A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 112
Namoros


Notas iniciais do capítulo

*Lumus!

*Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom.

Olá meus queridos leitores, estou de volta, em pouco mais de um mês voltei com mais um capítulo para vocês, ele, como todos os outros, está cheio de emoção, tem para todos os gostos, eu amei escrever cada cena, particularmente, e escrevi pensando em cada leitor com muito carinho, principalmente para as minhas lindas Coruja Laranja e MrsHoran, leitoras lindar e árduas, que sei que vão amor esse capítulo.

Já falei de mais, vou deixar vocês lerem.

Boa leitura a todos.



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P. D. V. Carol

Nem tinha reparado que já era outubro, um mês passou muito rápido, e logo seria aniversário do Hugo, e antes do que eu pensava Dia das Bruxas e mais 2 meses seria natal, e estaria completando um ano de namoro com o Sirius, nunca que eu iria imaginar isso, e tenho certeza de que muito menos o Sirius iria imaginar isso.

O tempo estava passando muito rápido, será que era porque era nosso último ano? Queria aproveitar esse último ano em Hogwarts, mas com tantas lições para fazer, nossa vida de adulto cada vez mais próxima e os N.I.E.M.s que iriam decidir nosso futuro batendo a porta ficava um pouco difícil de pensar em diversão, mas a minha sorte é que eu tenho amigos doidos que fazem qualquer minuto de lazer uma baderna.

Para ser bem específica hoje já era dia 10, sexta-feira, Six e Jay estavam resolvendo umas coisas de quadribol, precisávamos começar nossos treinos para fazer um belo campeonato, queríamos sair de Hogwarts vitoriosos e deixando nossa casa orgulhosa. Eu estava com a Lily e as meninas fazendo lição de HM enquanto conversávamos botando a fofoca em dia.

— Acho que a Juliana está apaixonada. - Falou Lene de repente.

— Com certeza ela está. - Falou Dorcas virando uma página do livro a sua frente.

— Por que acham isso? - Perguntou Alice para as duas.

— Ela tem trocado muitas cartas e sempre fica com um sorrisinho bobo igual vocês. - Falou Lene.

— Ela não quis nos contar com quem anda conversando tanto. - Falou Dorcas e me olhou parando de escrever no pergaminho. - Você sabe de alguma coisa Carol?

— Por que eu saberia? Vocês que dividem o quarto. - Falei rindo.

— Vocês duas tem um passado, e não faz muito tempo que vocês conversaram pelo que me lembre. - Falou Lene.

— Posso ter uma suspeita. - Falei sorrindo marota, será que ela anda conversando com o Keller?

— Fala logo Caroline Caldin. - Falou Dorcas impaciente.

— Não falam que eu falei, mas nessas férias ela me contou que foi visitar a família que a adotou quando era pequena e teve que se separar deles quando a vô a levou para a Bulgária, e pelo que me pareceu ela ficou meio interessada no Keller. - Respondi, meu Merlin, ela vai me matar se descobrir que contei.

— Mas eles não eram irmãos? - Perguntou Dorcas parecendo confusa.

— Sim, mas não de sangue, e acabou que eles nem criaram intimidade como irmãos, tiveram muito pouco tempo de convivência. - Falei.

— E também o amor pode nascer em qualquer lugar. AI QUE ROMANTICO. - Falou Lene alto.

— Shiu. - Nos advertiu Madame Pince.

— Isso é estranho. - Falou Dorcas num sussurro e voltou a escrever.

— Pode até ser, mas a vida é da Cronddly, e nenhuma de nós temos nada a ver com isso, e como a Lene disse, o amor pode nascer em qualquer lugar, o importante é só ser recíproco, se ele também gostar dela desse jeito, não vejo nenhum problema em eles terem um relacionamento, até porque como a Carol disse eles não são irmãos de verdade então não tem nenhum problema em eles se gostarem. - Falou Lily dando de ombro e logo voltamos a prestar atenção na lição.

Em cerca de duas horas todas acabaram de fazer a lição de HM e recolheram as coisas para guardar os livros pegos na biblioteca e voltar para a sala comunal para descansar um pouco. Enquanto guardava alguns dos livros escutei meu nome ser chamado.

— Caldin. - Era uma voz masculina e desconhecida, quando olhei era um menino alto e esbelto, parecia ser um ano mais novo e estava com o uniforme da Lufa-lufa. - Que bom que te encontrei aqui. - Falou sorrindo, ele tinha um sorriso bonito, seus lábios eram finos, rosto quadrado, cabelos e olhos castanhos, e ele estava com a barba rasa, ele era magro, mas quando sorria suas maçãs do rosto saltavam.

— Oi, eu te conheço? - Perguntei, acho que já o vi por aí.

— Nunca fomos apresentados, meu nome é Romulo Guerra, o Guilherme me falou de você, falou que você ano passado o ajudou muito com Astronomia, e eu estou com uma grande dificuldade na mateira atual. - Falou-me ficando corado.

— Guilherme Parker? - Perguntei e ele concordou. - O ajudei sim.

— Ele me aconselhou a te procurar e pedir ajuda, se não for problema. - Falou meio atrapalhado, inserto e tímido.

— Não, problema nenhum, eu adoraria ajudar. - Falei sorrindo.

— Pode agora? - Perguntou Romulo. - É que a lição é para terça-feira.

— Claro, sem problema, só vou avisar minhas amigas, estávamos fazendo lição juntas e elas estão me esperando para irmos à sala comunal. - Respondi.

— Claro, sem problema, vamos lá. - Falou Romulo sorrindo e seguimos para a mesa onde estava fazendo lição com as meninas.

— Meninas, eu não vou voltar com vocês agora, vou ajudar o Romulo com sua lição de Astronomia, ele é amigo do Guilherme. - Falei para as meninas que estavam me esperando na mesa com suas bolsas nos ombros.

— Prazer, Romulo Guerra. - Falou Romulo sorrindo cumprimentando as meninas com um aceno de mão, e pude ver a Dorcas olhá-lo com interesse.

