Help - Interativa escrita por Anne H


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Ooi! Minhas aulas já começaram :s to com menos tempo pra escrever, e ainda teve um mega bloqueio criativo.
Ficou meio podrinho, mas fazer o que.
No último capítulo eu disse que os POV's Logan só iam começar no próximo capítulo, mas eu mudei de ideia hehehe. Também to mudando de ideia em relação a abolição dos diversos POV's... O que você acha? Voltam ou não?
Enfim, um pouquinho do Loggie pra vocês:



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DIA 1

Para um grupo de adolescentes perdidos, não estávamos indo mal. Quer dizer, a pior coisa que nos aconteceu até agora – desconsiderando a queda de um avião descontrolado de trocentos metros de altura – foi a mordida que um dos garotos, Terence, levou.

Vou admitir, quando o cara caiu no chão eu jurava que ele tinha morrido. Graças à Helena, que milagrosamente salvou a vida dele, pudemos nos concentrar em mais alguma outra coisa.

Enquanto ela ainda tratava dele, fui lá pra fora, tentar fazer alguma coisa útil para a sobrevivência do grupo, mas naquele momento, não conseguia pensar em absolutamente nada. A única palavra que rodeava minha mente era “Sam”. Sentia tanto sua falta. Será que ainda estava...? Tinha que estar. Precisava afastar aquele pensamento. O que eu faria sem ela?

Olhei em volta e vi outros seis destaques conversando e rindo alto. Charlie acenou para mim, então me juntei à eles.

– O Terence morreu? – perguntou ela, descaradamente

– Charlie! – Connor, que se sentava ao seu lado, deu-lhe uma cotovelada, chamando sua atenção

– O que foi?

– Não – respondi, rindo de leve – Mas ainda não acordou. Sobre o que estavam falando?

– Brian estava nos contando histórias sobre quando as pessoas confundem ele e Brad – disse Ashley, examinando uma de suas unhas

Conheça Brad e Brian Phillips. Eles são gêmeos. E ruivos. Ok, confesso que mentalmente apelidei eles de “Gêmeos Weasley”, mas ninguém precisa ficar sabendo dessa parte. Eles são curiosamente o oposto um do outro: Brad é fechado e introvertido, não fala muito, mas faz tudo para ajudar; já Brian é aquele tipo de pessoa que você quer que seja seu melhor amigo, porque está sempre vendo o lado bom de tudo e sorrindo o tempo todo. Mais cedo hoje, eles tiraram todas as malas do compartimento de bagagem arrombando a porta, agora temos nossos pertences a disposição e uma placa de metal enorme que eu não faço idéia do que fazer.

O papo se desenrolou por um longo tempo, e foi ótimo para aliviar a tensão. Estávamos tão distraídos que mal lembrávamos de onde estávamos, ou de qual era nossa situação.

– Odeio ser estraga-prazeres – Maya interrompeu – Mas acho que precisamos trabalhar antes que o sol se ponha, já que não sabemos quanto tempo vamos ficar aqui.

Não acho que mencionei Maya Ogawa ainda. Ela é de ascendência japonesa, o que dá à ela pele branca como açúcar, cabelos inacreditavelmente pretos e lisos, e olhos puxados. É um pouco quieta, está sempre atenta, parece desconfiada, mas está sorrindo quase sempre. Brian a apelidou de “Panda”, e ela não pareceu ligar.

Ouvimos o conselho dela e nos levantamos.

Em união, decidimos começar com os abrigos. Discutíamos apenas se faríamos um para todos ou um para os meninos e outro para meninas.

– Não seria justo – protestou Charlie – Só somos quatro meninas! E se um mamute feroz nos atacar?

– Mamutes já foram extintos, Charlie – Connor a corrigiu. Ashley soltou uma risadinha. – E se um animal feroz qualquer atacasse, tenho certeza que atacaria o grupo todo

– Não atrapalha, Connor! – ela esticou os braços ao céu dramaticamente, e sorrindo depois.

