Marcas Do Passado escrita por Nyah


Capítulo 6
Caixinha de Músicas


Notas iniciais do capítulo

Yo minna,
Gomen ne pela demora deste capítulo, mas é que tinha me fugido a inspiração. Mas, não se preocupem, pois aqui está um capítulo fresquinho, que acabou de sair do forno. Ops, que acabou de sair do word.
Boa Leitura!
~Nyah



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/330269/chapter/6


Analu estava corada demais com essa proximidade dos rostos entre si mesma e seu melhor amigo. O que estava acontecendo ali? Eles sempre ficavam juntos e bastante próximos quando eram crianças, mas naquela hora era diferente. Eles estavam a cerca de apenas poucos centímetros longe um do outro. Analu estava muito corada.

Ambos se encontravam nervosos, e isso se comprovava na respiração descompassada do casal de amigos. Quanto mais se aproximava da moça de cabelos pretos, mais a adolescente ficava nervosa. Já estava se sentindo estranha em relação à sua proximidade com o rapaz, imagina agora, que ele estava chegando cada vez mais perto, e vagarosamente, de sua pessoa?

Quando estavam a um fio de distância um do outro, Kouichi se afasta, e, ainda corado, profere:

– D-Desculpe-me... – ele estava (bastante) nervoso com tudo aquilo – Não foi minha intenção...

Dito isto, saiu de perto da vizinha e foi embora na frente. Analu estava nervosa, como nunca antes ficara. Resolveu ficar andando um pouco pela cidade. Tinha quase certeza absoluta de que se fosse agora, iria encontrar-se com ele na porta de casa.

“Por quê? Por que meu coração não para de bater aceleradamente?” – não parava de se preocupar e pensar sobre aquele “quase beijo” com seu amigo de infância e vizinho.

Estava sentada num balanço da pracinha que há perto da escola, chorando rios de lágrimas, quando uma garota de cabelos de cabelos ruivos, mas num tom não muito chamativo... Pode se dizer que são cabelos castanhos, pois no escuro realmente é isso que parece.

– Olá! – falou calmamente, porém, foi ignorada... – Olá! – tornou a chamar.

– O-Olá...! – falou entre soluços.

– Está tudo bem com você? – perguntou se sentando no balanço que havia ao lado.

– E-Está... – estava demasiada nervosa.

– Está mesmo? – insistiu.

– N-Não... – falou sussurrando.

– O que? Eu não ouvi... – virou-se para a nossa protagonista.

– Não! – desta vez falou num tom de voz um pouco mais elevado que o anterior.

– Quer me contar o que está acontecendo? – falou amigavelmente.

– Posso? – ela estava nervosa, e isso era bastante visível.

– Se quiser... – sorriu.

– Eu quero sim... – falou – Bom... Como começar?! – perguntou para si mesma. – É que eu tenho me sentido estranha em relação ao meu amigo de infância...

– Estranha em que sentido?

– Eu me sinto nervosa, e meu coração bate desesperadamente.

– Já parou pra pensar que isso pode ser... Amor? – olhou-a.

– Eu acho que não... – falou – Bom, tenho que ir... Foi bom desabafar com você, mas minha mãe deve estar preocupada que eu ainda não cheguei em casa. Com Licença. – falou enquanto se levantava daquele brinquedo.

– Toda! Não é bom deixar mãe esperando... – falou com outro sorriso.

Analu correu até o metrô, e logo já se encontrava em frente ao portão da frente de seu lar. Adentrou a residência em silêncio, e seus pais perguntaram o porquê de a moça ter chegado numa hora daquelas, mas a rapariga somente os ignorou, com a desculpa de que estava com a cabeça latejando, e subiu até seu quarto.

“Será que... Não, não pode ser... Mas...” – não parava de pensar.