— Tudo bem, a gente se vê mais tarde então. - Falou Lily e logo as meninas saíram.

— Vamos lá então, o que está estudando? - Perguntei para Romulo arrumando a mesa para começarmos a estudar.

— Estamos estudando o planeta Saturno, eu fiquei muito em dúvida sobre seus anéis, como se formaram, e quanto tempo demoraria para chegar até o planeta de foguete, basicamente tudo. - Falou rindo na última parte.

— Não tem problema, tenho certeza de que vamos dar um jeito de você tirar todas as suas dúvidas. - Falei rindo também. - Vamos começar, primeiro passo, pegar todos os livros que acharmos sobre Saturno e planetas, e sobre a distância e tempo.

— Nossa, quanta coisa. - Falou Romulo coçando a cabeça.

— Vai ser mais tranquilo do que imagina, você verá. - Falei sorrindo o tranquilizando e ele correspondeu, logo nos separamos para procurar os livros necessários.

P. D. V. Six

— Meu Merlin, que correria. - Falou Pontas se jogando no sofá e eu me joguei ao seu lado.

— Preciso de uma folga. - Falei suspirando e acabamos rindo.

Eu e o Veado depois das aulas fomos resolver umas coisas do quadribol enquanto nossas namoradas iam estudar juntas com as outras meninas, precisávamos marcar treino de quadribol e ver nosso cronograma para dominar nesse campeonato e vencermos a taça de quadribol, final é nosso último ano e queremos trazer essa taça para casa.

Era estranho e empolgante pensar que era nosso último ano aqui, era tão bom finalmente se ver livre de escola, lições e obrigações e virar um adulto, mas era estranho porque crescemos entre as paredes de Hogwarts, vivemos muitas coisas aqui, nossa amizade e os Marotos nasceu aqui, vivemos tão juntos que seria estranho estarmos separados.

— Folga agora só no recesso de final de ano, daqui a duas semanas já tem treino, não se esqueça. Em falar nisso preciso comunicar todos. – Falou Pontas suspirando.

— Podemos resolver isso mais tarde, podíamos aproveitar que estamos sozinhos e sem nossas namoradas para fazer alguma coisa, não é? – Perguntei sorrindo maroto e ele logo me acompanhou.

— Finalmente vou poder deitar na minha cama. – Falou Lene entrando pelo quadro da mulher gorda com as meninas, mas a Carol não estava junto.

— Realmente, essa lição estava complicada. – Falou Alice.

— Ei minha ruiva, já voltou? – Falou Pontas chamando a atenção das meninas para nós dois.

— Já? Demoramos uma eternidade. – Falou Lene fazendo todos rirem.

— Não faz muito tempo que voltamos também. – Falou Pontas.

— Conseguiu resolver o que precisava? – Perguntou Lily se aproximando do Pontas e lhe dando um selinho, cadê a Carol para me dar um também?

— Conseguimos sim, já marquei nosso primeiro treino. – Falou Pontas sorrindo apaixonado, eca, ainda não me acostumei com isso.

— Não sei como vocês aguentam tudo isso. – Falou Dorcas meio desanimada, cansada e parecia fora de orbita.

— Nem a gente sabe. – Falei e todos riram.

— Eu vou subir que estou com minha cabeça explodindo de cansaço. – Falou Lene.

— Somos duas. – Falou Dorcas. – E eu quero conversar uma coisa com você. – Sussurrou, mas eu consegui ler seus lábios, acho que era isso que ela falou.

— Eu também vou subir. O Frank está no quarto? – Perguntou Alice.

— Está sim. – Respondeu Pontas e ela agradeceu.

— Vou tomar um banho, a gente se vê mais tarde. – Falou Lily e deu mais um selinho no Pontas.

— Lily, cadê a Carol? – Perguntei antes dela sair, Alice, Dorcas e Lene trocaram olhares e seguiram para a escada, Lily me olhou.

— Ela está ajudando um menino com uma lição de Astronomia. – Respondeu.

— Um menino? Quem? – Perguntei não gostando dessa história.

— Ele é amigo do Parker, Romulo Guerra, eu acho. – Falou dando de ombro e seguiu para as escadas.

— Romulo Guerra? – Perguntei para mim mesmo. – Não me lembro desse nome nas aulas.

— Não deve ser do nosso ano. – Falou Pontas dando de ombros tirando seu pomo de ouro do bolso e começando a brincar com ele.

— Agora até os mais novos estão atrás da Carol, que animador. – Falei irritado.

— Cara, que ideia é essa? Ele só pediu ajuda da Carol com uma lição de Astronomia como o Parker já fez, a Carol é a melhor aluna em Astronomia e ótima aluna em tudo, você sabe disso, é normal irem atrás dela pedindo socorro. – Falou Pontas me olhando e voltando sua atenção para o pomo.

— É, sei. – Respondi, mas não acreditava nisso.

Claro, a Carol é um gênio, muito inteligente e muito nerd, mas também é incrivelmente bonita e gente boa, é muito fácil gostar dela, até mesmo se apaixonar, eu já vi muitos aproveitadores por aí, e eu vejo como olham para ela, os caras quase babam quando ela passa, eu os entendo, a Carol é linda em vários sentidos, mas eu não gosto nem um pouco disso.

Fiquei a próxima hora me remoendo, me remexendo, olhando o relógio a cada 20 segundos, foi uma tortura, e só pirou depois que a Lily chegou porque eu fiquei segurando vela para ela e o Veado do Pontas. Não fiquei mais 10 minutos no lado daqueles dois esperando a Carol dar o ar da graça e resolvi ir até a biblioteca encontrar essa menina.

Desci as escadas que se movem até o quarto andar e quando estava no último lance de escada escutei uma voz masculina.

— Nem sei como te agradecer Carol, você realmente me salvou. – Desci mais um pouco e vi um menino magrelo conversando com a Carol. – Eu te devo uma. – Eles pararam na frente da escada.

— Imagina, não se preocupa, foi um prazer ajudar. – Falou Carol sorrindo, que sorriso belo, e não era para mim, que raiva.

— Até mais ver. – Falou dando um beijo na mão da Carol.

