A Vida De Uma Adolescente Certinha escrita por rocky S2


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!!
esse cap eu quis pensar bastante para não ficar chato ou muito corrido e esse foi o resultado^^
espero que gostem
boa leitura



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Os raios do sol da manhã invadiam lentamente o ambiente claro do quarto da filha mais velha da família Hyuuga. Ela desperta manhosa, mas se rende em acordar quando o alarme de seu celular toca. Levanta e segue para o banheiro, fazendo sua higiene matinal. Tira o baby doll justo e lilás e segue para o chuveiro.

Enquanto tomava um banho frio para despertar melhor, ela reflete sobre a conversa que teve com o pai noite passada, logo antes dormir. O senhor Hyuuga, Hiashi, a chamou noite passada para explicar a situação em que estaria. Ela iria para o colégio publico enquanto Hanabi iria para o de jovens superdotados. Entregou-lhe o uniforme, disse detalhes necessários e mandou que fosse o mais breve possível, para não perder mais matéria, já que estava no meio do ano.

Terminou o banho e pegou seu novo uniforme de uma nova escola. Vestiu de forma correta, sem ousadia para subir a saia verde ou deixar o blazer, de mesma cor que a saia, aberto, foi bem rígida em cada detalhe para usar corretamente o uniforme. O laço verde claro estava muito bem colocado, assim como as meias esticadas.

Desceu as escadas e foi para a cozinha. Como fizeram a mudança ontem, ainda tinham varias caixas pelo térreo. A sorte era que tinha uma sacola no balcão da cozinha, nela tinha bebidas energéticas para o pai, um sanduiche frio para Hinata e dois iogurtes para Hanabi.

Ela comeu tranquilamente o sanduiche de presunto com alface e molho de salada.  Não era o melhor café-da-manhã, mas era gostoso a sua maneira.

Olhou seu fino relógio de pulso. 5h 52min. O ônibus que passaria para pega-la passaria as seis no ponto próximo a sua casa, fora o que seu pai disse. Saiu de casa em silencio. Ao contrario de uma família comum em que todos avisam quando saem, mas nessa só avisam quando não vão voltar.

Hinata era a segunda a sair. Seu pai sai bem cedo para o trabalho na empresa da família e Hanabi só sai depois de 11h, em sua escola o sono é considerado um elemento importante para que tenha disposição de pensar melhor, e ela sabe ir sozinha, sem preocupar seu pai. Enquanto Hiashi fica até tarde da noite na sede da corporação Hyuuga, Hinata volta só para casa e, quando dá seis da tarde, quando Hanabi chega, ambas vão para a cozinha e preparam seus jantares, junto de um lanche para seu pai.

Hinata já estava no ponto, esperando o ônibus. Estava feliz por se mudar, iria ter novamente as emoções de construir amizades duradouras.

...

O ônibus chega e ela entra com um sorriso inocente. Mas logo sua expressão mudou de esperançosa para incrédula. Não tinha reparado do lado de fora que no interior do ônibus os alunos presentes estavam bagunçando. De pé ou em cima do banco de forma despreocupada. Pareciam animais jogando bolinhas de papel e ficando um em cima do outro.

A pobre Hinata não sabia como reagir. Procurou por um lugar para se sentar, mas parecia que estava tudo ocupado por mochilas. A sorte foi ver um único lugar vago. Era ao lado de um garoto que dormia despreocupado, não ligava pros berros dos outros alunos e nem para quem lhe cutucasse.

O ônibus já estava novamente na estrada e Hinata mal ficava em pé. Tentava manter o equilíbrio segurando nos bancos, passando pelo corredor estreito, batendo nos bancos dos dois lados até finalmente chegar ao lugar vago.

Sentou rápida e pesadamente. Ainda sentia um pouco de dor por bater no banco duro, mas agora estava sentada e podia aproveitar a ida. Engano dela.

Primeiro, enquanto passava todos repararam em como ela se vestia, já identificaram que era uma novata; segundo, estavam se preparando para pentelhar a mesma durante o resto do ano.

