Ajuda-me a Viver escrita por Vitoria Bastos


Capítulo 26
Pertencendo um ao outro


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas, como estão? Demorei um pouquinho, mais já estou aqui. Eu realmente amei escrever o capitulo, dá vontade de ficar lendo ele toda hora ... rsrs É o maior capitulo que eu escrevi na fic, para quem ama capitulo grande, APROVEITEM!
Queria deixar um aviso básico aqui ... Eu reparei nestas últimas semanas, que o número de acompanhamentos aumentou Õ/ Mais, os comentários estão cada vez menores... Obrigada a todas as leitoras que deixam a sua marquinha registrada em todos os capítulos. E para você fantasminha, bom... eu sei que algumas não tem conta no Nyah, e outras tem vergonha ... Mais eu gostaria muito de saber a opinião de TODAS, a fic está chegando em um momento muito importante, e saber a opinião de vocês é essencial.
Então, vamos ler?



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– Digamos que eu não vou muito com a cara dele. - explicou. Edward me abraçou e voltamos a dançar no ritmo da música. - Ele namorou a Rosalie pouco tempo antes dela conhecer o Emmett. Foi bom ela não ter vindo, ainda mais com a gravidez já avançada. Ela não merecia ver ele novamente.

– O Jacob namorou a Rose? - perguntei, não conseguindo associar eles juntos. Eu já estava tão acostumada com ela e Emmett, que não conseguia imaginar ela com outro cara, ainda mais com o Jacob. A tensão de Edward pareceu diminuir quando eu comecei a fazer carinho no seu cabelo. - Eu realmente não consigo imaginar isso.

– Ele foi muito cafajeste com ela. Dei uma surra nele.

– Você bateu nele? - perguntei rindo.

– Ah, engraçadinha, você ri é? - me cutucou, fazendo cócegas. - O assunto é sério, eu odeio aquele cara. - senti um arrepio com sua expressão séria e a força de suas palavras.

– Do jeito que você está falando, eu estou ficando preocupada.

– Eles namoravam e aparentavam gostar um do outro. - começou a dizer. - Pelo menos a Rosalie gostava. Por um descuido, ela ficou grávida e ele negou assumir, dizendo que o filho não era dele. Foi horrível, ela tinha começado a faculdade de medicina e não sabia o que fazer. Eu nunca fui um homem violento, mas não gosto que mecham com as mulheres da minha vida. - ele balançou a cabeça, certamente para eu entender o recado. - O procurei e dei uma surra bem dada. - Edward sorriu. - Não me orgulho disso, mas ele mereceu.

Fiquei pasma ouvindo tudo aquilo. Eu sabia que o Jacob era mulherengo, mas mau caráter? Nunca.

– E o bebê? - Perguntei.

– Depois da surra, é claro que o covarde sumiu. Rose trancou a faculdade, se escondeu de todos e entrou em depressão. Ela não conseguiu levar a gravidez a diante. - ele respirou fundo e continuou: - Mas o lado bom de tudo isso, é que se ela não sofresse essa decepção com ele, ela não conheceria o Emmett, eles não se casariam e eu não seria o titio mais feliz do mundo. - riu.

– É claro que você tem que ver o lado bom de tudo.

– Claro, né, Bella, pense que coisa chata a gente só enxergar as coisas ruins? Entenda uma coisa, meu amor, - ele pegou o meu rosto com as mãos, olhando em meus olhos - por mais que a gente não goste dessas voltas que a vida dá, tudo acontece com um propósito. De todo erro vem um ensinamento.

– Eu sei, eu estou aprendendo a ver as coisas boas nos momentos ruins. Apesar de que faz um tempo que não tenho nenhum momento ruim. - sorri para ele.

– Isso! - ele me incentivou. - O seu acidente foi horrível - teve a morte do Mike, a sua lesão - mas, se você não sofresse esse acidente, você não me conheceria.

– Edward! - dei um tapa no seu ombro, e ele me apertou mais contra o seu corpo.

– Eu perderia a chance de conhecer uma paciente temperamental, bipolar e linda. E isso é bem difícil de encontrar.