O que ele está fazendo? O que pretende? Até? Ele quer ver a Carol de novo? Está tentando seduzi-la com esse beijo na mão?

— Até mais. – Falou Carol rindo e o menino logo seguiu seu caminho descendo as escadas e a Carol se virou para subir, então me viu. – Sirius, o que faz aqui? – Perguntou surpresa, por que ela está tão surpresa?

P. D. V. Carol

— Quer dizer que anos luz é distância e não tempo? – Perguntou Romulo abismado com essa informação.

— Exatamente. – Falei. – Como a distância entre corpos celestes é muito grande para se calcular em quilômetros, na astronomia usamos anos luz, que é definida como a distância que a luz percorre no tempo de um ano. O valor da velocidade da luz é 300.000 quilômetros por segundo, logo usando um pouco de física e fórmula chegamos a um número enorme, 10 trilhões de quilômetros que é 1 ano luz. Sendo assim quando falamos de uma distância de 5 anos luz, estamos falando de 50 trilhões de quilômetros. É uma coisa inimaginável, não é?

— Muito, eu não consigo imaginar o que é trilhões de quilômetros, é muitos quilômetros, acho que não daria sem se pegássemos uma fita, cortá-la com 1 quilômetro e colocar uma ao lado da outra. – Falou Romulo ainda abismado.

— Acho que só teríamos uma noção se viajássemos no espaço. – Falei e acabamos rindo.

— Carol, você é uma ótima professora, eu finalmente consegui entender o que estava com dúvida. – Falou Romulo sorrindo agradecido.

— Que bom que ajudei. – Falei sorrindo feliz. – Acho que com isso acabou suas dúvidas, não é?

— Sim, era só tudo isso, pelo que me lembre. – Falou rindo e eu lhe acompanhei.

— Qualquer coisa pode me procurar que te ajudo de novo. – Falei.

— Olha que eu procuro. – Falou e acabamos rindo de novo. – Vamos guardar as coisas? Já peguei muito do seu tempo.

— Não se preocupe com isso, eu não tinha nada para fazer. – Respondi e começamos a recolher os livros para guardar.

— Ah... Carol... Desculpa perguntar mais... Quem era a sua amiga de cabelos caramelos e olhos escuros? – Perguntou ficando corado, ele está falando da Dorcas?

— Dorcas Meadowes. Se é de quem imagino que esteja falando. – Falei sorrindo marota, ela é a única com cabelos caramelos, a Lily é ruiva e a Alice e a Lene tem o cabelo castanho escuro igual eu.

— Ela tem namorado? – Perguntou. – Quer dizer... Não devia perguntar isso. – Falou enrolado e ficando vermelho por inteiro, e isso me fez rir.

— Ela é solteira, e se estiver interessado pode investir, ela é muito gente boa. – Falei e ele sorriu mexendo no cabelo, quase deixando os livros que estava segurando caírem.

Em menos de 10 minutos guardamos todos os livros que tínhamos pegado e saímos da biblioteca conversando sobre o professor de Astronomia.

— Nem sei como te agradecer Carol, você realmente me salvou. – Falou Romulo quando chegamos nas escadas. – Eu te devo uma.

— Imagina, não se preocupa, foi um prazer ajudar. – Falei sorrindo, realmente não foi nada demais.

— Até mais ver. – Falou me dando um beijo na parte de cima da minha mão.

— Até mais. – Falei rindo, ele é muito fofo, logo ele seguiu seu caminho descendo as escadas, já eu virei para subir para a sala comunal, encontrando o Six parado no meio da escada me encarando com a cara fechada. – Sirius, o que faz aqui? – Perguntei surpresa, não o esperava ver aqui. – Já resolveu as coisas com o Jay sobre o quadribol?

— Já sim. – Respondeu sério. – Quem era aquele menino? – Perguntou quando me aproximei subindo a escada.

— Romulo Guerra, ele é amigo do Guilherme e me pediu ajuda com Astronomia. – Respondi ficando no mesmo degrau que ele. – Vamos para a Sala Comunal? – Perguntei e ele concordou com a cabeça.

— Ele é do nosso ano? Não lembro dele nas aulas. – Perguntou com a testa franzida e as mãos no bolso sem me olhar subindo as escadas.

— Ele é um ano mais novo, da Lufa-Lufa, por isso não o conhecíamos. – Respondi.

— Hum. – Resmungou.

Continuamos subindo a escada sem trocar uma palavra, o Six parecia distante, pensativo e irritado, eu não sabia o que fazer, ele não parecia querer conversar, e eu não queria forçá-lo a nada, mas aquele silencio estava me matando, principalmente sua careta de mal humor.

— Six. – Chamei-o incerta do que estava fazendo e ele resmungou falando que estava me ouvindo. – Está tudo bem? Teve algum imprevisto com o quadribol?

— Não, foi tudo bem, tudo resolvido com o quadribol. – Respondeu.

— Então por que essa cara? – Perguntei sem conseguir me segurar e ele suspirou olhando para o lado. – Fala comigo Sirius, por favor, o que foi?

— Esse Romulo Guerra só queria sua ajuda com Astronomia mesmo? – Perguntou e eu fiquei sem entender.

— Foi sobre isso que conversamos. – Respondi e ele riu seco. – O que está insinuando Sirius? – Falei parando de andar e ele me olhou.

— Que ele não queria só a sua ajuda com Astronomia. – Falou com a cara amarrada e eu o olhei sem entender. – Meu Merlin, Carol, ele está dando em cima de você.

— Isso não tem nada a ver. – Falei rindo e vi seu olho brilhar com raiva, então parei de rir. – Sirius, ele só pediu minha ajuda com a matéria de Astronomia, não tinha nenhuma segunda intenção.

— Isso que o que você acha. – Falou-me.

— Eu não acho Six, eu sei, todos sabem que estamos namorando, não vão dar em cima de mim se estamos juntos. – Falei sorrindo, mas ele ainda estava bravo. – Ele me perguntou sobre a Dorcas, parece que ficou interessado nela.