Um garoto, meio cheinho e de cabelos com corte punk, estava sentado no banco logo atrás do de Hinata e tinha em mãos uma lata de spray de espuma. Pronto para apertar o botão e suja-la. Mas o ônibus para bruscamente o fazendo bater de cara no ferro do banco onde Hinata estava sentada.

Ele cai duro no chão.

Hinata, sem entender nada, olha pra trás. Não vê nada nem ninguém. Apenas deu de ombros e voltou sua atenção para frente.

As portas da frente abrem e entra um garoto com cabelos pretos e um pouco longos, sua pele era tão alva quanto a de Hinata, seus olhos eram pretos e um pouco espremidos pelo cenho franzido, usava a camisa social escolar junto da gravata mal colocada, vestia a tradicional calça verde com as barras gastas de tanto serem arrastadas e estava com uma mochila preta apoiada em um só ombro.

Todos ficaram quietos e engoliram em seco. Hinata era a única que estava com o rosto sonolento e balançando levemente de um lado para o outro como se fosse cair ali mesmo.

O moreno anda lentamente até onde Hinata estava, fica parado ao seu lado e a encarando com o rosto ainda mais contraído. A mesma só repara depois de um tempo.

O ônibus voltou a andar, mas o garoto era inabalável. Parecia estar acostumado com o balanço frequente e acabava por se mexer pouco, mas mantinha a mão firme no ferro do banco. Sem desviar o olhar frio.

Hinata simplesmente sorriu boba e sem entender.

- Esse lugar é meu. – A voz um pouco rouca do rapaz era tão fria quanto o olhar.

- E-esse lugar? – Hinata não entendeu direito. Ao que parece tem lugar marcado, mas... não parecia, segundo os outros alunos em pé.

- Isso ae! Sasuke-kun mostra pra novata quem manda! – Uma garota qualquer gritava no final do ônibus. Logo mais todos começaram a falar para ela sair do lugar de Sasuke.

Um pouco sentida, envergonhada e confusa, ela começa a se levantar. Mas uma mão firme segura seu pulso fino.

- Mas o q...?

- Deixa ela. É só o primeiro dia pra ela e ela não sabia, além disso, ela também não conseguiria outro lugar. – Dessa vez o moreno de rabo-de-cavalo falou. Pareceu bem desinteressado, mas a... protegeu.

O moreno de cabelos pouco longos encarou o outro com rabo-de-cavalo. Ficaram se encarando seriamente por um tempo enquanto uma Hyuuga olhava pros dois lados com espirais nos olhos de tanta ‘chacoalhação’ que o ônibus fazia.

Não demorou e o moreno de pé bufou e foi sentar no banco logo atrás.

O ônibus foi seguindo tendo mais umas quatro paradas. Até que...

Um rapaz com cabelos castanhos bagunçados, sua pele bronzeada se destacava na camisa social branca mal colocada, carregava uma mochila preta e usava a calça verde de uniforme escolar. Mas o que mais chamou atenção foram suas marcas nas bochechas, eram riscos grossos e vermelhos, um de cada lado do rosto. Ele tinha um olhar selvagem e mal encarado.

Quase de sobressalto Hinata se levanta para verificar se quem vinha era mesmo quem pensava que era. Parou de ficar tonta e se concentrou, tendo um pequeno sentimento de saudade que lhe invadiu ao fitar melhor o rapaz a sua frente.

Quando seus olhos se encontraram foi como se o tempo parasse para o reencontro. O próprio garoto estava incrédulo e se aproximando de vagar. Será que ela era sua amiga de infância? Era aquela a frágil menininha que cuidava quando morava em Okinawa?

A suspeita de ambos foi embora quando o ônibus voltou a correr. O moreno acaba por cambalear um pouco e finalmente chegar onde estava Hinata. Seu olhar mal encarado agora era de um cãozinho perdido que reencontra seu dono.

- Ki-kiba-kun? – a voz doce de Hinata comprovou ainda mais que era a amiga de infância de Kiba.

- Hinata-chan! – falou surpreso e muito feliz.

