A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 85
Sirius?


Notas iniciais do capítulo

*Lumus!
*Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom!
Oi pessoal, espero que estejam tendo um ótimo feriado e um carnaval maravilhoso.
Queria agradecer especialmente a Grazielly, Alicia Halliwell Cullen Black, Marri Black e a Mrs Horan pelos comentários, adorei lê-los de verdade, um beijão especial e um abraço mais especial ainda para vocês, espero que comentem nesse também.
Acho que esse capítulo todas vão gostar, ficou bem engraçado, tem senas fofas, tudo o que vocês gostam, eu espero.
Comentem e boa leitura!



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P. D. V. Carol

Hoje era dia 30 de julho, já se fazia seis dias que os meninos vieram aqui e cinco dias que a Branca nasceu, ela é a coisa mais fofinha que eu já vi, e branca como um papel e com o cabelo bem claro, acho que foi disso que tiraram o nome dela. Nesse exato momento eu estava almoçando com o Leandro, que faltou no trabalho, pois não estava se sentindo muito bem.

Todas as noites eu sonhava com o Six, ás vezes com nós dois nos beijando, ás vezes só abraços e carinhos, mas em todos os sonhos eu sentia aquela sensação estranha e boa, mas eu ainda não descobri o porquê. Agora eu estava pensando nos sonhos enquanto eu almoçava, estava viajando nos pensamentos, não estava prestando atenção em nada.

– Terra chamando Carol. – Escutei o Leandro falar, e quando olhei para ele, o mesmo estava me olhando com as sobrancelhas levantadas. – Está pensando em que?

– Nada. – Falei dando de ombros e olhei para a comida, sorrindo de lado pelos sonhos, eu não acredito que eu estava sonhando com aquilo.

– Esse sorriso... – Falou Leandro pensativo. – Já sei, você está apaixonada.

– O quê? Eu não estou apaixonada, Leandro. – Falei para ele que sorriu não acreditando no que eu falei.

– Esse sorriso é de quem está apaixonado. Quem é o ser que conquistou o seu coração? – Perguntou sorrindo divertido.

– Não é ninguém, Leandro, eu não estou apaixonada. – Falei brava para ele.

– Está sim. – Cantarolou para mim.

– Você está muito chato. – Falei levantando e colocando o prato na pia, eu tinha comido quase tudo do que o Leandro colocou ali.

– Não tenho culpa se você está gostando de alguém e não quer admitir. – Falou colocando o prato na pia também. – Eu também fiquei assim.

– Eu não sei o que eu estou sentindo, Leandro, é confuso demais. – Falei enquanto iamos em direção a sala.

– Eu sei, eu também fiquei assim. – Falou e nos sentamos no sofá ligando a televisão.

– Você realmente acha que eu estou apaixonada? – Perguntei para ele.

– Eu acho, mas por quem você está sentindo isso? – Perguntou Leandro me olhando.

– Eu prefiro não falar ainda, eu quero ter certeza que é isso mesmo que eu estou sentindo ou se é coisa da minha cabeça. – Respondi para o meu irmão, que deu de ombros.

Por mais que eu confiasse no Leandro, ele era meu irmão, e eu não poderia simplesmente chegar e falar que eu estou gostando do Sirius. Eu disse isso mesmo? “Que eu estou gostando do Sirius”? Por que eu afirmei se eu não tenho certeza absoluta ainda? Não importa, o Leandro era meu irmão e iria dar um sermão e ficar com ciumes, por mais que ele tente não demonstrar isso.

O papo de eu estar gostando de alguém acabou ai, não tocamos mais no assunto, só ficamos conversando sobre outrar coisas e assistindo televisão, coisas normais dos irmão Caldin.

Dois dias depois, 1º de agosto...

P. D. V. Sirius

Já avia se passado uma semana que eu e os meninos passamos a tarde com a Carol, foi um dia tão legal, foi o melhor dia desde que as férias começaram. A mais ou menos 4 dias minha mãe descobriu que eu fui para a casa da Carol, e desde então todas vez que ela me vê ou que fala com alguém sobre mim usa isso: “ Não acredito que foi na casa daquela Caldin sem a minha permição.”, mas finjo que ela não está falando comigo ou sobre mim e ignoro.

Agora era mais ou menos sete horas da noite, minha família estava jantando, e eu estava tentando ignorar a fome que estava sentindo. Consegui segurar por mais ou menos 10 minutos, até eu não aguentar e descer para a cozinha, encontrando minha mãe, meu pai e o Regulo jantando.

Ignorei todos eles e fui para a cozinha pegar alguma coisa para comer, então abri a geladeira e peguei geleia (tinha visto umas toradas do café da manhã).

– O que pensa que está fazendo? – Perguntou minha mãe.

– Comendo. Essa casa ainda é minha. – Respondi sem olhar para ela.

– Você não tem o direito de comer a minha comida na minha frente enquanto eu janto. – Falou minha mãe praticamente gritando, como sempre fazia comigo.

– Walburga. – Falou meu pai tentando faze-la se acalmar.

– Walburga o casete. – Falou minha mãe brava para meu pai, já sabem onde aprendi a falar palavrões, por mais que eu tente ao máximo me segurar para não solta-los.

– Deixa pai, não tem problema não. – Falei olhando para o meu pai e voltando a fazer o meu lanche.

– Não acredito que está me desobedessendo, já não chega você fazer tudo pelas minhas costas, ainda me desobedesse na minha frente? – Falou minha mãe com plena raiva na voz.

– Melhor na frente do que nas costas, não acha mamãe? – Falei falando mamãe com pelo nojo na voz.