— A Dorcas? A Dorcas Meadowes? A nossa Dorcas? – Perguntou abismado e eu concordei rindo. – Eles se conhecem?

— Não se conheciam, mas como eu estava com as meninas quando ele apareceu, eles acabaram se conhecendo de vista, aí depois ele me perguntou sobre ela, e a Dorcas pareceu interessada nele também na biblioteca. – Falei sorrindo animada.

— Que doideira. Ele não é mais novo? Por que a Dorcas? – Perguntou ainda abismado.

— Ora, porque a Dorcas é linda e ele se interessou, idade é o que menos importa e você sabe muito bem disso. – Falei e passei meus braços pelo seu ombro, eu sabia que ele já tinha pegado umas meninas mais velhas.

— Tem que falar do meu passado? – Perguntou desanimado.

— Ah, para Six, não falei nada de mais, nós dois sabemos que idade não importa quando gostamos de alguém. – Falei e ele concordou com a cabeça ainda desanimado. – Vai ficar bravo comigo agora? – Falei triste, não queria ver o Sirius triste.

— Não vou não. – Falou sorrindo e me deu um selinho e eu o olhei duvidando. – Não me enche Caldin. – Falou sorrindo de lado.

— Se eu não te encher quem irá? – Falei brincando e acabamos rindo, eu logo dei um beijo na bochecha do Six e depois um selinho. – Vamos para a Sala Comunal?

— Vamos. – Falou e tirou minha bolsa do meu ombro colocando no seu e passando seu braço pelo meu ombro, me abraçando pelo pescoço e logo voltamos a andar.

Horas depois...

 Eu e o Six estávamos na Sala Comunal sentado no sofá em frente a lareira, eu estava com as pernas em cima das deles e conversávamos sobre coisas banais enquanto tínhamos uma mão entrelaçada e a outra dele estava na minha perna. Remo e Pedro estavam acabando uma lição e Jay estava no quarto, ele tinha ido tomar banho e não voltou mais.

— O Pontas ainda está no banho? – Perguntou Six depois de um tempo em silencio.

— Talvez esteja fugindo de você. – Falei brincando com ele e ele me olhou bravo me fazendo rir. – Vamos dar uma volta? Estou cansada de ficar aqui.

— Vamos, vou só pegar o mapa para não encontramos o Filch. – Falou Six e saiu me dando um beijo na testa.

Ele subiu até o quarto e em menos de 5 minutos estava de volta.

— Ele ainda está no banho, acredita? – Perguntou abismado me fazendo rir.

— Talvez ele esteja relaxando, ou pensando, esfriando a cabeça. – Falei e fiquei de pé agarrando a sua mão e o puxando para fora. – Eu sei que você ama o James, mas ele precisa de um pouco de paz as vezes.

— Está falando que sou chato? – Perguntou abismado e logo sorriu de lado. – Sou mesmo, adoro encher o Pontas. – Falou sorrindo maroto e com isso caímos na risada.

Andamos até o 5 andar sem muitos problemas, Filch ainda não tinha começado sua ronda segundo o mapa, ele ainda se encontrava em sua sala então não tivemos muita preocupação de ficar andando por aí, Sirius estava me contando sobre um menino que ele ficou reparando na aula de Adivinhação que estava quase babando por estar quase dormindo, eu não tinha reparado, e ele estava achando isso muito engraçado.

— Vamos parar um pouco? Já estou cansado de andar. – Falou depois de um tempo em silencio me olhando cansado.

— Está ficando velho Almofadinhas. – Falei brincando e ele fez uma careta.

— Pareceu o Pontas falando agora. – Falou e eu caí na risada. – Vamos entrar nessa sala, o Filch já começou sua ronda. – Falou e me puxou para uma sala.

Ele logo fechou a porta, a trancou com um feitiço e usou o Abaffiato para ninguém nos escutar, assim podíamos conversar sem ter medo do Filch nos ouvir caso ele aparecesse. Eu logo sentei em cima de uma mesa que estava lá e comecei a balançar meus pés, sem assunto, até o Six encostar-se na mesa ao meu lado de braços cruzados pensativo.

— O que foi? – Perguntei o olhando.

— Nada de mais, estava lembrando do Regulo, não o vi até agora. – Falou olhando longe.

— É verdade, não o vi também. – Falei ficando pensativa, será que estava tudo bem? – Ele deve estar bem, só ocupado com as aulas, afinal, ele faz os NOM’s esse ano.

— Não sei não, estou com um mal pressentimento. – Falou sério.

— Ei, primeiro, essa fala é minha. – Falei e ele riu. – Segundo, ele sabe se cuidar, já é um homem. – Falei e ele me olhou torto com ciúmes. – Além de ser bem cabeça dura igual você. – Falei com uma careta o fazendo rir. – Ele está bem, logo o vemos por aí. – Falei e fiz carinho na sua cabeça. – Pensando agora, eu também não vi a Pat nem o Hugo até agora, e logo é aniversário dele.

— Já se passou um mês que viemos para Hogwarts? – Perguntou Six surpreso, e eu concordei com a cabeça. – Está passando muito rápido.

— Sim, temos que começar a aproveitar, afinal, é nosso último ano. – Falei e ele me olhou sorrindo maroto. – O que está pensando? – Perguntei rindo o olhando desconfiada.

— Em aproveitar. – Falou ainda sorrindo e ficou na minha frente se inclinando na minha direção ficando a centímetros do meu rosto colocando suas mãos ao meu lado na mesa para se apoiar. – A gente podia fazer algo mais interessante, já que estamos sozinhos, numa sala, sem preocupação de alguém aparecer.

— O que exatamente? – Perguntei já sabendo o que ele queria dizer.

— Podíamos jogar aquele joguinho lá. – Falou com seus olhos brilhando de empolgação.

— Nem pensar. – Falei e empurrei seu peito o distanciando de mim.

— Por quê? – Perguntou fazendo carinha triste e segurou minha mão em seu peito.

— Porque não é a hora nem o momento. – Falei e desci da mesa me distanciando dele.