– Ah, é? Temperamental e bipolar? - puxei o seu paletó na minha direção. - Também não é todo dia que se encontra um fisioterapeuta chato, intrometido, mas que tem o coração mais lindo que existe... Quer dizer, não só o coração. - brinquei.

– Então, se não fosse tudo isso, você não se tornaria essa mulher maravilhosa que eu admiro tanto. Você venceu os seus medos, se libertou da sua mãe, se tornou independente... Uma mulher admirável. - Ele passou as mãos por meu rosto com delicadeza.

– Eu te amo - declarei, quase com uma explosão. Ele não me deixou dizer mais nada, e já tomou minha boca na sua.

Seus lábios se moldaram nos meus como se fossem um só num beijo lento e carinhoso. A noite só estava começando.

(...)

Já havia passado bastante tempo que estávamos na festa. Harry e Miranda tinham achado um amigo da família que iriam dar uma carona a eles de volta para Londres. Apesar de Edward insistir que eles passassem a noite na casa dele, eles preferiram partir, pois o voo de volta para a Itália sairia amanhã cedo.

Jasper e Alice fizeram uma saída triunfal, com direito a chuva de pétalas e tudo mais. Daqui eles seguiram para uma casa de praia belíssima que eu ajudei o Jasper a procurar - o que deixou Alice curiosa, diga-se de passagem. Eles passarão a noite nesta casa, e seguirão amanhã de manhã para Nova York.

E quando ela jogou o buquê, adivinha quem pegou? A moça aqui, né. Quando olhei para Edward ele estava rindo de mim. Deu vontade de jogar o buquê nele, mas as pessoas inocentes não entenderiam.

Havia uma quantidade considerável de pessoas, mas não demorou muito para diminuir. Observei Edward a poucos metros de mim, encostado em uma arvore. Ele tinha um leve sorriso enquanto olhava as luzes da festa piscando. O jeito como ele estava parado, com os polegares enfiados nos bolsos frontais da calça, era mais relaxado do que estudado. Senti um calafrio passar por todo o meu corpo.

O tremor do desejo chegou, e ao invés de afastá-lo, fui ao encontro de Edward. O seu cheiro é realmente maravilhoso. Dei um beijo no seu pescoço e percebi o seu corpo responder.

– Eu tomei somente uma taça de champanhe, não estou incapacitada para andar, estou pensando com clareza e meus reflexos estão perfeitos.

– Como seu médico, - virou-se e encostou os lábios no meu ouvido - fico satisfeito em ouvir isso.

– Eu quero você Edward, esta noite. - disse rapidamente. - Me leve para a sua casa.

– Não vou nem perguntar se você tem certeza, - o brilho dos seus olhos ganhou uma súbita e penetrante intensidade - apenas vou pedir para você entrar no carro bem depressa.

E então ele me deu a mão e fugimos. Não demos tchau a ninguém, nem nada. Fugimos como duas crianças que estão prestes a fazer coisa errada e não querem ser surpreendidas pela mãe. Fugimos como dois amantes, como dois cúmplices. Como um homem e uma mulher que se amam.

Meus joelhos ficaram um pouco bambos, mas consegui ir até a porta do carona do carro. Entrei com todo cuidado, enquanto ele se posicionava atrás do volante.

Ele me puxou e beijou havidamente a minha boca. Esqueci os joelhos e relaxei o corpo.

– Se segure, Bella, se segure! Ai meu Deus, é hoje! - ele enfiou a chave na ignição e o motor cresceu, mas ele mal ganhou vida e Edward já estava levando o carro. Os pneus cantaram em sinal de protesto, me fazendo rir de nervoso.

– Eu já te falei que você fica sexy de azul?

– Não. Sério? - ri com o seu comentário.

– Descobri esta noite.

Compreensivelmente distraído, ele fez uma curva fechada demais e o carro derrapou ligeiramente, batendo com o pneu no meio fio. Com os pneus cantando mais uma vez devido a uma freada brusca que nos jogou para frente, enfim conseguimos chegar com vida. Em questões de segundos, eu estava em seu colo, a procura da sua boca. Ele me apertou contra o seu corpo e deixei a sua mão passear livremente pelo o meu corpo.