– Olha aqui seu ingrato, me respeita. – Falou ficando de pé.

Eu a ignorei, acabei meu lanche, coloquei o mesmo num prato e segui para a porta.

– Não me iginorei, moleque. – Falou ainda com raiva, e eu nem olhei para ela. – O que eu poderia esperar de você? Sendo amigo de um mestiço, um bando de traidores do sangue, e ainda por cima daquela menina estranha. – Já chega, essa foi a gota d’água.

– Não fale dos meus amigos, você não os conhece. – Falei praticamente gritando virando para a minha mãe, nós já estavamos na escada.

– Eu falo de quem eu quiser como eu quiser. – Falou para mim, meu pai estava parado na porta da cozinha. – Você é o pior filho que alguém poderia ter, sempre desobedecendo os pais, e sempre fazendo as coisas que falamos para não fazer.

– Não vou discutir com a senhora. – Falei virando as costas, não valia a pena discutir com ela.

– Está sendo covarde mesmo? Você que sempre se horgulhou e falou que ficou na casa dos corajosos! Deve ser isso que a sua amiguinha Caldin anda te ensinando, a fugir das responsabilidades como ela sempre faz.

– Não se atrava a falar mal da Carol, você nunca vai chegar aos pés ela. Ela, ai contrario de você, tem carater e não julga as pessoas antes de conhece-las. – Gritei virando para ela de novo, ela poderia gritar para o mundo inteiro que não gostava das minhas amizades, mas não poderia nem pensar em falar mal de algum dos meus amigos, ainda mais da Carol que sempre esteve no nosso lado, mesmo nas horas que não deveria estar.

– Não aumente o volume da voz comigo. – Gritou e me deu um tapa na cara, que ardeu muito. – Moleque. – Completou depois do tapa.

– Eu vou embora daqui e nunca mais vou voltar. – Falei virando as costas para ela.

– Já vai tarde. – Falou com raiva na voz.

Virei para ela, segui até a sua frente, me abaixei pegando o meu lanche que tinha caído no chão, olhei bem nos olhos dela, e mordi o pão na sua frente, só para tira-la do serio mais ainda, virei às costas de novo e comecei a subir as escadas. Quando eu estava no primeiro andar o Regulo (ele tinha saído da cozinha quando minha mãe começou a brigar comigo, ele odiava nos ver brigando) tentou me chamar, mas eu ignorei e segui para o meu quarto do segundo andar, onde eu me tranquei e deixei cair algumas lágrimas pelo meu rosto por causa do tapa que ainda estava doendo.

Demorei mais ou menos 10 minutos para comer o lanche, pois minha bochecha estava latejando. Assim que acabei mandei uma carta para o Jay falando que eu não aguentava mais ficar em casa e que eu estava indo embora, e como resposta ele falou para ir para casa dele, pois lá tinha lugar e a senhora Potter não iria me deixar na rua, então eu vou para lá.

Peguei a minha mala e coloquei todas as roupas que eu tinha no guarda roupa, tudo o que eu precisava para me sustentar (a chave do cofre da família), e as minhas coisas de higiene pessoal (escova de dente, xampu, perfume, essas coisas). Quando acabei de arrumar tudo, pensei no que eu faria e como eu iria, então resolvi que iria com a minha moto (que eu consegui faze-la voar), mas antes iria falar com o Regulo, ele é meu irmão e eu não o deixaria aqui sozinho.

Fui até o seu quarto e bati na porta, logo em seguida ele a abriu.

– Você está indo em bora, não está? – Perguntou me dando espaço para eu passar.

– Estou sim. – Respondi olhando para ele.

– Veio se despedir? – Perguntou fechando a porta.

– Não, eu vim falar para você vir comigo. – Falei e ele me olhou abismado.

– Está maluco? Você nem sabe onde você vai ficar. – Falou para mim me olhando ainda abismado.

– Eu vou para a casa do Jay, vem comigo e esquece tudo isso. – Falei para ele.

– Sirius, como eu posso ir com você? Você vai estar na casa do seu amigo de favor. – Falou Regulo para mim.

– O problema é esse? Você está preocupado com o que as pessoas vão pensar disso?

– Não, Sirius, não é isso. – Respondeu para mim.

– Então o que é? Por que não vem comigo?

– Porque Sirius... Porque não, eu não quero irritar a mamãe.

– Você está preocupado com ela? Com o que ela pensa? – Perguntei bravo, não acredito no que ele estava falando.

– É, Sirius, ela é minha mãe, assim como é a sua também.

– Não mais, quando eu sair daquela porta eu vou esquecer que Walburga Black é minha mãe, ela já me trata como se eu fosse um nada mesmo.

– Você sabe que não é bem assim. – Falou-me Regulo.

– Tem certeza? Desde que eu entrei para a Grifinória ela me trata como se eu fosse um lixo, um peso nas suas costas. – Falei. – O meu lugar não é aqui, e o seu também não é.

– Não Sirius, eu vou ficar aqui com o papai e a mamãe, é a minha família, assim como você, mas eu sei que nada que eu falar vai fazer você mudar de ideia. – Falou me olhando cruzando os braços.

– Então a sua escolha é essa? Ficar aqui? – Perguntei para ele.

– Sim. – Respondeu com a cara fechada.

– Está bem, mas depois que eu ir embora não vem de dar oi com sorrisinho. – Falei e segui para a porta. – Você sabe que o seu lugar não é aqui, e quando você perceber isso não vem me falar que eu tenho razão. – Falei na porta e logo sai batendo-a.