— Que desculpa fajuta. – Falou e eu caí na risada, mas parei quando ele me puxou pela cintura fazendo nossos corpos colarem. – Fala a verdade vai.

— Não acho um lugar legal aqui para brincar disso, e outra que não estamos com roupa suficiente para essa brincadeira. – Falei sorrindo para ele.

— Mas essa é a melhor parte, assim acaba rápido. – Falou sorrindo malicioso.

— Tarado. – Falei e ele riu, eu lhe dei um beijo na bochecha e ele me olhou sorrindo. – Você gostou mesmo dessa brincadeira.

— Você não faz ideia. – Falou e me puxou para um beijo, foi um beijo calmo, só para começar. “Eu faço sim, você não tem ideia o quanto eu gostei também.” Pensei depois que o beijo acabou olhando seu lábios e antes dele me puxar para outro beijo, dessa vez um pouco mais urgente.

Durante o beijo, o Six me abraçou apertado pela cintura colando nossos corpos e eu o abracei pelo pescoço, ficando na ponta dos pés, nossas línguas dançavam e se entrelaçavam uma à outra sem nenhum problema, como se elas se completassem, e eu sentia aquele gosto de hortelã na boca dele que me deixava doida, paramos o beijo alguns minutos depois com falta de ar.

Ficamos alguns segundos com nossas testas coladas recuperando o folego, e logo voltamos a nos beijar, dessa vez o Six me levantou e seu passei minhas pernas em sua cintura para me segurar nele, ele deu alguns passos para a frente e logo senti minhas costas encostarem na parede. Minhas mãos foram automaticamente para seus cabeços e eu senti as mãos dele se direcionando para as minhas nádegas as apertando de leve, me fazendo suspirar entre o beijo.

Mais uma vez nos separamos por falta de ar, ele seguiu para meu pescoço e começou a dar leves beijos e mordidas me apertando ainda mais na parede para me segurar só com as pernas, enquanto uma mão ia para minha cintura a apertando e a outra foi para a minha coxa apertando-a por debaixo da minha saia. Já uma das minhas mãos ficou em seu cabelo fazendo carinho em sua nuca e com a outra agarrei seu ombro passando meu braço por ele para ter firmeza e me equilibrar.

— Sirius. – Suspirei depois de um tempo, aquilo estava tão bom, mas minhas pernas estavam ficando dormentes. – Minhas pernas estão dormentes. – Falei e ele me colocou no chão me olhando nos olhos, eles estavam com aquele brilho maravilhoso, não resisti e o beijei trocando nossas posições, agora era ele encostado na parede.

Senti-o sorrir com meu movimento e eu sorri junto colando nossos corpos o abraçando pelo pescoço com um braço e com o outro fazia carinho na sua nuca, ele colocou suas mãos na minha bunda e a apertou me fazendo soltar um leve gemido e ficar na ponta do pé. Depois de um tempo paramos por falta de ar e eu comecei a dar alguns beijinhos em seu pescoço, fazendo grunhir.

Num movimento rápido ele pegou as minhas mãos, inverteu nossas posições colocando minhas mãos para cima da minha cabeça, segurando-as com uma mão, as prendendo na parede comigo encostada. Ele me deu um último beijo mordendo meu lábio inferior no final, estávamos totalmente ofegantes.

— Você, Caroline Caldin. – Falou me olhando de cima a baixo e parando nos meus olhos, ele tinha um brilho meio selvagem no olhar.

— O que tem eu? – Perguntei olhando-o marota.

— Joga baixo. – Falou e aproximou nossos lábios olhando para eles. – Muito baixo. – Falou e me beijou de um jeito mais urgente, selvagem, mas bom e delicado, sem machucar, e durante o beijo sua mão livre apertou minha cintura me fazendo suspirar.

Tentei soltar minhas mãos para mexer em seu cabelo, mas ele não deixou segurando mais firme minhas mãos e eu logo resmunguei o fazendo se afastar.

— Me solta, quero mexer no seu cabelo. – Falei e ele logo passou meus braços por cima do seu ombro ainda segurando minhas mãos antes de soltá-las, ele me deu um beijo rápido antes de se afastar para me olhar nos olhos novamente.

— Não consigo resistir a você. – Falou e encostou nossos narizes fazendo carinho, quase um beijo de esquimó.

— E por que você quer resistir? – Perguntei com os olhos fechados mexendo em seu cabelo sentindo seu carinho.

— Você sabe o porquê. – Respondeu se distanciando me olhando nos olhos e eu logo entendi que era porque ele não queria me forçar a nada e eu sorri lhe dando um selinho fazendo-o sorrir também.

— Obrigada por isso. – Falei o olhando apaixonada, sentia borboletas na minha barriga e meu corpo quente com seu carinho e preocupação.

— Não precisa agradecer. – Falou e me puxou para um beijo apaixonado. – Vamos voltar? Já está ficando tarde. – E eu concordei e logo seguimos para a porta.

P. D. V. Lily

Já era mais de 8:30 quando o Jay voltou do seu quarto com o cabelo molhado, eu estava na Sala Comunal fazendo lição, até que ele parou ao meu lado.

— Vamos dar uma volta Lily? – Perguntou se sentando na cadeira ao meu lado.

— Eu estou acabando essa lição. – Respondi o olhando.

— É para amanhã? – Perguntou e eu discordei. – Então pode acabar depois. – Falou levantando pegando a minha mão.

— James. – Falei o repreendendo sem levantar e ele me olhou.

— Por favor. – Falou fazendo carinha triste que eu não resisti.

— Está bem. – Falei suspirando, ele soltou um sorriso e assim que eu levantei ele me deu um selinho e saiu me puxando para fora da Sala Comunal passando pelo quadro da Mulher Gorda.

Andamos de mãos dadas até o 5º andar e entramos numa sala, Jay logo sentou em uma cadeira e me puxou para o seu colo, eu o abracei pelo pescoço e assim ficamos conversando, as vezes trocando beijos, era tão bom ter momentos assim com o James, eu nunca pensei que viveria isso com James Potter, mas por ironia do destino aqui estamos nós.