Acabou por fim, ficando cansada. O dia que se passara fora um tanto que estressante. Foi as garotas que não a deixavam chegar perto de Kouichi, foi o “quase beijo” dela com o amigo, foi aquela garota que deu uma de conselheira, foram as lágrimas derramadas por seus olhos... Tudo isso junto, fez com que a nossa querida Analu se sentisse cansada. Ela trocou sua roupa, colocando um pijama e deitou-se em sua cama. Ali ela ficou, adormeceu, e só acordou no dia seguinte.

O dia transcorreu normalmente, e Kouichi pediu permissão para passear um pouco com Analu, que aceitou prontamente. Não estava nem aí se seus pais iriam ou não perguntar sobre seu atraso mais uma vez. A única coisa que a nossa amada protagonista queria era passear ao lado dele, o rapaz que estava, aos poucos, mexendo com seu coração de adolescente.

Enquanto passeavam, pararam para comer um pouco, e nesse meio tempo, ocorreu algo em frente a lanchonete onde estavam: um acidente. E não foi um acidente qualquer, foi um atropelamento. Atrás do carro que causou a confusão no trânsito, vinham algumas viaturas policiais, com suas sirenes ligadas. Todos que estavam naquele estabelecimento se levantaram, curiosos do jeito que são, queriam saber o que estava levando à todo aquele tumulto.

Analu rapidamente, colocou as mãos sobre a cabeça, e, enquanto balançava a mesma para os lados, a nossa protagonista falava atordoada:

– Não, não, não...! Isso não pode estar acontecendo... Por quê? Por que, meu Deus? Por que insiste em me fazer relembrar disto?!

– Hey, Analu... Está tudo bem com você? – chegou mais perto da amiga.

– Não, não, não...! – ela não o ouvia, apenas repetia essa mesma palavra, várias e várias vezes.

– Analu! – falou num tom mais alto.

– O-O que foi? – desta vez ela o ouviu, e ficou um pouco assustada com o tom de voz usado pelo amigo.

– Ainda com isso?

– O que eu posso fazer? Sempre que tem um acidente perto do lugar onde estou, começo a ficar desse jeito. Você acha que eu nunca tentei parar?! Eu já tentei sim, mas não consegui, porque sou fraca... – ela derramava lágrimas.

– Venha cá... Vamos sair daqui. – Kouichi estendeu a mão para a amiga, que a segurou, e juntos, saíram daquele local, que, momentaneamente, a fazia lacrimejar.

Ficaram passeando um pouco mais pela cidade. Passaram no shopping, no fliperama, observaram algumas vitrines, contaram piadas um pro outro, riram, gargalharam, enfim, fizeram coisa à beça. Quando o sol já estava para se pôr, o casal de amigos foi até o ponto mais alto de uma praça que havia no centro de sua cidade natal, e ficaram a observar o belo crepúsculo que se formava.

Eles se divertiram bastante, o que foi bom pra ela, que normalmente está deprimida. Quando chegou em casa, se sentiu na obrigação de contar aos pais o lugar onde estava, ou melhor, os lugares por onde passou, e é claro, que Analu contou com quem estava, que era o amigo mais antigo e vizinho Kouichi.

Após um banho relaxante, jantou com seus pais e em seguida, subiu na direção do próprio quarto. Tratou de fazer as lições que seus professores lhe haviam imposto. Analu já se encontrava vestindo seu pijama, pronta para cair na cama e só acordar no dia seguinte, quando olhou pela janela, e viu uma caixa encostada numa das extremidades da sacada de seu quarto. Abriu a porta e pegou a caixa, levando a mesma para dentro de seu cômodo de repouso. Assim que se sentou na cama, abriu a caixa. Dentro dela, haviam alguns bagulhos, e, no meio desses “entulhos”, havia uma caixinha de músicas.

Analu abriu a caixinha de músicas, e reconheceu que foi a que dera para alguém muito importante. Mas ela também se lembra, que havia deixado tal objeto junto deste alguém. Então, como isso foi parar ali, na casa dela, na sacada dela?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Marcas Do Passado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.