Uma vontade urgente brotou em mim, agitando-me. Era quente e bem-vinda. Montada sobre Edward, agarrei seu paletó e fiquei excitada ao sentir sinais de uma massa pulsante.

– Vamos entrar. - disse desajeitado, enquanto tentava abrir a porta do carro comigo no colo.

Ele se embolou comigo para fora, com a respiração quase descontrolada. Tropeçamos pelo jardim enquanto eu arrancava os botões de sua camisa, o paletó já estava esquecido no carro.

Edward tentou descontar toda a sua frustração com a porta, empurrando-a com o quadril.

– Vamos, por aqui. - guiou-me, me puxando para dentro de casa.

Não conseguimos ir muito longe e caímos um por cima do outro no tapete da sala.

– Aqui? Não, Bella... - ele me puxou para levantar.

– Edward... - tampei a sua boca com a minha mão. - Nada disso importa.

Ele me olhou nos olhos, como se pedisse meu consentimento, deu aquele sorriso maravilhoso que eu sou completamente apaixonada, e encontrou a minha boca. Sua boca era urgente, ávida, fazendo que minhas palavras se dissolvessem em segundos.

Sua ansiedade era incrivelmente excitante. No entanto, percebi que ele mantinha o controle, sem deixar que fosse as pressas, por impulso. Naquele momento, nossa entrega era completa, não existia mais nada ali.

Passei minhas mãos por baixo do tecido de sua camisa e arranhei de leve suas costas e abdômen. Comecei a desabotoar os botões de sua camisa com sua ajuda. Havia algo entre a gente, um misto de fogo e necessidade, um espiral de prazer...

Ele desceu suas mãos por meus ombros, passando por meu braços e, por fim, minha cintura, me fazendo estremecer. Ele desceu, beijando onde alcançasse - inclusive minha cicatriz na perna esquerda, que não era tão visível assim, mas ele sabia perfeitamente onde ela ficava - e parando em meus pés, retirando meu salto de tiras incrivelmente alto.

– Eu amo seus pés.

– Sério? - ri. - São feios, pés de bailarina.

– Para mim são perfeitos. Parecem muito frágeis - comentou, cobrindo o peito do pé com a mão. - Mas devem ser fortes - levantou novamente os olhos para mim. O seu polegar desenhou uma linha pela planta do pé me fazendo estremecer. - E sensíveis.

Quando Edward levantou os meus pés e beijou meu tornozelo, compreendi que estava perdida. Não há nada que ele faça e nada que aconteça que me faça largar esse homem.

Ele levantou a cabeça, me olhando com um brilho de triunfo em seus olhos. Retirou meu vestido azul pela cabeça, deixando a meu lingerie preto da Vitoria Secrets amostra. Dei graças a Deus por tê-la comprado, junto com Alice, uns dias atrás. Edward acariciou meus seios, ainda por cima do sutiã, se livrando dele em seguindo. Busquei o cós da sua calça, tentando arrancar qualquer empecilho. Edward terminou de se despir, em seguida livrando-me da última peça que ainda restava em meu corpo.

Ele me tocou, explorou meu corpo, me fazendo experimentar sensações novas. Era um sentimento de posse: Edward era meu e eu era dele, nós pertencíamos um ao outro por completo. Era pele contra pele, sem barreiras. Nus, entrelaçados e famintos.

Sua boca subiu febrilmente e parou em meus seios, permanecendo alí, saboreando-os, enquanto me proporcionava um prazer trêmulo com as mãos. Me contorci embaixo dele, impulsionada por uma necessidade que crescia com força e pressa. Os lábios de Edward fizeram uma viagem lenta, fazendo uma parada em meu pescoço, seguindo depois para minha orelha. Era uma verdadeira tortura, ele estava me deixando louca e mais e mais necessitada. Procurei sua boca ansiosamente, tremendo com a quantidade de paixão depositada em nossos beijos quando encontrei seus lábios. Agarrei em seus cabelos e ele me puxou para mais perto.

Finalmente nos unimos, sincronizados e mais ligados que nunca. Nossos movimentos ainda eram lentos em total conhecimento das sensações um do outro e nossos olhares jamais se afastaram. Apenas se ouvia o som de nossas respirações descompassadas, nossos gemidos de prazer. A paixão nos consumia, o controle se perdia, nosso ritmo acelerava e o êxtase se aproximando... E, então, tudo parou, o prazer nos tomou ao mesmo instante.

