Busca De Um Amor escrita por Milena Buril, Andressa Picciano


Capítulo 20
Um teste


Notas iniciais do capítulo

Ficou pequeno .-. Perdão hehe



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Comecei a andar, observando aquele grande salão. Havia uma porta no final, e era para lá que eu ia. Isso mesmo, ia.

Quando cheguei ao final, comecei a ouvir barulho de metal contra metal. Me virei, e foi inevitável soltar um meio grito.

Todas as armaduras estavam paradas na minha frente, com espadas em mãos. Preparados para o ataque. Minha respiração ficou mais fraca, e com calma, apertei meu bracelete. Elas devem ter visto, ou... sei lá. Fui atacada por dezenas, enquanto, eu era apenas Alice.

O difícil de acabar com uma armadura, é que você não sabe onde é o ponto dela. Por tentativas e erros, descobri que era como um humano, mas sem carne por dentro, apenas um vácuo. Eu girava, abaixava, desviava e esfaqueava. Sim, me machuquei, porque fora uma luta injusta. Meu braço ardia de dor, e minha barriga latejava. Sentia o suor escorrendo no rosto, mas nada me impedia de continuar. 

Fui encurralada por cinco, e eu implorei para que a lâmina estivesse afiada como imaginava. Passei-a de uma só vez em todos os pescoços. Agradeci mentalmente por não ter sangue.

Não demorou o tempo que eu pensei para acabar com todos, porque teve uma hora que começaram a lutar entre si. Foi estranho, mas divertido ao mesmo tempo. Suspirei, e dei meia volta para continuar a explorar o local. Não funcionou bem assim, porque dei de cara com uma última armadura, que não me parecia tão amigável. 

Ela pegou pelo meu pescoço, e me jogou no chão. Nunca vi algo tão forte. Se ajoelhou do meu lado, e começou a examinar meu rosto, o que tornava tudo ainda mais assustador. Retirou a espada. Com uma das mãos, me segurava firme no chão, e a outra, passava levemente a lâmina em meu pescoço. Não para perfurar, mas sim, deixar um fino rastro de sangue. Mesmo assim, doía, e eu gritei. Ela cometeu um erro, pois segurou a arma com as duas mãos para me matar. Rolei, assim que notei a chance, e me levantei. Passei o dedo no corte, tentando limpar, só que o sangue ainda escorria. De tanto nervoso, foi rápido matá-la. 

Dessa vez, antes de continuar a caminhar, revisei se não sobrara nenhuma. Mesmo cansada, passei pela porta, preparada para o pior. Não tinha nada. 

Era um corredor vazio, iluminado por tochas. Eu ouvia o ecoar dos meus passos, e era bem quente. Avistei uma passagem, e havia uma luz, como se quisesse chamar a minha atenção. Obedeci a indireta.

Entrei, e meu coração acelerou. Antes que eu soubesse se era verdade, as lágrimas desciam, e a respiração falhava. Eu conhecia aquelas roupas, o cabelo e a mesma pele branca. Só que nunca tinha visto, e não queria, ver o sangue escorrendo de seu pescoço. Ele estava morto.

Corri em sua direção, e eu não enxergava mais. Minha mão tremia, e na hora que a encostei em seu rosto, Simon se desfez em névoa. 

Me levantei apavorada, e uma risada alta vinha até mim. Um garoto com jeans, camiseta preta e blusa de couro, surgiu. A faca presa em seu cinto brilhava. 

- Nunca me canso disso - ele ria.

- Quem é você? - perguntei, enxugando o rosto. 

- Deixe que eu me apresente - respondeu - Me chamo Phobos. Eu sou o medo. Filho de Ares, já deve perceber. Então esse é o seu maior medo? Perde-lo? Devo admitir que foi bem engraçado.

Me senti pequena e humilhada. Como descobrira assim tão fácil? Sim, havia coisas maiores a temer, mas Simon era... quase tudo para mim. Em anos, a única pessoa que esteve verdadeiramente ao meu lado. 

- Não achei - falei secamente - Não gosto que brinquem comigo de tal maneira.

- Você não escolhe o que quer que eu faça - retrucou - Sou um deus inferior, mas continuo sendo melhor do que você em todos os sentidos. 

Não valia a pena discutir com ele. 

- Já o diverti? - queria sair de lá. Ficar encarando alguém, que fez aquilo comigo, me deixava irritada - Agora preciso ir. 

- Vai ter que andar bastante para achar seu namorado - Phobos ria sem parar - E se encontrar meu pai, diga que temos uma aposta à ser paga.

Queria muito perguntar o por que, mas tudo o que restou foi pó. 

Sentia que estava derretendo. Tirei minha blusa de frio, e a joguei ali mesmo. Não queria mais saber dela. Por culpa da manga curta, todos os ferimentos era visíveis, e pareciam ainda piores.

Voltei a andar pelo corredor, e encontrei uma escada. Subi, e fui parar direto à uma porta de vidro. E lá estava ele. 


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Notas finais do capítulo

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