Kagome sabia que tinha tomado uma boa decisão em saírem pala almoçar fora, ficar em casa só a deixaria mais desanimada do que estava, inclusive chamaram Sango e Miroku e o filho deles Kohaku de quatro anos, Souta assumiu o papel de irmão mais velho e disse que estava treinando para quando sua irmãzinha nascesse, embora Kagome dissesse que ainda era cedo para sabe o sexo do bebê Souta afirmava que tinha certeza que seria uma menina.

–fazia dias que não me sentia tão relaxada assim. –disse Kagome observando Souta brincando com Kohaku ao lado de sua mãe. –onde está o Miroku?

–ele disse que ia atender a uma ligação. –disse olhando para os lados. –estranho ainda não ter voltado, será que aconteceu algo?

–acho que não. –Kagome abriu um sorriso. –olha ele vindo logo ali.

–desculpem é que a ligação demorou mais do que eu pensei.

–aconteceu alguma coisa? –Miroku olhou para Kagome depois para a esposa.

–tudo bem... eu vou ver o Souta. –disse Kagome se levantando do banco, sabia que Miroku queria falar algo particular com Sango.

–mãe a senhora acha que minha irmãzinha vai gostar de jogar basquete, eu estou ensinando ao Kohaku assim nós três vamos poder jogar juntos.

–mas Souta ainda nem sabemos se vai ser mesmo uma menina.

–vai sim eu tenho certeza.

–e como você tem tanta certeza?

–porque eu sempre quis uma irmã. –aquilo pegou Kagome de surpresa, Souta nunca falará de ter irmãos, isso era mais uma coisa da qual ela o tinha privado.

–bem se você diz. –ela deu um sorriso terno e acariciou o rosto do filho. –então acho que vai ter uma irmãzinha.

–que tal um sorvete? –perguntou Sango se aproximando do grupo.

–eu quero. –disse Souta entusiasmado.

–certo eu e Kagome vamos lá comprar vocês esperem aqui. –disse Sango já puxando a amiga.

–só nós duas, não devíamos trazer mais alguém pra ajudar?

–não, nós duas somos o suficiente.

Kagome soube que Sango estava aprontando quando chegaram à sorveteria e ela disse que tinha esquecido o dinheiro com Miroku, ela se ofereceu para voltar e buscar o dinheiro, mas Sango insistiu em ir e a deixou ali sozinha.

–ela está aprontando alguma. –disse para si mesmo, esperou mais alguns minutos, quando viu que Sango não voltava decidiu ir atrás dela, mas seu corpo congelou ao se virar e dar de cara com Inuyasha. –I-Inuyhasha. –ele estava ofegante como se tivesse corrido, mas ela não entendia era para ele estar a caminho de Londres agora. –o que você esta fazendo aqui? –ele não disse nada, apenas caminhou em sua direção, ela deu um passo pra trás hesitante ele a encarava fixamente, seu olhar era tão serio que Kagome chegou a tremer, o que será que havia acontecido. –I-Inuya... –mas antes que ela pudesse dizer algo ele a puxou para seus braços e tomou seus lábios em um beijo apaixonado. Kagome ficou sem reação por um momento, mas logo correspondeu ao beijo. Eles só se afastaram quando ficaram sem ar.

–o que a fez penar que poderia ir para longe de mim do novo? –Kagome o olhou confusa, ainda estava um pouco atordoada pelo beijo.

–do que você está falando?

–de você ir para Nova York, estava na carta que você me deu.

–o que?... a carta, você leu? –ela pareceu finalmente perceber o que estava acontecendo. –você me prometeu que só leria quando estivesse no avião.

–pra te dar a chance de fugir de mim?

–eu não ia fugir, eu escrevi isso na carta. –disse meio tímida, como se fosse uma criança pega fazendo travessura. –a Sango ia ficar com meu telefone e endereço você poderia me localizar quando quisesse.

–é isso mesmo que você quer? –perguntou Inuyasha seriamente.

–isso vai ser bom pra você também não é?

–como poderia ser bom pra mim ficar longe de você? –Kagome o encarou sem entender, será que aquilo era alguma alucinação provocada pelo sol?

–do que você está falando, você mesmo disse que...

–esqueça o que eu disse Kagome. –ela a segurou pelos ombros. –eu fui um idiota, na verdade tenho sido um idiota desde muito antes. –ele a abraçou. –eu não quero você longe de mim, pensar em ficar sem você outra vez é insuportável.