Na dança, sempre fui sozinha. O prazer e os sonhos eram meus, e estavam sujeitos ao meu controle. Mas agora, eu estava unida a outro ser e o prazer e os sonhos era algo partilhado. A perda do controle fazia parte do êxtase.

Ele me olhou e sorriu. Nenhuma palavra fora verbalizada, tudo foi dito no olhar. Sempre foi assim.

Edward me puxou para seus braços, me aconchegando mais em seu corpo. Agora compartilhávamos as mesmas sensações. Ficamos ali, deitados, cúmplices, desfrutando o momento único.

(...)

Sonhei que estava numa cama antiga e enorme, enrolada em uma colcha e entre os braços do meu amante. Era uma cama que conhecia bem o meu corpo, uma cama onde eu acordava toda manhã, durante muitos anos. Os lençóis eram de linho irlandês, suaves como um beijo. A colcha era uma relíquia de família, que eu transmitiria a minha família. E os braços do meu amante, do meu marido, ficavam mais excitantes com o passar dos anos.

Ainda a sonhar, abrir os olhos e sorri ao ver Edward me encarando.

– Apreciando a vista? - brinquei sonolenta.

– Desse ângulo é ainda melhor. - ele respondeu, sorrindo torto. E como de costume levou sua boca a minha.

– Já amanheceu? - perguntei.

– Não, só se passaram algumas horas. - ele passou a ponta dos dedos por minhas costas nua. Sorri ao o sentir beijando toda a região do meu colo.

– Hum, vou ficar mal acostumada com você me acordando deste jeito.

– Não tem problema algum. - os lábios dele se deslocaram até minha orelha.

Olhei ao redor e observei a sala pouco iluminada pela escuridão que entrava pela janela. Tínhamos feito uma bagunça. A sala estava revirada por termos batido em tudo até conseguirmos chegar ao chão. Corei ao lembrar como chegamos aqui.

Fechei os olhos subindo as mãos pelo peitoral de Edward até seus ombros - haviam músculos que eu queria sentir novamente. Com um sorriso, apertei os lábios contra o seu pescoço, avançando depois até que nossos lábios se uniram novamente.

Os beijos foram curtos e lentos. A urgência e o desespero da noite anterior haviam diminuído. Agora o desejo ia se acumulando lentamente, passo a passo. Demoramos ali, sem pressa alguma. Depois de um tempo, continuamos ali, deitados. Edward começou a brincar com o meu cabelo caído em seu ombro.

– Há quanto tempo que eu sonho com você aqui comigo - ele desabafou. Ele passou o nariz por meu rosto, depositando beijos por onde passava.

– Eu também. Você estava me deixando frustrada. - Edward deixou escapar um risinho, fazendo o meu corpo balançar.

– Frustrada? Conte-me mais sobre isso... - ele continuou a me beijar, mas desta vez suas mãos estavam trabalhando por toda extensão do meu corpo.

– Bom... É... - gaguejei, e Edward riu novamente. Ele estava fazendo de propósito.

Alguma das janelas da casa deveria ter ficado aberta, pois um vento muito forte entrou no cômodo, me fazendo tremer.

– Está esfriando - Edward comentou, me abraçando. - Sabe, eu ainda tenho muito amor acumulado.

– Amor acumulado? - perguntei.

– Sim. Há muito tempo que eu te desejo, ainda não estou plenamente satisfeito. - Sorri com o seu comentário.

– Por mim, você pode ficar a vontade, Edward Cullen.

– Ah, você não poderia ter dito isso. - Edward deu um pulo, me pegou no colo e em questões de segundos nós estávamos em seu quarto, rindo, e aproveitando o restante da noite.

(...)

Deitada de buços, sentir o sol quente em minha pele nua. Apesar de ser aparentemente desconfortável, ele era bem vindo.

Flashes da noite anterior passavam por minha mente. Edward igual um louco dirigindo, sua frustração por não conseguir abrir a porta, nós dois deitados no tapete da sala, seus beijos, seus toques... Senti meu rosto e meu pescoço corando ao lembrar a nossa noite.

