When a Hero Goes Down escrita por Seth


Capítulo 1
When a Hero Goes Down




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Em uma cidade agitada, grande, cuja a qual parecia não dormir, vários prédios dominavam uma área grande da cidade, alguns simples, outros exuberantes, alguns muito altos. Desses prédios todos, um se destacava. Extremamente alto, muito mais alto que qualquer outro naquela região, parecia tocar o céu, largo na base e fino na ponta, lindo. No ponto mais alto desse prédio havia uma criatura de aparência inofensiva, pequena, magra, um tanto bizarra.
Então a lua atinge o ponto mais alto no céu, e é quando o tamanho de tal criatura inofensiva dobra, triplica, quadriplica, músculos e espinhos surgem, presas, garras e cresce até chegar a cerca de três metros de altura. A criatura se agarra na lateral do prédio, e desce até o chão, rasgando-o como se fosse uma cortina, abrindo enormes fendas em sua estrutura.
Ao tocar o solo, a gritaria e o soar de alarmes de alguns veículos já começavam a perturbar a suposta paz da cidade. Eis então que surge Uriel, o Super Herói da cidade, com o nome de um Arcanjo, "aquele que permanece junto às portas do Éden com uma espada ardente", de aparência simples e robusta. Era ele quem os salvaria, quem os libertaria do tormento. Voando numa velocidade absurda, acerta a criatura com um golpe fortíssimo em seu suposto estômago, porém o mesmo parece não ter sofrido dano algum, e aproveitando o movimento, agarra com brutalidade, e esmaga Uriel, jogando-o longe. Mas não seria isso que derrotaria Uriel!
Reúne forças, e retorna a tentar impedir a criatura de prosseguir com seus atos. O acerta com inúmeros socos e chutes, desvia dos golpes lentos, porém mortais, da criatura, usa tudo que está ao seu alcance. Lança carros, improvisa estacas e as crava na carapaça da criatura, e resolve usar a rede elétrica ao seu favor. Conseguindo atrair o monstro pra uma rede de alta tensão, faz com que a criatura golpeie os fios, conseguindo enfraquecê-la. Porém não é o suficiente para derrotá-la, e recebe um golpe fortíssimo da criatura, que o joga no chão, com violência, fazendo-o arrastar por cerca de 30 metros de distância.
Certamente machucado, sangrando e quase sem chances de vitória, olha pro céu e, iluminados pela lua, vários pontos surgem, crescendo a cada segundo até tocarem o solo como meteoritos, seca e violentamente. Eram mais criaturas como aquela, muito mais. Incontáveis. Pareciam surgir do nada. Caindo em vários pontos da cidade, quem sabe até do país.
Foi o suficiente pra perceber que continuar naquela luta seria inútil, muito provavelmente suicídio. Então, acovardado, saiu mancando ruas a fora, fugindo da cidade. Enquanto andava o mais rápido que podia, observava cenas terríveis, tais como uma criança num canto, sentada, com seu braço mutilado no colo e chorando desesperadamente, uma mãe ajoelhada diante ao filho parcialmente esmagado por uma dessas criaturas, e quando ela se conforma em fugir, outra surge, esmagando o resto do filho e a mãe junto, entre outras terríveis cenas, que doíam no peito de Uriel, cenas que ele jamais esqueceria, cenas do seu fracasso.
Conforme continuava com sua covardia pra fora da cidade, observava as pessoas o encarando, como se os devesse algo e não o pagasse, como se tivesse abandonado a todos quando mais precisavam. Gente correndo com seus corpos em chamas, sofrendo a cada segundo, o som da destruição reinava, pessoas despencando das janelas de alguns prédios, cabeças separadas de seus corpos.
Algumas horas se passaram, e tudo parecia estar mais calmo, onde o atentado havia começado. Resolveu voltar e ajudar as vítimas, estender sua mão à quem necessitava. Porém a cada pessoa que ele tentava ajudar, a mesma recusava com um nojo estampado em sua face. Seu coração parecia não mais bater, sua alma parecia não mais o pertencer, sua mente não pensava, e seu ódio crescia. Lágrimas escorriam pelo rosto sujo e machucado, e uma ira tomava posse de seu corpo. Já largado num canto, só observando as pessoas que passavam e se afastavam dele, resolve finalmente se levantar.
Respira fundo, segue seu rumo, terminando o trabalho que as criaturas haviam começado, com um pesado banho de sangue na cidade.

07/02/13


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