Me perguntaram esses dias. O que para você é o amor? O que para você é amar? Eu ri e tentei explicar. É uma coisa que eu não consigo palavrear. Amor, ou qualquer outro sentimento, eu sei reconhecer a partir das minhas reações corporais. Acho de extrema limitação ditar letras e palavras que os limite. Sentimentos são sensações, por isso tão profundos e não há coisa mais difícil de se descrever do que sensações. São tão soltos, tão livres. Livres como deveriam ser em relação à eles. Indomáveis. Quando ouço essa pergunta, me recorre a mente um samba: “Se perguntar o que é o amor pra mim, não sei responder, não sei explicar mas sei que o amor nasceu dentro de mim…”. Não penso diferente, não me atrevo a limita-lo com palavras mas sei que é amor quando o sinto, quando ele ta dentro de mim. Sei que ele ta presente quando meu coração acelera com o mínimo sinal de existência do ser amado por mim. Sei que amor, quando passo por algo que o ser amado gosta e penso e dá-lo. Sei que é amor quando penso se ele esta bem e tem se alimentado direito. Apenas sei que é amor. Sinto. É como dizer aonde dói para o médico e ele lhe dizer quais possíveis doenças podem ser. Sei que é amor pelos sintomas, pelo arrepio na costela, porque quando ele passa tudo fica em slow motion e não há dicionário que conseguirá descrever isso.

– Um Novo Anônimo