Girei pela cama a procura de Edward. Abri os olhos e percebi que estava sozinha.

Só agora que eu consegui reparar como a cama era enorme, praticamente um exagero. O quarto era todo branco, e tinha uma porta de vidro que dava para o jardim. Extremamente lindo.

Levantei e fui fazer minha higiene matinal. Meu cabelo estava totalmente desgrenhado, provavelmente ele queria competir com o de Edward. Ri dos meus pensamentos. Olhei-me no espelho depois de uma árdua luta com meu visual pós-sexo. Ah, bom, agora sim...

Um delicioso cheiro de café fresco invadiu o banheiro. Ele devia estar preparando o nosso café. Corri para a cama ao ouvir passos.

Ri ao lembrar Alice me contando que sempre acorda antes de Jasper, se arruma e volta para a cama. E ele acorda e fala "Oh, mas ela é linda até quando acorda!". Bom, isso é bem Alice. Deitei na mesma posição de antes e fingi estar dormindo.

Seus dedos acompanharam todo o contorno da minha coluna e depois depositou vários beijos em meu pescoço. Ser acordada assim não é nada mal, se quer saber. Lembrei-me de Alice e não consegui prender o riso. Poxa, minha fachada de Bela Adormecida caiu na mesma hora.

– Então a bonitinha já estava acordada, é? - ele disse no meu ouvido, dando uma mordida na minha orelha. E então, num gesto bem típico de Edward, ele começou a me fazer cócegas, me virando para cima.

– Tudo bem, eu me rendo... - ele substituiu as cócegas por beijos. - Uma vez Alice me falou que ela sempre acordava antes do Jasper, se arrumava e voltava para a cama. Tentei fazer, mas eu não sou tão boa quanto ela.

– Ah, Alice! - riu. - Nem adiantava você fazer isso, eu sabia perfeitamente como você estava.

– Ah, é? - perguntei deitando no seu peito.

– Sim, eu te admirei a noite toda dormindo. E aliás, você ronca.

– Oi? Eu não ronco!

– Tá, não ronca, mas fala dormindo. - ele apertou a ponta do meu nariz. Bom, eu realmente falo dormindo. Um mal que acontece comigo desde pequena. Não acontece sempre, só quando eu estou muito ansiosa ou muito agitada.

– E o que falei? - perguntei nervosa.

Os meus sonhos sempre me entregam. Ás vezes o que eu não falava acordada, falava enquanto dormia.

– Algumas coisas sem sentido... Eu juro que eu tentei entender, mas foi além da minha capacidade.

– Ah, que bom então. - suspirei aliviada. - Só foi isso mesmo, não foi? - Edward riu, e pelo seu olhar eu devo ter falado muito coisa. E não só coisas sem sentido.

– Você falou o meu nome, assim, muitas vezes.

– Ai, meu Deus, isso é constrangedor. - coloquei as mãos no rosto abafando o meu riso.

– E não acabou não! Você também disse que me ama. - riu. Ele estava realmente gostando de me deixar envergonhada. - Como se eu não soubesse!

– Ok, convencido.

– Ah, eu sei que você não resiste aos meus olhos verdes.

– Só um pouco. - fiz uma cara de deboche e ele fez fingiu uma cara de desapontado. - Ok, não precisa fazer a cara do Gato de Botas. - ele riu, e novamente me agarrou.

Esse era o melhor jeito de começar o dia.

Edward fez um café da manhã caprichado. Cereal com leite, torradas, ovos fritos, mingau de aveia e frutas. Comida para um batalhão. Apesar dele ter feito bastante coisa - diz ele que queria mostrar que conseguia ir além da massa - eu realmente estava com fome. Experimentei um pouco de tudo, e estava realmente ótimo.

Continuamos deitados na cama, um tentando convencer ao outro à levantar primeiro. Eu, com somente um lençol cobrindo meu corpo, com Edward, é claro, se aproveitando o máximo disso, usando somente uma calça de moletom. Era realmente complicado levantar da cama.

No fim de tudo, quem levantou foi Edward. Mas não por livre espontânea vontade, e sim por "livre e espontânea pressão". Peter e Charlote trouxeram os filhos deles para tomar banho de piscina, como Edward havia pedido.

