Apesar De Tudo, Sempre Foi Você escrita por Raquel Rocha


Capítulo 32
Paris?




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Estive pensando esses dias que falta um mês pro ano letivo acabar. Sim, estamos em outubro, quase no fim.

Tenho que pensar em que curso fazer e em que Universidade.

Não quero fazer no Brasil, sempre sonhei em fazer faculdade em outro país.

Neste momento me encontro de frente pro notebook procurando uma boa Universidade na França.

Sim, França. Aquele país lá, que fica na Europa ... Então, esse aí mesmo.

Aí você pergunta: Mas, Mandie, você vai desistir do Gabriel e do Caio? Vai deixar sua família e seus amigos?

E eu te respondo: Sim, eu vou.

Quanto ao Gabriel e o Caio, não vou mais insistir nisso. Minha vida amorosa é uma merda e fim, não hã nada que possa mudar isso. - só Deus, mas acho que ele não quer que mude agora. E quem sou eu pra contrariar Deus? - Já a família e os amigos, vão estar sempre comigo. Não são alguns milhões de quilômetros que vai mudar isso e nos distanciar sentimentalmente - gosto dessa palavra ... sentimentalmente. Já repararam em uma coisa nessa palavra? Por isso gosto tanto dela, é engraçada. Olha só: senti-mental-mente. Sacaram? Mental ... Mente ..

PROBLEMA - se repetia na minha mente como se a minha consciência quisesse me avisar algo. Logo esclareceu - PROBLEMA MENTAL. É ISSO QUE VOCÊ TEM.

Hmm... Okay, isso é verdade e eu não vou discordar. Enfim ..

Achei uma que me interessou. Uma Universidade britânica que fica na França.

Aí você pergunta: Mas britânico não é da Inglaterra? Sim, é. Então por que diabos isso ta na França? Bom, não sei.

Enfim...

– PAAAAAAAAAAAAAAI - gritei e logo ele apareceu com uma cara de preocupado e ofegando.

– Que foi Mandie? Invadiram seu quarto pela janela? - ele disse preocupado e logo eu comecei a rir. - Que foi menina? Ta rindo de que?

– Pai, não sei se você lembra, mas nós moramos numa cobertura duplex que começa no 24° andar e termina no 25°, que é onde fica meu quarto. Então seria meio difícil alguém entrar pela janela.

– Tá, mas pra que me chamou? - perguntou vindo até mim.

– Eu estava pensando em fazer faculdade na França e achei uma que me interessa aqui. Se chama British Institute in Paris, University of London. É uma Universidade britânica que fica em Paris. Eu quero fazer Psicologia lá. Sei que pro senhor, dinheiro não é problema. Eu já tenho tudo em mente. O senhor só vai precisar pagar a mensalidade e o aluguel de um apartamento, este só por uns meses até eu encontrar um emprego de meio período. Posso? - expliquei

– Mas minha filha, Paris fica muito longe... - ele fez manha

– Pai, eu juro juradinho - beijei os dedos cruzados - que eu ligo toda semana pra dar notícias e que em todas as férias e feriados eu venho pro Brasil ver vocês. Eu tenho 18 anos, pai, preciso começar a minha vida, e com o senhor por perto pra me dar tudo o que eu quero isso não vai acontecer. Por favor... - pedi por último.

DEIXA DEIXA DEIXA DEIXA DEIXA DEIXA DEIXA DEIXA DEIXA DEIXA DEIXA DEIXA - repetia mentalmente (olha, de novo, MENTAL MENTE... okay, chega)

– Tudo bem - ele suspirou - Você está crescendo e precisa tomar um rumo na vida. - outro suspiro - É difícil ter que deixar você ir, porque ainda lembro de quando te punha pra dormir, te contava história, de como ficava manhosa quando se ralava ou quando estava doente, de quando você era minha menininha - ja disse que meu pai é muito sentimental?

– Pai, eu sempre vou ser sua menininha, só que eu tenho que crescer, não dá pra parar isso. - os olhos dele estavam lacrimejando - E só pra você saber, eu ainda fico manhosa quando estou doente - ele riu e uma lágrima escorreu - Ei, eu não vou amanha, nem essa semana e nem nesse mês, pai. Calma, ainda tenho bastante tempo aqui. - o abracei - Agora aja como homem e seque essas lágrimas. Vamos pra sala que eu quero contar pra todo mundo. - o puxei.

Descemos e não tinha ninguém na sala, então eu puxei minha voz interior o mais alto possível e gritei:

– FAMÍLIA, DESÇAM AQUI, ASSUNTO SÉRIO. - cinco segundos depois vejo Amy, Mily e Igor descendo as escadas correndo e minha mãe descia logo depois brigando com eles pela correria.

Vou sentir falta disso.

– O que aconteceu, filha? - minha mãe perguntou se sentando no sofá.

– Bem, eu estava pensando no que fazer da vida, já que falta apenas um mês pro ano letivo acabar e decidi que farei faculdade de psicologia em Paris, França. - eles (menos a Mily e meu pai) me olharam com os olhos arregalados e perguntaram em unissono:

– Paris?


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