Segui para o meu quarto, entrei no mesmo, peguei tudo o que eu precisava e desci indo em direção a porta para pegar a minha moto na entrada. Assim que passei pela sala, vi que minha mãe não estava em nenhum lugar a mostra, mas o meu pai estava bebendo whisky, então resolvi não incomoda-lo e passei reto.

Cheguei à minha moto e prendi a minha mala nela, começando o meu trabalho para fazê-la pegar.

– Sirius. – Escutei meu pai me chamar assim que a moto pegou.

– Que foi pai? – Perguntei quando ele chegou ao meu lado.

– Você vai embora mesmo? – Perguntou para mim.

– Vou. – Respondi simplesmente.

– Para onde você vai?

– Eu prefiro não dizer.

– Está certo, quando você quiser voltar para casa...

– Eu não vou voltar. – Cortei-o.

– Quando você PRECISAR voltar para casa, se você precisar, a porta estará sempre aberta. – Falou meu pai colocando a mão no meu ombro. – E se você precisar de qualquer coisa, me mande uma carta.

– Está bem, pai. – Falei sorrindo de lado para ele.

– Você está com uma copia da chave do cofre?

– Sentou sim.

– Boa sorte, filho. – Falou e me deu um beijo por cima do cabelo.

Logo que ele se afastou indo até a porta acelerei a moto e logo ela começou a voar. Assim que estava a uma boa distancia, olhei para trás, sentiria saudades do meu pai e do Regulo, mas eu prefiro a saudades a viver no inferno com minha mãe. Depois disso olhei para frente e segui para a direção da casa da Carol, eu precisava ver ela antes de ir para a casa do Jay, eu sentia isso.

P. D. V. Carol

Férias... Elas começam a ficar chatas quando se cresce e não tem nada a se fazer, por mais que tenha sido bem emocionante a ultima semana, os meninos vindos aqui, minha priminha Branca nascendo, e eu conversava com eles todos os dias, mas não era a mesma que falar frente a frente, ou de encher o saco do irmão.

Essas férias, como eu já disse antes, não ficavam ninguém em casa, só uma vez por semana quando eles conseguiam folga, e isso contava os finais de semana também, eles trabalhavam. Todos iam para o Ministério fazer sei lá o que, mas com certeza era por causa da ameaça constante de Lorde Voldemort, e todos os ataques que aconteciam diariamente.

Serio, às vezes eu sinto muito falta de ir para Hogwarts para esquecer tudo isso, ou pelo menos não se preocupar tanto. Às vezes eu tenho pesadelos (quase sempre na verdade, e sempre que tenho pesadelo depois sonho com o Six, até em sonhos ele me acalma) com uma guerra chegando, eu odeio isso, quase ninguém quer criar uma família por medo do que pode acontecer no futuro. Minha família (toda a família, não meus pais) mesmo está falando de mudar de país por causa da ameaça de Voldemort.

Toda vez que vem alguém aqui eu fico aborrecida, principalmente quando escuto a pessoa falando isso, que quer ir embora. Será que elas não percebem que se ele conseguir aqui vai conseguir-nos outros lugares? Está muito obvio que aqui é só a primeira parada, o começo de tudo.

Sabe o que eu estava fazendo agora, olhando as estrelas, hoje não estava um dia/noite tão escuro e sombrio como tem estado, hoje dava para ver algumas estrelas, mas por incrível que pareça eu não estava com cabeça e vontade de ficar aqui para achar uma constelação ou coisa parecida.

Ok, eu já cansei de ficar aqui me lamentando e pensando na vida trancada aqui em casa, vou dar uma volta pelo bairro. Se Voldemort ou algum comensal desgraçado aparecer eu uso magia e estou nem ai para o Ministério, pode me punir, mas ele não vai poder fazer nada, pois foi em legitima defesa.

Subi para o meu quarto e coloquei uma roupa mais confortável e mais apropriada para sair na rua, já que eu estava com um dos meus vestidos curto de verão. Coloquei uma bermuda jeans, uma blusa de manga curta (mas como era longa eu fiz um nó no lado para ficar mais justinha), um tênis que era bem confortável, e deixei o meu cabelo solto, ele estava bonito hoje, além de colocar a minha varinha no bolso da bermuda escondida (http://www.polyvore.com/f%C3%A9rias_no_6%C2%BA_ano/set?id=120815907).

Peguei a minha chave de casa e sai pela porta da frente sem apagar as luzes nem nada, eu tinha medo de invadirem a casa, então deixava as luzes da casa acesas. Andei até o portão da frente e sai para a calçada, pensando em várias coisas, mas em nenhuma em particular e de importância.

Andando pela calçada passei por uma árvore, duas árvores, três árvores, e em todas elas eu pensava em alguma coisa diferente. Mas quando eu passei pela quarta árvore vi um grupo de meninos em volta de alguma coisa, e pareciam estar batendo na mesma. Abaixei um pouco para conseguir ver através das pernas, e o que vi foram eles batendo em um cachorro.

Corri até eles e tirei um da rodinha e entrei entre ele e o cachorro caído no chão.

– Deixem o cachorro em paz. – Falei para os meninos que estavam na minha frente, mas valeu para todos, e todos pararam de bater no cachorro.

Abaixei até o cachorro e o olhei para ver se não tinha quebrado nada, depois olhei para os seus olhos, e eram os olhos do Sirius, e agora que eu reparei que o cachorro era preto e grande, igual ao Sirius.

– Sirius? – Perguntei sussurrando bem baixinho só para ele ouvir.

Quando ele ouviu a minha voz me olhou, e fez que sim com a cabeça discretamente para só eu saber. O que o Sirius estava fazendo aqui em forma de cachorro?

– Tirem-na dali. – Escutei um menino falar e no outro segundo eu já estava sendo puxada.