Aproveitei que ele desceu para, enfim, poder cuidar de mim. Fui tomar um banho relaxante e ficar apresentável.

Eu realmente amei aqui. Tudo mais fresco e tem até um solzinho...

Vesti um vestido azul soltinho e deixei meu cabelo cair nos ombros. Por causa de algumas tranças do penteado feito por Susan, meu cabelo estava um pouco ondulado, o que estava realmente dando um efeito muito bonito. Coloquei umas pulseiras, uma sandália rasteira e... Pronto!

Quando eu desci as escadas, me deparei com Edward conversando com Peter na porta. Ele me olhou e me deu um sorriso. Eu sabia que ele estava sorrindo porque eu estava vestida de azul. Na verdade, nem foi de propósito, mas ele não precisava saber, não é?

Cumprimentei Peter e ele se desculpou por trazer as crianças, mas Edward nem ligou. Ele foi embora deixando duas crianças me olhando de uma forma curiosa.

Tanto a menina quanto o menino tinha os cabelos castanhos, quase da cor do meu. A menina aparentava ser uma pouco mais nova, talvez uns dois anos, o menino devia ter uns dez anos.

– Amor, esses são Emily e Ethan. - Edward me apresentou. - Normalmente eles não são tão quietos assim.

– Olá. - disse, tentando ser amigável. Depois que eu comecei a dar aulas, meu relacionamento com crianças melhorou. Não que antes eu não gostasse, não é isso. Elas que não gostavam de mim, e eu não forçava muita simpatia também. - Sou Bella.

– Oi, você é namorada tio Ed? - perguntou o menino.

– Hum... Sou. - respondi, rindo. - Porque, você gostou de mim?

– Sim e seu nome é muito bonito. Posso te dar um beijo no rosto?

– Pode sim, Ethan - ele veio, deu um beijo na minha bochecha e saiu correndo junto com sua irmã em direção à piscina.

– Acho que tenho um pretendente... - ri.

– O cara mal chegou e quer roubar minha namorada.

– Bobinho. - colei meus lábios nos seus.

Edward estava extremamente divino vestido com uma sunga preta. Me arrependi por não ter trazido um biquíni.

Deitei em uma das espreguiçadeiras, coloquei os meus óculos escuros e comecei a observá-lo.

Para quem via de longe, era um pouco difícil entender quem era o mais velho. Edward carregava Ethan e jogava na piscina, fazendo o garoto cair na risada. Ele saia, Edward voltava a pegar ele e jogar na piscina. Fiquei pensando que ele poderia estar se vingando do menino, por ter dado em cima da namorada dele, como ele disse. Mas era tão fofo ver ele tão descontraído .

Percebi que a menina não estava junto. Olhei em volta e a encontrei do outro lado, observando eles um pouco triste.

– Oi, Emily. - me aproximei dela. - Não quer brincar?

– Quero.

– Então vai para a piscina, olha como está sendo divertido. - apontei para Edward e Ethan.

– Não, eles só fazem brincadeira de menino. - ela disse fazendo um bico. A vontade que deu foi de agarrar ela e encher a de beijos. Como eu disse, eu nunca achei muita graça em criança, mas hoje eu prefiro mil vezes elas do que os adultos.

– Eu te entendo perfeitamente. - tentei fazer o mesmo bico que ela.

– Eu gosto muito do tio Ed, mas as brincadeiras dele às vezes são chatas. - ela desabafou.

Eu estava me segurando para não rir. A bonequinha estava trocando confidencias comigo.

– Então, o que acha de brincarmos de algo bem legal? - sugeri. - Eu acho que nós duas somos bem mais divertidas que eles dois.

– Eu acho muito legal... - os olhinhos dela brilharam de empolgação. - Nós podemos brincar de comidinha. Eu sempre brinco com a minha mãe.

– Que tal nós duas irmos para a cozinha fazer sanduíches e sucos?

– Ah, que legal, vamos logo, tia... Como é o seu nome mesmo?

– Bella. - sorri.

– Então vamos, tia Bella.

Eu estava completamente encantada com o jeito dela. Acho que eu descobri que eu tenho uma quedinha por crianças, principalmente por meninas meigas e falantes como a Emily. Acho que foi a convivência com o "Tio Ed" que me deixou assim.

