The Paths Of A Rain Woman escrita por Ling


Capítulo 16
Welcome to Reality


Notas iniciais do capítulo

Bem, gostaria de deixar os comentários oficiais do capítulo nas notas finais.

Tudo o que tenho a dizer é : Boa Leitura.



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—Boas notícias! — o ruivo vociferou ao adentrar a modesta residência, tendo o cuidado de não bater a porta ao fechá-la por não desejar estimular a já presente irritação de sua proprietária.

A sala de estar, apesar de pequena, possuía uma organização e requinte que o fascinavam. Cada item se embebia em sua própria localidade, parecendo ter sido previamente planejado antes mesmo da construção do compartimento.

Quando voltou a mirar as outras presenças ao redor dele, não encontrou ínfimos sinais de interesse ou surpresa. Adversamente tudo o que recebeu foram bocejos, resmungos e um comentário um tanto quanto inoportuno.

— Qual o seu nome mesmo? — perguntou a menina de baixa estatura, secando o cabelo loiro com uma toalha, agora livre da tintura.

Trincou os dentes e fuzilou-a com olhar, esperando se tratar apenas de uma piada da qual ela rapidamente se esclareceria após fitar sua reação.

Obviamente, não foi o que aconteceu.

— Você é surdo? Perguntei o seu nome — ela voltou a questionar, descansando a toalha nos ombros e jogando-se no sofá com o controle em mãos.

Ele percorreu a sala com os olhos, buscando por um auxílio que nunca viria. Suas orbes se focaram num bolo de fios azuis apoiados no braço do sofá, e ele não hesitou em solicitar sua assistência.

— Juvia! — chamou ele, não obtendo resposta.

— Seu nome é Juvia? Tem certeza que quer fingir ter um nome de mulher? — perguntou Saori retoricamente, recebendo olhares afiados e uma resposta nada educada dita entredentes.

— Juvia — ele cutucou sua bochecha com o indicador, parando apenas ao vê-la abrir os olhos e recair sua expressão nevoenta sob si.

— Hum...?

— Diga a eles o meu nome. — pediu-a, olhando para Saori com expressão de vitória no jogo que o mesmo inventara. No entanto o sentimento foi breve, sendo aniquilado com o as palavras pronunciadas ociosamente pela maga sonolenta.

— Mas a Juvia não sabe...

Ele olhou-a em descrença.

—O-o quê?! Mas eu pensei que fossemos parceiros de crime! —retrucou com indignação enquanto olhava-a como se acabasse de ser traído por uma amiga de infância, o brilho revolto sempre presente em seu olhar.

— A Juvia só quer dormir... — resmungou tentando encontrar uma posição confortável com o pedaço do sofá que tinha para si.

— Diz logo o nome —Saori demandou em puro tédio, cotovelando levemente Juvia para confirmar se, eventualmente, ela ainda estava viva.

O ruivo irritou-se, mas apenas cruzou os braços sob o peito e deixou seu peso cair sob as almofadas ao lado de Saori, enquanto aguardava a chegava do restante dos residentes.

— Eles estão na cozinha tentando fazer uma gororoba decente — a menina disse entediada, vagando pelos canais freneticamente até encontrar algo que considerava digno. — Eu e Juvia estamos aqui como descanso por ter sido torturadas pela velh... — engoliu em seco —digo, por nossa ilustre mestra.

Ele arqueou a sobrancelha.

— Ilustre é algum tipo de xingamento secreto?

Saori deu de ombros com um pequeno e perverso sorriso moldado no canto dos lábios.

—Talvez.

O rapaz olhou de soslaio a garota adormecida a seu lado. Sem qualquer tentativa de sutileza, ergueu a mão e arrastou-a sorrateiramente pelo sofá até alcançar bochecha, quando sorriu maliciosamente e repuxou-a como se provocasse uma criança.

—Ow... a Juvia quer dormir — ela resmungou, uma tênue linha separando seu onírico da realidade em que sua bochecha era apertada — Juvia precisa...derrotar as rivais! — murmurou com determinação.

O pesos em seus ombros cedeu, anunciando o reconhecimento de sua derrota. Suspirou e voltou a cutucar a mulher da chuva, rendendo-se apenas quando ela abriu os olhos pela segunda vez.

— O que é? — perguntou grogue, ainda diferenciando a lastimosa realidade do sonho em que ela e Gray caminhavam por vastos prados sob a genuína luz do sol da manhã.

Sentiu-se tentada a tentar reviver a realidade paralela, mas a chegada de seus mais recentes parceiros de treino a provou ser impossível a concretização de seu desejo.

— Descobriu algo? — a voz lustrosa, e de certa forma impaciente, de Yano Kahel ecoou pelas paredes e janelas fechadas da cômoda alcova em que o time passara a residir.

— Se quer um resumo, — ele coçou a cabeça — descobri o principal ponto de encontro e reconheci alguns dos rostos de guildas negras banidas e fugitivos. Também tenho algumas notícias... — hesitou por um monte, em busca das palavras certas— desagradáveis.

Juvia endireitou-se no sofá sem desviar os olhos dele. Podia ver o desânimo em suas últimas palavras ditas, mas tinha curiosidade igual a respeito dos fatos anteriores.