–pensei que você me odiasse.

–Kagome eu já te disse uma vez, pra mim é muito mais fácil amar você do que te odiar.

–Inuyasha... –sua voz não passou de um sussurro, ela o encarou com os olhos marejados. –isso significa que você me perdoou?

–eu não acabei de dizer isso? –ele a envolveu mais forte em seus braços. –eu amo você.

–se isso for um sonho... não quero acordar nunca mais. –disse se aconchegando em seus braços.

–eu também percebi outra coisa muito importante.

–o que?

–você não foi à única culpada pelo que aconteceu nove anos atrás. –Kagome se afastou e o encarou confusa.

–o que você quer dizer com isso?

–eu também tive culpa por você ter escolhido ir embora ao invés de ficar e me contar a verdade.

–não Inuyasha fui eu que... –ele a calou com um beijo, depois a encarou ternamente.

–se eu não tivesse sido tão orgulhoso em aceitar sua ajuda eu teria viajado só no dia da entrevista. –ele acariciou seu rosto. –eu estaria com você quando descobrisse sobre a gravidez.

–mas Inuyasha... –ele voltou a cala-la.

–você tem razão em dizer que eu teria largado a Faculdade pra cuidar do bebê e de você, mas isso porque eu seria orgulhoso de mais para aceitar a ajuda dos seus pais ou de quem quer que fosse.

–Inuyasha.

–eu sempre fui muito orgulhoso,eu pensava que era a única coisa que eu tinha, mas isso foi antes de eu conhecer você, fui um burro em não perceber. –ele voltou a sorrir. –eu não preciso de orgulho, só preciso de você, do Souta... –ele colocou a mão na barriga de Kagome. –e do nosso bebê.

–Inuyasha... –ela mordeu o lábio tentando conter as lagrimas. –eu amo você.

–casa comigo Kagome? –ela o encarava com os olhos arregalados sem conseguir dizer uma única palavras.

–o que você disse? –disse ainda sem acreditar.

–você quer que eu repita? –disse Inuyasha com um sorriso divertido no rosto. –eu repito quantas vezes você quiser. –disse se ajoelhando em sua frente. –Kagome Higurashi quer se casar comigo?

–sim. –disse Kagome num sussurro. –sim... sim, sim, sim. –repetia Kagome, se jogou em seus braços o abraçando. Ele a levantou girando no ar.

–eu amo você Kagome. –e voltou a beija-la, mas dessa vez foi um beijo mais doce e demorado.

–e eu amo você Inuyasha.

–viu eu disse que ia dar certo. –sussurrou uma das pessoas do grupo que observava os dois. –o cupido Miroku ataca de novo.

–tenho que admitir, você tem talento pra isso. –disse Sango sem conseguir conter a emoção.

–tio Miroku será que quando eu crescer você me ajuda a arranja uma namorada? –perguntou Souta, sem desviar os olhos de seus pais, finalmente eles estavam juntos, sua mãe não sofreria mais e ele poderia ter seu pai ao seu lado agora.

–fique ao meu lado Souta e você será um ímã de garotas.

–parece até aquelas cenas de filme, não é? –disse a sra.Higurashi sem conter as lagrimas, ela e Sango suspiraram.

–primeira lição Souta... mulheres são muito românticas.

Um ano depois...

–aqui está bom Inuyasha. –disse Kagome indicando o lugar para que Inuyasha forrasse a toalha. Estavam reunidos no lago onde toda a cidade estava presente para o piquenique anual.

–perfeito. –disse Inuyasha admirando seu trabalho, ele obsevava enquanto Kagome se sentava com Mei no colo, sua sogra vinha junto com Souta trazendo a cesta de piquenique. Quando já estava tudo pronto ele se sentou ao lado da sua esposa e ele adorava o som dessa palavra. –deixe-me pega-la no colo agora. –assim que apegou nos braços Mei começou a sorrir. –viu ela gosta que eu a segure. –se gabou Inuyasha, ele nunca se sentira tão orgulhoso na vida, ter Kagome ao seu lado era o mais importante de sua vida e ela ainda lhe dera dois filhos maravilhosos, sorriu apaixonado, agora sim ele podia dizer que sua vida estava completa.

–por que está me olhando e com esse sorriso?

