I'm Not Your Princess escrita por Holliday


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Ok ok, podem me tacar pedra, me esfolar viva, me jogar numa fogueira, atirar ou anyway, várias opções de torturas e mortes lentas... Eu SEI, eu sei que demorei uma eternidade, e peço mil desculpas! Não pensem que eu faço por mal, se eu soubesse que teria que ficar tanto tempo sem postar eu nem teria publicado a fic ainda, afinal, nenhum autor gosta de "maltratar" seus leitores, que são de certa forma a vida das histórias. Mas enfim, tive problemas pessoais, e depois "nootais" (o notebook quebrou) mas agora estou de volta! ÊÊÊÊÊÊ... Só orem por mim, porque eu tenho muitas fics pra atualizar o mais rápido possível, mas vamos ao que interessa, o cap!!! Se alguém ainda estiver lendo, claro...



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Sentei-me no piso de madeira, pois não havia muito mais o que fazer além de me sentar ou ficar agachada na casa da árvore. No canto esquerdo da casa havia uma janela solitária, tão pequena e imprestável que temos que acender uma vela toda vez que ficamos aqui. Gosto da casa da árvore mesmo assim.

­— Não me chame de ruivinha, ruiva, fogo ou qualquer derivado, você sabe muito bem que eu odeio!

— Por acaso você é loira?

— Engraçadinho.

Eu estava sendo sarcástica, é claro. Mas ele sorriu mesmo assim.

Scorpius chegou mais perto, naquele espaço apertado, segurou meu rosto entre a palma de suas mãos, e aquele gesto fora suficiente para que eu pudesse me entregar.

Seus lábios, quentes, tocaram os meus carinhosamente. Sua mão puxou o meu corpo para si, e eu envolvi seu pescoço em meus braços. O beijo que começara calmo tornou-se desesperado, apaixonante. Uma necessidade de ambos.

Nossos corpos tornavam-se um só, nossas mãos se perdiam no corpo do outro. O que começava como uma fagulha terminava como um incêndio, como sempre.

Afastamo-nos em busca de fôlego, e talvez também de juízo. Tínhamos consciência de que nunca - ao menos enquanto não nos casássemos - não poderíamos seguir adiante. Uma das regras de Hogsmead.

Aninhei-me em seu ombro e por um instante permanecemos em silêncio. Um silêncio gostoso, compartilhado por duas pessoas que se amam incondicionalmente. Duas pessoas, que, aliás, devem prestar atenção nos sons do lado de fora, caso não queiram ser pegos pelos guardas no toque de recolher.

— Você sabe que eu não gosto que traga comida para mim.

— Você acha que eu não vou trazer a comida sabendo que você passa fome? Não seja tão ingênuo.

— E você tente não ser tão teimosa.

Tirei o pano que cobria o resto de minha janta, sabia que o cheiro tentaria Scorpius e ele acabaria cedendo.

Quase não há comida para ele em sua casa, e a pouca que lhe pertence ele divide com a irmã mais nova.

Scorpius faz parte da casta Seis, uma casta mais baixa. A casta dos empregados, ou trabalhadores sofridos como algumas pessoas os chamam. Estão uma casta acima dos miseráveis apenas pelo fato de que sabem ler, escrever, e geralmente trabalhar em lugares fechados.

Para algumas pessoas casar com alguém de uma casta inferior é um erro que se carrega para toda a vida. Minha mãe gosta de chamar "suicídio". Ultimamente eu sinto prazer em chamar de amor.

Logo Scorp já estava devorando a comida. Fiquei imaginando o que deveria ter sido seu jantar. Sua franja loira, em um tom leve de dourado, caia em seu rosto e como sempre ele não fazia o mínimo de esforço para afastá-la. Eu já estava acostumada. Seus olhos, de um azul petrificante, sempre me deixavam zonza quando me observavam por muito tempo. Seus músculos definidos, por conta do trabalho, apenas fazia com que ele fosse ainda mais irresistível.

— Por que está me encarando? - Ele perguntou sorrindo.

Eu não respondi, apenas abaixei a cabeça. Hoje não estava com ânimo nem mesmo para as provocações de Scorpius.

— Hey, qual é o problema? - Ele perguntou chegando mais perto e envolvendo meus ombros. Por um momento fiquei inebriada com o seu calor e com o cheiro de hortelã, o qual ele sempre exalou.

— A carta Scorp, lembra-se da carta?

É claro que ele se lembrava da carta, sua irmã também recebeu a carta.

O ar repentinamente ficou mais pesado, e o desconforto vinha de nós dois. Ficamos em silêncio, dessa vez um silêncio incômodo.

Scorpius brincava com um fio solto do seu jeans gasto.

— Olha...

— Eu...

Dissemos ao mesmo tempo e acabamos sorrindo.

— Primeiro as damas.

Apoiei a cabeça em meus joelhos e respirei fundo antes de dizer:

— Você sabe que eu não vou me inscrever na Seleção, isso é definitivo! Mas minha mãe, sabe como ela é... Ficou muito ansiosa, está me pressionando, acredita que essa carta é a solução de todos os nossos problemas...

Pretendia que meu discurso fosse um pouco maior, mais intenso, mas fui interrompida pelo Scorpius.

— Acho realmente que você deveria se inscrever.

Fiquei perplexa, completamente estática digerindo a informação. "Acho realmente que você deveria se inscrever". Não que eu ache que tenho uma chance sequer de ser selecionada, mas... Isso é loucura!

