The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 83
The Last Resort


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, pessoal. Tenho demorado mais para postar capítulos porque preciso dar uma pausa as vezes para dar uma rememorada na história, ainda mais nessa reta mais final.
Obrigada pela paciência. Boa leitura.



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Quando eu retornei aos Varden, vi os olhares de decepção sobre mim. Alguns até de desconfiança. Suspirei, descendo de Elrohir e indo direto até Orun. Ele também encurtava a distância entre nós, preocupado.

— Como foi? – Ele questionou, ignorando os olhares de todos sobre nós. Suspirei, dando de ombros.

— Mal, mas eu já esperava que fosse. E aqui?

— Eragon assumiu a liderança enquanto Nasuada não está. E o moral está lá no chão. Roran conseguiu nos dar alguma ajuda nisso, mas ainda assim…Talvez você pudesse ajudar também.

— Todos esperavam que eu a trouxesse de volta, Orun. Só o que eu fiz lá foi trocar farpas com aquele desgraçado e voltar.

— Só?

— Bom, eu ouvi as baboseiras dele sobre ir pro seu lado também, mas eu simplesmente ignorei. Que noite, hein?

Mesmo sem graça, ele ainda deu uma risadinha curta antes de começar a andar em direção ao acampamento de novo. Dispensei Elrohir da melhor forma que pude e o segui. Meu dragão, pela primeira vez, parecia tão abatido quanto eu, saiu sem reclamar.

Que noite, realmente. Eu não me lembrava da última vez que eu tinha me sentido tão derrotada assim. Nem quando era eu quem estava em uma daquelas celas. Ainda mais porque, nesse momento, todos me olhavam, uma mistura de decepção, desconfiança, até reprovação.

Parei, passando a mão na nuca, finalmente me lembrando daquela sensação sempre presente. Eu tinha me habituado, mas agora ela voltava para me assombrar e eu não sabia se era minha cabeça ou se tinha mesmo voltado.

— Capitã? – Orun me chamou quando percebeu que eu parei, parando também, uns passos a frente.

— Eu não vou elevar o moral de ninguém. Vou reportar o ocorrido para Eragon e vou para minha tenda.

— Tem certeza?

— Quem não acha que eu sou uma traidora acha que eu sou incompetente. Precisam de tempo. Precisamos de tempo. – Argumentei, vendo que ele percebeu os olhares e concordou. Fui até Eragon, ainda meio consternado com a situação.

— Como ela está?

— Eu não a vi, mas conheço aquele lugar o suficiente para saber que não temos muito tempo. Precisamos de um plano de ataque urgente, não podemos mais esperar. – Comentei, sentindo a presença de Glaedr também.

— Eu sei disso. Acho que chegou a hora. – Ele comentou, não sei bem se para mim, para o dragão dele, ou o eldunari no baú, mas fiquei esperando ele continuar. – O Cofre das Almas.

Não me era familiar. Eu não sabia de onde Eragon tinha tirado aquela informação, mas se era parte do plano, eu estava de acordo. Glaedr parecia satisfeito em ver minha confiança toda no garoto.

— Muito bem, o que fazemos amanhã? – Questionei, respirando fundo. A sensação de falha começava a passar, tomando a forma de determinação.

— Solembum vai saber nos ajudar. Primeiro, vamos nos organizar e marchar para Uru’baen. Depois de tudo acertado, vamos atrás dele. Daí, partimos.

— Você e Saphira?

— Achei que viria conosco. – Ele comentou. Dei de ombros. Eu sempre tivera a curiosidade de como seria dividir os céus com Eragon, mas não sentia que fosse o momento.

— Alguém precisa ficar. Não sei se levar os dois dragões para fora do mapa durante a marcha seja a melhor ideia.

— É verdade. – Ele suspirou. Dava para ver que toda aquela responsabilidade sobre ele ainda era algo novo. Também, pudera, ele era mais novo que eu, aterrissou por acidente nessa grande rebelião, com um dragão junto. – Deixo a marcha nas suas mãos, então, quando partir.

— Não se preocupe, tomarei conta de tudo. O tempo de marcharmos e montarmos o cerco é tudo que posso te oferecer no entanto.

— Serei o mais rápido que posso.

— Muito bem. Vou começar tudo para sairmos amanhã. Aproveite para falar com Solembum. Conhecendo-o, ele não vai querer abrir o jogo todo de uma vez só.

— Tem razão. Ele costuma gostar de mistérios. Com sorte, dessa vez ele vai entender a gravidade da situação.

Com Eragon responsável pela viagem, eu teria que coordenar com os outros a marcha até Uru’baen e o cerco. Com sorte, conseguiríamos alguns dias para o Cavaleiro cumprir sua missão e ainda teríamos tempo de salvar Nasuada.

Naquela noite, só nos restava descansar. Fui para minha tenda, deitei ainda calçada e tentei dormir. Demorou um pouco, mas consegui algumas horas de descanso. De manhã eu continuava me sentindo derrotada, mas apertei os cadarços das botas, ajeitei meu cabelo e lavei o rosto antes de sair e ir cumprir minhas obrigações.

Elrohir parecia um pouco melhor agora, ainda quieto. Roran e alguns outros já começavam a se organizar para sairmos o mais rápido possível. Se Eragon já tivesse falado com Solembum, tudo funcionaria.

Dali para frente, Sano e Orun me ajudavam a verificar mantimentos e carga, o estado dos meus homens, o tempo que precisaríamos para finalmente começarmos a marchar. Não seria tão complicado, considerando que todos esperávamos por isso desde que chegamos ali.

Ao fim do dia, enquanto eu corria de um lado pro outro dando ordens, vi Eragon passar com o baú de Glaedr e selar Saphira. Ele me viu e deu um aceno. Retribui, desejando boa sorte mentalmente. Ele sorriu antes de sair.

Como seria aquele lugar? Vroengard. Eu tinha lido antes que era o lar dos Cavaleiros, antes disso tudo. Devia ser impressionante, grandioso. Talvez, algum dia no futuro, eu pudesse visitar. Se existiram dragões selvagens por lá, talvez em algum canto houvesse algum rastro sobre as origens de Elrohir.

“Você continua curiosa sobre isso?” Ouvi a voz retumbante de Elrohir, parecia se divertir.

“Um de nós deveria ser. Mesmo se eu nunca souber nada sobre você, nada muda. É só curiosidade, sabe disso.”

“Glaedr nos disse que depois da guerra, aquele lugar possui algum tipo de veneno invisível, talvez não seja o melhor passeio.”

“Talvez. Podemos ir para qualquer lugar depois da guerra, Grande. Só precisamos vencer.”

Era um momento crucial da guerra, estava tudo em jogo. Só nos restava esperar o melhor desfecho. Se o plano de Eragon falhasse, não teríamos a menor chance de vencer. Tínhamos dois dragões do nosso lado, fato, mas sabe-se lá qual era o real poder de Galbatorix. De posse dos eldunari, ele podia facilmente ganhar poder conforme achasse conveniente.

— Orun, avise Roran que nosso batalhão já está pronto para marchar. – Mandei o anão, vendo os homens acabarem de juntar suas últimas coisas antes de partirmos. – Boa sorte, Eragon. Todos nós precisaremos.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem, até a próxima!



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