Marcas Do Passado escrita por Nyah


Capítulo 8
Terno Beijo


Notas iniciais do capítulo

Yo minna, eu não demorei muito com este capítulo, não... Gostaram disso?! AH, e cadê meus leitores? Por acaso vocês são fantasmas? A única que comenta todos os capítulos e a Lady-chan :3'
Boa Leitura!
~Nyah



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Assim que fitou o rapaz de cabelos pretos e olhos na cor castanha num tom claro, a nossa querida protagonista permitiu que mais lágrimas caíssem por seu alvo rosto. Aproximou-se do irmão mais novo e lhe deu um abraço bem forte, que quase o sufocou.

– Irmã… Irmã - mas ela não o ouvia – Irmã! – falou um pouco mais alto, e, dessa vez, ela foi capaz de ouvi-lo.

– O que foi? – perguntou ainda aos prantos.

– E-Está me... Sufocando. – falou por fim.

– Ah, desculpe-me... – falou se soltando do jovem de cabelos escuros.

– T-Tudo bem... – falou.

– Estou tão feliz que tenha acordado...

– Eu também... – sorriu – E você... Está um pouco diferente de antes... Está mais alta, mais bonita, e... Que legal, deixou o cabelo crescer. – estava a observar a jovem de cabelos pretos de cima a baixo. – O que aconteceu que está com esse porte físico?

– O tempo, meu irmão. O tempo... – respondeu.

– O tempo?! Como assim o tempo? – não estava entendo as palavras ditas pela irmã mais velha.

– É que... Você ficou um tempo em coma, e, por causa disso, o tempo foi passando, e as demais coisas foram mudando.

– Quanto tempo?

– Hã?!

– Por quanto tempo eu fiquei desmaiado aqui no hospital?

– O tempo...?! – ela parecia não querer dizer ao caçula de sua família o tempo exato de ele ter quedado desacordado, então, apenas respondeu à pergunta do mesmo com uma expressão – Há muito, muito tempo mesmo.

“Não pergunte o tempo exato, não pergunte o tempo exato, não pergunte o tempo exato, não pergunte o tempo exato, não pergunte o tempo exato, não pergunte o tempo exato, não pergunte o tempo exato. Por favor, não me pergunte isso...” – gravava estas mesmas palavras inúmeras vezes dentro de sua cabeça. Não queria ter que dizer a ele por quanto tempo ele ficou naquele estado. Seria doloroso demais para si, lembrar-se o tempo que ficou sem poder vê-lo, conversar com ele, e mais algumas outras coisas.

O tempo foi passando, a mãe de Analu estava sentada numa das cadeiras da sala de espera daquele hospital, aguardando que a filha mais velha acabasse de conversar, colocar o papo em dia, com o irmão caçula, para que ambas pudessem seguir para casa. Estava anoitecendo, e a matriarca da família ainda não havia preparado o jantar. Seu marido estaria para chegar àquele horário mais ou menos. Kouichi já havia deixado o hospital, e agora se encontrava em casa, na companhia dos pais.

A porta do quarto em que se encontrava o querido Yuki foi se abrindo, e por ela, a jovem cuja cor do cabelo é preta saiu. Aproximou-se da mãe e, por fim, falou:

– Já podemos ir embora. Acabei de conversar com o Yuki-nii-chan. – falou um pouco desanimada.

– Tem certeza de que já podemos ir embora? – perguntou a mãe, fitando a filha que se encontrava de pé, de fronte para si.

– Tenho sim. Se eu ficar mais tempo, vai passar muito da hora do jantar, e eu tenho muito dever de casa. Além do mais, os médicos disseram que o Yuki-nii-chan precisa descansar, e que ele ainda não está totalmente curado. – respondeu – Ainda bem... – sussurrou para si mesma.

– O que foi? – sua mãe foi capaz de ouvir as palavras sussurradas pela filha.

– Fico feliz que o Yuki tenha acordado. Eu já havia me acostumado a não poder conversar com ele, mas... Acho que essa melhora no quadro hospitalar dele veio em boa hora.

– Que bom, não é?

– É, é sim... – e sorriu.

E saíram as duas daquele centro de tratamentos de doenças e enfermidades (N/A: eu quis dizer hospital). Assim que chegaram e adentraram sua confortável moradia, avistaram o patriarca daquela mesma família.

– Onde vocês estavam? – ele perguntou aparentemente preocupado com a demora das duas.

– No hospital. – a mãe de Analu respondeu.

– No hospital?! – ele ficou, aparentemente, surpreso – O que aconteceu?