–estou vendo como sou o homem mais sortudo do mundo, tenho uma esposa maravilhosa e dois filhos incríveis o que mais um homem pode querer, não é Mei? –ela sorria enquanto balançava os braços no ar. –viu ela concorda comigo.

–eu também. –disse Souta sentando entre eles.

–eu concordo com os três. –disse Kagome com um sorriso orgulhoso nos lábios. Ela realmente tinha tudo que queria, mas quando viu sua mãe seu sorriso desapareceu. –por que está chorando mamãe?

–queria que seu pai estivesse aqui agora. –disse secando as lagrimas que caiam involuntárias pela sua face e deu um pequeno sorriso. –gostaria que ele visse o quanto você está feliz minha filha.

–não fique assim mamãe. –disse a abraçando, sabia como ela se sentia porque também vinha sentido falta de seu pai cada vez mais nesses últimos tempos, principalmente no seu casamento, foi o dia mais feliz da sua vida quando entrou na igreja e lá estava Inuyasha a esperando, nunca tinha se sentido tão nervosa e queria tanto que seu pai estivesse ali ao seu lado, ela sabia que só conseguiu porque Inuyasha estava ali sorrindo para ela e lhe dando confiança. –tenho certeza que ele sabe, ele sempre sabia de tudo lembra?

–você está certa, ele com certeza esta tão orgulho como eu estou agora. –as duas se abraçaram.

–eu também queria que ele estivesse aqui. –disse Inuyasha surpreendendo as outras duas. –assim eu poderia mostrar a ele que eu sempre fui o homem certo pra Kagome. –ela não pode deixar de sorrir.

–como eu disse... ele sempre sabia de tudo. –disse e piscou para sua mãe que entendeu o que ela quis dizer e sorriu. Apesar de seu pai ser contra seu namoro, quando ela quis se afastar de Inuyasha ele foi o primeiro a ser contra e disse que Inuyasha devia saber a verdade.

–estamos atrasados? –Miroku vinha junto com Sango e Kohaku. –e que a Sango não se decidia no que vestir.

–a culpa não é minha, a maioria das minhas roupas já quase não cabem em mim. –disse acariciando o seu ventre já crescido.

–logo teremos mais um garoto correndo por ai. –disse Miroku orgulhoso.

–pode ser uma menina. –lembrou Kagome.

–isso eu queria ver. –disse Inuyasha todo cuidadoso com Mei em seus braços. –Miroku com uma menina. –todos começaram a rir.

–muito obrigada pela consideração Sr. Inuyasha pai do ano.

–pois fique sabendo que sou um ótimo pai.

–claro... exceto quando desmaiou no parto da Mei não é? –as risadas voltaram.

–Kagome você prometeu que não contaria pra ninguém.

–desculpa... acho que contei pra Sango. –disse sem graça.

–vamos Sr. pai do ano, vamos manter isso em segredo só entre nós.

–Miroku deixe o Inuyasha em paz. –disse Sango o puxando para longe de Inuyasha, antes que as coisas fugissem ao controle.

–me desculpe, eu sei que a ultima pessoa que você queria que soubesse era o Miroku.

–tudo bem, já estou acostumado com o Miroku.

–serio mesmo? –perguntou Kagome surpresa, ele afirmou com a cabeça. –isso foi bem maduro da sua parte.

–obrigada. –os dois obsevaram enquanto Sango repreendia Miroku e não conseguiram conter o riso.

–está tudo tão perfeito que tenho medo de acordar e descobri que tudo não passou de um sonho.

–isso é bom. –disse Inuyasha fazendo ela o encarar sem entender. –porque quer dizer que conseguir realizar seus sonhos, só tenho que fazê-la acreditar que é real e estou disposta a passar o resto da minha vida fazendo isso.

–Inuyasha... eu já disse que amo você?

–já, mas pode dizer de novo. –Kagome não conseguiu deixar de rir.

–amo você, sempre amei e sempre vou amar. –Inuyasha a puxou para beija-la, mas Mei começou a se mexer em seus braços. –amo você também. –disse pegando-a no colo.

–obrigada. –sussurrou Inuyasha em seu ouvido antes de beija-la. Sim, seu sonhe tinha virado realidade e eles estavam dispostos a vivê-lo a cada momento pelo resto de suas vidas, aquele era só o começo.

Fim.