Ajuda-me a Viver escrita por Vitoria Bastos


Capítulo 11
Seguindo em frente


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas, tudo bem?Espero que sim. O capitulo não está betado, novamente... então mil perdoes por qualquer erro encontrado . Preferi postar assim, do que demorar ainda mais. Olha, esqueci de agradecer a recomendação da Juh Cantalice, Obrigada Flor. E obrigada também, a todos os comentários do capitulo anterior ... Vamos ler?



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Acordei com o despertador da Alice tocando uma música bem animada. Parece que o dia hoje vai ser bom. Depois da tarde e a noite maravilhosa que passei ontem com Alice e jasper, eu queria que sempre fosse assim. Mas eu sabia que não seria. E a única coisa que eu poderia fazer é seguir em frente, e enfrenta a realidade.

Levantei e fui tomar um banho para me arrumar. Hoje seria mais um dia de fisioterapia. E seria o primeiro fora do hospital, como o meu médico tinha dito, seria em um centro de reabilitação.

Estava ansiosa para mais uma consulta com o Dr. Edward Cullen. Não que eu vá com a cara dele, porque para mim ele vai ser sempre um intrometido. Mas eu sei que ele não fez por mal, como ele mesmo disse, ele se preocupa com as pessoas. Por isso que eu me irritei tanto com ele fazendo perguntas de como eu estava, e se preocupando tanto. Nunca ninguém desconhecido se preocupou comigo. E eu nunca me preocupei com ninguém. Então era como se eu estivesse aprendendo a viver novamente. Sentindo sensações que eu não sentia antes.

Eu ia tentar manter pelo menos uma relação agradável com ele. Quem sabe não ficamos amigos? Acho pouco provável. Mas eu vou tentar isso. Faz parte do meu manual de ’’ como aproveitar a minha segunda chance’’.

...

Conseguir vestir algo agradável, que não atrapalhasse muito na hora dos exercícios. E no final, conseguir vestir uma roupa que fosse confortável e que ainda combinasse com a minha querida muleta. Fui em direção à sala, para tomar o café à manhã.

– Bom dia Belinha! – falou a Alice colocando a mesa – Dormiu bem?

– Eu acho que nunca dormi tão bem, estou me sentindo outra pessoa – falei e era a mais pura verdade. Eu acho que com todos esses acontecimentos, eu vou levar um grande aprendizado no final, porque nem eu mesma estou me reconhecendo.

– Que lindo ver a minha amiga falando assim. – falou a Alice vindo me abraçar – Eu espero que você continue assim. Esta bom?

– Eu também espero – sorri um pouco – E essa mesa linda? –falei reparando na bela mesa que ela tinha feito - É para nós duas, e mais quantos mesmo?

A mesa que a Alice tinha feito tinha um batalhão de comida. Muitas fatias de pão, frutas, torradas, bolos... Eu estava pensando seriamente que ela estava querendo me engordar.

– Ah, Belinha. - falou rindo – Você sabe como eu sou exagerada.

– E desde quando você cozinha? – falei sentando na cadeira - Esses bolos não foi você que fez não né, porque se foi, não vou nem correr o risco de comer.

– Querida, aqui do lado tem uma padaria ótima – falou rindo – Eu compro tudo prontinho lá.

– Claro. Como eu não tinha imaginado isso? – falei e comecei a comer.

– Amiga, mudando um pouquinho de assunto – falou a Alice – Você já pensou o que você vai fazer da sua vida agora?

– Não. – E eu não tinha pensado mesmo, a única coisa que eu tinha certeza é que a minha vida agora se resumia em fazer fisioterapia, mas não tinha pensado em mais nada.

– Porque se você não vai estar na companhia, por enquanto – a enfatizou – Você vai ter um tempinho livre. Já pensou em fazer uma faculdade, ou trabalhar?

– Faculdade e trabalho? – falei meio confusa

– É querida, eu sei que você não precisa trabalhar. Mas é bom se ocupar com algo – falou dando um sorriso – E a faculdade, eu já não sei. Você nunca quis estudar nada a não ser a dança?

E essa era uma pergunta um pouco difícil de responder. Primeiro, a única coisa que eu trabalhei em toda a minha vida foi à dança. Era bailarina na companhia, recebia meu salário todo mês. E com relação a estudar algo, eu nunca quis. Porque eu nunca quis estudar nada que não fosse dança. É claro que eu poderia ter feito faculdade de dança, mas eu sou nova. Eu nunca tinha pensado nisso mesmo.

– Não, eu nunca pensei em estudar algo que não fosse à dança. – falei a verdade para a Alice, eu não iria mentir para ela. – E como eu vou trabalhar se eu nunca fiz algo além de dançar?

Agora que a Alice tinha tocado nesse assunto, eu comecei a entrar em desespero. A minha vida toda eu nunca fiz nada além de dançar. Nunca fiz cursos, outra coisa que não fosse relacionada com a dança. Pelo menos a Alice fazia moda. E eu? Eu era uma inútil, e agora seria mais inútil ainda.