Edward estava tão empolgado brincando com o Ethan - uma brincadeira denominada Tubarão, veja só - que nem reparou quando entramos.

A cozinha estava realmente abastecida, perfeita para minha bagunça com Emily. Começamos fazer os sanduíches enquanto conversávamos.

Ela me contou milhares de coisas. Disse-me que ela tem sete anos e seu irmão dez, mas que as pessoas sempre acham que ela é a mais velha porque ela é bem mais esperta que ele. Disse que gosta da sua escola, menos da sua coleguinha Joana, que fica querendo fazer tranças no seu cabelo. Falou que seu pai e sua mãe são muito legais, e que ama o bolo de morango da sua mãe.

– Então você e o tio Ed são namorados? - ela me perguntou, enquanto eu fazia suco de laranja.

– Somos...

– Eu posso te contar uma coisa? - ela chegou bem perto de mim, como se fosse me contar um segredo.

– Claro, Emily.

– Quando o tio Ed disse que você era namorada dele, eu não gostei, por isso que eu nem falei com você, mas depois eu lembrei que a mamãe disse que eu tenho que ser educada com as pessoas.

– Ah! - minha boca se abriu em um grande "O". - E porque você não tinha gostado de mim?

– Porque eu sempre disse para mamãe que, quando eu fosse grande, igual a você, eu ia namorar com o tio Ed, porque ele é muito legal. Mas quando eu vi que você também era legal, eu não me importei. Eu não me importo de vocês namorarem.

Tive que segurar o riso para manter a expressão normal. Então eu também tinha uma concorrente?

– Fico feliz que você não se importe, porque isso seria um problema; eu gostei muito de você.

– Eu também, tia Bella. - e então ela me abraçou. Eu fiquei realmente emocionada com este gesto; uma mocinha tão pequena que conquistou meu coração tão rápido...

Depois de um pouco de bagunça, conseguimos fazer três tipos de sanduíche: atum, molho tártaro e peito de peru. Não queria ir muito além porque não queria fazer feio para o mestre cuca.

– Então era isso que vocês estavam aprontando lá dentro? - perguntou Edward, quando voltamos para a piscina com os lanches.

– Eu e Emily estávamos nos divertindo um pouco tentando fazer algo comestível.

– Parece estar ótimo.

–Uhum - respondi. - Eu sou especialista em sanduíches.

–Ah, está certo. - Edward me olhou divertido. - Vamos ver se isso é realmente verdade, não é, Ethan?

As crianças foram as primeiras a comer. Edward ficou só os observando seguindo para o outro lado da piscina enquanto batiam um papo, aparentemente, muito interessante.

Edward parecia estar com medo de comer, sabendo que eu sou um desastre na cozinha.

– Desde quando você sabe fazer sanduíche?

– Como você acha que eu sobrevivi 22 anos? - respondi confiante. - Sanduíches são práticos e rápidos.

Para a minha surpresa, ele deu uma mordida no sanduíche, fazendo uma cara extremamente engraçada.

– Nem adianta fazer essa cara porque eu sei que não está ruim.

– É, está bom mesmo. - confirmou depois que engoliu. - Eu estava com medo de experimentar, mas, como eu eles comeram tranquilamente, vi que não tinha perigo.

– Ah, é? Que pena que você sabe cozinhar, porque, se dependesse de mim, nem um sanduíche do mais simples iria ter. - o provoquei.

– Eu não acredito nisso. Era só eu pedir com carinho que logo iria amolecer seu coração.

– Mas é mesmo convencido... Quem disse isso? - questionei me aproximando dele o suficiente para ouvir o som da sua respiração. - Você está extremamente enganado.

– Então vamos ver quem está enganado. - ele me puxou rapidamente, me colocando em seu colo e passando a mão pela a minha cintura.

– Edward, as crianças! - gritei, já prevendo onde isso iria levar.

– Droga! - Olhei para Ethan e Emily. Eles estavam totalmente alheios a nossa conversa, porém crianças são sempre previsíveis.