– Não, Almofadinhas. – Falei com mais medo do que poderia acontecer com o Sirius do que comigo.

O Sirius quando me ouviu falar isso tentou levantar, mas os outros meninos voltaram a bater nele. Em segundos eu já estava encostada na grade da casa onde estávamos na frente, e um menino estava na minha frente não me deixando sair. Ele era alto, tinha um cabelo até os ombros lizo e louro escuro, e seus olhos eram de um verde escuro. Será que ele era um Malfoy? Eu tinha uma impressão de já conhecer ele.

– Você conhece aquele cachorro? – Perguntou para mim.

– Sim, ele é de um amigo meu. – Respondi tentando parecer calma, mas não dava vendo-os baterem no Six.

– E o seu amigo é daqui do bairro? – Perguntou, acho que ele está querendo saber de mais já.

– Não, ele é de um bairro próximo. – Respondi e escutei aqueles meninos que estavam batendo no Six rirem, acho que estavam se divertindo com isso.

– E o que ele está fazendo aqui?

– Eu não sei, você não perguntou para ele? – Respondi, já estava irritada com tudo aquilo.

– Não brinca comigo. – Falou e deu um soco na grade, fazendo um barulho bem alto e eu dar um gritinho de medo, ele me assustou. – Eu não bato em mulheres, só se elas me derem motivos, e eu estou ficando com raiva de você. – Falou com uma voz de dar medo, e eu engoli em seco com isso.

Então, antes dele ou de eu falar alguma coisa, praticamente dois segundos depois do que o menino terminou de falar, ele olhou para a sua perna, e eu acompanhei o seu olhar. Quando eu vi o Six estava puxando a calça dele, mas como o Six saiu dos chutes dos outros meninos?

– Sai cachorro, sai. – Falou o menino e reparei que só uma mão dele estava na grade, então aproveitei e sai por baixo do seu braço.

O menino estava batendo a perna para fazer o Six soltar a sua calça, mas o mesmo não soltava, até o menino chutar o Six para longe, que teve que soltar, mas o Six levou um pedaço da sua calça. O Six se colocou na minha frente e rosnou para o grupo de moleques, que só agora reparei que um estava com a blusa rasgada, o outro com a mãe sangrando e os outros três com as calças rasgadas.

O Six, como um bom cachorro que é, parecia um daqueles cachorros raivoso, e já estava com uma cara de assassino, e o pedaço da calça na boca ajudava muito para isso.

– Eu vou sair daqui. – Falou o menino com a mão sangrando.

Logo os outros concordaram e saíram correndo também, só ficando o menino com quem eu “tive uma conversa amigável”, que com certeza era o líder do grupinho. Ele encarava o Six, depois me olhava e voltava a encarar o Six.

– Esse cachorro tem raiva? – Perguntou sem tirar os olhos do Six, que ainda estava rosnando para ele.

– Tem, mas ele só ataca quem o deixou com muita raiva. – Falei e olhei para o Six. – E ele está ficando com muita raiva de você.

O menino engoliu em seco e olhou para o Six novamente, já que ele me encarou quando eu estava falando, e só faltava uma espuma na boca do Six para parecer que ele estava entrando em um surto de raiva, e parecia de verdade. O menino ficou mais uns 5 segundos olhando o Six, que então fez menção de dar um passo para frente, e quando o menino viu esse movimento, ficou com cara de medo, branco como papel e saiu correndo como uma garotinha (ele saiu bem rápido).

Depois que ele virou a esquina eu comecei a rir por causa da cara do carinha correndo do vira-lata raivoso. Depois de dois segundos rindo o Six voltou a ser humano e riu encostando-se à grade. Olhei para o Six, e ele não estava tão ruim; Quem eu estou querendo enganar? Ele estava péssimo. Estava com um corte na testa e a bochecha estava com um roxo pequeno, e um vermelhão em volta, agora as dores no corpo eu não tinha ideia de como estavam.

– Consegue andar? – Perguntei para o Six. – Vou te levar lá em casa, você está péssimo.

– Acho que sim. – Respondeu com uma careta colocando a mão na barriga.

– Vem. – Falei passando o seu braço por cima dos meus ombros.

Começamos a andar devagar pela rua e não ajudava muito ter árvores na calçada, pois a calçada era pequena, e isso atrapalhava muito às vezes. Quando finalmente chegamos à minha casa, abri a portinha e a porta de casa com uma rapidez que me surpreendeu, acho que eu estava preocupada com o Six. Assim que entramos o coloquei no sofá.

Quando o Six se sentou no sofá fez uma careta de dor que me fez sentir dó, e imaginar a dor que ele estava sentindo. Deixei-o sentado lá e subi par pegar um kit de primeiros socorros (sim, nós tínhamos um) e desci com a caixa para a cozinha, onde peguei aquelas bolsa térmicas para colocar na bochecha do Six com gelo.

Segui com as coisas para a sala, onde o Six ainda estava sentado no sofá segurando a barriga. Sentei no seu lado, e passei a bolsa com gelo para ele colocar na bochecha, o que foi que ele fez. Então peguei uma gaze e coloquei álcool nela, olhei da gaze para o machucado do Six na testa e para a gaze de novo, que medo de fazer isso, mas coloquei a gaze no corte na sua testa.

– Ai, Carol. – Falou Six dando um pulo e segurando o meu punho, tirando a minha mãe da sua testa.

– Desculpa, mas vai arder mesmo, não tem outro jeito. – Falei olhando para ele.

– Está bem. – Falou suspirando e soltou meu punho.