– Calma Belinha! Com relação ao emprego, nós vamos encontrar algo que vai se encaixar perfeitamente com você – falou ela fazendo a mesma cara quando ela tem aquelas ideias mirabolante. – E a faculdade, com o tempo vai aparecer algo que desperte o seu interesse.

– Eu espero que sim. – Finalizei a conversa e continuei tomando o meu café.

Isso era algumas das coisas para ser pensada. Mas não agora, e eu não queria pensar em mais nada a não ser na minha recuperação.

– Você pode me dar uma carona? Hoje eu tenho fisioterapia.

– Claro, eu só tenho aula na faculdade mais tarde e ainda tenho que passar no apartamento para ver como estão as obras. – ela fez uma pausa e continuou – Em falar na fisioterapia, amei a sua roupa. Bem escolhida para a ocasião, nem precisou da minha ajuda – falou orgulhosa.

– Pois é eu também gostei. E amei a sua minha estudante de moda – falei a elogiando

Eu ficava impressionada com o bom gosto da Alice, e ela me surpreendia a cada dia que passava. Não só na roupa, mas em tudo que fazia.

...

– Eu acho que é aqui Alie – apontei para uma grande clinica onde estava escrito bem grande Centro clinico de fisioterapia, como indicava no endereço entregue pelo o meu fisioterapeuta.

– Então esta bem Belinha, quando terminar você me liga que eu venho te buscar.

– Não precisa, eu vou de táxi – falei te dando um beijinho da testa – Prometo que vou me comportar.

– Promete mesmo? Jura juradinho? – falou fazendo uma cara de criança sapeca.

– Me poupe Alice, tchau. – falei rindo – Até mais tarde.

Acenei para ela enquanto o seu carro dava partida, e fiquei admirando a clinica.

Parece que aqui vai ser o meu mais novo lar. Mais eu não me importava, eu sabia que isso traria bons benefícios no final.

Entrei e falei com uma moça simpática que estava na recepção.

– Bom dia! Eu tenho uma sessão marcada com o Dr. Edward Cullen.

– Claro qual o seu nome querida? – perguntou ela educadamente

– Isabella Swan.

– Pode entrar, ele já estar a sua espera. – falou ela se levantando – Pode seguir por aqui e entrar na sala A7. – falou educamentente e me deu um sorriso – Seja bem vinda.

– Muito Obrigada – respondi retribuindo o sorriso . Parece que eu já comecei bem.

Entrei na sala e ela me pareceu muito bonita e agradável. Percebi logo o meu médico sentado na cadeira.

– Bom dia – falei timidamente e respirando fundo.

Eu prometi para mim mesma que iria trata- lo bem, então vamos começar a praticar.

– Se não é a minha paciente mal - humorada

E ele já começou mal. Respira Isabella, respira.

Ele veio na minha direção para mim cumprimentar.

– Como está querida? – perguntou ele educamente, fazendo o seu papel de médico.

– Bem, na verdade muito bem.

– Que ótimo, vamos nos sentar para conversar um pouco.

Ele gesticulou para eu sentar, e assim começar a consulta.

– Está sentindo muita dor na perna quando está andando?

– Não muita. A cada dia está diminuindo. – falei normalmente

– Isso parece bom, vejo que não terei tanto trabalho – falou sorrindo – Espero que continue no repouso.

– Claro doutor, eu nunca farei nada que me impeça de voltar a dançar.

E nunca faria mesmo. O que ele me pedir eu farei, voltar a dançar é o que eu mais quero no momento.

– Muito bem. Então vamos começar os exercícios?

E assim começamos uma sessão de fisioterapia bem tranquila. O Dr. Edward era bem humorado, e sempre quando perguntava algo sobre mim para descontrair a conversa, quando ele percebia que eu estava sentindo dor, por causa do exercício.

– Isabella, eu costumo ser bastante amigo com os meu pacientes. Por que além de fisioterapeuta, eu sou psicólogo. Eu gosto de entender a vida da das pessoas, por mais que elas não gostem.

Então, ele queria me entender. Ok. Eu não me importo, pelo menos eu terei alguém para conversar. Talvez sejamos amigo. Porque não? Eu não me importaria.

– Tudo bem. Então, amigos? – falei oferecendo a minha mão sugestivamente.

– Amigos. – falou ele sorrindo – Então se somos amigos, eu posso te chamar de Bella? Eu acho que combina mais com você...

Eu também achava. Eu gosto que me chamem de Bella, mas nem todas gostam... Então me acostumei com o Isabella.

– Por mim tudo bem. Prometo que não me importo – falei lembrando quando ele perguntou se podia me chamar de Bella, e eu disse que não amargamente.

– Por hoje é isso Bella. Teremos consulta três vezes na semana. A minha secretária Ângela irá te informar os dias e horários. Até logo!

– Até logo doutor.

E assim finalizamos a consulta, e eu fui embora. Fiquei orgulhosa de mim mesma por conseguir trata-lo bem. Por mais que seja algo pequeno para uns, é um ato muito significante para mim.