Não sou o suficiente pare ele, é isso que ele está tentando dizer? Ele não me ama de verdade e quer me empurrar para um principezinho antes que eu me iluda completamente?

— Não, não, não! Rose sei exatamente o que você está pensando, mas não é isso!

Ele me abraçou, mas eu não consegui retribuir o abraço.

— Então o que é Scorpius?

— De que casta eu sou?

— Pare, Scorp isso...

— Apenas responda. De que casta eu sou? - Engoli em seco.

— Seis.

— Exato. Você é uma casta acima da minha. As coisas na sua casa são fáceis?

Não precisei responder, ele sabia a resposta que eu não queria deixar ser dita.

— Agora tente imaginar um futuro em que somos casados. Acha que cair uma casta facilitaria as coisas para você e sua família, Rose?

Finalmente decidi me mover e olhei no fundo de seus olhos azuis.

— Eles sabem se virar Scorpius, e eu não ligo de ter que trabalhar umas horas mais.

— Mas eu ligo você sabe bem disso. Ser selecionada te proporcionaria coisas que nem em sonho eu poderia imaginar te oferecer.

— Coisas que eu não quero Scorpius, você me conhece. Aliás, eu nem seria selecionada.

— Então por que tanto medo de se inscrever? Faça isso por mim, por favor.

Ele encostou sua testa na minha, seus olhos me observando atentamente. Já estava ficando zonza. Sua mão passeava pelo meu braço me deixando arrepiada.

— Vai fazer isso por mim?

Revirei os olhos, totalmente entregue ao seu charme.

— Farei.

Seus lábios tocaram os meus rapidamente e novamente me aninhei no calor de seu corpo.

— Canta pra mim? - Ele sussurrou próximo de meu ouvido, fazendo com que eu sentisse uma ligeira cócega.

Ele quase sempre pedia uma música para mim, e eu sempre cedia, é claro. Convencer-me a fazer qualquer coisa é um dos dons de Scorpius.

Ele me abraçou por trás e eu comecei a cantar uma de suas músicas prediletas. De vez em quando ele cantava comigo, mais como um murmúrio.

— Pegue. - Ele esticou uma moeda para mim quando terminei de cantar e eu revirei os olhos.

— Sabe que não gosto que fiquei me pagando por música. Você precisa do dinheiro, e se quisesse sabe muito bem que eu cantaria o dia todo para você, só não me pague.

— E me sentir como se estivesse mendigando canções? De jeito nenhum... Pegue!

— Odeio quando você decidi ser orgulhoso, o que é quase sempre. - Mas por algum estranho motivo eu não o odiava.

Relutantemente peguei a moeda que estava em sua mão e guardei no bolso da calça. De repente era como se aquela simples moedinha tivesse me feito pesar quilos a mais.

— Acho melhor irmos embora. Sabe como Sophie sempre acorda de madrugada depois de ter pesadelos e espera que eu vá vê-la.

Assenti e, com certa habilidade que adquiri com o tempo, me agachei na casa levando o prato comigo.

Estava quase saindo quando Scorp me puxou por trás.

— Nunca esqueça que eu te amo Rose.

— Como se fosse possível, com você me lembrando a cada momento.

E ainda assim, cada vez que ele dizia as palavras era como se o meu coração parasse de bater, as pessoas ao meu redor paralisassem e a única coisa que eu ouvia era a voz de Scorpius dizendo que me amava. Como se fosse a coisa mais importante do mundo, e acredito que seja.

— Também amo você, meu príncipe.

Seu aperto afrouxou e finalmente eu desci as escadas. No meio do caminho o pouco de luz que eu via na casa da árvore se extinguiu e eu sabia que Scorp tinha apagado a vela.

Quando voltei para casa, e deitei em minha cama, tudo parecia errado ao meu redor, como se sempre precisasse de Scorpius para me sentir completa. E eu sabia que realmente precisava.

Amanhã iria preencher a papelada necessária para me inscrever na Seleção, apenas por Scorpius e sua insistência. Mamãe vai pular de felicidade quando souber sobre a mudança repentina, e irá se gabar sobre como seus discursos são eficientes. Talvez isso seja bom, quem sabe ela não decida caprichar no almoço.

Depois que eu não fosse selecionada seria a vez de Scorpius ceder. Eu o faria ver que pertencemos um ao outro, e casta nenhuma muda isso. O farei ver, depois que a Seleção ocorrer, eu não tiver sido selecionada, a decepção de minha mãe amenizar, e tudo voltar ao normal, o farei ver que fomos destinados e não o abandonarei.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Gostaram? Reviews, se ainda houver alguém ai? ~ooooi? (fazendo eco)~ ok, parei com a doideira...
Queria só esclarecer algumas dúvidas de vocês leitores divos *-*
A fic vai ser baseada em praticamente tudo do primeiro livro, alguns detalhes do segundo, porque o segundo livro me irritou, mas ok, e o desfecho que eu imagino, ainda mais porque o terceiro livro ainda nem lançou ~avá Giovana~
Teve pessoas que também questionaram sobre o fato do príncipe ser o Albus e não o Scorpius... Fiz isso mais porque a maioria aaaaaaama perdidamente o Maxon (aquele bebezinho), e com razão porque, sinceramente, a Kiera não nos deu muitos motivos pra ser Team Aspen, por mais que eu seja Team Aspen, é... Acho que eu gosto de ser do contra <.
Mas não se preocupem, na fic vocês terão motivos para ser Team Aspen feat Scorpius ;)
Acho que é só...
Beijos ♥



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