Coloquei a gaze na sua testa novamente, só que com mais “calma” e delicadeza, e o Six só fez uma careta que logo saiu do seu rosto por ter se acostumado com a dor. Se eu pudesse, fazia tudo com feitiço, mas como todos da minha família estavam no Ministério, iria ficar muito arriscado. Passei a gaze por todo o corte e depois de ter limpado bem coloquei um band-aid.

– Me deixa ver. – Falei tirando a sua mão da bochecha, onde tinha um roxo e um vermelhão em formato de uma mão. – Quer maquiagem para esse roxo na sua bochecha? – Perguntei fazendo graça.

– Cala a boca. – Falou rindo um pouco por causa das dores e me abraçou pelo ombro. – Valeu por cuidar de mim.

– Que isso, não foi nada. Mas por que esse vermelhão na sua bochecha tem o formato de uma mão? – Perguntei olhando de novo, mexendo a cabeça do Six pelo queixo.

– Não é nada. – Falou soltando o seu queixo da minha mão e desviando o olhar.

– Sirius, pode contar para mim. – Falei virando o seu rosto de novo e colocando a minha mão delicadamente na sua bochecha, ele segurou a minha mão e eu olhei para os seus olhos, e consegui compreender tudo. – Foi sua mãe, não foi? Vocês brigaram de novo.

– É foi sim. – Falou olhando para baixo. – Mas eu não quero falar sobre isso agora. – Pediu me olhando nos olhos.

– Está certo. – Falei e peguei uma pomada.

Passei a pomada na bochecha inteira, isso iria diminuir a dor e fazer passar mais rápido. Olhei para o Six e ele estava segurando a barriga.

– Tira a roupa. – Falei ficando de pé.

– Para que? – Perguntou me olhando.

– Vou passar a pomada onde dói. – Falei e ele tirou a blusa e a calça, ficando só de cueca, deitando no meu sofá.

Passei a pomada onde estava roxo na sua barriga, depois passei no peitoral e na perna. Fiquei olhando o Six enquanto a pomada secava, e ele tinha ficado mais forte dês da ultima fez em que o vi sem camisa, acho que fazer aquela moto ajudou os seus músculos, seus músculos fortes e bem definidos. Para Caroline, você não pode pensar isso.

– Obrigada por me ajudar com o menino. – Falei do nada mexendo no seu cabelo e ele sorriu. – Por que do nada você começou a atacar os meninos?

– Meninos que não são tão meninos, mas eu achei que o loirinho tinha te batido, então fiquei com raiva. – Respondeu me olhando. – Ele não bateu em você, bateu? – Perguntou preocupado.

– Não, não bateu. – Respondi sorrindo para ele.

– Que bom! – Falou suspirando. – Senta, já estou melhor. – Falou levantando para colocar a roupa.

Sentei no sofá e ele deitou com a cabeça no meu colo, e fiquei mexendo no seu cabelo, eu sentia saudades de ficar assim com o Sirius, o ano passado não deu muito tempo para isso, foi muito corrido.

– No que está pensando? – Perguntou Six me olhando.

– Em todas as vezes que você me salvou de alguma coisa. – Respondi, ele se sentou e me olhou. – Você é o melhor amigo que eu poderia encontrar. – Falei e dei um beijo em sua bochecha.

– Só amigos? – Perguntou sorrindo maroto.

– Sirius. – Falei de modo repreensivo, mas sorrindo.

– Estava brincando. – Falou e me abraçou. – Você também é uma boa amiga. – Falou baixinho no meu ouvido, fazendo os cabelos do meu pescoço arrepiar.

– Boa? Eu sou uma amiga maravilhosa. – Falei olhando nos olhos dele.

– Exibida. – Falou me olhando sorrindo.

– Não sou exibida, sou modéstia. – Falei e ele riu.

– A cada dia que passa fico com mais saudades de Hogwarts. – Falou-me Six sem pensar.

– Eu também, parece que lá não temos que nos preocupar com o que acontece a nossa volta, só o que acontece em Hogwarts. – Falei e ele concordou com a cabeça. – Afinal, por que você estava na rua? Por que não veio de pó-de-flú?

– É que eu vim de moto. – Falou sorrindo feliz.

– Que? Você conseguiu faze-la voar? – Perguntei sorrindo preocupada e surpresa.

– Sim, eu consegui. Quer ver? Parei-a num beco sem saída. – Falou-me.

– Claro. Quero ver se você tem bom gosto igual a sua família. – Falei ficando de pé com o Six.

– Isso foi um elogio? Você acabou de elogiar a minha família? – Perguntou abismado enquanto andávamos para a porta.

– Eu posso não gostar de todos eles, mas sua mãe principalmente fez os melhores filhos do mundo; não para ela, claro. – Falei sorrindo, e acabei recebendo um abraço bem apertado.

– Eu te amo pequena. – Falou me dando um beijo na cabeça.

– Pequena? – Perguntei mal-humorada e abismada. – Acho que bateram muito na sua cabeça, Six. – Falei, ele nunca foi muito sentimental, ou pelo menos nunca demonstrou muito.

– Peguei pesado, é que nunca me falaram que eu era um bom filho. – Falou abaixando a cabeça.

– Six, você é um ótimo filho, só sua família não vê isso. – Falei sorrindo para ele. – E sabe por quê? Porque você é você mesmo. – Falei levantando o seu queixo com a mão.

– Valeu. – Falou sorrindo com o sorriso perfeito dele.

– De nada, agora vamos ver sua moto. - Falei abrindo a porta.

Nós saímos de casa e seguimos pela sua, pelo que o Six falou ele tinha parado a moto num beco perto do parquinho. Seguimos pela rua com o Six me explicando como ele tinha conseguido fazer para a moto voar, e ele me falou que tinha um botão que quando você apertava flutuava e quando você apertava de novo parava (era um feitiço simples que não lembro o nome).