Sem pensar duas vezes a abraçou fortemente, já ela não sabia o que fazer além de retribuir o abraço e corar ao perceber olhares curiosos sobre eles. Enquanto isso dois morenos fitavam a cena pelo canto do olho pra disfarçar o interesse.

- Hinata, eu não acredito! Você aqui! Deus ouviu minhas preces! – Kiba não escondia a felicidade. Foi logo se sentar no banco atrás do de Hinata, ao lado de Sasuke, e começou a conversar com a mesma.

Assunto não faltava, era saber os motivos da mudança de ambos, suas novas amizades e a saudade um do outro. Hinata descobriu o nome do garoto ao seu lado, Shikamaru e que Sasuke é sempre simpático daquele jeito que foi com ela. Conversaram animados até o ônibus chegar à escola.

Saíram juntos e não pararam.

- Você ainda gagueja. Mas não tanto quanto antes. Viva o progresso! – O garoto gritava a ponto de irritar Shikamaru. E olha que o mesmo já estava longe.

- Ki-kiba-kun, esta cha-chamando muita atenção. – Hinata diz baixo e faz sinal com as mãos para ele se acalmar.

- Mas o que eu posso fazer? Tem tanto tempo que não nos vemos e ainda perdemos contato. Eu só estou feliz. – ele fez um pequeno bico.

- E-e-eu também estou f-feliz. M-mas... – ela nem precisou terminar.

- Eu sei, eu sei. – ele a olha pelo canto do olho e cora um pouco ao ver que ela continuava fofa. No impulso ele a abraça novamente, agora a levantando e girando. – Hahaha! Você tá aqui!!

- Aaaa! – Hinata fez de tudo para abafar o grito, mas não conseguiu. Por sorte a risada de Kiba ajudava um pouco.

Ele a coloca no chão e vê que estava um pouco tonta.

Hinata põe a mão na testa para ver se sua mente parava de girar. Entrou na escola cambaleando um pouco, mas foi tudo bem.

Kiba a guiou até a sala em que estariam. Para a sorte dele eles estavam na mesma classe. ficava no segundo andar, de três, do prédio do ensino médio da escola. Era a segunda porta a esquerda com uma plaquinha escrito 1°- C.

- Senta aqui. – Kiba indica uma carteira no fundo da sala, próximo à janela e Hinata senta. – Hoje vamos ter um bom espetáculo. É bom ver de longe. Hihi. – Ele riu como um menino que planejou um “plano infalível a lá-cebolinha”.

Hinata ficou esperando e esperando. Passou um tempo e ela estranhou o professor não aparecer.

- Kiba-kun, cadê o professor? – Pergunta inocente e baixinho, abafando com uma das mãos como se fosse a senha de um clube do pré-escolar.

- O Kakashi sempre se atrasa. Não se esquenta com isso. – Kiba se põe mais a vontade na carteira ao lado.

Hinata não diz mais nada, assenti com a cabeça e mira a paisagem do pátio da escola.

Era simples. Tinha umas cerejeiras espalhadas, o chão era de terra clara e bem dura e, próximo às janelas das salas, têm bancos de praça verdes. O pátio liga a quadra descoberta e, ao mesmo tempo, a coberta.

Distraiu-se com as pétalas que chegavam próximas a janela aberta que estava sentada próxima.

Mal repara que um homem, aparentando ter seus 30 anos. Tinha uma cabeleira grisalha e levantada, usava uma mascara de gripe que cobria do nariz até o queixo, uma camisa preta sob uma outra de abotoar azul e quadriculada, vestia um jeans preto bem escuro e um tenis simples. Se vestia como se fosse mais novo, mas por algum motivo, não ficava ruim, na verdade, algumas adolescentes chegaram a babar.

Hinata nota mais quando vê logo ao lado do homem, uma bela mulher.

Ela era cheia de curvas, com seus seios fartos e rosto jovem. Seu cabelo loiro estava num coque alto, seus orbes caramelo encaravam desafiadoramente a turma e vestia um terninho magenta que cobria o inicio da sua saia justa que não chegava a cobrir até o joelho, o salto agulha preto e, ainda, como toque final, óculos – sem grau – que ela ajeitava pra mostrar imponência e intelectualidade.