— Lily, posso te fazer uma pergunta? – Perguntou depois de um tempo em silencio.

— Claro. – Respondi mexendo no seu cabelo ainda meio úmido.

— O que você está achando da gente? – Perguntou me olhando nos olhos.

— Por que está me perguntando? – Perguntei estranhando.

— Só para saber. – Respondeu e eu o olhei sem entender. – É que eu queria saber como você está se sentindo em relação a nós, sabe, como casal e tudo.

— Vai logo ao ponto James. – Falei impaciente por não estar entendendo nada o que ele queria dizer.

— Eu estou perdidamente apaixonado por você Lily, cada dia mais, se depender até mais do que paixão, e eu queria saber se estamos na mesma vibe. – Falou e eu fiquei vermelha, não estava esperando por isso.

— Eu também estou apaixonada por você, James Potter, por incrível que pareça. – Falei e ele sorriu de um jeito muito fofo que me fez derreter antes dele me dar um selinho.

— Eu não quero perder isso que temos ruiva. – Falou com nossas testas coladas.

— Eu também não Jay. – Falei e o puxei para um beijo calmo e romântico.

Durante o beijo o clima foi esquentando, o Jay me abraçou pela cintura apertando-me contra ele e uma das mãos apertou minha cintura, já eu o abracei pelo pescoço com uma mão entre seus cabelos. Paramos por falta de ar e ficamos com nossas testas coladas, não era a primeira vez que trocávamos um beijo mais intenso, mas eu sempre ficava sem folego, o Jay me deixava sem folego.

Começamos outro beijo igualmente intenso e eu me surpreendi quando o Jay ficou de pé me segurando pela cintura, ainda me beijando e me colocou sentada em cima da mesa que tinha ali que antes ele estava com as costas encostadas. Não separamos nossos lábios um segundo durante todo esse movimento até ficarmos novamente com falta de ar.

Nos afastamos minimamente só para conseguirmos olhar nos olhos um do outro, ele estava com os olhos brilhando e um sorriso encantador, eu com certeza estava com um sorriso bobo de apaixonada e com as bochechas avermelhadas, eu as sentia quente, eu sempre ficava sem jeito quando o beijo ficava mais intenso, ainda não estava acostumada.

Jay se aproximou me dando 3 selinhos e eu o puxei para um beijo calmo, ele fazia carinho na minha bochecha com uma mão enquanto a outra segurava seu peso apoiada na mesa ao meu lado enquanto eu estava segurando seu pescoço com uma mão e a outra estava apoiada em seu peito, em cima do seu coração, eu o sentia bater rápido, o meu não deveria estar muito diferente.

— Vamos voltar, já deve estar tarde. – Falei depois que o beijo acabou sorrindo para ele.

— Vamos, obrigado por topar esse passeio. – Falou e me deu um selinho.

— Temos que tomar cuidado, o Filch já deve ter começado a sua ronda, e ele não vai gostar de nos ver andando por aí a noite, mesmo eu sendo monitora chefe. – Falei descendo da mesa.

— Não precisamos nos preocupar, temos isso. – Falou e tirou sua capa da invisibilidade do bolso fazendo o feitiço para aumentá-la ao tamanho normal.

— Isso será bem útil. – Falei sorrindo de lado, ele sorriu maroto e me deu um selinho.

— Vamos.

Seguimos até a porta e o Jay a abriu olhando de um lado para o outro antes de me falar que estava tudo limpo e que podíamos sair tranquilamente. Saímos e enquanto ele fechava a porta sem fazer barulho escutei alguém me chamar.

P. D. V. Carol

Saímos depois de verificar que o Filch não estava pelos corredores perto e assim que sai pela porta vi a Lily e o Jay mais a frente, de costas para nós.

— Lily? – Chamei-a e ela virou surpresa para me olhar.

— Carol, que susto. – Falou Lily suspirando me olhando.

— O que estão fazendo aqui? – Perguntou Jay enquanto eu e o Six nos aproximávamos.

— Pelo jeito a mesma coisa que vocês. – Falou Six rindo e Jay e Lily ficaram envergonhados, me fazendo rir.

— Vamos voltar antes que o Filch apareça. – Falei e começamos a andar lado a lado de volta para a Sala Comunal, eu e o Six de mãos dadas e o Jay e a Lily também.

— A sala foi bem usada? – Perguntei querendo mexer com a Lily e ela me olhou mortalmente ficando vermelha, e isso me fez rir.

— Tenho certeza que menos que vocês pelas roupas amassadas. – Falou Jay sorrindo maroto e foi minha vez de ficar vermelha.

— Poderíamos tê-la usado melhor. – Falou Six dando de ombro e eu lhe deu um tapa no braço.

— Sirius. – Falei envergonhada.

— Faço de suas palavras as minhas, Poodle. – Falou Jay sorrindo maroto.

— James. – Falou Lily brava e envergonhada fazendo nossos namorados caírem na risada.

— Eles estão rindo das nossas caras ruiva. – Falei olhando para ela.

— Acho que eles merecem uma lição, uma semana com o Filch talvez. – Falou Lily sorrindo marota para mim.

— Não seja tão cruel ruiva. – Falou Jay abraçando-a pela cintura lhe dando um beijo na bochecha e todos caíram na risada.

— Melhor pararmos e irmos logo para a Sala Comunal. – Falei e todos concordaram, e assim seguimos nosso caminho conversando baixo e andando rápido.

— Nunca esperei dividir um momento desses com Lilian Evans. – Falou Six depois que nós nos jogamos sentados no sofá.

— Nem eu Sirius. – Falou Lily. – Principalmente por ser com o Jay.

— Você sempre me amou ruiva. – Falou Jay passando um braço pelo ombro dela e dando um beijo em sua bochecha.

— Convencido. – Falou Lily e todos caíram na risada.

— Estão rindo do que? – Perguntou Lene aparecendo com Dorcas e Remo.

— Nada demais. – Respondi trocando olhares com a Lily.

— Sei. – Falou Dorcas nos olhando desconfiada. – Vamos subir. – Falou para Lene.