Quando chegamos ao beco o Six me mostrou a moto, ela era simples, mas bonita, praticamente uma moto normalmente bonita.

– Eu queria uma mais bonita, mas com o dinheiro que meu pai deu só deu para comprar essa. – Me falou Six.

– É linda, Six. – Falei olhando a moto sorrindo.

– Não quer dar uma volta? – Perguntou sorrindo maroto.

– Não, não quero morrer tão sedo. – Falei dando um paço para trás.

– Está com medo? – Perguntou sorrindo divertido.

– Estou, eu não sei como você dirige. – Falei sorrindo para ele. – Vem, vamos conversar no parquinho. – E sai puxando o Six para o parquinho.

Andamos alguns metros até o parquinho, e quando chegamos lá nos sentamos nas balanças, já que não tinha ninguém por ser noite, e uma noite bem escura.

– Por que você veio aqui? Só para mostrar a moto? – Perguntei o olhando.

– É que eu sai de casa. – Falou olhando para os pés.

– Por causa daquela briga com sua mãe? – Perguntei e ele concordou com a cabeça. – O que ela falou para você ficar tão irritado?

– Ela falou mal dos meninos, e principalmente de você, então eu não aguentei, explodi com ela, ela me bateu e eu resolvi sair. – Falou me olhando e depois abaixou o olhar.

– Você falou com o Regulo e seu pai? – Perguntei.

– Sim, eu tentei fazer o Regulo vir comigo, mas ele preferiu ficar.

– E ai vocês discutiram e não vão se falar durante um bom tempo, pelos dois serem cabeças duras. – Falei já prevendo.

– Sim, e meu pai falou que qualquer coisa para eu falar com ele, e se eu quiser voltar para casa, coisa que não vou fazer, a porta estará sempre aberta. – Falou me olhando.

– Seu pai deve ter ficado triste e feliz por você ter feito o que queria. – Falei sorrindo para ele, e sorriu de lado. – Para onde você vai?

– Para a casa dos Potter, mandei uma carta para o James falando que estava saindo e a senhora Potter praticamente me obrigou a ir para lá. – Eu ri com isso.

– A senhora Potter parece uma mãezona. – Falei sorrindo e o Six concordou. – Mas por que você veio para cá então?

– Eu precisava, não sei por que, só sei que eu precisava te ver antes ir para a casa do Jay. Acho que você me acalma. – Falou e eu sorri envergonhada, quem me acalmava era ele e não ao contrario.

– E você fica me protegendo, do Filch, do Malfoy, dos meninos em geral, da sua mãe... – Falei e me cortei, não conseguia continuar.

– Não é nada. – Falou Six sorrindo de lado, pode-se dizer que envergonhado.

– Quantos anos vocês têm? – Perguntou um senhor de 60 anos parando na nossa frente, ele tinha um sotaque estranho.

– 16. – Respondi para ele.

– Não acham que estão grandes para se balançar? – Perguntou de novo com a cara seria.

– Desculpe, mas não estamos nos balançando, só estamos sentados. – Respondi para ele educadamente, e ele pareceu pensativo. – Por que a pergunta?

– É que já quebraram essa balança, e não é fácil de arruma-la, não quero que as quebrem de novo. – Falou mais calmo.

– Entendo. Pode ficar tranquilo que não vamos quebrar a balança. – Falei sorrindo.

– Obrigada pela compreensão. – Falou e voltou para onde tinha vindo.

– Conversa bem com velhinhos. – Falou sorrindo divertido.

– Cala a boca. – Falei e deu um soco de leve nele.

– Para que tanta violência? – Perguntou fazendo graça e acabamos rindo.

Ficamos conversando ainda por um bom tempo, mas logo começou a ficar muito tarde, e com certeza a senhora Potter estava prestes a subir pelas paredes de preocupação. Então fomos até onde estava a moto do Six, nos despedimos com um abraço demorado, acho que ambos estavam preocupados e com saudades um do outro, mas logo depois o Six subiu na moto e levantou voo.

Fiquei o vendo voar, e parecia que ele pilotava bem, mas eu tinha minhas duvidas. Assim que ele estava a uma bela distancia, quase não conseguindo vê-lo, comecei a voltar para casa. Quando eu estava praticamente na minha casa, alguém me chamou:

– Senhorita Caldin, um minutinho, por favor. – Era a minha vizinha da frente, praticamente.

Ela tinha mais ou menos 20 anos, um pouco mais alta que eu, talvez dois centímetros, seu cabelo era um lizo da cor loura, ondulado e fino, não era uma mulher feia, ela era bem bonita.

– Oi, me chamo Joanne Finnigan, e eu vi o seu namorado em forma de cachorro, vocês tem que tomar mais cuidado. – Falou sorrindo amigavelmente para mim, e eu fiquei assustada. – Não se preocupe, eu sou bruxa também. – E tirou a varinha do bolço, me deixando mais relaxada.

– Que bom, iria me sentir culpada se algum trouxa tivesse visto aquilo.

– Você e seu namorado tem que tomar muito cuidado, são tempos sombrios. – Me falou.

– Nós não somos namorados, só amigos bem próximos. – Falei para ela sorrindo de lado.

– Serio? Parecia, mas isso não vem ao caso, melhor você ir para a casa agora, está ficando tarde. – Aconselhou.

– Eu já estava voltando, obrigada pelo aviso. – Agradeci sorrindo.

– Não tem de que. – Falou e atravessou a rua, enquanto eu ia para casa.