– A propósito: você não amoleceu meu coração. - voltei para a minha espreguiçadeira , o ouvindo resmungar algo como "Vai ter troco!". Sorri em resposta. Provocar Edward estava se tornando a minha mais nova diversão.

(...)

Edward se jogou na piscina novamente fazendo o máximo para me molhar. Petter e Charlotte já tinham vindo pegar seus filhos, ficando superanimados quando eles disseram que tiveram um dia superlegal.

Emily, a minha mais nova amiguinha, foi embora dizendo que amou o sanduíche da Tia Bella. Ethan, o concorrente de Edward, disse também que me achou muito legal e me deu outro beijo.

Estava sentada na beirada da piscina, observando a bagunça que eles tinham feito. Edward é realmente apaixonado por crianças. Eu tinha percebido um pouco disso quando ele me levou para ajudá-lo a animar as crianças do hospital. Ele fica encantado com tudo que elas fazem. E no meio delas ele também se torna uma criança.

Senti uma dor ao lembrar que ele teria sido um pai maravilhoso.

– Quer dividir seus pensamentos comigo? - questionou, apoiando a cabeça na borda da piscina.

– Estava pensando em você.

– Eu sei que você pensa em mim constantemente. - brincou, puxando a minha perna para dentro d'água.

– Você será um pai maravilhoso. - respondi. Ele me olhou com surpresa.

– Estou a procura de uma mãe, você se candidata? - zombou, acariciando minha perna. - Adoraria ter um filho com você. - sorri com o seu comentário. Surpreendi-me por trazer este assunto à tona. Eu nunca pensei em ter filhos, construir uma família e nem nada disso. Falar dessas coisas naturalmente me fez pensar que eu estava no caminho certo.

– Quem sabe... - respondi. - Eu acho que eu também adoraria.

– Falando assim, eu fico mais apaixonado ainda. - sorriu.

Eu sabia o peso que essas palavras tinham sobre ele. Estávamos falando de filhos da forma mais natural possível. Edward me conhecia o suficiente para entender que eu não queria ser mãe agora, mas ele sabia que, por eu ter dito isso, era a minha forma de dizer que eu estava pronta. Livre. Apta para começar sem medos, nem receios.

– Estou em desvantagem.

–Como? - perguntei, sem entender.

– Eu, de sunga, na piscina, e você aí, de vestido, tão longe de mim... - ri com a sua forma sutil de mudar de assunto.

– Não trouxe biquíni. - respondi.

– E quem disse que precisa de biquíni? - ele me puxou pela perna e eu escorreguei para dentro da piscina, caindo nos seus braços.

– Edward! - disse surpresa. - Você está louco...

– Completamente... Mas é por você... - ele declarou, me puxando para mais perto de si. - E eu disse que iria ter troco, não foi? - riu, me fazendo lembrar a sua reação de momentos antes.

Sem pensar duas vezes, fiquei na ponta dos pés e enlacei seu pescoço, enquanto ele rodeou-me com seus braços fortes, fazendo um leve carinho no meio de minhas costas. Nossos corpos molhados, colados um no outro...

– Eu te amo. - dissemos ao mesmo tempo, fazendo nossos corpos estremecerem com nossa risada.

– Eu que sou completamente louca por você... - declarei

Sua língua acariciou meu lábio inferior pedindo passagem. Nossos lábios se encontraram, se moldando um no outro, um encaixe perfeito. Suas mãos passearam pelo o meu corpo e rapidamente meu vestido já não estava ali. Deixei-me levar pela profundeza das águas. O que havia naquele momento entre nós era algo maior, algo que estaria para sempre ali.


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Notas finais do capítulo

Roupa da Bella: http://www.polyvore.com/cap_26_bella_em_brighton/set?id=113110585

Bom meninas, vamos fazer uma campanha, e pedir que apareça um Edward desse na nossa vida.. Porque né? Ai Jesus, a cada dia/ capitulo rs estou mais apaixonada por ele.

E então, eu sei que vocês estavam doida por este momento hot. Eu tentei demonstrar algo mais romântico, e não descrever as ''vias de fato '' ... Tanto pela classificação +16, como eu não me sinto a vontade descrevendo tão explicitamente, espero que vocês tenham gostado.


Beijos, até a próxima ♥ !



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