Clato - Até O Fim escrita por Amber


Capítulo 1
Capítulo único: Até o fim!


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira one-shot de Jogos Vorazes. Em breve, teremos mais. Espero que gostem!



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Só restam 5 tributos vivos, incluindo Cato. Não, não vou matá-lo, há um tempo que não acho que possa conseguir este feito. Observo seus cabelos loiros sujos de folhas e terra esparramados pelo chão. Ele está dormindo. Tão lindo... Tão perfeito... Tão... Cato.

Percebo que está quase na hora do ágape e chamo por seu nome, fazendo com que, logo, lindos olhos azuis claros e penetrantes me encarem.

“Bom dia, Cato” falo, ao mesmo tempo em que retiro folhas de seus cabelos. “Está quase na hora do ágape, e...”

Cato percebe onde quero chegar com isso e fala:

“Não, Clove. Você não vai ir”

“Eu preciso, Cato” falo o encarando. “Lá, além de ter nossa chance de vencer, vai ter a chance de matarmos o resto dos tributos. Incluindo a garota quente. Provavelmente, ela irá atrás do remédio do Conquistador e...”

Cato me interrompe:

“Okay, Clove. Me convenceu”

Sorrio.

“Mas... Vai ter que dar um show na garota quente!”

“Claro”

Falta mais ou menos uma hora para o ágape e precisamos comer e nos preparar.

[...]

[...]

“Boa sorte!” deseja-me Cato.

Vejo a garota com cara de raposa sair de dentro da Cornucópia e pegar a mochila do seu distrito. Ela é rápida e ágil. Será difícil pegá-la. Logo, avisto Katniss sair correndo a toda velocidade em direção a mochila do Distrito 12. Corro atrás dela, faca em punho e, pulo em cima dela.

“Onde está seu namorado, 12? Ainda está vivo?” pergunto.

“Deve estar por aí... Caçando Cato. Peeta!” Berra ela.

Olhei para os lados alarmada. Mas, como ninguém aparece, volto-me para a garota quente.

“Mentirosa” rio “Ele está quase morto. Cato sabe muito bem onde enfiou aquela espada. Você deve ter amarrado o Conquistador em alguma árvore enquanto tenta manter o coração dele batendo” falo com desdém. “O que tem nessa mochila? O remédio para o Conquistador? Pena que ele nunca vai experimenta-lo” digo sarcástica.

Abro minha jaqueta, que contém uma quantidade, digamos... Razoável, de facas. Seleciono um exemplar com uma lâmina curva e de aspecto cruel.

“Prometi a Cato dar um show se ele deixasse a garota quente por minha conta. Ninguém irá esquecer” falo.

Ela tenta livrar-se de mim, mas não consegue.

“Esqueça, Distrito 12. Nós iremos te matar. Da mesma forma que fizemos com sua aliada. Como ela se chamava?” finjo pensar um pouco.” Rue? Bem, primeiro Rue, depois você, e deixo a natureza cuidar do Conquistador. O que acha disso ? Agora, por onde vamos começar?” digo, e ela cospe um misto de sangue e saliva em mim. Agora ela me irritou. “Eu acho... Que iremos começar pela boca”

Pego a faca e, quando vou começar a cortar seus lábios, uma força descomunal e bruta me tira de cima da garota. Estou sendo pendurada no ar pelos braços de Tresh. Ela gira meu corpo e me joga na parede da Cornucópia.

“O que você fez com a garotinha? Você a matou? Responda!” berrava o tributo masculino do Distrito 11.

“Não! Não! Não fui eu!” falo, mas ele parece não escutar.

“Você falou o nome dela. Eu ouvi. Você a matou? Você a cortou como iria cortar a Distrito 12?” ele aponta para a garota quente.

“Não, não. Eu...” vejo uma pedra enorme em sua mão. Me desespero. “CATO! CATO!”

“Clove!” ouço sua resposta. Ele está longe demais para me ajudar.

Thresh bate a pedra com força em minha têmpora. Não sangra, mas sinto que há reentrância em minha cabeça e sei que irei morrer. Thresh fala algo com a garota do 12 e sai correndo com a mochila do 11 e a do 2. Ouço a voz de Cato se aproximando.

Pov Cato

Minha voz não passa de um sussurro quando vejo Clove estirada no chão, com uma deformidade em sua têmpora. Aproximo-me dela e ajoelho-me ao seu lado.

“Não se vá...” sussurro, sentindo lágrimas a escorrerem por meu rosto. “Fique”

“Não tenho para onde correr” diz Clove com a voz rouca.

“Fique comigo. Eu te amo...” digo.

“Eu... Também... Te... Amo, Cato” sua voz está tão baixa que quase não consigo ouvi-la.

Abaixo minha cabeça e pressiono meus lábios em seus lábios que, há tanto são quentes, agora gélidos e arroxeados.

“Podemos nos encontrar, ainda” sei o que ela quer dizer com isso... Se eu morrer, também, veremo-nos novamente.

“Claro, meu amor” ela passa as mãos delicadamente por meu rosto. Tento me levantar, mas ela me impede, segurando minha mão.

“Fique comigo” pede Clove.

“Até o fim” pressiono novamente meus lábios nos seus. “Eu te amo, Clove. Para sempre”

“Eu... Também... Te... Am...” e seus olhos ficam vidrados e sem vida. O canhão soa. Ela se foi. Minhas lágrimas escorrem cada vez mais rápido. Eles vão querer que eu me afaste de seu corpo, para que possam retirá-lo. Não quero me afastar, mas é preciso. Beijo sua testa gélida e viro de costas quando um aerodeslizador aparece e retira seu corpo. Me sinto culpado. Se eu não tivesse a deixado sozinha, se eu não estivesse na direção errada para matar Thresh... Tresh. A morte de minha pequena será vingada. Tresh irá pagar por tê-la matado. Corro na direção em que vi ele correr após matar o amor da minha vida.

“Você vai pagar, Tresh.” falo para o nada.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem, vamos. Comentem e deixem uma escritora retardada feliz (: