudo quando ele se mexeu. Começou a acordar. Ele se levantou, pegou sua mochila e disse:

Paulo: Levanta, vem! Vamos andar mais e tentar voltar pra casa.

E começou tudo de novo. Andamos pela floresta tentando achar uma saída.

Narr Paulo

Ô Vida cruel! Quanto mais a gente andava pela mata, mais a gente ficava perdido. Se for castigo, eu até que mereço, mas minha irmã não. A gente andou o dia inteiro pela floresta e conseguimos achar algumas árvores frutíferas.

Marcelina: Olha Paulo, naquela árvore tem manga!

Eu: Eca! Odeio manga.

Marcelina: Ou a gente come ou a gente morre de fome.

Ela tinha razão. Mas as mangas estavam no alto do pé de manga e eu tive que subir pelos troncos até lá em cima pra pegar as frutas.

Marcelina: Cuidado para não cair.

Paulo: Hahaha! Até parece que eu nunca subi numa árvore antes.

Parece que era até praga dela. Eu estava subindo na árvore e pisei em falso. Caí. Droga, eu nunca caí de uma árvore antes, e quando caio, é na frente da Marcelina só pra ela me zoar. Mas pra ela não ter essa oportunidade, caí e me fingi de desmaiado. Ela ficou assustada.

--- Ah não Paulo, acorda!! Não me deixa sozinha nessa floresta, acorda Paulo!

Abri os olhos e comecei a rir da cara dela:

---- kkkkkkk você acreditou que eu tivesse desmaiado. Kkkkkkkkk

Marcelina: Antes se eu pensasse isso. Eu pensei que você tivesse morrido e isso não teve graça nenhuma! ---ela disse fazendo bico.

Eu: Não fica brava não, eu vou subir na árvore de novo e tentar pegar as mangas.

Marcelina: Mas vê se não cai dessa vez. E se cair, não finja que desmaiou.

Consegui pegar as mangas sem cair da árvore dessa vez. Passamos o dia inteiro chupando manga, mas ainda continuávamos com fome. Depois de tanto comer manga acho que até aprendi a gostar. Nós andamos mais e achamos um pequeno lago. Eu entrei, pois estava muito calor. Aproveitei e bebi um pouco da água do lago. Marcelina se mostrou preocupada comigo:

--- Sai daí você pode se afogar.

Eu: É um lago raso. Pode entrar.

Ela entrou e jogou água na minha cara e quando vimos já estávamos fazendo guerrinha de água. Até que teve as partes legais de estar perdido naquelelugar. Bebi mais água do lago, pois eu estava com muita sede e Marcelina falou:

--- Não bebe dessa água, deve estar cheia de micróbios.

Eu: Nossa água da garrafinha acabou, é melhor beber pra não morrer de sede.

E ela também bebeu da água do lado. Nunca pensei que um dia passaríamos por isso, eu e a Marcelina perdidos, um cuidando do outro. Acho que se ela não estivesse comigo talvez eu estaria com medo. Não gosto de admitir mas aprendi a gostar da Marcelina.

Narr autora

Enquanto isso na floresta, Paulo e Marcelina estavam sentados chupando manga. As mangas não matavam a fome deles, mas ajudava a sobreviver.

Enquanto isso, um grupo de pesquisadores, estava andando pela floresta. Eles eram cientistas e estavam no local para investigar as espécies de animais e de plantas na floresta. Eram cientistas que moravam naquele bosque e tinham um laboratório construído na floresta onde viviam. Eles observavam Marcelina e Paulo de longe e perceberam que os dois estavam perdidos e um dos cientistas disse:

--- Coitado deles. Estão perdidos aqui! Vamos ajudá-los e leva-los até a saída.

E outro cientista do grupo falou:

--- Nada disso Doutor Bruno! Eu tenho uma idéia melhor...

E o cientista Carlos falou:

--- Que idéia Doutor Pedro?

E o cientista Pedro, chefe do grupo que era muito sinistro respondeu:

--- Vamos seqüestrar esses pirralhos perdidos e testar neles nossas experiências genéticas!


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