Busca De Um Amor escrita por Milena Buril, Andressa Picciano
Notas iniciais do capítulo
Ficou pequeno .-. Perdão hehe
Comecei a andar, observando aquele grande salão. Havia uma porta no final, e era para lá que eu ia. Isso mesmo, ia.
Quando cheguei ao final, comecei a ouvir barulho de metal contra metal. Me virei, e foi inevitável soltar um meio grito.
Todas as armaduras estavam paradas na minha frente, com espadas em mãos. Preparados para o ataque. Minha respiração ficou mais fraca, e com calma, apertei meu bracelete. Elas devem ter visto, ou... sei lá. Fui atacada por dezenas, enquanto, eu era apenas Alice.
O difícil de acabar com uma armadura, é que você não sabe onde é o ponto dela. Por tentativas e erros, descobri que era como um humano, mas sem carne por dentro, apenas um vácuo. Eu girava, abaixava, desviava e esfaqueava. Sim, me machuquei, porque fora uma luta injusta. Meu braço ardia de dor, e minha barriga latejava. Sentia o suor escorrendo no rosto, mas nada me impedia de continuar.
Fui encurralada por cinco, e eu implorei para que a lâmina estivesse afiada como imaginava. Passei-a de uma só vez em todos os pescoços. Agradeci mentalmente por não ter sangue.
Não demorou o tempo que eu pensei para acabar com todos, porque teve uma hora que começaram a lutar entre si. Foi estranho, mas divertido ao mesmo tempo. Suspirei, e dei meia volta para continuar a explorar o local. Não funcionou bem assim, porque dei de cara com uma última armadura, que não me parecia tão amigável.
Ela pegou pelo meu pescoço, e me jogou no chão. Nunca vi algo tão forte. Se ajoelhou do meu lado, e começou a examinar meu rosto, o que tornava tudo ainda mais assustador. Retirou a espada. Com uma das mãos, me segurava firme no chão, e a outra, passava levemente a lâmina em meu pescoço. Não para perfurar, mas sim, deixar um fino rastro de sangue. Mesmo assim, doía, e eu gritei. Ela cometeu um erro, pois segurou a arma com as duas mãos para me matar. Rolei, assim que notei a chance, e me levantei. Passei o dedo no corte, tentando limpar, só que o sangue ainda escorria. De tanto nervoso, foi rápido matá-la.
Dessa vez, antes de continuar a caminhar, revisei se não sobrara nenhuma. Mesmo cansada, passei pela porta, preparada para o pior. Não tinha nada.
Era um corredor vazio, iluminado por tochas. Eu ouvia o ecoar dos meus passos, e era bem quente. Avistei uma passagem, e havia uma luz, como se quisesse chamar a minha atenção. Obedeci a indireta.
Entrei, e meu coração acelerou. Antes que eu soubesse se era verdade, as lágrimas desciam, e a respiração falhava. Eu conhecia aquelas roupas, o cabelo e a mesma pele branca. Só que nunca tinha visto, e não queria, ver o sangue escorrendo de seu pescoço. Ele estava morto.
Corri em sua direção, e eu não enxergava mais. Minha mão tremia, e na hora que a encostei em seu rosto, Simon se desfez em névoa.
Me levantei apavorada, e uma risada alta vinha até mim. Um garoto com jeans, camiseta preta e blusa de couro, surgiu. A faca presa em seu cinto brilhava.
- Nunca me canso disso - ele ria.
- Quem é você? - perguntei, enxugando o rosto.
- Deixe que eu me apresente - respondeu - Me chamo Phobos. Eu sou o medo. Filho de Ares, já deve perceber. Então esse é o seu maior medo? Perde-lo? Devo admitir que foi bem engraçado.
Me senti pequena e humilhada. Como descobrira assim tão fácil? Sim, havia coisas maiores a temer, mas Simon era... quase tudo para mim. Em anos, a única pessoa que esteve verdadeiramente ao meu lado.
- Não achei - falei secamente - Não gosto que brinquem comigo de tal maneira.
- Você não escolhe o que quer que eu faça - retrucou - Sou um deus inferior, mas continuo sendo melhor do que você em todos os sentidos.
Não valia a pena discutir com ele.
- Já o diverti? - queria sair de lá. Ficar encarando alguém, que fez aquilo comigo, me deixava irritada - Agora preciso ir.
- Vai ter que andar bastante para achar seu namorado - Phobos ria sem parar - E se encontrar meu pai, diga que temos uma aposta à ser paga.
Queria muito perguntar o por que, mas tudo o que restou foi pó.
Sentia que estava derretendo. Tirei minha blusa de frio, e a joguei ali mesmo. Não queria mais saber dela. Por culpa da manga curta, todos os ferimentos era visíveis, e pareciam ainda piores.
Voltei a andar pelo corredor, e encontrei uma escada. Subi, e fui parar direto à uma porta de vidro. E lá estava ele.
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