My Sweet Hell escrita por Pode me chamar de Cecii


Capítulo 5
Four - This is War


Notas iniciais do capítulo

here u are =] espero mesmo que gostem, bbs, esse é o mais dinâmico da fic toda e meu preferido também (a Duplicata Petrova já conhece, masok) espero mesmo que gostem²



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/329998/chapter/5

A noite fria de Austin finalmente caiu e a lua nova se sobrepôs no céu negro, causando um breu que só podia ser quebrado pela luz das estrelas e pelas chamas que crepitavam à sua frente.

Após o dia inteiro de caminhada mais a montagem do acampamento, aquele parecia ser o seu merecido descanso. Era incrivelmente ridículo como ambos havíamos gastado o dia inteiro apenas para andar alguns quilômetros sendo que, com suas minhas asas, Cassie estava certa de que poderia atravessar todo o estado do Texas em umas 20 horas com pausas rápidas e um “passageiro”.

Limitou-se, porém, a permanecer sentada, aproveitando o pouco descanso que tinha, observando o fogo dançar sua dança sensual enquanto lambia a madeira, apenas esperando o humano, que saíra em busca de comida, voltar. Não era irônico? Cassandra sabia ser uma das melhores caçadores de onde viera. Estava certo que ali encima as coisas realmente diferentes. Mas ela era obviamente mais adaptada às condições climáticas (que tendiam do muito quente durante o dia para o muito frio ao cair da noite, clima sempre seco e pobre) do que aquele rapaz.

Após algum tempo que ela esqueceu-se de contar, pode ver sua silhueta se aproximando por detrás da fogueira, e então viu-se endireitando o corpo enquanto ele abria a pequena trouxa de comida, esticando o pescoço para ver o que ele conseguira.

– O que tem aí, garotão? – perguntou, esperançosa. Estava com fome. Ele revirou os olhos ao ser chamado do novo apelido. Ela realmente gostava daquilo. Ele aos poucos se acostumava.

Então ele esticou o pano, expondo todo o alimento que conseguira. Dava desgosto ver aquilo. Eram apenas...

– Frutas. – respondeu, cansado e ela sentiu uma de minhas sobrancelhas se arquear e o estômago roncar em desaprovação.

– O quê? – perguntou-lhe, incrédula, os olhos esbugalhados e o olhar de nojo direcionado ao pacote aberto.

– São frutas. – repetiu em um tom calmo. – Nunca ouviu falar?

Seu semblante se contorceu em uma careta de insatisfação.

– Eu não como frutas! – afirmou. Aquilo lhe devia ser lógico, já que ela sabia que ele aprendera o bastante sobre sua raça a ponto de ter aquela informação. Além disso, naquele semideserto, animais deveriam ser mais facilmente encontrados do que aqueles vegetais asquerosos. Apesar de serem mais difíceis de preparar.

– Sinto muito por você. – disse com simplicidade, obviamente não dando a mínima.

– Mas... O que vou comer?

– Coma... – ele pareceu pensar, então deu um pulo, como se houvesse descoberto a cura do câncer e apontou para o chão ao meu lado antes de voltar a se sentar. – Aquela pedra! - era a primeira demonstração de alguma ironia que ele dava.

Os olhos castanhos da garota se arregalaram.

– É sério! – ele riu. – Estou com fome! E eu não como frutas! – argumentou mais uma vez, apesar de saber que era em vão.

Ele sorriu. Sabia que de qualquer maneira ela não morreria. Afinal, bem, teoricamente, já estava morta.

- Humano? - chamou. - Humano! Me responda, ok? O que eu vou comer? HUMANO!

– Faça o seguinte. – ele se aproximou, chegando o mais perto possível dela que a lareira permitia que fizesse, como se fosse contar-lhe um segredo. Aquela insistência da garota estava realmente irritando. Ela, interessada e certamente esperançosa de que ele a mandasse procurar sua própria comida (o que ela faria com imenso prazer), fez o mesmo, afastando o cabelo da orelha para que ouvisse melhor. – não coma frutas! – declarou, se afastando subitamente, abrindo os braços como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo, fazendo-a dar um pulo de susto e se sentir uma idiota completa. Claro que ele não a liberaria.

– Mas eu preciso comer. E eu não...

– Não... – interrompeu. Iria enlouquecer se ouvisse aquela frase mais uma única vez. – Complete essa frase. Faça assim. – ele se abaixou, juntando um bocado daquilo que chamava de comida e depositando no chão à frente da morena, que apenas acompanhou com olhos semicerrados e boca levemente aberta. – Você vai comer. Só sai daí... Quando comer essas malditas frutas!

Com isso, pegou uma maçã e abocanhou um grande pedaço, apenas como provocação, e se dirigiu para o interior de sua barraca.

– Posso caçar minha própria comida! – ela exclamou tristemente, mas ele apenas ignorou.

Logo levantou-se, disposta a segui-lo, mas suas pernas na permitiam. Podia bem levantar-se mas os músculos enrijeciam e não permitiam que se movimentasse antes de cumprir a ordem do maldito humano obrigando-a a voltar para o lugar onde estava. Aquelas malditas obrigações! Lançou um olhar de raiva ao humano, que ainda a observava com um sorriso vitorioso entre as mordidas no... Vegetal!

Após algum tempo, seus sorrisos tornaram-se gargalhadas histéricas. Cassie tentou raciocinar. Ele a havia deixado de castigo?


***

Já era tarde da noite, após os uivos começarem, o frio aumentar e o fogo ser apagado pelo vento forte que ela decidiu acabar logo com aquilo, mordendo um pedaço daquilo e se sentindo um pássaro que não sabia nem mesmo o nome.

Derek a esta hora já dormia, satisfeito pelas horas que tivera de diversão às custas da nova companheira de viagem. O frio arrebatava o lugar e os ventos varriam a areia para outros cantos longe dali.

Tendo terminado suas tarefas, Cassie levantou um pedaço do pano que cobria a barraca para entrar a sentou-se ao lado do humano, sentindo a respiração leve bater contra sua perna. Demoraram-se alguns poucos segundos antes que ele acordasse, percebendo sua presença.

– É... É que... Lá fora estava... – tentou se explicar, mas as palavras não queriam sair e ela gaguejava. – Frio.

Ele lançou-lhe um sorriso compreensivo. Seus olhos mostravam que compreendia o que ela sentia. Medo. Ela detestava admitir, mas o escuro nunca lhe fora agradável, menos ainda em locais tão desconhecidos.

– Pode ficar. – respondeu com a voz levemente sonolenta, os olhos, ela percebera pela primeira vez, adornados por pesadas e espessas olheiras.

Com as bochechas coradas que o escuro escondia e as mãos tremendo pelo mesmo frio que a trouxera para dentro, ela deitou-se, aconchegada pelo calor do corpo bem torneado de seu mestre. Lentamente fechou os olhos, sentindo os cílios cobertos de maquiagem se enlaçarem. Sentiu ele se levantar devagar e então a coberta lhe cobriu o corpo, expulsando qualquer vento. O braço atlético envolveu o corpo da moça e ela relaxou como não o fazia em muito tempo. Não demorou muito para cair em um sono sem sonhos, como raramente tivera após sua primeira morte. Mas naquela hora tudo estava bem, ela se sentia... Protegida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

=] espero que comentem kkk esse é inspirado em TODO MUNDO ODEIA O CHRIS, um episódio que meu irmão rolou de rir e acabou me inspirando kkkk



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My Sweet Hell" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.