- Muito bem alunos, aqui esta a nova diretora do colégio. Sra. Tsunade Senju. Ela que substituirá nosso ex-diretor Sarutobi. – A voz do homem saiu cansada e, ainda, abafada pela mascara.

- Certo seus pestinhas! As coisas vão começar a mudar, ouviram? – Hinata então nota uma coloração vermelha nas bochechas de Tsunade. A mesma estava bêbada! – E por isso eu quero dizer que a partir de hoje, hihi, não iremos dividir as classes. – Ela disse risonha como se aquilo fosse ser uma mudança drástica, mas ainda era confuso. Menos pra Kakashi que já sabia do que se tratava.

- Ah! Tsunade-sama, hoje temos uma aluna nova. – Ele falou próximo ao ouvido da Senju.

- Uééé! Então, cadê a guria? – Perguntou alto e claro com um pequeno soluço no final.

Hinata se levanta hesitante e bem corada. Mas fazia para não ter encrenca de qualquer tipo, tudo para não ser um fardo para seu pai.

- Vem aqui pequena. – Tsunade agora falou como se Hinata fosse uma criancinha. Ela vai se aproximando passando pelos colegas ate chegar perto da nova diretora. – Se apresenta fofa! – Ela abriu os braços como uma torcedora de escola americana.

- Me-me-me cha-chamo Hi-hi-hinata Hyuuga. – Ela falou tão baixo que os outros se calaram e aproximaram os ouvidos para ver se escutavam alguma coisa.

- Que tiiiiimida! –A diretora começava a abraçar Hinata.

Por uns segundos tudo bem, mas o problema foi quando a Senju parou. Mas parou de um jeito que todos estranharam. Agora ela chegava pra frente com certo impulso e colocava mão na boca, mas não soltava Hinata.

Só então descobriram o que se passava. A diretora ia vomitar.

Faltou bem pouco pra Hinata se salvar. Mas, infelizmente, recebeu boa parte do liquido viscoso de cor meio alaranjada com pedacinhos de comida. A garota ficou em choque.

- Tsunade-sama! – Uma voz feminina, um pouco nasal de mais, veio da porta que estava um pouco aberta.

Entrou uma mulher aparentemente bem mais jovem que a nova diretora. Tinha os cabelos curtos e negros como os olhos, uma boca fina e pele clarinha. Ela usava uma blusa social branca que cobria o inicio da sua saia cinza reta que ia até seus joelhos, usava meia calça preta e salto cinza.

- Tsunade-sama! Eu disse para não beber. – A mulher mais jovem chegou rápido o suficiente para segurar a mais velha, antes que caísse por desmaiar.

Rapidamente se despediu e se desculpou, logo saindo da sala com um sorriso sem graça.

A sala ficou calada mirando a porta até começarem a sentir o cheiro forte que saia de Hinata e do chão ainda sujo.  Logo mais todos riam histéricos.

- Hinata-kun, pode ir se limpar. – Kakashi disse segurando o ombro da mesma.

- Eu levo ela! – Se ofereceu Kiba que logo puxava Hinata sala a fora.

- Tudo bem... – Falou o professor sem se incomodar.

...

Kiba seguiu pelo corredor até a enfermaria. Hinata precisava trocar de roupa logo, não só pelo cheiro, mas incomodo também. Andaram mais um pouco e chegaram na porta branca com uma plaquinha escrita ‘enfermaria’.

Entraram e viram que não tinha ninguém.

- Vou pegar uns panos úmidos pra você se limpar, ok?

Hinata assentiu com a cabeça e esperou de pé.

- Aqui. – Kiba entregou uma caixaa de lenços umedecidos e um pano molhado.

- Ki-kiba-kun, não dá pra limpar com ele no meu corpo. – Disse ingênua, só depois vendo Kiba deixar escorrer uma gota de sangue do nariz. Ele tivera um pensamento nada decente agora.

- Vo-vou pegar uma roupa. Hahaha. – Agora estava bobo, pegou um lenço e o enfiou na narina que teimava em deixar o sangue escorrer. Começou a mecher em tudo atrás de uma roupa.

