My Sweet Hell escrita por Pode me chamar de Cecii


Capítulo 3
Two - Catching Fire


Notas iniciais do capítulo

~le climão~
então, esse postei rapido *-* vou ver se sábado já posto mais um, talvez sexta... Espero que gostem ;)



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“My mister,

Think that I won’t can report you anymore.

Everything was going well, but he got me with the arm and saved me. Now, as you know, my life is his. I can’t do anything before I pay the favor.

I can’t send you more letters until be in their hide, but I’ll send you everything about there (when I’ve discovered).

I’m so sorry about it. But we still have chances.

Do not answer me.

Cassandra Eccher.

‘Let’s have no faith’”

Ela permanecia sentada, encostada na parede, inundando esta com seu sangue dourado. Suas costas ainda doíam, mesmo depois de horas. Ela ainda estava de olhos fechados, mal aguentando o peso do próprio corpo.

Derek pegou a maleta de primeiros socorros que trouxera. Retirou o algodão e a gaze, além de inúmeros frascos de antibióticos e dedicou-se à tarefa de cuidar dos machucados que obtivera, principalmente o corte em sua nuca. Contorceu o rosto em uma careta quando o algodão embebido em álcool atingiu o machucado e o retirou completamente sujo de vermelho para fazer os curativos.

Abriu vários os vários frascos e apanhou o cantil. A cada frasco eram dois ou três comprimidos, complementados por um que prevenia a gastrite. Ele tinha muito cuidado para não sofrer de overdose.

Limpou também os outros machucados pelo corpo, cortes menores e mais finos, mas que, de todo jeito, lhe causavam muita dor. Tomou mais remédios. Para dores musculares, para gripe, para 1001 outros problemas que poderia ter. Ainda aplicou em si mesmo mais uma dose de vacina antitetânica.

Sentindo-se finalmente melhor, virou-se para o ser recostado à parede. A pobre ainda sentia muita dor, mas tentava limpar sozinha o sangue que escorria pelo espartilho.

Algo diferente o fez refletir. Seria um sentimento de pena? Movido pelo tal impulso, tentou se aproximar a passos leves e lentos, sem assustá-la, mas ainda prevenido com a pistola presa ao cinto.

Ao perceber a aproximação, ela se encolheu ainda mais. Mas sentia-se insegura. Sabia que por hora não estava em pleno controle de suas antigas faculdades e que mesmo um rosnado sairia como um fraco e rouco som, como um leão que, ao rugir, emitisse o mio de um filhote de gatuno. Ela sentia-se cansada. Usara todas as suas forças na tentativa falha de fuga.

Ele fez menção de continuar a tentativa a garota tentou mostrar-lhe as unhas, mas elas também exigiam força demais para crescerem e se mantiveram tão curtas quanto às de uma humana normal dos dias de hoje. Ela sentia-se vulnerável. E era exatamente como estava. Um anjo caído à mercê de um humano, sem poder fazer nada para se defender.

Ela fitou seus olhos tentando manter a raiva que antes consumia os próprios, mas ela fora dali expulsa, deixando transparecer o medo e a angústia que a consumiam de dentro para fora.

Ela parecia implodir. Fora tão bem preparada para sua situação e falhara em seu primeiro desafio. Era ridículo. Ela sabia da confiança que fora depositada nela, mas agora não havia mais nada a ser feito.

E era assim, completamente frágil e indefesa, que estava quando ele se aproximou ainda mais, fazendo com que eu ela encolhesse completamente contra a parede, como se esta pudesse salva-la. Não havia quaisquer possibilidades de ataque, ou de ataque eficiente, contra ele.

Derek não sabia o que fazer ali. Se deveria ajuda-la ou deixar que sofresse. Após um segundo refletindo, concluiu que ela seria mais útil curada.

Ele tocou de leve a corda de seu espartilho, que na primeira tentativa cedeu. Devagar, desenlaçou-as, deixando as costas do ser nuas. De modo desesperado, ela segurou a parte da frente, inibindo quaisquer possibilidades de que ele caísse, deixando-a completamente despida.

O humano arregalou os olhos. Tinha medo de não fazer tudo corretamente, de causar mais dor. Ela conhecia o motivo de tamanho espanto.

Por toda a pele macia e clara viam-se vários arranhões que iam até a carne e faziam transbordar o sangue de ouro. Havia hematomas que deixavam a pele roxa e uma parte dela estava muito inchada. Mas aquilo não era o pior. Havia dois cortes de 20 cm cada e mais de dois de largura no lugar onde antes ficavam as asas que expunham carne viva pela profundidade enorme, como se estas tivessem sido violentamente arrancadas por mãos infinitamente fortes.

Ele se levantou com um pulo e correu para a bancada de cimento em busca do material para primeiros socorros que todo expedicionário provavelmente devia carregar.

A decepção ficou iminente em seus olhos quando viu que não havia mais pomada e nem gaze e que provavelmente os ferimentos inflamariam se ele não fizesse algo – e rápido –, principalmente pelas aberturas onde um dia estiveram as asas e ela tornava cada vez mais fraca. Provavelmente não conseguiria ao menos andar se a situação permanecesse a mesma. Aos poucos, ela sentiu seus braços cederem e, como se postava de quatro, perdeu o apoio, caindo e batendo com o rosto no cimento frio.

Ao notar que a situação era crítica, o humano tomou uma inesperada providência. Rapidamente retirou a camisa e a utilizou como bandagem, estacando o sangue.

E talvez por ser mulher, talvez por ele ser realmente atraente, ela foi obrigada a reparar. O homem tinha o abdome definido de quem por muito tempo fizera exercícios. A pele era bem levemente bronzeada de forma homogênea, porém se mantinha clara como um dia de sol. Os músculos dos braços eram também bem fortes, de modo que o deixava ainda mais bonito.

E, após analisar seu corpo bem definido, ela começou a reparar também seu rosto. A beleza o fazia um anjo.

Possuía um rosto incrivelmente belo, com lábios pequenos e olhos azuis como o céu. Seus cabelos eram dourados e combinavam com a pele clara, fazendo-o lembrar a imagem do deus Apolo.

Algo a fez sentir novamente como a adolescente comum que nunca fora, ridícula, ao observá-lo, mas lhe parecia inevitável.

Ele percebeu a expressão que tomara seu rosto. Desejo. Um brilho feroz e cada vez mais assustador lhe tomara os olhos, mas ele não hesitou em se aproximar. Era como um ímã a sensação que o puxava até ela. A bela garota de corpo escultural e indos olhos castanhos lhe atraía também.

Suspirou, negando o ato com a cabeça e agachando-se e limpando os ferimentos em suas costas.

A cada toque, o ferimento doía mais. Era realmente terrível, mas ele se conteve, tentando ao máximo não manifestar quaisquer reações. Tanto por estar surpresa, quanto por ele a estar ajudando.

“Ou talvez pelo fato de ele agora ser seu mestre.”


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Notas finais do capítulo

haha se puderem comentar, ficarei feliz. PS; quem comentar ganha um pedaço de Derek de brinde, hm? kk até o próximo, bbs



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