Tratar as pessoas bem, e com a educação que elas merecem, é algo que eu não fazia há muito tempo.

Peguei um táxi, e fui direto para a casa da Alice.

Eu queria muito ir andando, para poder apreciar a cidade, ver as pessoas... Mas é claro que eu não faria isso, é obvio que não. Mas um dia eu farei se Deus quiser.

Ás vezes eu parava para me perguntar o que estava acontecendo comigo. Pequenas mudanças, mas que já faziam diferença.

Estou ficando otimista, acreditando no poder que Deus tem. O que será que estava acontecendo comigo? Pelo menos com tudo que aconteceu algo teria que ter de bom.

Não sei se é os conselhos de Alice, a preocupação do meu médico, algo estava me fazendo mudar, e eu sei que lá na frente eu encontrarei a resposta.

Infelizmente as coisas boas só vieram a aparecer depois da tragédia, depois da perda...

Mas isso eu não poderia mudar, e o jeito seria seguir em frente.

...

Cheguei em casa e Alie não estava. Então resolvi e tomar um banho para relaxar um pouco.

Percebi que estava realmente cansada pelo dia de hoje, deve ter sido o esforço.

Ás vezes eu me sinto tão fraca, tão cansada por mínimos esforços e fico pensando realmente se um dia voltarei a dançar. Se terei o mesmo condicionamento de antes, o mesmo equilíbrio...

Parece que otimismo de horas atrás já tinha ido embora. Como pode isso?

Desnorteada, terminei o meu banho e me vesti. E tentei fazer o máximo para não pensar em nada que me tirasse à esperança.

– Nossa Belinha que susto! – falou a Alice quando apareci na porta. – Você fica ai dentro no maior silêncio, achei que ainda não tinha chegado.

– Desculpa amiga – falei indo te abraçar – Chegou faz muito tempo?

– Não acabei de chegar. Olha o que eu comprei, não é lindo? – falou me mostrando dois vestidos de festas, com muitos brilhos, paetês... Coisas tipo Alice.

– É... A sua cara. – tentei fugir um pouco do assunto – E como foi o dia?

– A aula foi entediante, mas... O apartamento está ficando belíssimo Belinha, acho que logo poderei marcar a data do casamento.

– Que bom amiga, fico feliz por você.

– E como foi à sessão de fisioterapia? – perguntou a Alice, e eu já sabia que viria varias perguntas com segundas intenções ou coisas do gênero.

– Foi tudo bem Alie.

– Belinha, como assim tudo bem? Eu quero detalhes minha linda. – falou ela toda animada

Eu tentei resumir, mas eu sabia que ela não se contentaria com um simples ’’ tudo bem’’.

– A consulta foi ótima, e eu e o meu médico estamos nos entendendo.

– Você e o médico gostosão se entendendo? Como assim Isabella, me conte esta história direito.

Ela me chamou de Isabella, e isso era meio raro. Mas eu sabia que isso era por causa da sua empolgação, e esse ‘’ Isabella’’ era como se fosse uma ordem da Alice.

– Nós viramos amigos, simples assim. Amigos. – Enfatizei bastante a palavra amigos para ela.

– Que bom! Eu sinto que o Edward irá te ajudar muito no futuro...

– Eu sei que ele vai me ajudar, é ele que me fará voltar a dançar.

– Não Belinha. Quando eu digo te ajudar não é só em voltar a dançar. E sim em algo que não esta em nosso entendimento por agora, mas fará todo sentido no futuro...

– Não Alice, a única coisa que ele irá me ajudar será no trabalho de fisioterapeuta dele. Talvez ficamos amigos lá para frente, mas ele não me ajudará em mais nada.

Alice às vezes ficava falando do futuro, como se ela soubesse o que irá acontecer. Ela dizia que tinha o famoso sexto sentido, e o engraçado que na maioria das vezes ela acertava. E esse era o meu medo, dela acertar mais uma vez.

– Belinha, eu nunca erro. E você sabe disso...

Disse ela com a cara de que não gosta de ser contrariada, e sim. Confirmando os meus pensamentos.


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Notas finais do capítulo

E ai, mereço reviews? recomendação?
Xuxus, deixando claro uma coisinha que ficou vago no capitulo bônus da Reneé: A Gianne quando era diretora da companhia, quando a Reneé ficou grávida da Bella, tinha 30 anos ... Sendo que hoje ela tem 53 e a Reneé 48, ok? ela não era muito nova para ser diretora da companhia não, isso é mais um hiato que será esclarecido lá na frente.

Roupa da Bella, ida a fisioterapia : http://www.polyvore.com/fisioterapia_cap/set?id=73763108Roupa da Alice: http://www.polyvore.com/faculdade_cap/set?id=73806905Centro de

Fisioterapia: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQtEVj4NNG9X8bCxW3Lin9k-XI8NDISk76rRhhb-qxLGJM2lAM8IgRoupa da Bella, em

Bella, casa de Alice: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=74526831&.locale=pt-br