– Nada de mais... – a mulher adulta respondeu.

– Mas eu estava preocupado com a demora de vocês... Poderiam me dizer o que as duas foram fazer no hospital para me deixar mais tranquilo ou está difícil?

– Tudo bem... Tudo bem... – a matriarca suspirou.

– Eu fui ao hospital porque a mamãe me ligou, e, bem, ela foi até lá porque soube que o Yuki acordou. – Analu explicou tudo ao pai.

O senhor daquela casa estava sentado no sofá, prestando atenção em tudo que a filha mais velha dizia, enquanto que a matriarca da mesma família havia ido para a cozinha, e estava a preparar o jantar dos três. Jantaram contentes com a notícia de que o jovem Yuki havia saído de um coma de alguns anos, e, logo em seguida, Analu foi para seu quarto, e ligou o computador.

Ficou pesquisando sobre o trabalho que o professor havia lhe passado naquele dia, para depois desligar o computador e pegar nos livros e no caderno, para se pôr a fazer as atividades propostas pelos professores que lhe deram aula naquele dia “anormal” (foi anormal porque o dia normal de Analu não tinha ela ir ao hospital para ver o irmão mais novo recém-acordado). Depois de um tempo fazendo as atividades da escola próprias para serem feitas em casa, Analu tomou um banho bem demorado e relaxante, vestiu seu pijama e caiu na cama, para acordar somente no dia seguinte.


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Na manhã seguinte, acordou disposta e feliz. Levantou-se de sua confortável cama, tomou um banho, vestiu-se para ir à escola, tomou café junto dos pais, escovou os dentes, fez suas demais atividades de higiene matinal e rotineira, pegou sua pasta e saiu daquela casa, rumando à escola.

Na escola, prestou atenção em todas as coisas que seus professores explicavam. No intervalo para o almoço, Analu pretendia conversar com o amigo Kouichi sobre o que poderiam fazer para a parte de apresentação do trabalho em dupla. Tinha tido várias ideias, entre elas, a de fazerem algo dinâmico, e que ninguém antes tivera tentado, ou sequer pensado. Mas desistiu ao ver que havia uma garota bem próxima dele numa parte um pouco mais afastada dos lugares onde os alunos gostavam de estar.

Ficou escondida, recostada na parede daquele corredor, sem saber o porquê de ter feito tal ato. Ficou a ouvir, ou pelo menos tentava, sobre o que o grande amigo e a tal garota falavam, e, ao consegui-lo com êxito, se praguejou mentalmente por isso. Preferia mil vezes não ter ouvido aquilo, mas a sua curiosidade fora tanta, que não resistira a bisbilhotar a vida alheia. Lágrimas brotaram, rapidamente e sem o seu consentimento, em seu alvo e belo rosto de adolescente. Começou a correr indo na direção do terraço. Não sabia por que chorava tanto, mas tudo que queria naquele exato momento era esquecer o que tinha ouvido. Na verdade, ela sabia o real motivo que a levou a chorar pelo que ouviu, mas não queria admitir para si mesma sobre isso.

Enquanto se encontrava sentada, escorada, na parede do terraço, chorando “rios de lágrimas”, uma pessoa, bastante conhecida por si, aproximou-se a passos rápidos e desesperados.

– O-O que aconteceu? - o rapaz arfava, provavelmente por estar cansado. Correr feito doido atrás de Analu por toda a escola deve mesmo cansar.

– K-Kouichi... – Analu soerguera a cabeça até poder fitar o amigo olho no olho.

– O que aconteceu? – novamente aquela pergunta. Analu abaixara a cabeça, com um olhar tristonho. – Eu lhe fiz uma pergunta. Poderia me responder ou é muito incômodo? – insistiu.

Analu secara as lágrimas que ainda insistiam em cair, e, após soerguer novamente o olhar na direção dos orbes do amigo, se levanta do chão frio e diz o que ouviu. Nesse momento, mais lágrimas caíram por sua face. Para apartar aquelas indesejadas lágrimas, Kouichi puxou a amiga para mais perto de si, e a beijou.

O beijo foi calmo e serviu para amparar a garota de cabelos negros. O sinal bateu indicando que haveria mais algumas aulas, mas o jovem casal não estava nem aí para isso, e continuaram com aquele (nem um pouco esperado) beijo de ternura e amor.


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Notas finais do capítulo

Gostou, Lady-chan?
Eu aderi à sua ideia de colocar um beijo entre eles.
Fiquem com Deus.
Ah, mais um aviso: esta fic está chegando ao final.
~Nyah



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