Estou a caminho, uma taça na mão, salto alto, altas risadas. Só se ouvem nossos barulhos na rua. Ah! e a música, aquela música pra esquentar. Me sinto minha, me sinto do vento. Luzes focam e se desfocam, meu corpo segue o balanço da minha onda, fica mais dançante. Eu estou a caminho, do êxtase ou da felicidade, talvez, não sei ainda. Hoje a noite é minha. Por quê? Porque eu quero assim. Posso fantasiar o que quiser, eu quero tudo essa noite, mesmo não valendo nada. Tudo que eu quiser que aconteça, vai acontecer, os desejos são meus. Posso voar, já que o auge, os holofotes, o show e a vodka são meus, tudo me pertence, exceto a realidade. O impossível pode acontecer, to bêbada, o real não existe, este é o momento. Tudo é turvo, brilhante, desfocado. E eu?! Sou apenas sorrisos, só risos. Estou aqui, cheguei, estou no topo, de uma forma muito louca, mais do que o normal. Ultrapassei o Everest, está muito alto, as batidas desse som me levam para mais alto. Eu não quero parar. Quero mais. Nada importa além do agora. Só hoje. Só ele existe. Quero mais drinks, quero mais cores, quero um arco-íris deles. O arco-íris está no céu e é pra cima que eles vão me levar, enquanto meu corpo esta nessa pista, ao som das batidas.