– Mas uma barraca grande pode ser difícil de se construir. Lembrem-se que estamos em dez pessoas – eu lembrei

– Falando nisso – disse Brian – Onde está o outro cara? O... o... qual o nome mesmo? Artur! Alguém viu ele?

– Não – Maya parecia incomodada – Ele sumiu algumas horas atrás.

– Maravilha – Eu disse – Só faltava essa.

Então, ouvimos o mato farfalhar e uma figura saiu de lá. Era Artur Calai. Ele tava inteiro sujo de lama, tinha folhas enroscadas no cabelo loiro e carregava madeira nos braços.

– Agora podemos ter uma fogueira – ele sorriu

Brad bufou e, finalmente, abriu a boca:

– Você errou – Estava claramente irritado – essa madeira não vai pegar fogo de maneira alguma. Não é seca mas não tem seiva. Vai ter que fazer tudo de novo.

– Mais tarde – Disse Ashley – Vamos tentar fazer o abrigo agora.

– Não seriam melhor dois abrigos para cinco? – Artur sugeriu, agora não mais sorridente

Charlie gritou, e soltou um grunhido estranho, o que deduzi que fosse uma imitação de um mamute.

Rimos e alguns estavam entrando na floresta, quando ouvimos a voz tranquila de Maya:

– Talvez, se nos abrigássemos no avião, não precisaríamos construir as tendas, e assim sobraria mais tempo para a outras coisas.

– Cara – Disse Connor – Isso foi uma boa idéia! Imagina quanta coisa a gente pode planejar se poupar tempo com o abrigo.

– Boa, Panda! – Brian se jogou em cima dela num abraço amigável, que a deixou um pouco assustada de primeira, mas então, aceitou.

Brad entrou na mata e agarrou algumas pedras, então juntou as madeiras que Artur havia jogado no chão e foi até o avião, firmando os galhos como estacas e as pedras como peso:

– Precisamos ter certeza de que não vai escorregar. Vou buscar lenha. Lenha de verdade – ele rosnou enquanto encarava Artur.

Quando o irmão saiu de vista, Brian foi até Artur pedir desculpas, explicando que era o jeito de Brad.

– Temos água e comida – Connor disse – Mas não por muito tempo, logo irá acabar. Precisamos racionar.

– Tenho certeza de que há peixes aqui, ao nosso alcance do mar. Podemos caçar e pescar, mais tarde, como último recurso, usamos as comidas do avião.

– Má idéia – Interferiu Artur – A comida preparada tem data de validade; o que encontramos na natureza, não.

– Vamos separar os mantimentos num lugar elevado – Maya virou-se para Connor e Charlie – Sei que estavam brincando em relação ao mamute, mas não sabemos o que podemos encontrar aqui. Somos presas fáceis, e nossa comida pode atrair animais. Vamos construir algo que se erga e, mesmo assim, vamos manter os alimentos lacrados.

– Minha preocupação maior no momento é a água – disse Ashley – não vai ser fácil filtrar a água salgada, e nosso estoque do avião não é exatamente grande.

– Vou sair em busca de água – Eu disse – Quando Brad voltar, comecem com a fogueira. Não esperem até o anoitecer.

– Eu vou com você – disse Charlie – sabe-se lá o que se encontra nesse lugar.

– Ok – me virei para o resto do grupo – Tomem cuidado

– Vocês também – Disse Connor

– Se nós ou Brad demorarmos muito, e já estiver escurecendo, não venham atrás de nós. Esperem até de manhã.

– De jeito nenhum – Disse Artur – ninguém fica para trás

Cumprimentei eles com a cabeça e entramos na floresta densa.


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Notas finais do capítulo

Se a visualização estiver estranha, me avise pfv
Ficou péssimo, mas não me mate
Ah, eu avisei que se o quanto menos você comenta, maiores as chances do seu personagem desaparecer? Muahaha
Lembrando que essa fic é INTERATIVA, ou seja, você (tendo um personagem ou não), pode interferir um pouquinho no destino da história. Como? Me mande uma MP com a sua idéia! Não fique pensando que eu vou achar ridículo ou coisa do tipo! Eu não sou tão má assim.
É isso, eu acho...
*bye*