Por fim achou apenas um short antigo de educação física, mas eram grandes que poderiam até cair de ela não usasse um cinto junto. Foi então que teve uma ideia.

Começou a se remexer desabotoando sua camisa social do uniforme.

- Ki-ki-kiba-kun, o q-q-que está fa-fazendo? – Perguntou temerosa.

Em resposta teve a camisa estendida para ela junto de um short.

- Vista isso e limpe logo o uniforme. – Ele estava com o rosto virado, mas ainda dava pra ver a vermelhidão das suas bochechas. Além dos riscos grossos.

Hinata pegou a roupa e foi para perto das camas que tinham cortinas que cobriam para privacidade de quem estivesse mal.

Ela fechou a cortina e começou a se dispir.

Mal sabia que dava para ver sua silhueta. Kiba via sua sombra e meio que delirava pensando em espiar. Mas não podia! Ela era sua amiga e sabia que ela o via como irmão. Nada de ‘incesto’ entre a gente. Pensou. Mas os segundos eram tao lentos que o tentavam ainda mais.

Não adiantando se distrair olhando pros lados, ele quase se rende, mas...

- Hi-hinata! Eu vou voltar pra sala ok? Acho melhor você ir pra casa depois dessa. Amanhã você devolve minha camisa. Tchau! – Ele falou rápido e saiu ‘vuado’.

Hinata acabara de se trocar.

Reparou no que o amigo falou e por fim deu de ombros. Tinha que limpar logo o uniforme.

Passou quase o dia inteiro na enfermaria. Chegou a estranhar não vir nenhum responsável, mas ao mesmo tempo agradeceu, estava sozinha e não tinha mais vergonha.

Mais meia hora e conseguiu limpar tudo, mas o cheiro não saia. Teria que por na maquina de lavar quando chegasse em casa.

Deu meio dia e ela já estava no portão se encaminhado para casa.

Andou mais do que gostaria até o ponto de ônibus que não era da sua escola. Pegou o primeiro que ia para seu distrito e pagou com o dinheiro que trouxe no bolço da saia.

A viajem podia ter sido mais tranquila se as pessoas não fizessem caretas pra ela devido o cheiro, mas fora isso, tudo foi bem.

Chegou em casa e foi até o seu andar. Antes de tudo precisava jogar as roupas na maquina de lavar.

Depois foi para seu quarto e tomou um banho quente e relaxante. Finalmente o cheiro desagradável abandonava seu corpo, dando espaço para o cheiro de pêssego do sabonete. Terminado o banho, Hinata veste uma camiseta branca e justa e uma caça de moletom, se mantinha descalça.

Abriu a janela e sentiu a brisa da tarde tocar seu rosto. Era uma sensação gostosa que a fazia flutuar em pensamentos. Os momentos de tarde sempre eram aconchegantes, principalmente quando o sol se punha e deixava o céu tingido desde laranja até um rosa forte.

Passou um tempo respirando calmamente e de olhos fechados.

Reabriu seus olhos e começou a reparar na vizinhança.

Ao lado do prédio, bem na frente da janela de Hinata, há uma casa de dois andares. Ela é bege com as janelas de madeira grandes, dava pra ver que a casa ficava no meio do terreno protegido por uma cerca de madeira, na frente tinha um pequeno jardim quase morto e nos fundos uma área cimentada onde aparecia duas bicicletas.

O tempo foi passando e Hinata se deitou, esperando Hanabi chegar, mesmo que demorasse. Por isso acaba por adormecer.

...

- Nee-chan! Nee-chan! – Hanabi dizia impacientemente enquanto sacudia a irmã mais velha. – Se dormir com a janela aberta vai pegar resfriado. – Repreendeu.

- Hm? Hanabi? – Hinata abre os olhos preguiçosos.

- Vem nee-chan. Acabei de chegar e estou com fome.

- Sim, sim. Vamos. – Hinata se levantou e segurou a mão de Hanabi para irem juntas para a cozinha.

Ao chegarem se puseram logo para tirar umas caixas que ocupavam uma parte do balcão. Procuraram pela caixa especial e térmica com uns poucos ingredientes que guardaram na mesma.