— Que notícias? — se pronunciou após o último dos bocejos, erguendo a cabeça para encontrar seus olhos cor de mel.

— Nossas guildas... — sua voz vacilou por um momento — eles não sabem de nada.

—M-mas isso é bom, não é? — Rin tentou convencê-lo de que aquela era uma boa notícia, mas seu erro logo ficou claro.

— Eu não quero que saibam... — Weisy choramingou recostada nas soleira da porta

Yano baixou a cabeça, lançando olhares discretos à mulher da chuva encolhida no canto do sofá. A menina de pequena estatura encarou Klein, que surpreendentemente não dissera uma só palavra.

— Vocês não entenderam. — voltou a dizer, cerrando os punhos — Eles pensam que estamos mortos. — sua voz saiu rasgada e o desconforto se seguiu do constante e frustrante eco de suas palavras reprimidas.

Pares de olhos exibiram igual descrença, incapazes de aceitar a realidade dos fatos. Mais que machucar seus companheiros, estavam deixando sua identidade ser roubada.

Os lugares a que pertenciam, as memórias que haviam construído, o próspero sentimento aos poucos implantado em seus corações... tudo agora era apenas um fantasma do passado.

Não poderiam retornar até desvendar o mistério.

Não poderiam desvendar o mistério até serem fortes o suficiente.

— Podemos avisá-los, não é? — Juvia se apressou em prosseguir, antes que as contestações tivessem início — Quer dizer... se não dissermos onde estamos, podemos, não é? — ela perguntou com inocência, apesar da expressão estar em branco.

— Podemos — uma nova voz ressoou.

A gangue virou seus pescoços para encontrar Masaya à espreita,empoleirada numa poltrona cuidadosamente encaixada entre duas das preciosas estantes que mantinha em sua sala de estar.

— E agora que sabemos onde estão, temos um plano também —alcançou uma das prateleiras e deixou os dedos migrarem por elas, acumulando pó em suas laterais.

—Vai levar alguma tempo, mas é a única chance que temos.

Antes que o grupo tivesse a chance de questionar, a mulher já havia cambaleado para longe do conforto do estofado e migrava em direção à cozinha, seus braço balançando em impaciência.

— Agora, venham comer. — se virou e exibiu um sorriso vigoroso — amanhã o treinamento será dobrado!

—M-mas...

— Sem mais, Juvia! Como você tem treinamento extra, considere-o quadruplicado!

— E-eh?! — a garota pulou para fora do sofá e logo se apressou em seguir os outros, uma aura negra e depressiva flutuando no ar a seu redor.

Antes que seu alvo pudesse atravessar a porta, sua mão pressionou de leve seu ombro e ela disse:

— A Juvia lembrou seu nome — Loxar murmurou, ainda em seu compreensível estado mau-humorado.

O ruivo sorriu divertido, desafiando-a a pronunciar e esticando o braço para bloquear sua passagem.

A menina revirou os olhos e continuou a andar, parando em frente a ele apenas para dizer em tom zombeteiro:

— Aron Ladarren

Sentiu satisfação ao vê-lo abrir caminho e, sem mais palavras, ambos caminharam lado a lado, como os bons e velhos amigos que logo seriam.

O pensamento trouxe uma enxurrada de lembranças de todos os risos compartilhados com sua família. Quase foi capaz de sentir o aconchego e aceitação de antes voltarem a enxurrar seu coração.

Mas o real sentimento, provavelmente, não voltaria a se repetir tão cedo.


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Notas finais do capítulo

Sendo honesta, a história da fic já foi planejada, mas não tenho muita certeza quanto a qualidade do que estou fazendo.

Quer dizer, a história me agrada, mas os capítulos atuais, a qualidade de minha escrita e algumas vezes até a forma como estou retratando as coisas me parece um pouco errada.

É uma leitura forçada, maçante?

Te proporciona alguma vontade em ler os próximos capítulos?

Pra quem escreveu é difícil julgar (alguns acham perfeito; outros, como eu, tem mania de achar que tudo o que escrever sai um horror).

Se incomodam com os OC's, acham que seria melhor apressar o rumo da fic, ou o ritmo atual é aceitável?

Alguma sugestão, tanto de escrita quanto de enredo?

Algo que gostaria de ver? Um ship, um acontecimento ou alguma poder?

Críticas? Gosto de recebê-las, me faz sentir que estou pronta para melhorar.

Se não quiser enviar um review, tudo bem, os tópicos acima foram apenas para me ajudar a melhorar essa fanfic.

Sinceramente, minha motivação para escrever "The Paths of A Rain Woman" está baixa (pelos motivos citados acima).

Você sente muito mais vontade de escrever algo quando sente que está criando algo bom.

...

Isso é tudo.

Agradeço a quem leu até aqui e puder contribuir com suas opiniões a respeito do que foi dito acima.

O número reduzido de reviews (por mais que eu saiba que algumas vezes é por preguiça ou falta de tempo, e entenda), faz um escritor ter esse tipo de perguntas em mente.

Espero que entendam também. Obrigada.

Até... o/



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