Apesar De Tudo, Sempre Foi Você escrita por Raquel Rocha


Capítulo 26
É o que?


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeey dudes ! Ó eu aq dnvo ! Aí mais um cap procês , espero que gostem :)



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Cheguei no colégio com a Amy e o Lucas, e, como sempre, eles foram encontrar o namorado e a namorada, assim como eu fui encontrar o meu.

Ele estava lá, encostado num muro próximo aos portões da escola. Vestia uma camisa verde água com gola em V, uma calça jeans escura e um all star preto. Quando viu que eu ia em sua direção, abriu um sorriso encantador, o que me  fez me sentir culpada por tê-lo traído. Me senti suja e a pior pessoa do mundo.

Assim que cheguei perto o bastante ele me puxou pela cintura fazendo com que nossos corpos colassem um no outro e logo colou seus lábios nos meus.

De início foi apenas um selinho. Longo. De saudade. Logo ele pediu passagem com a língua e eu cedi. Só percebi que tinha sentido tanta saudade dele quando estávamos nos beijando mesmo.

Depois disso ele terminou o beijo com selinhos.

- Estava morrendo de saudades. - ele sussurrou enquanto nossas testas ainda estavam coladas.

- É, eu também. - sussurrei de volta.

- O que fez no resto das férias? - me perguntou quando me abraçou pela cintura, enquanto eu recolocava meus braços envolta de seu pescoço.

- Além de brincar de tocha humana? Nada demais. - brinquei e ele riu. - E a sua avó, como está?

- Depois que, literalmente, a família inteira foi ficar com ela, ela ficou bem melhor. Ela vai morar com uma tia minha pra que isso não venha a acontecer mais vezes.

- Entendi. Isso é bom.

- É. Melhor ainda é que se isso não acontecer de novo não vou ter que me preocupar em ter que ficar longe de você mais vezes.

- Tem razão. - eu disse e lhe dei um selinho que logo se transformou em beijo.

Soou o sinal. Pra você ter uma noção de como era alto, a gente estava do lado de fora do colégio e mesmo assim dava pra ouvir nitidamente.

Nos separamos e andamos em direção aos portões, quando vejo um carro parar na calçada do outro lado da rua, igual ao que o Gabriel ganhou quando fez dezoito anos no fiz do mês passado. Logo vi ele saindo do lado do motorista e do outro lado saía - adivinhem quem, se adivinharem eu dou uma bala - Vanessa. Isso mesmo. Vanessa Oliveira. VANESSA OLIVEIRA. Não sei se vocês entenderam, mas era VANESSA OLIVEIRA! 

Ok, parei. Mas era ela! Eu posso não ter nada com o Gabriel, mas mesmo assim. Isso é golpe baixo!

Caio percebeu que eu estava parada olhando aquela cena - que agora continha os dois vindo em nossa direção de mãos dadas - me perguntou se estava tudo bem, disse que sim e quando ia retomar meu caminho, eles passaram ao nosso lado e Vanessa parou:

- Caio! Não sabia que ja estava aqui! Que bom que voltou. Todos aqui estavam com saudades de você. Bom, nós vamos entrar. Vamos, amor? - se virou pro Gabriel.

MASOQ? AMOR? Calma que eu não ouvi direito. Deus, me diz que eu não ouvi direito e apaga esses pensamentos absurdos da possibilidade de eles estarem namorando. Caio deve ter lido minha mente, porque logo lhes perguntou:

- Ah, estão namorando? - disse quando estávamos andando os quatro lado a lado.

- Sim. - respondeu Gabriel e Vanessa abriu um sorriso de orelha a orelha.

- Que surpresa. Achava que você era só mais uma das quais ele sempre pega. - mencionei com certa raiva na voz.

- Não querida. Eu sou diferente. - sorriu. Teu rabo, que tu é diferente. Pensei em dizer, mas não disse. Logo ela continuou. - Ele também me pegou de surpresa. Foi ainda aqui no colégio que ele pediu, um pouco antes do intervalo terminar.

CRETINO! VAGABUNDO! VADIO! GAY! IDIOTA! FINGIDO! "Um pouco antes do intervalo terminar" ele estava comigo e depois a gente brigou e ele saiu de perto. QUE IDIOTA! Ele pediu pra namorar com ela assim que saiu da minha vista! QUE PUTO! ARGH!

Minha mente se enchia com esses pensamentos.

- Vocês devem estar muito felizes, aliás, vocês se merecem, não é? Bom, vou indo pra minha sala. - disse e dei um selinho no Caio. Segui pra sala de aula.

Quando estava prestes a entrar na sala que ja tinha a porta fechada, sinto Gabriel puxar meu braço:

- Como assim "aliás, vocês se merecem"?

- Ah, vai se foder, Gabriel. Me deixa em paz. - puxei meu braço de sua mão.

- Ok. Mas só se você me responder por que caralhos você está agindo assim?

- Porque eu gosto de você, porra! - tapei minha boca assim que disse isso. Me arrependendo logo depois que vi um enorme sorriso se abrir no rosto dele - Me deixa em paz. - disse e entrei na sala de aula

(...)

Caio veio pra casa comigo e com a Amy, já que o Vissotto foi levar a Lua em casa e o Miranda não veio conosco. Almoçamos e depois Lurdinha foi levar a Emily pra escola.

Amy subiu pro quarto dela e nós dois fomos pro meu.

Ficamos conversando boa parte do tempo que Caio passou comigo. Assistimos uma maratona de "The Big Bang Theory" que passava na Warner e depois um filme qualquer que se passava no Telecine Pipoca. Estava concentrada na TV, na verdade meus olhos estavam colados nas imagens que ali passavam, mas meus pensamentos estavam longe. Caio logo percebeu isso:

- Mandie, você ta estranha, aconteceu algo?

- Não, Cá, não aconteceu nada. Pode ficar tranquilo - dei um beijo em sua bochecha.

- É ele, não é? Ainda gosta dele e está com ciúme, não é isso? - perguntou com certa tristeza no olhar.

Por que isso agora, ja que ele, desde o início, sabia que eu ainda não havia o esquecido? O que eu falo agora? Se eu falar que sim, ele vai ficar, tipo, muito mal. E se eu disser que não vou estar mentindo mais uma vez pra ele e vou me sentir pior do que me sinto agora pelo o que eu fiz enquanto ele não estava aqui. Não sei se faço o que pensei em fazer quando estava desabafando com a Lua, no caso, ficar sem nenhum dos dois.

Mas estou pensando na possibilidade do quanto isso vai me fazer mal. Ficar sem nenhum deles vai ser uma tortura pra mim. Não sei o que faço.


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