— Vamos também. – Falou Lily e levantou dando um selinho no Jay.

Segui seu exemplo e deu um selinho no Six falando boa noite e logo dando boa noite para o Jay e Remo e subi com as meninas até nosso quarto.

No outro dia...

P. D. V. Remo

Já era mais de 1h da tarde, eu estava andando pelos corredores sozinho pensando no que tem acontecido com nosso grupo Pontas namorando a Lily, Almofadinhas e Carol namorando um ao outro, Rabicho parecia cada dia mais distante, eu estava me sentindo isolado, não que eles faziam de proposito, mas era o natural já que eles queriam ter momentos privados para namorarem, e eu acabava ficado de lado quando eles começavam a conversar sobre os namoros, afinal, eu não estava passando pela mesma coisa.

Lembrei do que a Carol me disse antes de conhecer a Bianca, sobre namorar, não me privar e tudo o mais, eu concordo com ela agora, agora que estou pensando sobre o assunto. Depois que conheci a Bianca e começamos a conversar reparei o quanto eu me isolava do mundo que não envolvia meus amigos, e vendo cada um seguindo sua vida em caminhos separados percebi que foi um erro fazer isso e demorar tanto para perceber.

Bianca. Ela é tão doce, gentil, bonita, totalmente encantadora, toda vez que conversamos o dia fica melhor, fica mais leve, ela me deixa mais leve, me surpreende ainda que ninguém tenha reparado isso e só ter feito mal a ela, ainda não entendo como podem ser tão cruéis com alguém tão doce, ela é perfeita, meia e esperta, gentil e muito bonita, não posso negar, seu sorriso e seus olhos brilhando de empolgação me fascina, se eu não tivesse esse problema peludo com certeza namoraria com ela, ela faz meio que meu tipo, não encontrei nenhuma outra menina assim, mas também pode ser porque eu estava fechado a conviver e conhecer novas pessoas.

Que coisa, eu, com quase 18 anos nas costas praticamente sem ter beijado uma pessoa, só beijei a Burg no 5º ano por estar meio bêbado, provavelmente se estivesse sóbrio não teria beijado, e eu sei que não me faltou oportunidades, Carol mesmo me falou várias vezes de meninas que chegavam nela perguntando sobre mim, fazia parte de ser amigo dos caras mais gatos de Hogwarts, Sirius e James, mas segundo a Carol eu também estava na lista.

Por que nunca acreditei nela? Por que não lhe dei ouvidos? Claro que não sairia beijando qualquer uma como o Almofadinhas fazia, não é do meu perfil, mas eu poderia ter aproveitado para pegar umas meninas que achava bonitas. O que estou pensando? Claro que tinha meninas que eu achava bonita, mas isso ficava só entre mim, afinal, como eu iria me relacionar com alguém? A Carol está certa, não devia ter me privado de viver, devia ter aproveitado mais minha época de adolescente.

— Remo? O que faz aqui? – Escutei uma voz me chamando me trazendo de volta a realidade, e quando olhei para frente encontrei a Bianca.

— Bianca? – Perguntei e olhei para os lados, estávamos no topo da torre leste, parecia a sala de astronomia. – O que faz aqui?

— Eu perguntei primeiro. – Falou sorrindo divertida e logo corou olhando para o lado. – A paisagem aqui é bonita, gosto de passar o tempo aqui. – Respondeu e eu olhei o horizonte, realmente era uma vista linda. – E você?

— Eu estava andando e pensando e cheguei aqui. – Respondi e fui para o seu lado perto do guarda corpo que tinha lá.

— Estava pensando no que? – Perguntou-me curiosa, mas logo arregalou os olhos. – Não precisa me dizer, estou sendo uma intrometida. – Falou olhando para o outro lado, quase virando as costas para mim.

— Não tem problema, não é nada importante, eu só estava pensando sobre uma coisa que a Carol me disse e sobre a vida. – Falei sorrindo para ela e olhei o horizonte.

— Vocês são muito próximos né? – Perguntou Bianca com uma voz neutra, mas dava para reparar que ela estava nervosa.

— Somos, nós nos conhecemos dês do primeiro ano, temos muitas histórias juntos. – Falei e ela resmungou concordando. – Eu gosto muito dela.

— Gosta? – Perguntou surpresa.

— Sim, ela é como uma irmã, uma irmã que nunca tive.

— Irmã. Certo. – Falou suspirando e eu a olhei, ela estava tão vermelha quanto o cabelo da Lily.

— Todos são, os meninos também, somos uma família. – Falei e ela concordou ficando mais vermelha ainda, e eu achei engraçado. – O que pensou que eu queria dizer?

— Eu? – Perguntou me olhando com os olhos arregalados. – Nada, eu não pensei em nada, por que eu pensaria? – Falou nervosa e isso me fez rir.

— Você pensou que eu gosto da Carol mais que como amigo né? – Perguntei e ela abaixou o olhar. – Não tem problema, muitos pensam. Confesso que quando era mais novo, quando tínhamos 14 anos, eu tive uma quedinha por ela, mas foi passageira e isso virou amor fraterno. – Falei e ela me olhou e eu fiquei corado por ter falado isso com ela.

— E você não sentiu isso com mais ninguém? – Perguntou com um tom de incerteza na voz.

— Não, já tive umas pequenas quedinhas por algumas meninas, mas nada parecido com o que senti pela Carol, ela me ajudou muito numa época da minha vida. – Falei e olhei distante. “A época em que os meninos não sabiam do meu segredo, só ela. Foi uma época difícil, mas ela esteve sempre lá comigo.” – Pelo menos até agora.

— O que quer dizer? – Perguntou surpresa.

— Eu não estava aberto a sentir coisas por alguém, nunca convivi muito com pessoas para isso, mas agora, vendo meus amigos, me fez pensar se eu poderia ter algo parecido. – Respondi.

— É claro que pode, você é maravilhoso Remo, inteligente, gentil e muito bonito. – Falou Bianca e quando a olhei ela corou e desviou o olhar.

— Obrigado, digo o mesmo de você. – Falei sorrindo, ela é tão fofa.