Cheguei em casa e abri a porta encontrei minha mãe, Leandro e papai andando de um lado para o outro na sala, estavam com cara de preocupados.

– O que foi gente? – Perguntei chamando a atenção deles.

– Ah, minha filha. – Falou mamãe vindo me abraçar. – Onde você estava? Nunca mais saia sem avisar, escutou? – Falou brava me olhando nos olhos.

– Está bem, eu só estava andando pela rua, mas o que aconteceu? – Perguntei confusa, e vi o Leandro subir a escada.

– Nada minha filha, nós só ficamos preocupados por não te acharmos aqui. – Falou meu pai colocando uma mão no meu ombro e passando o baço pela cintura da mamãe.

– Tudo bem, prometo não sair sem avisar mais. – Falei para deixar eles mais calmos.

– Agradecemos, agora pode subir, tenho certeza que está cansada. – Falou meu pai sorrindo, eu concordei com a cabeça e segui para a escada.

Subi as escadas, e a ultima coisa que eu vi antes da sala sair da minha visão foram o papai e a mamãe abraçados, o papai estava praticamente passando tranquilidade para a mamãe, estranho. Assim que acabei de subir as escadas vi a porta do Leandro aberta, então resolvi perguntar o real motivo para aquela preocupação, não era a primeira vez que eu saia para dar uma volta, o que eles estavam escondendo?

Cheguei à porta do quarto do Leandro e olhei para dentro, encontrando-o sentado na cama encarando o chão, parecia estar pensando em alguma coisa, vagando pelos seus pensamentos. Resolvi bater na porta, para chamar a sua atenção, que deu certo, pois assim que bati o Leandro me olhou.

– Posso entrar? – Perguntei para ele.

– Claro. – Respondeu sorrindo.

Entrei e sentei no seu lado na cama, e o olhei nos olhos.

– Você quer saber o porquê de toda aquela preocupação, não é? – Perguntou para mim antes mesmo de eu falar alguma coisa, e eu concordei com a cabeça. – Só assim para vir me ver.

– Ai que mentira, eu sempre quero ficar com você, mas você sempre está cansado demais. – Falei dando um empurrãozinho nele, fazendo ir. – Mas é isso sim o que eu quero saber.

– Você tem razão, o Ministério está ocupando muita energia e tempo de todos ultimamente. – Falou suspirando. – Mas, o real motivo para a preocupação é que no Ministério ouvimos falar que tem pessoas sumindo, e hoje ouvimos falar que sumiu mais uma, e quando chegamos e não te achamos ficamos preocupados, mamãe achou que você tinha sido sequestrada.

– Nossa. – Falei pensativa, que tenso. – Não precisam se preocupar, eu sei me cuidar.

– Nós sabemos, mas eles são muito mais velhos e mais forte que você, te venceria e fariam o que quisessem fazer com você. – Falou me olhando. – Me prometa que vai tomar muito mais cuidado do que você já tomava. – Falou me segurando pelo ombro, me fazendo olhar para ele.

– Eu prometo. E você? Promete que vai tomar cuidado? E que vai se casar com a Sophia o mais rápido possível? – Perguntei a ultima parte como se não quisesse nada.

– Eu prometo. – Falou rindo. – E sobre o casamento, já pensei várias vezes em me casar com a Sophia, mas ultimamente não tenho visto muito ela, então não temos conversado.

– Você quer mesmo se casar com a Sophia? – Perguntei sorrindo feliz.

– Claro, eu a amo, Carol. – Respondeu meu irmão sorrindo bobo.

Eu sorri mais ainda e o abracei, ele puxou o papai, a parte romântica da família, e mamãe é um pouquinho menos. Eu sou romântica, mas com a pessoa certa e no momento certo, e não ligo muito, aprendi isso com os meninos. Eles são românticos, mas só com as pessoas certas, exemplo: comigo.

– Você vai trabalhar amanhã? – Perguntei para ele.

– Vou, por quê? – Respondeu.

– Nada, é que eu queria dormir com você, sinto a sua falta. – Respondi.

– Isso não tem problema, pode dormir comigo, mas não reclama se acordar sedo amanhã. – Falou para mim sorrindo.

– Está bem, vou me trocar. – Falei e corri para o meu quarto.

Peguei um pijama curto e confortável, amarrando o meu cabelo em um coque (http://www.polyvore.com/dormir_6%C2%BAano_carol/set?id=120869211). Depois voltei para o quarto do Leandro, e começamos a ver um filme, provavelmente não assistimos muito, pois dormirmos logo em seguida, todos estavam cansados.

P. D. V. Roberta

Eu estava assistindo uma novela, mas estava chata (era mais ou menos dez horas da noite), então eu resolvi desligar e subir para o quarto, estava cansada. Subi a escada e escutei a televisão do quarto do Leandro ligada e resolvi ver o que estava acontecendo naquele quarto, pois eu não estava escutando o Leandro, nem a Carol, só a televisão.

Abri a porta e vi a Carol e o Leandro dormindo juntos, igual quando eles eram menores, lá quando eles tinham cinco (Carol) e nove (Leandro) anos. Sorri com a sena e desliguei a televisão, logo em seguida saindo do quarto encontrando o Henrique na porta do mesmo observando tudo.

– Eles cresceram. – Falou Henrique e eu o abracei.

– Mas eles vão ser sempre os meus bebês. – Falei sorrindo e ele me deu um selinho.

– Vamos dormir. – Falou sorrindo e fomos para o quarto dormir.