Enquanto preparavam a comida, conversavam uma do dia da outra. Para Hanabi o dia foi entediante devido a um garoto travesso que a fez passar maus bocados por causa de uma pegadinha e... Para Hinata, o dia fora constrangedor e nojento.

Terminaram de cozinhar e comeram animadas. Um bom macarrão, com vegetais e queijo ralado por cima.

Já estava próximo de 21h., Hinata pois se a conduzir Hanabi para seu quarto. Depois de uns poucos protestos, a mais nova vai para seu quarto com um bico infantil.

Hinata deu mais uma olhada no relógio e pensou em ir na loja de conveniências na próxima esquina, não tinha mais ingredientes suficientes para outra janta. E na pequena loja poderia ver pratos congelados, sendo que Hanabi adora lasanha.

Colocou um chinelo e trocou a calça por um short jeans claro e justo, já estava com calor pelo grosso moletom.

Pronta para ir ela ouve uns gritos próximos e estranhos, parecia uma briga.

Preocupada com quem lutava, ela saiu rápido de casa para apartar a briga.

Com esse pensamento Hinata se concentra para saber de onde vinham tais barulhos. Mais uns segundos e percebeu que era no beco do lado esquerdo da casa. Correu para ver o que estava acontecendo, mas, por um momento de hesitação, deu um passo para trás e analisou a situação.

Eram três brutamontes batendo num rapaz de porte forte, mas ainda menor que os grandalhões.

Os rapazes vestiam jaquetas de couro preto e calça justa brilhante, tinham um estilo estranho, assim como o cabelo em penteados punks distintos, todos com caras mal encaradas. Já o rapaz era loiro e usava um casaco laranja simples e uma calça jeans larga. Ele estava de costas para Hinata, por isso a mesma não pode ver seu rosto.

As luzes da rua iluminavam pouco aquele beco, fazendo tudo parecer uma silhueta.

Hinata se mantinha escondida esperando um momento para aparecer. Enquanto isso os brutamontes não tinham dó e batiam forte no loiro. Um ultimo soco fez o rapaz quase voar, parando deitado na frente de Hinata que o encarava de olhos arregalados.

Com o rapaz próximo a luz pode ver melhor. Seus cabelos pareciam dourados, suas feições eram tanto infantis e travessas quanto as de um adolescente típico. Possuía três risquinhos de cada lado da bochecha e mantinha o rosto contraído pela dor que sentia. E mesmo com marcas de socos era se certa forma muito bonito.

No impulso, Hinata pois se a ajuda-lo. Agachou-se e o pôs em seu colo, ainda tentando ergue-lo o máximo que podia, mas ele estava tão relaxado que seu peso parecia impossível para Hinata segurar.

Ao sentir pequenas mãos o ajudando, o rapaz abre os olhos. E sai do colo de Hinata a encarando, também agachado, com um rastro de dor no olhar.

Ele vê uma garota, que juraria não ter mais de 13 anos. A face branquinha e angelical junto ao cabelo escuro e curtinho eram as provas para ele, e ainda tinha uma ponta de mistério no olhar perolado da garota. A olhou mais um pouco q conclui suas curvas, agora pensava que estava enganado e que “aquilo” não poderia ser de uma garota de 13 anos.

- O que... O que faz aqui?! Vá! Não pedi sua ajuda. – O loiro mandava e tentava empurrar Hinata, mas a mesma não se mexia.

- Nada disso! Olhe seu estado. Não posso abandonar alguém assim. – Disse firme, mas não fez o loiro se calar.

Mais uns estantes e Hinata sentiu um arrepio na espinha, como um pressentimento ruim.

- Ora, ora, então Naruto tinha uma namoradinha. – Disse um dos brutamontes com um sorriso sacana ao ver o corpo de Hinata.

Os outros brutamontes logo cercaram suas vitimas. Todos ansiosos pelo próximo segundo.

Continua...


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Notas finais do capítulo

bem, é isso^^
espero que tenham gostado, que me perdoem e que comentem^^
tchauzinhooo



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