— Você me acha bonita? – Perguntou surpresa.

— Mas é claro, e tenho certeza de que não sou o único. – Falei sorrindo e ela sorriu de lado olhando para baixo. – Por que você nunca namorou? Tenho certeza de que tem muitos pretendentes.

— Ninguém veio falar comigo até agora sobre isso, então acho meio difícil. – Falou triste. – Não sou de conversar, na minha sala comunal eu sou a piada de todos e também... – Parou e seu olhar ficou sem brilho olhando para o horizonte. – Eu não tenho família, não tenho onde cair morta quando sair de Hogwarts. – Falou e eu a olhei sem entender. – No orfanato só podemos ficar até os 18 anos, e comigo vindo todos esses anos para cá ficou difícil achar uma família para me adotar, principalmente por eu já ser velha, todos querem uma criança pequena, eu vou ter só alguns dias depois que as aulas acabarem para achar um novo lugar para morar.

— Entendi, não imaginava isso. – Respondi ficando sem jeito.

— Não tem problema, quase ninguém sabe, só quem vive no meio sabe. – Falou sorrindo para mim, mesmo com tudo o que ela me falou, ela ainda era gentil.

— Bianca. – Falei e coloquei minha mão em cima da dela que estava no guarda-corpo, e ela me olhou surpresa. – Obrigado por ser sempre tão aberta comigo, não me arrependo de ter virado seu amigo.

— Eu que tenho que agradecer, você foi tão gentil comigo e me ajudou, nem sei como te agradecer. – Falei sorrindo.

— Não precisa, só de ver esse sorriso já valeu a pena. – Falei olhando seu sorriso, ela ficou vermelha e eu fiquei vermelho com o que disse, foi tão inapropriado. – E você não gosta ou gostou de ninguém aqui em Hogwarts? – Perguntei voltando ao assunto e soltando sua mãe.

— Já tive umas quedinhas passageiras também. – Falou corada.

— E agora não está interessada em ninguém? – Perguntei curioso, por que estava curioso? Ok, ela é encantadora e me chama a atenção, de muitos jeitos, mas devo fazer essas perguntas?

— Eu estou gostando de um menino aí. – Falou sorrindo de lado, um sorriso apaixonado que logo murchou. – Mas ele ainda não sabe que eu gosto dele, e acho que nunca vai saber.

— Por que não? Se você gosta dele deveria falar. – Falei com um sentimento triste no coração.

— Ele não gosta de mim assim. – Respondeu triste.

— Como pode saber? Se não falar com ele sobre seu sentimentos nunca saberá se pode ser recíproco ou não. – Falei e olhei para o horizonte me apoiando no guarda corpo com os braços, como a conversa chegou a esse ponto?

— E se eu falar que você é o menino que eu gosto? – Perguntou me surpreendendo.

— O que? – Perguntei surpreso olhando para ela, mas ela não estava me olhando.

— Já faz um tempo que você me chama a atenção e depois que você me ajudou e viramos amigos o sentimento se intensificou. – Falou e ficou vermelha. – Eu não espero que seja recíproco, eu não sou uma menina interessante nem bonita, então não se sinta mal.

— Bianca. – Falei e virei seu rosto para me olhar com um dedo no seu queixo, ela estava muito corada, seu olhos estavam brilhando encantadoramente e pela primeira vez eu senti vontade de beijar alguém, olhei seus lábios rosados e fui me aproximando até nossos lábios se tocarem.

Foi um leve selinho e assim que me distanciei a Bianca me olhou surpresa.

— Você é uma menina linda e encantadora, não duvide disso nunca. – Falei a olhando nos olhos e fiz carinho na sua bochecha. – Você me chamou a atenção no primeiro momento que nos conhecemos, e cada dia que passa e conversamos fico mais encantado contigo.

— Você está falando isso para não me deixar triste? – Perguntou e eu ri.

— Eu nunca iria te enganar com um sentimento tão bonito e importante. – Falei e seus olhos brilharam feito esmeralda e ela abriu um sorriso lindo e tímido. – Eu realmente estou encantado contigo, e pela primeira vez não me importo em estar próximo de outra pessoa.

— Remo. – Falou e me abraçou pelo pescoço.

— Não posso prometer jurar de amor, porque é um sentimento novo para mim, mas eu gostaria de aproveitar esse sentimento que sinto contigo. – Falei quando nos distanciam. – Posso? – Perguntei e ela concordou e eu aproximei nossos rostos sorrindo, mas parei. – Posso te beijar de novo? – Ela riu e me puxou para um beijo.

Trocamos um beijo calmo e fofo, os lábios de Bianca eram tão sedosos e tinham gosto de cereja, eram hipnotizantes, eu podia ficar horas beijando aquela boca, sua pele era macia e eu não resisti em fazer carinho em sua bochecha enquanto nos beijávamos e eu a abracei pela cintura, era ela tão pequena e delicada, seu toque suave em meu pescoço me mostrava isso.

Nos separamos depois de um tempo e sorrimos um para o outro, ela estava corada, mas sorria feliz, assim como eu, e ficamos algumas horas naquela torre, conversando de mãos dadas e trocando caricias, eu nunca imaginei estar passando por isso, será que estava sendo precipitado? Afinal, eu era um lobisomem e não tinha como ter um relacionamento normal, mas com a Bianca eu quero tentar, ela me faz querer tentar.


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Notas finais do capítulo

Chegamos ao final de mais um capítulo, o que acharam?

Esse ciúmes do Sirius está ficando meio chato, possessivo e sufocante não é? Será que a Carol acha a mesma coisa? Por que tanto ciúmes? Será que falaram algo para ele?

As relações dos nossos queridos casais estão esquentando, o que vem por ai?

Lily e Jay estão tão plenos que quem parece que a 2 anos atrás estavam em uma relação de amor e ódio.

Remo resolveu se abrir para novas experiências, será que vai dar namoro? A Bianca é uma fofa né? Tem uma história meio triste, mas isso está mudando com nosso Reminho. O que vem por ai?

Me mandem suas teorias.

*Malfeito feito.

*Nox!



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