P. D. V. Jay

Já se fazia uma hora e trinta minutos que o Sirius me mandou uma carta dizendo que estava saindo de casa, e claro que eu falei para ele vir para cá, e claro que eu informei a minha mãe sobre o acontecimento. Mas fazia muito tempo que ele mandou a carta, estava começando a ficar preocupado, por mais que seja o Sirius e que ele adore fazer sena.

Depois de 10 minutos que minha mãe veio perguntar se ele tinha dado sinal de vida, alguma noticia, a campainha tocou. Levantei do sofá e fui abrir a porta, encontrando o Sirius com sua mala de Hogwarts, e com o seu famoso sorriso maroto e divertido.

– Sirius, até que fim. – Falei suspirando aliviado. – Mãe, o Sirius chegou. – Falei alto para minha mãe escutar da cozinha.

– Chegou? Ai meu Merlin, ainda bem. – Falou minha mãe aparecendo na sala. – Entre Sirius, entre. – Chamou.

Olhei para fora e vi que tinha uma moto na frente de casa, e eu achei estranho.

– Mãe, tem uma moto na frente de casa. – Falei.

– Não sabe de quem é? – Perguntou Sirius sorrindo divertido. – É minha. – E logo depois entrou em casa.

– Sua? Como assim? – Perguntei fechando a porta. – Essa é a sua moto?

– Sim. – Respondeu sorrindo feliz.

– Mas você não pode dirigir ainda, como você veio de moto? – Perguntei para ele sentando no sofá com o mesmo, enquanto a mamãe estava numa das poltronas.

– Ela voa, lembra? E eu não vou usar agora, só vou dirigir quando eu puder. – Falou. – Eu acho, talvez eu de uma volta ou outra de noite com ela, os trouxas não vão me ver. – Falou baixinho para mim sorrindo, me fazendo acompanha-lo.

– Vamos jantar. – Falou minha mãe e levantamos indo para a cozinha.

– Depois me conta tudo o que aconteceu. – Pedi para ele, que concordou com a cabeça.

Eu e Sirius subimos para deixar a mala do mesmo no quarto e logo em seguida descemos para jantar a famosa lasanha da dona Dorea Potter, estava realmente deliciosa. Depois de jatarmos minha mãe ficou na sala esperando o papai chegar, ele ainda estava no Ministério, e eu e o Six subimos para o meu ex quarto, que agora era nosso quarto.

Eu e ele sentamos nos puffs que tinha no agora nosso quarto e começamos a conversar como faríamos esse ano no Quadribol, e quando o papo acabou ficamos em silencio por um tempo.

– Você vai me explicar o que aconteceu para você sair de casa, e por que você chegou todo machucado assim? – Perguntei o olhando.

– Minha mãe como sempre começou com aquele discurso que eu sou um traidor para eles, um ingrato, ai ela falou que você e os meninos eram más companhias. – Falou rindo um pouco por isso “más companhias”. – Então quando eu sai falando que não discutiria com ela, ela me chamou de covarde e falou que a Carol estava me ensinando bem a ser irresponsável, então eu surtei, afinal era da Carol de ela estava falando.

– Realmente não faz muito sentido o que ela falou, sobre tudo. – Falei concordando com ele, mas um comentário, ele surtou só por causa da Carol? Isso está me cheirando uma coisinha que se o Sirius ouvir vai me matar (acho que ele está ficando igual a mim com a Lily pela Carol, mas não fala para ele). – E por que você chegou assim?

– Eu fui até a casa da Carol antes de vir para cá... – Começou, mas eu o cortei.

– Ela te bateu? – Perguntei e comecei a rir, teria sido engraçado ver a sena.

– Não, se você me deixar acabar. – Falou e eu parei de rir. – Eu estava de moto, então parei num beco sem saída e me transformei em cachorro para não chamar muita atenção um menino saindo de um beco. Então quando eu estava a alguns metros da casa da Carol apareceu um grupo de meninos e eles começaram a me bater, por isso tudo isso. – Falou apontando para ele.

– E como você saiu? – Perguntei, essa seria bom.

– Depois de poucos minutos a Carol apareceu e os fez parar, mas eles a tiraram do meio e voltaram a me bater, então eu escutei um barulho de alguma coisa batendo no metal e o grito da Carol, achei que um dos meninos tinha batido nela, mas não foi isso que aconteceu. Fiquei com raiva, ataquei todo mundo, eles saíram correndo, e eu fui com a Carol para a casa da mesma para ela me ajudar com os machucados, e depois que expliquei tudo para ela vim para cá.

– Nossa. – Falei abismado, pelos meninos terem batido no Sirius sem razão e ele ter surtado de novo por causa da Carol, acho que hoje foi o dia do Sirius surtar pela Carol, mas para mim isso se chama outra coisa, preocupação e paixão, acho que o Sirius estava começando a se apaixonar pela Carol, mas ele com certeza não percebeu.

– Que horas são? – Perguntou Sirius enquanto eu pensava na possibilidade de ele estar gostando da Carol mais do que amigos.

– São quase onze horas, vamos deitar? – Respondi e perguntei para ele.

– Claro. – Concordou e fomos nos trocar.

Depois que deitamos na cama ficamos alguns minutos conversando sobre coisas aleatórias, até pegarmos no sono e dormir, isso já deveria ser meia noite mais ou menos.


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Notas finais do capítulo

E ai Gostaram? O que acham que deve acontecer em seguida? Quem deveria aparecer? Comentem o que acharam do capítulo estou louca para ler os comentários de vocês.
E desculpem-me por demorar mais nesse capítulo pra postar, meu computador ficou com vírus e eu tive que colocar anti-vírus, então demorou para postar, e o cap já estava até pronto.
Acho que é só isso, beijos, beijinhos e beijões.
*Malfeito feito!
*Nox.



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